Sedenta por Jesus, tribo cava buraco improvisado para batismo

A missionária americana Angi Magoulis relatou a conversão coletiva de membros de uma tribo não alcançada durante expedição realizada em junho de 2025 em uma região desértica não identificada (por questões de segurança), onde um buraco foi cavado de forma improvisada para a realização de batismos.

Segundo seu testemunho, mais de 200 pessoas aceitaram Jesus após ouvirem o Evangelho pela primeira vez e foram batizadas em piscina improvisada no local.

A cerimônia ocorreu após três dias de preparação logística. Sem fontes de água superficiais, os convertidos escavaram um buraco no solo enquanto outros percorreram quilômetros até um poço de 100 metros de profundidade.

“Transportaram água por dois dias para preencher o espaço”, explicou Magoulis, que atua em projetos de evangelização em áreas remotas há onze anos.

Durante o batismo, destacou-se a atuação de Mesaque e Carolyn, casal nativo que assumiu espontaneamente a liderança dos rituais. “Mesaque observou o movimento espiritual e entrou na água para batizar seu próprio povo”, descreveu a missionária.

Carolyn, inicialmente nervosa, também realizou batismos – fato que Magoulis justificou citando a “Grande Comissão” bíblica (Mateus 28:19): “Este mandamento é para todo seguidor de Cristo, homem ou mulher”.

Em declaração gravada, Magoulis detalhou reações dos novos convertidos: “Vi lágrimas, expressões de libertação e manifestações atribuídas ao Espírito Santo”. A citação de Atos 2:38 (“Arrependei-vos e sede batizados”) teria sido central na pregação inicial.

Contexto estratégico

A iniciativa integra esforços de organizações missionárias para alcançar os cerca de 3.000 grupos étnicos ainda considerados “não alcançados” por estatísticas protestantes. Batismos em tanques improvisados, nesse contexto, como buraco feito artesanalmente e outros, fazem parte desses esforços.

Magoulis enfatizou o objetivo de multiplicação local: “Deus forma equipes autóctones. Não pararemos até que todas as tribos ouçam o Evangelho”.

Logísticas complexas, como a obtida neste caso, são comuns em regiões áridas. Segundo o Centro de Estudos Missionários de Colorado Springs, 87% dos grupos não alcançados habitam zonas com acesso hídrico precário ou conflitos geopolíticos. Veja também:

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