Irã: cristã não nega Jesus e policial é impactado: ‘Pediu uma Bíblia’

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Naghmeh Panahi nasceu no Irã em uma família muçulmana que, segundo seu testemunho, descendia da linhagem de Maomé. Ainda jovem, migrou para os Estados Unidos com seus pais e o irmão. Foi no novo país que ouviu o Evangelho pela primeira vez.

Ela relatou que começou a ler a Bíblia junto com o irmão, mas sua mãe descobriu a prática e proibiu os filhos de se converterem ao cristianismo. Anos mais tarde, ao ingressar na universidade, Naghmeh passou a frequentar uma igreja e retomou a leitura das Escrituras. Nesse período, declarou ter entregue sua vida a Cristo e sentido o chamado para retornar ao Irã como missionária.

Retorno ao Irã e negação por medo

Ao chegar ao país natal, Panahi foi questionada pela imigração sobre sua religião. Em um vídeo publicado pela missão Back to Jerusalem no YouTube, ela contou que, com medo de ser presa, declarou-se muçulmana: “Eu estava com muito medo de ser presa”. Posteriormente, disse ter se arrependido e feito uma oração pedindo a Deus uma nova oportunidade de testemunhar sua fé.

De volta ao Irã, envolveu-se com o movimento de igrejas subterrâneas que, à época, viviam um período de avivamento, alcançando milhares de iranianos. Nesse contexto, participou ativamente de ações de evangelismo, mas acabou sendo presa diversas vezes pelo governo islâmico.

Guarda Revolucionária

Dois anos depois de sua primeira detenção, Panahi – que já foi casada com o pastor Saeed Abedini – relatou ter enfrentado um interrogatório prolongado conduzido pela Guarda Revolucionária Islâmica. Segundo seu relato, um dos oficiais disse: “Qual sua religião? Se você disser que é muçulmana, pode sair por essa porta agora mesmo. Se você disser que é cristã, será torturada, estuprada e morrerá”.

Ela declarou que, nesse momento, respondeu afirmando ser cristã. “A Guarda Revolucionária é muito brutal e violenta. Eu abri minha boca e disse que eu era cristã e aquele cara ficou chocado com isso”, relatou. Naghmeh afirmou ainda que, após compartilhar seu testemunho, um dos oficiais foi impactado e chegou a pedir uma Bíblia, o que foi presenciado por outros guardas.

De acordo com seu depoimento, esse mesmo policial a libertou posteriormente, demonstrando interesse em conhecer mais sobre o cristianismo. “Ele não apenas me libertou, mas seu coração se abrandou em relação à Palavra de Deus e ele queria saber sobre o cristianismo”, declarou.

Atuação nos EUA

Atualmente, Naghmeh Panahi vive nos Estados Unidos. Além de relatar suas experiências de fé, lidera um ministério voltado ao apoio de refugiados e mulheres vítimas de violência doméstica. Sua trajetória tem sido marcada por ações de assistência e testemunho cristão em diferentes contextos.