Em culto transmitido nacionalmente, o pastor Joel Engel emitiu alerta sobre o que classificou como “agravamento da crise espiritual e social do Brasil”, conclamando evangélicos a intercederem pela nação.
A mensagem do líder religiososo se concentrou em três eixos: relação Brasil-Israel, denúncia de injustiças e apelo ao ativismo cristão.
Engel vinculou as “crises assoladoras” à postura governamental contrária a Israel, ressaltando uma suposta conexão judaica nas origens brasileiras:
“Quando nos apresentamos em Israel como brasileiros, entendem: é Barzilai, amigo do rei Davi. Tripulantes judeus estavam nas caravelas de Cabral”.
Afirmou que oposição a Israel geraria consequências espirituais: “Um representante inimigo de Israel torna-se, diante de Deus, inimigo do povo eleito”. Não apresentou fontes documentais para as alegações históricas.
Críticas Sociais
O pastor citou “sangue inocente” de vítimas de tráfico humano e injustiça como clamor que “sobe ao céu”, acrescentando:
“Deus levanta-se para julgar o Brasil. A Igreja assiste de camarote, vacinada com apatia. Seus filhos sofrerão com seu silêncio”.
Engel evocou a crucificação de Jesus como paradigma de confronto à injustiça: “O maior homem da História não se calou. Morreu de braços abertos, mas denunciou”.
Apelo à Ação
Relembrando as raízes da Reforma, Engel exigiu postura ativa:
“Evangélico vem de protestante. Lutero protestou contra erros e mudou a História. Por menos que isso, homens perderam a cabeça. Não podemos omitir-nos”.
Alertou sobre riscos à liberdade religiosa: “Se censurarem a pregação, como ouvirão a verdade? Se há um só Mediador, como saberão se a Igreja calar?”.
Ele concluiu, segundo o Guiame, com um chamado à intercessão: “Clamemos: ‘Senhor, perdoe os pecados da nação. Não impute erros aos inocentes. Salve o Brasil’”.
Box contextual:
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Posição Brasil-Israel: Desde 2023, o governo brasileiro manifestou críticas a políticas israelenses, resultando em atritos diplomáticos.
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Cenário Religioso: Pesquisa Datafolha (2024) indica 42 milhões de evangélicos no Brasil (31% da população adulta).
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Termo “Protestante”: Originado na Protestatio de Speyer (1529), quando príncipes luteranos protestaram contra édito imperial.