O líder categoria Francisco Dalmora Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, declarou em Brasília nesta terça-feira, 2 de dezembro, que o movimento de caminhoneiros deflagrará uma greve geral a partir da quinta-feira, 4 de dezembro.
Durante o anúncio, Chicão esteve acompanhado pelo ex-desembargador Sebastião Coelho, que formalizou o compromisso de prestar assessoria jurídica à mobilização. O representante dos caminhoneiros informou que o documento que estabelece a base legal para o ato será protocolado ainda durante a tarde desta terça-feira.
“Estamos em Brasília, na companhia do desembargador Sebastião Coelho. Vamos protocolar o movimento para trazer a legalidade jurídica da ação que vamos iniciar no dia 4”, afirmou Chicão Caminhoneiro.
Ele assegurou que a categoria contará com suporte integral durante todo o processo. “Teremos o apoio jurídico necessário e, com a participação de todos, faremos um grande trabalho”, complementou.
Sebastião Coelho, por sua vez, agradeceu a confiança depositada nele e reafirmou seu apoio à categoria. “Eu creio que será um processo vitorioso para toda a categoria, diante da pauta que vocês irão apresentar. Estamos juntos!”, declarou o ex-desembargador.
Contexto da Reivindicação
A paralisação tem como principal motivação a pressão pela aprovação de uma anistia ampla para os indivíduos processados e condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Naquela data, grupos de manifestantes invadiram e depredaram as sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, em episódios que foram posteriormente enquadrados judicialmente como tentativa de golpe de Estado.
A pauta pela anistia, que tramita no Congresso Nacional por meio de projeto de lei específico, defende o perdão legal e a extinção de punições para todos os envolvidos nos eventos daquele dia.
Seus proponentes argumentam que os atos foram um “excesso” em manifestações políticas legítimas. A reivindicação ganhou força após as condenações e prisões de diversas figuras públicas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, e tornou-se um ponto central de mobilização para setores de oposição.