Família bíblica x família conservadora: Yago Martins faz distinção

O conservadorismo no Brasil vem crescendo como um movimento cultural apreciado por grande parcela da população. No que se refere a famílias, há muitas sugestões que se assemelham ao que a Bíblia prega, mas sem o compromisso com a Palavra. Nesse ponto, o pastor Yago Martins fez uma diferenciação entre família bíblica e família conservadora.

Em um vídeo compartilhado no Instagram, Yago enfatizou que o cristianismo produz uma postura conservadora, mas alguém formado ideologicamente conservador não dará frutos cristãos, necessariamente:

“A gente tem que qualificar direito: o modelo bíblico de família vai ser uma família conservadora, mas a família conservadora não é o modelo bíblico, porque por mais que eu acredite que o cristianismo será conservador, o conservadorismo não é cristianismo”, introduziu o pastor da Igreja Batista Maanaim.

“Muitas vezes, olhamos para famílias que tem toda aquela casca externa do que parece ser uma família bíblica: o cara tem oito filhos, a esposa fica em casa em tempo integral, ensina todos os filhos em homeschooling, o marido é o provedor único da família, a mulher fica fazendo pão para os filhos, e ensina… isso tudo parece muito bonito, e em alguns dos fatores relacionados a isso, é até bíblico. Agora, será que esta é a aplicação bíblica para todas as famílias?”, questionou, abordando a questão socioeconômica da realidade brasileira.

Segundo o pastor, é possível que livros que relatam a realidade em países desenvolvidos produzam um efeito indesejado nessa área: “A gente recebe alguns materiais traduzidos de outras culturas, e você pega um livro de feminilidade americano, e ele vai dizer ‘sempre que a mulher trabalha fora, ela está em busca do fútil; o marido é quem tem que trabalhar e ela ficar em casa’. O que acontece? Você traduz esse material para países mais pobres, e eu tenho na minha igreja mulheres que ganham um salário mínimo, com o marido que ganha um salário mínimo, com três filhos, que tem um pai idoso a ser sustentado e a mulher se sente menos mulher porque precisa trabalhar”.

Em um país pobre e prejudicado pela corrupção não se pode ignorar a luta pela sobrevivência como um inimigo de todas as famílias: “A mulher continua trabalhando porque senão todos morrerão de fome. Já lutam para não morrer de fome, trabalhando. Mas ela sente que é menos cristã, porque o que Deus espera dela é que ela consiga ficar dentro de casa cuidando de seus filhos. As realidades são diferentes, se impõem sobre todos nós”.

“Se a gente acredita que esses modelos que nos são dados – geralmente famílias muito prósperas – são o único modelo de família a ser vivido, a gente vai acabar fazendo um caminho inverso: uma família bíblica é uma família que tenta e busca certas coisas entendendo o que é o melhor”, defendeu.

“Uma família conservadora, uma família culturalmente cristã, nem sempre é a família que responde realmente às aplicações do que é o Evangelho. Existe um fundamento, que é o Evangelho, a Palavra de Deus. Esse fundamento se aplica às nossas vidas de formas diferentes. Eu não posso pegar essas aplicações e confundi-las com o próprio fundamento”, encerrou o pastor.

Passamani solto: Justiça libera pastor e ordena uso de tornozeleira

O pastor Davi Passamani, preso há 20 dias sob acusação de assédio sexual, conseguiu um habeas corpus e foi solto. A defesa do pastor informou que o Tribunal entendeu que não havia motivos para sustentar a prisão preventiva.

As acusações de assédio sexual já haviam levado Davi Passamani a renunciar de sua função como pastor da Igreja Casa, em dezembro passado, após prints de diálogos atribuídos a ele com uma fiel serem revelados.

No dia 04 de abril, a Polícia o deteve sob alegação de que sua participação em cultos colocava a sociedade em risco pela hipótese de ele assediar outras pessoas.

Na ocasião, a delegada Amanda Menucci reiterou as acusações, dizendo que Passamani aproveitava de mulheres vulneráveis emocionalmente e usava até versículos bíblicos para a abordagem: “Ele inicia a conversa no teor religioso, cita versículos bíblicos e a abordagem é com base na bíblia, valendo-se da religião e aproveitando o estado de vulnerabilidade”.

De acordo com o advogado Luiz Inácio Medeiros Barbosa, a Justiça determinou que Passamani deverá cumprir medidas cautelares, como usar tornozeleira eletrônica, que foram consideradas suficientes para o bom andamento do processo até o julgamento ser concluído.

Procurado, o Tribunal de Justiça de Goiás disse que não pode se manifestar sobre a decisão, pois o processo corre em segredo de Justiça, conforme informações do portal G1.

Nikolas rebate Whindersson: 'Lembro de quando falava de Jesus'

O deputado federal evangélico Nikolas Ferreira reagiu ao humorista Whindersson Nunes, que usou as redes sociais para fazer uma crítica ao discurso feito pelo parlamentar durante a sua participação no ato do último domingo (21) em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Na ocasião, Nikolas disse que o Brasil não precisa mais de leis ou projetos para superar a crise atual que enfrenta, mas sim de “homens com testosterona”. Isto é, em outras palavras, de pessoas que tenham a coragem necessária para tomar decisões e executar ações importantes, mesmo que arriscadas.

“É isso que esse país precisa. E eu tenho certeza que é o que esses dois homens [Bolsonaro e Silas] representam”, disse o parlamentar em seu discurso. Whindersson, por sua vez, reagiu com ironia à fala de Nikolas, parecendo desdenhar da mensagem que o político quis transmitir.

“Qualquer homem que se identifica com o corpo que nasceu tem testosterona, senão ele pode ter uma condição chamada ‘hipogonadismo’, problema nos testiculo ou na hipófise, recomenda-se uma visita no urologista mostrar os ovo pro doutor”, comentou o humorista.

O deputado, então, rebateu o comentário de Whindersson aproveitando o momento para recordar o passado do humorista, destacando a sua origem religiosa, lembrando, por exemplo, da época em que ele frequentava a igreja evangélica e admirava os pastores Marco Feliciano e Silas Malafaia.

“É óbvio que usei ‘testosterona’ como figura de linguagem para coragem – e você sabe disso. Só está pagando pedágio pro politicamente correto – logo você”, reagiu o deputado federal.

“Me lembro quando seu sonho era formar uma família, falava sobre Jesus e todo mundo gostava de você. Afinal, você era você mesmo e não um personagem pra agradar uma minoria exigente. I miss the old whind“, completou o parlamentar.

O humorista, então, voltou à reagir, dizendo que “gostava quando deputados trabalhavam pelo povo em vez de bater boca em internet”, mas foi novamente rebatido por Nikolas, que negou ter agido de forma ofensiva contra ele.

“Pela sua reação a uma resposta educada e sem ataques, não sou eu batendo boca”, afirmou o deputado no “X“, o antigo Twitter. “O problema é que alguns se sentem a vontade para falar o que querem, mas não aguentam uma réplica simples, provando ainda mais o meu ponto.”

Pastor Felipe Valadão é indiciado por pregação contra 'despachos'

O pastor Felipe Valadão voltou ao centro de uma polêmica que envolve a liberdade de pregação religiosa versos a narrativa de “incitação ao ódio” e à “intolerância”. No centro da discussão está uma fala do religioso contra centros de umbanda.

A fala do pastor que lidera a Igreja Batista da Lagoinha em Niterói, no Rio de Janeiro, ocorreu em maio de 2022, mas só agora, no último dia 16, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) resolveu indiciar Valadão.

Na ocasião da pregação acusada de discriminação, Felipe Valadão disse estava pregando em um evento realizado em Itaboraí. Ele comentou sobre a existência de “despachos” feitos no local do evento, antes do início das atividades, e então reagiu ao que pareceu ter sido um ato de provocação.

“Deus vai começar a salvar esses pais de santo”, disse o pastor. “Avisa aí para esses endemoniados de Itaboraí que o tempo da bagunça espiritual acabou. A igreja está na rua! A igreja está de pé! Pode matar galinha, pode fazer farofa, pode fazer o que quiser”, continuou. “E ainda digo mais: prepara para ver muito centro de umbanda fechado na cidade…”.

Responsável por fazer e encaminhar um relatório sobre o caso para o Ministério Público estadual, a delegada Rita de Cássia Salim Tavares disse  que Felipe Valadão teria cometido o crime de intolerância religiosa “no sentido de que se pretendeu impor um único padrão religioso sem o respeito à diversidade e liberdade religiosa.”

“A crença ou fé professada por um segmento religioso ou pessoa não pode ser realizada de forma que incite o ódio, o preconceito, a discriminação nem a intolerância”, diz ela no documento, segundo o G1.

A defesa do pastor Felipe Valadão, por sua vez, disse em nota que o líder religioso, por óbvio, apenas emitiu um juízo que reflete a sua própria crença, não sendo as suas palavras uma incitação à intolerância, mas tão somente uma declaração de fé contrária ao que as religiões de matrizes africanas acreditam.

“[Ele] proferiu palavras em defesa da própria fé, acreditando que pessoas de outras religiões poderiam se converter à fé cristã”, diz a defesa. O próprio pastor também se manifestou, explicando que ao dizer que centros de umbanda seriam fechados, quis se referir à conversão dos umbandistas.

Ou seja, que o fechamento dos centros “se dariam pois essas pessoas seriam convertidas e dessa forma seus templos seriam fechados pois não terem mais razão de existir”. Veja mais sobre este caso abaixo:

Pastor Felippe Valadão é denunciado após pregação contra centros de umbanda

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Tradução da Bíblia: tribo isolada na China esperou 100 anos

Uma comunidade minoritária em uma área isolada da China recebeu, após 100 anos de espera, uma tradução da Bíblia Sagrada em seu próprio dialeto.

A comunidade de East Lisu, em uma área montanhosa e remota da China, só tinha a Bíblia no idioma chinês, o que impedia que muitos idosos pudessem ler as Escrituras, já que há muitos dialetos na região e a maioria das pessoas mais velhas não leem o mandarim.

Em um esforço de tradução, a Sociedade Bíblica Britânica informou que a Bíblia foi traduzida para a língua da comunidade East Lisu: “Tentar chegar à aldeia remota nas montanhas do sudoeste da China era como jogar um jogo onde se vence um nível de desafios apenas para se deparar com outro. Foi uma viagem de nove horas de ida e volta de carro. Imagine como deve ter sido para os primeiros missionários britânicos há 100 anos”, comentou Arleen Luo, gerente da Missão Ásia e Chinesa da Sociedade Bíblica.

Segundo a entidade, é indispensável que a Bíblia esteja no idioma materno para que a compreensão seja mais ampla: “Ter uma Bíblia na língua do coração significa que esta comunidade de pessoas pode se envolver com as Escrituras num nível de compreensão muito mais profundo. Vi a grande diferença que a tradução fez. Houve um aumento considerável no número de crentes”, comentou o gerente.

Arleen Luo não revelou o número exato de novos convertidos já que na China “é melhor não atrair muita atenção”, uma vez que o Partido Comunista vem empreendendo uma grande perseguição contra os cristãos em outras áreas do país.

A equipe de tradução da comunidade de East Lisu se reuniu para a recente visita de Arleen: “Um deles, Liang, é bisneto do homem que atuou como assistente de uma das equipes missionárias há 100 anos. O bisavô de Liang orou por Bíblias quando os missionários partiram e muitos anos depois seu filho [avô de Liang] apelou às autoridades locais por uma Bíblia em seu próprio idioma, e os funcionários atenderam ao pedido e contataram a Sociedade Bíblica”, contextualizou, explicando a espera de um século.

O resultado final foi a tradução entregue ao povo da comunidade poucos anos atrás: “Agora estamos explorando os próximos passos”, afirmou Luo, contando que há uma equipe treinando e apoiando professores que irão treinar pastores, além do esforço de fornecer uma Bíblia de Estudo, atualmente em preparação.

“Um projeto de tradução para uma língua minoritária na China é multifacetado. Não termina com uma tradução, pois o que procuramos é o envolvimento bíblico. Estamos trabalhando nisso para o Lisu Oriental e o povo Wa [outra comunidade linguística minoritária no sudoeste da China] neste momento”, relatou Luo.

Na despedida, o avô de Liang disse: “Sei que Deus ama o povo de East Lisu porque estamos entre uma das 700 tribos e nações que agora têm uma Bíblia completa. Por favor, agradeça às pessoas que nos deram a Palavra de Deus em nossa própria língua”.

Irã ‘precisa compreender quem é Jesus’, diz imigrante convertida

Uma cristã ex-muçulmana que imigrou do Irã para os Estados Unidos pediu socorro às igrejas no continente americano para que o Corpo de Cristo se levante contra o “espírito do anticristo” em seu país natal.

Lily Meschi, membro do Ministério Iran Alive, contou seu testemunho de conversão em uma entrevista recente. Ela sobreviveu a um casamento abusivo e à opressão do islamismo, e afirmou que os cristãos do Ocidente precisam “se levantar” contra o mal que governa o Irã.

Segundo ela, há inúmeros iranianos em busca de conhecer a Verdade que liberta: “Como cristãos, precisamos de nos levantar e orar verdadeiramente para que o espírito de oposição, o espírito anticristo, seja removido daquele país para que possam receber livremente a fé virtuosa que, em última análise, lhes dá a verdadeira liberdade”, disse ela.

“Todos nós sabemos que a verdadeira liberdade depende da virtude, e a virtude vem da profunda convicção do coração que vem da fé. É disto que o Irã precisa. Precisamos tornar a mensagem de Cristo muito mais ousada do que nunca. Este é um momento histórico. Todos nós precisamos nos unir para trazer Cristo ao Irã”, convocou.

Lily Meschi conhece em primeira mão a liberdade que vem do relacionamento com o Deus da Bíblia. Nascida durante a guerra Irã-Iraque, as suas primeiras memórias foram marcadas pelo medo: “Eu era um bebê na guerra”, lembrou ela, descrevendo os bombardeios incessantes e a busca constante por segurança.

Filha de uma família muçulmana sob o rígido regime islâmico que governa o Irã, Lily cresceu numa cultura em que mulheres eram rotineiramente envergonhadas pela polícia da moralidade por infracções menores, como não cobrir adequadamente a cabeça, incorporando um profundo sentimento de medo durante a infância:

“Nessa cultura, existe uma persona irada de deus. Ele está apenas sentado em seu trono, querendo nos punir, ele quer que cometamos erros e tenhamos percalços para que ele possa nos punir. Esse foi o tipo de visão de mundo, o tipo de sistema de crenças que fui alimentada pela cultura que cresci no Irã”, descreveu.

A virada

Com a falência dos negócios de seu pai durante sua adolescência, sua família se mudou para Alemanha, trocando a vida de classe média em Teerã por uma realidade muito diferente nos alojamentos de imigrantes: “Foi muito difícil. Isso realmente criou uma enorme quantidade de inseguranças em mim, emocional e mentalmente”, disse ela.

Porém, a mudança de sua vida veio com a chegada aos Estados Unidos. Embora tenha sofrido em um “casamento muito tóxico, abusivo em todas as áreas”, ela descobriu a fé cristã através de amigos em Oklahoma: Eles compartilharam o Evangelho comigo”.

Ao assistir ao filme Jesus, ela entendeu que precisava se render a Deus: “Antes que eu percebesse, lágrimas rolavam pelo meu rosto. Eu não tinha nenhum conhecimento prévio sobre o cristianismo ou Jesus. A única coisa que me ensinaram no Irã foi que Jesus foi um dos maiores profetas que realizou muitos milagres. Portanto, todo o conceito de Trindade, toda a divindade de Cristo, era estranho para mim. Mas naquele momento, o Espírito Santo derramou em mim o conhecimento que eu precisava para declarar que Ele é meu Senhor e Salvador. Tive o Espírito Santo e o encontro e sabia que Jesus era o Filho de Deus, Jesus era meu Senhor e Salvador, Jesus era Deus”.

“O Senhor me libertou daquele relacionamento tóxico depois de 14 anos, e Ele deu a mim e à minha filha uma paz que está além da compreensão, a paz da qual Sua palavra fala. Estou muito grata por ter encontrado Jesus. É uma das melhores decisões que já tomei na minha vida”, celebrou Lily.

Agora casada novamente, ela usa o seu passado traumático para levar, através do Ministério Iran Alive, esperança e cura a outras mulheres iranianas que, como ela, se sentem presas nas suas circunstâncias: “Esta é a nossa oportunidade de partilhar o Evangelho com os iranianos. Quando eles ouvem o Evangelho, esse é o gancho para trazê-los, discipulá-los, mostrar-lhes verdadeiramente o que é o cristianismo”.

Tamanha opressão política no Irã resultou em uma espécie de aversão dos iranianos às Escrituras, já que tais textos acabam associados à violência política: “Eles ligam a política e a religião como uma unidade”, disse ela, apontando o desafio de evangelizar o povo de seu país natal.

Ela exortou os crentes ocidentais a envolverem-se mais profundamente através da oração e a participarem de ministérios que se concentram no Irã: “Precisamos ter uma voz mais forte para que todas as outras espiritualidades por aí sejam subjugadas e o cristianismo se eleve. Precisamos que outros cristãos orem para que as mentes e os corações dos iranianos se abram para compreender quem é Jesus e o que Ele fez, para que eles tenham o mesmo encontro com o Espírito Santo que eu tive quando era uma menina muçulmana”.

“O Senhor está fazendo um grande trabalho entre os iranianos, eles já estão tendo visões e sonhos de Cristo e conectando-os às nossas igrejas clandestinas. Precisamos tornar a nossa mensagem e o nosso alcance ainda mais fortes do que nunca, porque este é um momento histórico para o Irã”, concluiu, na entrevista concedida ao The Christian Post.

Mulher muçulmana tem visão de Jesus: 'Meus olhos se abriram'

Um encontro com Jesus transformou a vida de uma mulher muçulmana e imigrante na Holanda. Sua história envolvia desde a rigidez sufocante do islamismo até a escravidão das drogas, mas tudo mudou quando teve uma visão sobrenatural do Filho de Deus e se rendeu a Ele.

Samira Marikh, nascida no Marrocos, migrou com a família para a Holanda e enfrentou as dificuldades naturais de uma mudança tão drástica. Isolada, só tinha contato com outras famílias imigrantes e que viviam na miséria. O único contato com crianças holandesas ocorreu na escola, o que a levou à rebeldia na adolescência por conta do choque cultural.

“Não tive uma infância fácil. A Holanda não era tão multicultural como é agora. No Marrocos, minha mãe ia muito bem na escola, mas aqui ficou para trás e teve dificuldade em recuperar o atraso. Ela teve que lidar com o bullying, que teve muita influência em uma menina tão jovem mudando de país. Meu pai tinha 21 anos quando veio para a Holanda. Ele teve muitos problemas de adaptação e eventualmente começou a usar drogas”, resumiu Samira.

“Você vê que seus pais se sentem infelizes e eventualmente se divorciam. Eu tinha 13 anos, minha irmã e eu fomos criadas por minha mãe, embora também tivéssemos contato ocasional com meu pai”, relembrou ela em entrevista ao canal De Laatste Reformatie/TLR Netherlands no YouTube.

A realidade de Samira na infância era de contato com outras famílias marroquinas em situação de miséria, e isso produziu um impacto negativo, levando-a ao questionamento sobre o propósito da existência: “Vi muitos marroquinos infelizes, que tinham muita miséria, dor e tristeza. Havia uma atmosfera espiritual que me afetou. Isso me deixou uma criança bastante nervosa. Eu sofria de muita ansiedade à noite, muito extrema. Agora, como cristã, entendo que foi uma batalha espiritual”.

As amizades que desenvolveu na escola a levaram à rebeldia anos depois, na adolescência: “Fiquei deprimida, procurei uma fuga através do uso de drogas, o que me deixou ainda mais deprimida. As coisas foram de mal a pior”.

“Fiquei esgotada, estava completamente exausta. Eu não conseguia mais trabalhar e não sabia que caminho seguir, onde poderia encontrar a felicidade ou as respostas para todas as perguntas que tinha. Eu não entendia minha existência. Nada fazia sentido. Este era o meu estado emocional antes de Jesus entrar na minha vida”, lamentou.

O socorro em Jesus

Sua experiência de mudança completa de vida ocorreu aos 29 anos de idade, quando pela primeira vez encontrou com o Redentor em uma experiência sobrenatural: “Eu estava na cama. De repente minhas mãos ficaram muito quentes, senti como se estivessem pegando fogo. Aí o fogo passou por todo o meu corpo e pensei: ‘Não vou chegar aos 30 anos’. Foi tão assustador”.

Imediatamente a mulher muçulmana entendeu que estava diante do Criador: “Pela primeira vez olhei para cima, percebendo que um Deus poderia me ajudar. E disse: ‘Deus, se você realmente existe, me deixe viver’. Antes que eu percebesse, eu estava confessando meus pecados, não sabia de onde isso veio porque não tinha nenhum cristão ao meu redor que tivesse me contado sobre isso”.

“‘Senhor, se você me deixar viver, farei tudo o que você disser’. Quando eu disse isso, de repente uma luz branca surgiu em meu quarto. Quando acordei de manhã, percebi que algo havia acontecido. Pela primeira vez na minha vida tive paz e tranquilidade em minha mente. Nunca tinha vivido isso antes, sempre tive a cabeça muito agitada, com muitos pensamentos e vozes. De repente, todas as vozes desapareceram e minha cabeça ficou em silêncio. Percebi que era algo bom, mesmo que eu não conseguisse identificar”, testemunhou.

Aos poucos, a mudança interior de Samira começou a se tornar visível para as pessoas à volta, o que a motivou a investigar o que havia ocorrido com ela: “Uma voz surgiu dentro de mim e estava me ajudando. Olhei para cima e disse: ‘Deus, é você? Se é você quem está fazendo isso comigo, gostaria de saber quem você é. Que religião ou filosofia é essa, onde devo procurá-lo?’”.

De acordo com informações do Revive, Samira relatou que passou a buscar a Deus em diversos livros e acabou lendo a Bíblia: “Depois de um tempo tive vontade de meditar e então senti que alguém estava parado ao meu lado. Olhei e não vi nada, mas sabia que Jesus estava ali. Ele disse: ‘Você pode interromper sua busca. Eu sou aquele que você tem procurado durante toda a sua vida’”.

“Meus olhos se abriram, eu sabia, Ele é quem eu procurava. Tudo o que Ele disse se tornou verdade em mim e então fui inundada por seu amor. Um tipo de amor que nunca senti antes na minha vida. À medida que lia mais a Bíblia, aprendi que a voz que me guiava era o Espírito Santo. Pensei: ‘Este é o único livro que explica adequadamente o que aconteceu comigo’”, descreveu a ex-muçulmana.

Batismo e evangelismo

Ela encontrou, pela internet, cristãos que pudessem ajuda-la a ser batizada nas águas. Quando foi batizada, uma entidade missionária a procurou e pediu para gravar seu testemunho de conversão, e ela aceitou. O vídeo foi mal recebido pelos muçulmanos, o que gerou ameaças de morte e xingamentos online.

Porém, o testemunho alcançou pessoas que precisavam ouvi-lo: “Teve muito impacto. Encontrei ex-muçulmanos que se tornaram cristãos e o meu vídeo desempenhou um papel importante nisso”, disse ela, explicando o motivo de criar um canal voltado à evangelização: “O objetivo é compartilhar o máximo possível de testemunhos de cristãos de origem árabe, em diferentes idiomas. Eu me perguntava como conheceria pessoas, mas Deus disse que cuidaria disso”.

Mesmo tendo seu relacionamento com sua mãe prejudicado por ter se tornado cristã, Samira continua focada em atrair outros muçulmanos ao Evangelho através de seus vídeos: “Tenho testemunhos de cristãos de origem marroquina, argelina, turca, síria e iraquiana. Os vídeos também podem servir de incentivo para ex-muçulmanos que já se tornaram cristãos, mas não sabem que existem muitos outros. E para os cristãos com um coração voltado para os muçulmanos. As suas orações não são em vão, algo também está acontecendo na Holanda. Isso é realmente encorajador”, finalizou.

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“Me entreguei totalmente”, diz técnico de som ao gravar a Bíblia

O técnico de som William Felton não imaginava como Deus poderia agir para salvar a sua vida. Mergulhado numa depressão e no vício em pornografia, foi através de uma nova proposta de trabalho que ele se entregou a Jesus Cristo.

“Eu não tinha pensamentos sobre Deus em minha mente. Eu estava perseguindo tanto essa indústria musical que essa tela bem na minha frente era meu deus. Um falso ídolo. Eu estava preso ao vício da pornografia e muito deprimido”, contou o jovem americano.

A realidade do técnico de som mudou, no entanto, quando ele recebeu a proposta de trabalhar na gravação da Bíblia Crossway, uma versão em áudio da Palavra de Deus que seria narrada pela escritora cristã e palestrante Jackie Hill Perry.

Perry disse que ao perceber a oportunidade, também orou a Deus pela conversão do técnico de som, pois sabia que lendo a Bíblia para a gravação, o Senhor poderia tocar o coração do jovem.

“Uma tarefa específica que o engenheiro teve que assumir foi ler a Bíblia comigo para garantir que eu não pulasse nenhuma palavra”, disse ela ao testemunhar a experiência para seus seguidores, no Instagram, onde publicou uma foto ao lado de William.

“Este homem aqui trabalhou ao meu lado enquanto eu lia a maioria dos profetas maiores e menores. Antes de cada sessão, orei por ele na esperança de que Deus lhe concedesse compreensão, já que às vezes os profetas não são tão fáceis de entender”, contou Perry.

Ação de Deus

De fato, o contato com a Palavra de Deus mudou o coração do técnico de som. “Senti algo me dizendo para vir e fazer isso de qualquer maneira, o que agora sei que foi o Espírito Santo”, disse ele, segundo o ChurchLeaders.

“Cheguei ao estúdio e o primeiro livro que lemos foi Gênesis, e lentamente senti a atração de Deus em meu coração e meu coração começou a amolecer enquanto ouvia as primeiras palavras da Bíblia”, continuou.

“Me entreguei totalmente ao Senhor e ele me encheu com seu Espírito Santo . Estou redimido em Cristo agora!”,  concluiu o rapaz.

'A irmã do Crossfit' levanta 100kg diz que evangeliza nos treinos

Ela viralizou nas redes sociais ao ter um vídeo seu divulgado pelo filho, e agora usa a fama repentina para inspirar pessoas que desejam ter uma vida mais saudável. Mas não é só isso o que Marluce Santos, “a irmã do crossfit’ que levanta 100kg, faz durante seus treinos.

Além de cuidar do seu físico, a irmã do crossfit também prega a Palavra de Deus sempre que encontra uma oportunidade no local onde treina, transformando seu momento de autocuidado, também, em amor ao próximo.

“Quando tenho oportunidade, falo do amor de Jesus para quem não conhece. Eu oro ao senhor para que eu nunca possa tirar o pé do chão, porque eu quero ser essa aqui onde quer que eu chegar: simples”, disse ela.

Aos 61 anos, Marluce Santos chocou internautas ao aparecer no vídeo publicado por seu filho levantando barras de peso numa academia. Em uma das gravações, a idosa levanta impressionantes 100kg, algo que exige muita força muscular e treino.

Vendo a irmã do crossfit levantar tanto peso, muitos podem imaginar que ela é uma atleta de longa data, sendo alguém que passou a vida inteira cuidando da saúde e malhando… só que não! Marluce revelou que há poucos anos era uma pessoa obesa e doente.

“Há oito anos eu estava bastante doente, com um sobrepeso enorme, muito inchada e com a pressão arterial alta. Quase todo mês eu estava entrando em alguma emergência”, disse ela. “Em um momento desses minha pressão estava 17 por 11. O médico me indicou uma atividade física para fazer e mudança de alimentação”.

Foi a partir dessa mudança que surgiu a irmã do crossfit, e o que para ela seria apenas um cuidado inicial de saúde, se tornou uma prática regular de exercícios realizados ao menos seis vezes por semana, incluindo o uso de bicicleta e até o remo.

Para Marluce, a sua dedicação ao corpo também é uma forma de honrar a Deus. “Eu tenho que me preparar espiritualmente e fisicamente, porque um físico doente… Como a gente vai ter força para fazer coisas espirituais?”, pergunta ela, segundo o G1. Assista:

'Globo é a imprensa oficial do ditador da toga', diz Malafaia em ato

O pastor Silas Malafaia participou de mais um ato de apoio ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e em defesa do Estado Democrático de Direito, dessa vez realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último domingo (21).

Diversas autoridades participaram do evento, como governadores, deputados e senadores da República. Na ocasião, o líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) discursou por quase 30 minutos, reiterando suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Malafaia, o magistrado estaria agindo de forma ilegal ao conduzir investigações onde ele mesmo figura como “vítima”. “A partir de março de 2019, Alexandre de Moraes assume o inquérito imoral e ilegal das fake news”, disse o pastor.

“Por que é imoral e ilegal? Porque ele [Moraes] é vítima, delegado, procurador, investigador e juiz. Uma aberração jurídica. E por que é ilegal? Porque não tem a participação do Ministério Público”, acrescentou.

Para o líder religioso, o Brasil estaria vivendo um momento de autoritarismo perpetrado pelo projeto de lei das “fake news”, que segundo o pastor se trata mesmo de um “projeto de censura apoiado pelo PT, pela esquerda e por Alexandre de Moraes”.

“Em nenhuma nação democrática do mundo existe censura. […] Esse jogo safado de querer controlar rede social é para impor uma ditadura do crime de opinião”, disparou o religioso.

Globo

Ainda em seu discurso, Malafaia também protestou contra a Rede Globo, emissora que vem sendo muito criticada pelos aliados do ex-presidente Bolsonaro devido ao modo como reporta notícias ligadas à direita conservadora, quase sempre retratada como “extremista”, por exemplo.

“Todo ditador tem um modus operandi. Prende alguns para colocar medo nos outros, para que ninguém o confronte. Todo ditador tem uma imprensa oficial. Sabem qual é a imprensa oficial? Vocês sabem porque a Globo é a imprensa oficial do ditador da toga Alexandre de Moraes?”, questionou o pastor.

Nas redes sociais, internautas destacaram o discurso do líder da ADVEC, bem como o fato da própria Globo ter, dessa vez, reportado a manifestação em Copacabana de maneira neutra. Assista: