Em reunião congregacional realizada na última sexta-feira (10), na sede da Assembleia de Deus em Breu Branco, o pastor Josias Roberto de Freitas respondeu publicamente às acusações de suposta prática de “agiotagem” que têm circulado contra seu nome.
Durante o encontro, que contou com a presença do pastor Océlio Nauar, presidente da convenção estadual, Josias utilizou projeções em telão para apresentar documentos e notas fiscais, além de responder a questionamentos diretos dos membros presentes.
Ao final do evento, o religioso anunciou que estava transferindo a liderança da igreja para o pastor Océlio Nauar, que assumiria interinamente as funções administrativas. Todo o conteúdo da assembleia foi posteriormente disponibilizado nas contas oficiais do pastor Josias na plataforma Facebook.
Em suas publicações nas redes sociais, o pastor descreveu as acusações como “fundamentadas em informações falsas e distorcidas”. Em sua defesa, argumentou que todas as medidas administrativas adotadas durante sua gestão foram previamente discutidas e aprovadas em reuniões com o ministério, encontros com líderes de departamentos e assembleias gerais, sempre seguindo os protocolos estabelecidos no estatuto da denominação.
Sobre as transações financeiras questionadas, o representante jurídico da igreja, advogado Denis, apresentou embasamento legal citando o Decreto 22.626 de 1933 (Lei da Usura) e dispositivos complementares.
Ele explicou que a legislação permite que operações de empréstimo entre entidades jurídicas incluam juros de até 3% ao mês, posição utilizada para contestar a caracterização das práticas como “agiotagem”.
O pastor Josias manteve que a documentação exibida publicamente, complementada por declarações de testemunhas, demonstra a regularidade de sua conduta. Reafirmou que todos os processos foram conduzidos através dos mecanismos internos de decisão e que as prestações de contas foram submetidas aos órgãos competentes da comunidade religiosa.
Ao encerrar seus comentários, o pastor Josias justificou a decisão de passar a liderança ao pastor Océlio Nauar com a declaração: “Preferi renunciar para preservar a instituição”, frase que posteriormente reproduziu em suas redes sociais.