Pastor acusado de abusar de adolescente que aconselhava

Stanley Jay, de 61 anos, pastor da Igreja Worship Life Center em Mesa, Arizona, foi preso em 23 de julho sob acusações de crimes sexuais contra uma adolescente de 16 anos.

Segundo registros do Tribunal Superior do Condado de Maricopa, Jay enfrenta quatro acusações de abuso sexual, duas de conduta sexual com menor e uma de aliciamento de menor para exploração sexual. Ele permanece sob custódia, com fiança estipulada em US$ 200 mil.

De acordo com documentos judiciais, os abusos teriam ocorrido no contexto de sessões de aconselhamento. A adolescente procurava apoio emocional após a morte de seu irmão. Durante uma dessas conversas, no início de maio, o pastor teria tocado a vítima por cima da roupa. Dias depois, a conduta teria evoluído para pedidos de imagens íntimas e o envio, por parte de Jay, de um vídeo de teor sexual.

A vítima relatou à polícia que se sentiu pressionada a obedecer, mesmo estando enojada com os pedidos. Segundo o depoimento, ela temia contar à mãe e afirmou que Jay se aproveitou de sua condição emocional. Ele teria solicitado que ela “prometesse de mindinho” não revelar a ninguém o que havia ocorrido.

A esposa de Stanley Jay informou à congregação, por e-mail em maio, que ele estava deixando o cargo pastoral. Em conversa com um membro da igreja, ela confirmou que havia ocorrido troca de mensagens explícitas entre o pastor e a adolescente, segundo os autos. A denúncia foi levada à polícia em 28 de maio por um fiel. A adolescente foi ouvida por investigadores no dia seguinte.

Durante um sermão realizado em 25 de maio, ocasião que coincidiu com seu aniversário, Jay mencionou seu passado criminal: “Não achei que chegaria a esse ponto na vida por causa da vida que vivi”, declarou.

Ele se identificou como “um criminoso condenado três vezes” e mencionou ter sido usuário de drogas. “Costumava fumar maconha”, afirmou ao público. O sermão foi encerrado com uma mensagem sobre domínio próprio: “Você tem que administrar essa coisa [a mente], ou essa coisa vai te arruinar”.

A Igreja Worship Life Center desativou seu site e suas redes sociais após a prisão do pastor. A Igreja Cristã Living Praise, onde Jay também atuava, não respondeu aos pedidos de comentário feitos pelo The Christian Post.