A polícia informou que 16 pessoas morreram e 40 ficaram feridas em um ataque a tiros que, segundo as autoridades, teve como alvo a comunidade judaica. De acordo com o relato, a contagem de mortos foi atualizada para 12 após a polícia matar um dos supostos agressores. Um segundo suspeito permaneceu hospitalizado em estado crítico, e investigadores seguiram apurando relatos iniciais sobre um possível terceiro agressor, segundo o jornal The Telegraph.
Em entrevista coletiva, o primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, afirmou que os feridos têm entre 10 e 87 anos. Ele disse ainda que o governo vai analisar a possibilidade de aprovar novas reformas na legislação sobre armas de fogo após o episódio.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, descreveu o caso na praia de Bondi como “um ataque deliberadamente direcionado à comunidade judaica”. Já o comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, disse que os dois suspeitos são pai e filho, de 50 e 24 anos. Segundo ele, o homem de 50 anos morreu, e o de 24 anos ficou em estado crítico em um hospital local, e o pai tinha porte de arma havia 10 anos.
Lanyon afirmou que a investigação concluiu que apenas dois suspeitos participaram do ataque, e não três, como havia sido especulado inicialmente. Ele também informou que dois policiais ficaram feridos e seguem em estado crítico, porém estável. Ainda de acordo com o comissário, foram encontrados dois dispositivos explosivos improvisados no local, e ele disse ter ficado aliviado por nenhum deles ter detonado.
As autoridades australianas identificaram um dos atiradores como Naveed Akram, de 24 anos, e disseram que o caso é tratado como terrorismo, conforme a apuração descrita no texto.
No Brasil, a entidade Stand With Us publicou uma nota afirmando que, “mesmo diante do ataque ocorrido no primeiro dia de Chanuká na Austrália […] a comunidade judaica segue firme. A data que simboliza luz e resistência não será apagada pela violência. Ao contrário: reafirmamos hoje a força do povo de Israel, que, ao longo da história, enfrentou perseguições sem abrir mão de sua fé, de sua memória e de sua identidade”.
O governo brasileiro emitiu uma declaração atribuída ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando estar em “profunda consternação” diante do que foi descrito como “atentado terrorista antissemita”. “É inaceitável que atos de ódio e extremismo ceifem a vida de pessoas inocentes e atentem contra valores de paz, coexistência pacífica e respeito”, declarou. “O Brasil reitera o seu compromisso inabalável com a defesa da vida, da tolerância e da liberdade religiosa”, acrescentou.