Entidade cristã faz apelo por ajuda após terremoto no Afeganistão

O Afeganistão enfrenta uma das maiores tragédias recentes após o terremoto de magnitude 6 que atingiu a região leste no domingo, 31 de agosto. O balanço atualizado em 02 de setembro pelo porta-voz do Taleban, Zabihullah Mujahid, registra ao menos 1,4 mil mortos e mais de 3 mil feridos. O número pode aumentar conforme as equipes de resgate alcançam áreas isoladas.

O tremor destruiu vilarejos inteiros, onde casas de barro e madeira desabaram rapidamente, soterrando famílias durante a madrugada. O relevo montanhoso dificulta o trabalho dos socorristas, obrigando o uso de helicópteros para evacuar feridos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o índice de vítimas tende a crescer de forma significativa à medida que novas localidades são acessadas.

A tragédia ocorre em um contexto de crise econômica, cortes na ajuda internacional e restrições impostas pelo regime do Taleban. O coordenador da ONU no Afeganistão, Indrika Ratwatte, afirmou que o tempo é um fator crítico. “São decisões de vida ou morte, enquanto corremos contra o tempo para chegar às pessoas”, declarou.

Organizações humanitárias anunciaram apoio emergencial. A Christian Aid liberou de imediato £50 mil para ações conduzidas pela Organização para Coordenação de Assistência Humanitária (OCHR) e lançou uma campanha global de arrecadação. O gerente interino da entidade no país, Yaqoob Rauf, informou que os recursos estão sendo usados para fornecer água potável, alimentos, abrigo e itens básicos. Ele destacou a situação de vulnerabilidade de mulheres e meninas. “Este é um golpe devastador, que se soma à crise econômica persistente e ao terremoto de Herat em 2023. Mesmo antes desta tragédia, a população já vivia sob imensa pressão”, disse.

Dados da ONU apontam que mais de 420 unidades de saúde no país foram fechadas ou suspenderam atividades por falta de recursos, incluindo 80 na região leste, epicentro do tremor. As estruturas ainda em funcionamento estão sobrecarregadas, com escassez de suprimentos e profissionais.

O Talibã, que até agora recebeu reconhecimento formal apenas da Rússia, solicitou ajuda internacional. No entanto, a resposta tem sido limitada, em meio a crises humanitárias concorrentes e à resistência de países doadores diante das políticas de repressão contra mulheres e meninas. Nos últimos meses, os Estados Unidos reduziram parte do financiamento destinado ao Afeganistão, agravando a vulnerabilidade da população.

Diante do cenário, missionários e agências humanitárias enfatizam que a solidariedade internacional será essencial para reduzir os impactos da tragédia. A Christian Aid informou que criou uma página especial para receber doações e incentivar orações em apoio às vítimas.

Pastora cobra cristãos que apoiam a imoralidade de influencers

Evangélicos que acompanham personalidades da mídia como a cantora Anitta, o influenciador Carlinhos Maia e Hytalo Santos foram alvo de críticas da pastora Nathalia Carvalho, da Igreja Alcance Juazeiro, na Bahia. Em mensagem pregada e também publicada nas redes sociais, Nathalia afirmou que há incoerência em celebrar denúncias de crimes e, ao mesmo tempo, consumir conteúdos que, segundo ela, se opõem à fé cristã.

As declarações ocorreram após a prisão de Hytalo Santos, episódio revelado pelo youtuber Felca. A pastora disse que muitos fiéis comemoraram a denúncia, mas continuam dando espaço a artistas que, em sua visão, promovem a “depravação”. Durante a pregação, ela afirmou: “Tu pode enganar as pessoas, só não engana Deus. Acha engraçado o quê, o pecado?”.

Na mesma mensagem, Nathalia direcionou palavras aos que aplaudiram a ação do youtuber, mas seguem influenciadores que ela considera contrários aos princípios cristãos. “Aos que se dizem crentes e batem palmas para o que o Felca fez, mas continuam seguindo influenciadores que disseminam imoralidade e depravação: você ajuda a crescer tudo que o Felca denunciou”. No Instagram, a pastora reforçou a crítica, classificando como “hipocrisia” apoiar medidas de justiça e, ao mesmo tempo, acompanhar conteúdos que, segundo ela, incentivam práticas imorais.

De acordo com Nathalia, mais do que aplaudir denúncias, Deus espera que cada fiel faça escolhas conscientes sobre quem ouvir e seguir. A discussão ganhou repercussão em diferentes espaços religiosos.

Na mesma época, a escritora cristã Vitória Reis publicou um vídeo com recomendações para prevenir a exposição indevida de menores na internet. “Tudo que ele traz no vídeo é verdade e é importante que nós estejamos alertas”, declarou.

Vitória alertou que imagens de bebês apenas de fralda, registros que evidenciem partes íntimas ou cenas de crianças se alimentando de maneira sugestiva podem ser usadas por criminosos. “Todas essas imagens atraem perfis para utilizar as fotos do seu filho. Veja bem, eu não estou falando que a sua criança está convidando ninguém, eu estou dizendo que infelizmente a mente dessas pessoas é completamente perversa”, afirmou.

A escritora destacou que é possível compartilhar momentos familiares sem expor os filhos a riscos. “Nunca sabemos quem está do outro lado, não sabemos o que as pessoas podem fazer com esses vídeos. Nós não sabemos ainda o efeito dessa exposição toda na vida dos nossos filhos”, concluiu.

Ditadura: Nicarágua retira a legalidade de 14 organizações cristãs

O governo da Nicarágua, liderado por Daniel Ortega e Rosario Murillo, revogou o status legal de catorze organizações não governamentais, várias delas de identidade e atuação cristã. A medida foi publicada por meio de decisões do Ministério do Interior (MINT).

De acordo com as informações oficiais, dez das organizações foram formalmente dissolvidas sob a alegação de “dissolução voluntária”.

As outras quatro tiveram seus registros cassados por suposto descumprimento de obrigações legais, especificamente relacionadas à apresentação de relatórios financeiros e de atividades dentro dos prazos estabelecidos, o que, segundo o governo, dificulta o “controle e a supervisão” estatal.

Dentre as entidades afetadas, encontram-se organizações que desenvolviam trabalho social e comunitário em diversas áreas:

  • Congregación Fraternidad de Hermanas Misioneras Serviam: dedicava-se ao apoio espiritual e social.

  • Fundación Familia de Nazaret: voltada ao auxílio de famílias de baixa renda.

  • Living Water International (2012): organização internacional focada em projetos de acesso à água potável.

  • Lutheran World Relief, INC. (2003): realizava programas humanitários no país.

  • Ministerio la Hermosa de Sanidad y Liberación (2006): oferecia apoio espiritual e comunitário.

  • Refugio de Jesús Sacramentado para el Alcohólico Desamparado (REJESAD) (1996): atuava na reabilitação de pessoas com dependência química.

Essas organizações combinavam, em maior ou menor medida, orientação confessional cristã com a prestação de serviços práticos essenciais. Seu fechamento deixa sem assistência direta diversas comunidades que dependiam de iniciativas como acesso à água, programas de reabilitação e suporte a famílias em situação de vulnerabilidade.

Este evento integra um contexto mais amplo de restrição ao funcionamento de entidades da sociedade civil na Nicarágua. Dados compilados por organizações de direitos humanos indicam que, desde 2018, mais de 3.700 associações, fundações e ONGs tiveram sua personalidade jurídica cancelada pelas autoridades nicaraguenses.

O país ocupa atualmente a 30ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, elaborada pela Portas Abertas, que ranqueia as cinquenta nações onde os cristãos enfrentam os mais altos níveis de perseguição e opressão.

O fechamento de organizações de inspiração cristã é apontado por analistas como parte de uma estratégia de controle estatal sobre espaços de atuação social independentes. Com informações: Portas Abertas.

Segunda temporada de ‘Casa de Davi’: data de estreia anunciada

O Prime Video da Amazon divulgou ontem, segunda-feira, 1° de setembro, as primeiras imagens da segunda temporada de Casa de Davi e confirmou a estreia para 05 de outubro. A data coincide com o lançamento do serviço de assinatura do Wonder Project dentro da plataforma de streaming.

O drama bíblico, criado por Jon Erwin e Jon Gunn, terá seus dois primeiros episódios exibidos exclusivamente no Wonder Project antes de ser disponibilizado para todos os assinantes do Prime Video em uma data futura ainda não anunciada. A CEO do Wonder Project, Kelly Merryman Hoogstraten, destacou em comunicado que a iniciativa busca oferecer opções seguras de entretenimento familiar.

“Como mãe, estou sempre em busca de ótimos filmes e séries para assistir com as crianças. Estou sempre pedindo recomendações aos amigos — e eles também. Com este lançamento, estamos expandindo nossa missão para incluir a curadoria de histórias para o nosso público que restaurem a fé em coisas nas quais vale a pena acreditar.”

O serviço de assinatura do Wonder Project será disponibilizado nos Estados Unidos por US$ 8,99 mensais ou US$ 89,99 anuais. Segundo a empresa, a plataforma contará com mais de 125 títulos licenciados e cerca de 1.000 horas de programação entre filmes e séries. Entre as produções de televisão disponíveis já no lançamento estão Mr. Bean, Party of Five, Orgulho e Preconceito, Sherlock, The Conners e A Misteriosa Sociedade Benedict.

Filmes para toda a família, como American Underdog, Dead Poets Society, Friday Night Lights, Jesus Revolution, Lincoln, My Girl, Rudy, The Sandlot, A Vida Secreta de Walter Mitty e A Noviça Rebelde também estarão incluídos. Ainda não há informações sobre a chegada do serviço ao Brasil.

Erwin, fundador do Wonder Project, afirmou que a escolha de lançar a plataforma com a nova temporada de Casa de Davi foi estratégica. “O sonho da assinatura do Wonder Project no Prime Video é tornar mais fácil do que nunca para as famílias decidirem o que assistir juntas. Estamos muito animados para começar com a estreia de dois episódios da segunda temporada de Casa de Davi. A reação à série tem sido extraordinária. A nova temporada é épica e emocionante, e mal posso esperar para que os assinantes do Wonder sejam os primeiros a experimentá-la”.

A Casa de Davi, título da série em português, já havia alcançado a segunda posição entre os conteúdos mais assistidos no Amazon Prime. A primeira temporada dramatizou os relatos de Saul e Davi descritos em 1 Samuel. O elenco conta com Michael Iskander, recentemente convertido ao catolicismo, no papel de Davi, Ali Suliman como o Rei Saul, Ayelet Zurer como a Rainha Ainoã, Stephen Lang como o profeta Samuel, Indy Lewis como Mical, filha de Saul, e Martyn Ford no papel do gigante Golias.

Em declarações anteriores ao The Christian Post, Erwin ressaltou a responsabilidade de adaptar o texto bíblico. “A Bíblia é um best-seller por um motivo. É um dos livros mais lidos do mundo, e levamos isso a sério. Nosso objetivo não é apenas acertar, mas entregar algo que capture o espírito da Bíblia e, ao mesmo tempo, dê vida à história para uma nova geração.”

O pastor Greg Laurie, da Harvest Church, também comentou sobre a importância cultural da produção: “Acredito que esta seja uma das maiores oportunidades evangelísticas da história recente. Milhões de pessoas, através de A Casa de Davi e The Chosen, estão ouvindo histórias da Bíblia pela primeira vez. Nenhum filme jamais substituirá o Evangelho ou a Bíblia, e nem deveria. Mas se ele inspira pessoas que nunca leram a Bíblia ou não têm nenhum relacionamento com Deus a querer saber mais, então isso é algo que devemos celebrar, não criticar”.

Tagliaferro mostra provas contra Moraes e Damares cobra reação

PAREM O JULGAMENTO DE BOLSONARO AGORA, ESTÁ TUDO VICIADO

Em depoimento à Comissão de Segurança Pública do Senado, Eduardo Tagliaferro fez uma revelação bombástica. Segundo ele, Alexandre de Moraes determinou buscas contra empresários com base numa mera reportagem. A… pic.twitter.com/m8Xp6g1wFB

— Damares Alves (@DamaresAlves) September 2, 2025

Nesta terça-feira, 02 de setembro, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) defendeu a suspensão imediata do julgamento da suposta tentativa de golpe de Estado em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração ocorreu após o perito ex-auxiliar de Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, prestar depoimento à Comissão de Segurança do Senado, alegando que todas as ações da investigação teriam sido forjadas.

Tagliaferro está exilado na Itália e participou da oitiva de forma remota. Durante a sessão, Damares afirmou que as revelações comprometem diretamente a legalidade do processo em curso no STF: “Isso tem que ser encaminhado hoje para o ministro Barroso e ele, de ofício, tem que interromper aquele julgamento. Aquele julgamento está contaminado, as provas estão contaminadas”.

A senadora argumentou que a denúncia apresentada por Tagliaferro caracteriza violação de garantias fundamentais. “Qualquer estudante de direito sabe que tem que interromper aquele julgamento hoje. Chega, gente! Olha só, as provas estão aí. Eu sou militante de direitos humanos há mais de 35 anos. O que nós estamos vendo aqui é uma grande violação de direitos humanos. Pessoas foram acusadas, busca e apreensões foram feitas, pessoas foram presas com provas falsas, provas forjadas por um magistrado. Esse magistrado tinha que ser preso hoje”.

Em sua fala, Damares também se dirigiu ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e ao senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça. “O ministro Barroso – olha, vou dizer uma coisa, eu tenho diferenças com o Barroso, mas ele é um jurista sério – teria que interromper esse julgamento hoje. O Brasil precisa ver o que nós estamos vendo aqui. O Barroso tem que ter acesso em material hoje e tem que tomar uma providência. E o Davi Alcolumbre também. Que raio de Senado nós somos? Depois de tudo isso aqui, [se] a gente não fizer nada ainda hoje…”.

O depoimento de Eduardo Tagliaferro e as declarações de Damares Alves ocorrem em meio ao julgamento no STF de oito réus acusados de participação em um suposto plano de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Jornalista Milly Lacombe rejeita monogamia e família: ‘Um horror’

A jornalista Milly Lacombe participou do podcast Louva a Deusa e fez uma série de críticas ao conceito de “família tradicional”. As declarações viralizaram nos últimos dias, provocando forte repercussão em redes sociais e em setores que defendem valores conservadores.

Em um dos trechos, Milly questionou a forma como o amor romântico é retratado em produções culturais. “Eu não quero falar contra o amor romântico, mas eu vou falar contra o amor romântico. Porque eu passei a vida, desde os 16 anos, a gente fica vendo esses filmes, né, de que o objetivo da mulher é casar. A mulher tem que casar e que aí o filme acaba. A cena mais feliz da vida dela é o casamento”, afirmou. Para a jornalista, esse modelo acaba limitando as perspectivas femininas. “Os filmes deveriam começar com essa cena. Porque dali é pra baixo, gente”.

Ela também declarou que se opõe à monogamia e ao modelo tradicional de família. “Eu estou super contra a monogamia, super contra o amor romântico. Eu acho que esse negócio de família tá f*** a gente. Família é um núcleo produtor de neuroses”, disse. Em seguida, acrescentou críticas ao recorte conservador. “Família tradicional, branca, conservadora, brasileira. Gente, isso é um horror. É a base do fascismo. Falemos a verdade”.

Ao tratar do lema “Deus, Pátria e Família”, usado em discursos e documentos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Milly Lacombe afirmou que a expressão teria origem em ideologias autoritárias. “Deus, pátria e família. Não é assim que o nosso ex-mandatário assinava. Esse é um slogan fascista. Ele assinou cartas com esse lema. Pra quem não estivesse entendendo, ele deixou bastante claro o que ele é, o que ele representa”.

Segundo a jornalista, seria necessário repensar os formatos sociais de organização familiar. “Então, eu acho que a gente tem a luta por superar essa organização de família”, concluiu.

Elementos diabólicos em ‘Guerreiras do K-Pop’ são risco, diz líder

O evangelista Fernando Ortega, idealizador do ministério Não Morda a Maçã, refletiu sobre a importância do discipulado exercido pelos pais ao comentar sobre o filme infantil da Netflix Guerreiras do K-pop. A animação, que é a mais assistida da plataforma, apresenta um trio de estrelas pop que secretamente são “Caçadoras”, usando suas vozes para banir demônios.

Em um vídeo publicado no Instagram, Ortega analisou a letra da música da produção, afirmando que ela “exalta o pecado e as manifestações demoníacas”. Ele também chamou atenção para a classificação indicativa do título. “Achou forte? Achou pesado? A restrição de idade é de 10 anos, mas o seu filho pode estar assistindo e você não sabe”, declarou.

O evangelista destacou que sua intenção não é apenas alertar sobre o conteúdo do desenho, mas ressaltar a responsabilidade dos pais em discipular seus filhos. “O problema é que não dá para você querer restringir o que o seu filho assiste se você mesmo não passa tempo com ele, brincando, conversando, ouvindo ele”, afirmou.

Ele acrescentou que a presença dos pais é fundamental para a formação das crianças. “A birra por ele ouvir um: ‘não assista a isso’, muitas vezes é porque você não oferece o que há de melhor, a sua presença. Sua presença é essencial para a segurança emocional, formar valores, ensinar pelo exemplo, fortalecer a identidade do seu filho, ajudar ele a crescer de forma saudável e confiante”, disse.

Ainda sobre a responsabilidade familiar, Ortega reforçou: “Você pode estar cuidando de um futuro evangelista, um pastor, uma missionária, mas isso depende do cuidado que você tem com ele hoje. Se você não priorizar o discipulado do seu filho hoje, o mundo está pronto e disposto a assumir esse papel. Então, ame o seu filho e dê o maior presente que ele pode receber: a sua presença”.

Análise da animação Guerreiras do K-pop

De acordo com a organização MovieGuide, que avalia filmes sob uma perspectiva cristã, a animação é baseada na mitologia coreana, com elementos metafóricos e outros literais. A trama acompanha as personagens Rumi, Zoey e Mira, integrantes da banda global Huntrix, que fortalecem uma barreira espiritual contra demônios por meio de seus cantos. A narrativa apresenta a ameaça de uma boy band demoníaca criada para dividir a lealdade dos fãs.

Entre os antagonistas está Gwi-Ma, descrito pela MovieGuide como “a figura de Satanás: mente, engana, manipula, condena e induz um personagem a um ataque de pânico”. A organização afirmou ainda que o personagem envia demônios para sugar almas e controla pessoas por meio da vergonha e da condenação, representando a guerra espiritual.

Após avaliar a violência, a linguagem e os elementos malignos presentes no enredo, a MovieGuide concluiu que “este filme não é adequado para crianças, pois o público-alvo são jovens adultos”. A entidade acrescentou que a produção contém “uma visão de mundo pagã muito forte, um tanto confusa, com falsos motivos religiosos orientais ao longo de toda a história”. Embora adultos possam compreender paralelos sutis com o cristianismo, a recomendação da MovieGuide é de cautela para adolescentes e adultos sensíveis.

Mulher é linchada por muçulmanos após piada sobre casamento

No sábado, 30 de agosto, uma vendedora de alimentos identificada apenas como Ammaye foi morta por uma multidão no norte da Nigéria sob acusação de blasfêmia contra o Profeta Maomé. O episódio ocorreu após uma conversa com um sobrinho, que, em tom de brincadeira, sugeriu casamento. A resposta da mulher não foi considerada clara, mas os presentes julgaram-na ofensiva o suficiente para justificar o ataque. Fontes locais informaram que, embora líderes distritais tentassem entregá-la à polícia, a multidão a apedrejou e incendiou antes da chegada de reforços policiais.

A polícia confirmou a morte, relatando que Ammaye foi “incendiada antes do reforço das equipes de segurança”. Autoridades locais declararam que a calma foi restabelecida, mas a ativista de direitos humanos Aisha Yesufu criticou a resposta oficial. Segundo ela, “não se pode minimizar a perda de uma vida com notas vagas de tranquilidade”. A Anistia Internacional também condenou o crime e pediu investigação imediata e transparente.

Em comunicado na rede X, a entidade afirmou: “O linchamento de Ammaye após uma discussão com um jovem é deplorável, e as autoridades devem garantir que os responsáveis por sua morte sejam imediatamente presos e levados à justiça”.

Casos como esse não são isolados na região. Acusações de blasfêmia frequentemente resultam em violência popular, especialmente nos 12 estados do norte que aplicam a sharia em paralelo à lei secular. Relatório da Anistia Internacional de 2024 apontou que pelo menos 91 pessoas foram vítimas de ações coletivas entre 2017 e 2024, a maioria pertencente a minorias religiosas. A prática atinge, sobretudo, cristãos, que enfrentam ataques, destruição de propriedades e deslocamentos forçados.

O assassinato de Ammaye remete a outros episódios semelhantes. Em maio de 2022, Deborah Emmanuel Yakubu, estudante cristã em Sokoto, foi apedrejada e queimada por colegas após ser acusada de blasfêmia em um grupo de WhatsApp. No mesmo ano, a agente de saúde Rhoda Jatau foi detida por mais de 18 meses sem julgamento após criticar a morte de Deborah.

Em janeiro de 2024, o professor cristão hauçá Sadiq Mani Abubakar relatou ter sua casa e veículos incendiados em função de uma publicação antiga no Facebook. Outros casos anteriores incluem o linchamento e decapitação de Gideon Akaluka em 1994, em Kano, e a morte de comerciantes cristãos queimados vivos em 2016 no estado de Níger.

Muçulmanos também já foram vítimas de ataques semelhantes, como Usman Buda em Sokoto, em 2023, e um homem de 50 anos morto em Kano em 2008. A Constituição da Nigéria garante liberdade religiosa e de expressão, mas a aplicação da sharia em estados do norte gera um sistema jurídico paralelo que entra em conflito com esses direitos. Segundo a International Christian Concern, autoridades policiais frequentemente “hesitam em intervir em casos de violência coletiva, seja por medo de repercussões negativas ou por falta de vontade política”, o que favorece a “cultura de impunidade”.

Em abril de 2024, o Tribunal de Justiça da Comunidade da CEDEAO emitiu decisão considerada histórica, declarando que disposições sobre blasfêmia presentes no Código Penal do Estado de Kano e na Lei do Código Penal da Sharia de 2000 são incompatíveis com normas internacionais de direitos humanos.

De acordo com informações do portal Christian Daily, o tribunal determinou que a Nigéria revise ou revogue tais leis, de forma a se alinhar às suas obrigações internacionais.

Niger State: Killing Over Alleged Blasphemy

The Nigerian authorities must immediately and transparently investigate the killing of a female food vendor named Ammaye by a mob at Kasuwan Garba village in Mariga LGA of Niger state over alleged blasphemy.

The incident which took… pic.twitter.com/Z9C1P9yrms

— Amnesty International Nigeria (@AmnestyNigeria) August 30, 2025

Cristão perde a vida em Uganda ao cair em cilada de muçulmanos

Um ex-muçulmano convertido ao cristianismo foi morto no leste de Uganda no dia 19 de agosto, informaram fontes locais. Mohammed Nagi, de 38 anos, residente na aldeia de Nyanza Sul, distrito de Budaka, foi atraído para a vila de Kamonkoli sob a promessa de trabalho e encontrado morto horas depois. Ele era pai de cinco filhos, com idades entre 4 e 15 anos.

Segundo a viúva, Katooko Nusula, a família decidiu seguir a fé cristã após a visita de um pastor em sua residência em 2 de março, na cidade de Mbale. Duas semanas depois, passaram a frequentar cultos regularmente. “Quando percebemos que estávamos sob vigilância, decidimos começar a frequentar outra igreja”, relatou Nusula.

No mês de julho, parentes e amigos de Nagi tomaram conhecimento da conversão. De acordo com Nusula, o cunhado e o amigo identificado apenas como Rajabu passaram a questioná-lo sobre a ausência nas orações de sexta-feira na mesquita. Ela acrescentou que membros da família disseram a Nagi que ele “merecia ser morto, porque desde a criação deste mundo, eles nunca viram ninguém se tornar cristão na família”.

A emboscada

Na noite de 19 de agosto, por volta das 20h, Nagi recebeu uma ligação de Rajabu, pedindo para que se encontrassem no centro comercial Mailo 5. Segundo a esposa, o suposto amigo teria mencionado a oferta de emprego e insistido na urgência do encontro. “Mas eu disse ao meu marido para adiar a reunião noturna. Ele me disse que Rajabu havia indicado a urgência de encontrá-lo, para não perder o emprego”, declarou Nusula.

Nagi saiu de casa e não retornou. “Esperamos e esperamos até a meia-noite. Tentei contatá-lo por telefone, mas foi em vão”, afirmou a viúva. Na manhã seguinte, uma vizinha identificada como Naisu Isima encontrou o corpo da vítima e comunicou a família.

Ação policial

O caso foi registrado na delegacia central de Budaka sob o número CRB 070/2025. Policiais liderados por Kwebiiha Sarapio, do posto policial local, foram ao local do crime. “O corpo do falecido foi encontrado com ferimentos físicos na cabeça e também foi arrastado por uma estrada lamacenta por uma distância de 20 metros. Não havia sinais de estrangulamento”, declarou Sarapio.

O corpo foi encaminhado para o necrotério da cidade de Mbale para autópsia. Até o momento, Rajabu está desaparecido e é considerado o principal suspeito do assassinato, de acordo com informações do portal Christian Daily.

O assassinato de Nagi soma-se a outros episódios de violência contra cristãos no país. Embora a Constituição de Uganda garanta liberdade religiosa e o direito de converter-se de uma fé para outra, organizações locais registram diversos casos de perseguição. Muçulmanos representam cerca de 12% da população ugandense, com maior concentração na região leste, onde ocorreu o crime.

Damares relata horas de oração com Bolsonaro: ‘Está sereno’

Na tarde de 1º de setembro, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) esteve na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília (DF). A parlamentar relatou que o líder político se encontrava “sereno”, apesar do quadro de saúde considerado delicado. “A saúde dele está delicada. Ele segue com aquela crise de soluço, mas ele está sereno”, afirmou.

Damares acrescentou que Bolsonaro ainda não havia confirmado presença no julgamento previsto para o dia 2 de setembro, no Supremo Tribunal Federal (STF). “Ele não disse se vai ao julgamento amanhã, disse que vai ouvir os advogados ainda”, declarou. A visita da senadora durou aproximadamente duas horas, envolvendo oração, conversa e café. Segundo informações, o veículo utilizado por ela não foi submetido à revista pela Polícia Penal do Distrito Federal, pois não entrou na garagem do imóvel.

Em ocasião anterior, após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, Damares relatou o constrangimento vivido pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que teria sido surpreendida pelos agentes enquanto ainda estava de pijama. Naquele momento, a senadora criticou a forma como a ação policial foi conduzida:

“Se era apenas para conduzi-lo para colocar uma tornozeleira, por que entraram na casa fortemente armados? Forjaram dentro da casa dele [Bolsonaro] uma situação de tamanho constrangimento a uma mulher de pijama”, reprovou.