Sarah Beatriz apresenta álbum e testemunha a fidelidade de Deus

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A cantora Sarah Beatriz lançou, neste mês, a edição deluxe do projeto “Ao Vivo em São Paulo”, consolidando mais uma etapa importante em sua trajetória na música cristã. O álbum reúne faixas que marcaram os últimos lançamentos da artista, além de incluir uma faixa bônus inédita, intitulada Chega de Errar Pra Aprender, em versão com banda completa.

Com mais de 800 milhões de execuções nas plataformas de streaming e 8 milhões de seguidores nas redes sociais, Sarah Beatriz tornou-se uma das principais vozes do cenário gospel nacional.

“Foi lindo o que vivemos na gravação desse projeto. Passa um filme na minha mente ao lembrar da Sarah que começou com apenas um celular, gravando na cozinha de casa, mas acreditando no que Deus tinha para ela”, declarou a cantora.

A faixa bônus, escrita por Abdiel Arsênio — compositor de Me Atraiu e O Maior Vilão Sou Eu — conta com as participações dos cantores Eli Soares e Mauro Henrique. Lançada inicialmente em versão acústica, a canção agora ganha nova roupagem como destaque especial do projeto.

O álbum “Ao Vivo em São Paulo – Deluxe Edition” também reúne canções como Pentecostes, Tu És a Direção, O Grande Eu Sou, A Alegria do Senhor e Deus na Minha História — versão da música God Is In This Story, de Katy Nichole. Também integram o repertório faixas como O Teu Poder (Creio em Ti), interpretada em dueto com Bruna Karla, Não Pare de Adorar e O Poder do Teu Amor.

Gravado ao vivo, o projeto retrata momentos de adoração e testemunho. Segundo a cantora, cada canção representa uma etapa espiritual em sua vida. Além do marco musical, Sarah vive também uma nova fase pessoal, após se casar com o jogador Calebe Silva, anunciado recentemente como reforço do clube espanhol Deportivo Alavés.

A produção musical do projeto ficou sob responsabilidade de Hananiel Eduardo, com direção de vídeo assinada por Flauzilino Jr. O álbum completo já está disponível nas principais plataformas digitais, assim como os clipes no canal oficial da Musile Records no YouTube.

Organização cristã envia 48 toneladas de alimentos para Gaza

A organização humanitária Samaritan’s Purse, liderada pelo evangelista Franklin Graham, enviou 48 toneladas de alimentos para civis na Faixa de Gaza. Dois aviões de carga — um DC-8 e um 757 — decolaram dos Estados Unidos no sábado, 26 de julho, e pousaram em Israel na segunda-feira, 28 de julho.

Segundo a entidade, os alimentos, compostos por pacotes nutritivos fornecidos pela organização americana MANA, serão distribuídos por parceiros confiáveis da missão cristã à população palestina em situação de necessidade.

“Famílias inocentes estão sofrendo em Gaza e Israel, e muitas vidas foram perdidas desde o início deste conflito”, declarou Franklin Graham. “A Samaritan’s Purse está trabalhando para ajudar civis inocentes pegos no fogo cruzado. Esses suprimentos de comida são um lembrete tangível de que Deus os vê, cuida deles e não os esqueceu em seu sofrimento. Por favor, se junte a mim em oração pela paz no Oriente Médio”.

Apoio humanitário desde outubro

Desde 7 de outubro de 2023, quando o grupo Hamas lançou um ataque contra Israel, a Samaritan’s Purse tem atuado nos dois lados do conflito. Nos territórios palestinos, a missão tem distribuído alimentos, água potável, lonas, cobertores e outros materiais básicos de sobrevivência.

Em território israelense, a organização cristã fornece apoio médico por meio de kits de trauma e alimentos de emergência. A entidade também já entregou 22 ambulâncias ao Magen David Adom — o serviço nacional de emergência médica de Israel —, incluindo veículos blindados. Os automóveis substituem unidades destruídas nos ataques iniciais do Hamas e ampliam a resposta aos feridos.

A organização informou que mais aviões com alimentos suplementares prontos para uso serão enviados à Faixa de Gaza no próximo final de semana.

Desafios na distribuição

Apesar dos esforços, a distribuição da ajuda enfrenta obstáculos. Segundo denúncias das Forças de Defesa de Israel (IDF), de jornalistas locais e de palestinos, grupos armados dentro da Faixa de Gaza têm interceptado e desviado parte dos suprimentos destinados à população civil.

A Samaritan’s Purse não comentou diretamente as denúncias, mas ressaltou que trabalha com “parceiros confiáveis” para garantir que a assistência chegue aos necessitados.

A entidade mantém presença ativa em zonas de conflito ao redor do mundo e é conhecida por suas respostas rápidas a desastres e crises humanitárias, sempre com enfoque cristão e apoio em oração.

Político hindu oferece recompensa a quem atacar missionários

Gopichand Padalkar, membro da Assembleia Legislativa do estado de Maharashtra pela sigla ultranacionalista hindu BJP, foi alvo de protestos em diversas regiões da Índia após incitar publicamente a violência contra cristãos. As declarações foram feitas em 17 de junho, durante uma marcha com tochas realizada no distrito de Sangli.

Na ocasião, o parlamentar afirmou que líderes cristãos estariam promovendo conversões forçadas, sem apresentar provas, e sugeriu recompensas financeiras por agressões contra missionários.

“Devemos manter prêmios para aqueles que atacam os missionários que vêm converter pessoas. 500.000 rúpias (US$ 5.756) devem ser dados para a primeira pessoa que espancar tal missionário, o segundo receberá 400.000 rúpias (US$ 4.605), enquanto o terceiro receberá 300.000 rúpias (US$ 3.454) como prêmios”, declarou Padalkar. O político ainda ofereceu 1,1 milhão de rúpias (US$ 12.663) a quem agredir líderes cristãos.

Durante o discurso, Padalkar se referiu aos cristãos como “pítons” e defendeu a destruição de igrejas consideradas ilegais. “Essas casas de oração devem ser demolidas”, afirmou, ao exigir que autoridades locais divulguem uma lista de igrejas não autorizadas no distrito. Ele também declarou que funcionários públicos que adotaram religiões diferentes, apesar de estarem empregados sob cotas destinadas ao hinduísmo, deveriam ser demitidos.

Ainda na manifestação, representantes da Assembleia Legislativa de Maharashtra afirmaram que trabalhariam para aprovar uma lei estadual contra a conversão religiosa na próxima sessão legislativa, conhecida como “sessão das monções”. Um dos discursos também incluiu a frase: “Elimine aqueles que se convertam, e eu cuidarei da polícia”.

Protestos cristãos

As declarações provocaram reações imediatas em diversas cidades indianas. No dia 30 de junho, cristãos marcharam em Jalna com cartazes exigindo que Padalkar fosse punido. Em 8 de julho, membros do Fórum Cristão realizaram um protesto diante do Escritório do Coletor Distrital em Pune. Em 11 de julho, cerca de 20 organizações cristãs se uniram em Mumbai para um protesto de seis horas que reuniu milhares de pessoas.

Durante as manifestações, os participantes pediram a destituição de Padalkar e que ele seja processado criminalmente por incitação à violência, tumulto e incentivo ao homicídio.

O reverendo Vijayesh Lal, secretário-geral da Irmandade Evangélica da Índia, condenou publicamente as falas. “Nenhum representante eleito deve incentivar ataques a qualquer cidadão com base em sua fé”, declarou. “Tais declarações não apenas colocam vidas em perigo, mas minam os próprios princípios sobre os quais nossa nação foi fundada. Apelamos por uma ação decisiva para garantir que essa retórica não se traduza em violência real”.

Melwyn Fernandes, secretário da Association of Concerned Christians, também se posicionou: “Um ataque direto ao próprio tecido de nossa democracia secular. É chocante e desanimador que nossos líderes eleitos não tenham tomado conhecimento de uma retórica tão perigosa, minando e isolando os cristãos em seu próprio país”.

A Conferência dos Bispos Católicos da Índia (CBCI) divulgou uma nota oficial em 28 de julho, classificando o episódio como um sinal alarmante de hostilidade crescente contra minorias. “Profunda angústia pelo crescente clima de hostilidade e violência dirigida contra as comunidades minoritárias no país. [Suas declarações] justificam uma intervenção legal imediata e decisiva, particularmente quando o incitamento é explícito, direto e representa uma ameaça iminente à ordem pública”, afirmou a entidade.

Uso de leis anticonversão

Atualmente, 12 dos 28 estados da Índia possuem leis que restringem ou controlam a conversão religiosa. De acordo com líderes cristãos, essas legislações têm sido usadas por nacionalistas hindus para perseguir minorias sob o pretexto de proteger a identidade religiosa local. A maioria desses estados é governada pelo BJP, de acordo com o Morning Star News.

Segundo a organização United Christian Forum (UCF), os cristãos enfrentam ao menos dois ataques por dia no país. Em 2024, foram contabilizados 834 incidentes, número superior aos 734 casos registrados em 2023 e aos 601 em 2022. A Índia ocupa atualmente o 11º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025, elaborada pela missão cristã Portas Abertas, que monitora a liberdade religiosa em diferentes países.

‘Nós que lutamos com Deus’: Jordan Peterson apresenta novo livro

O psicólogo clínico e escritor Jordan B. Peterson lança no Brasil seu novo livro Nós que lutamos com Deus – Percepções do Divino, obra que examina como as histórias bíblicas moldaram o entendimento humano sobre o mundo ao longo dos milênios. Publicado originalmente em inglês e agora traduzido por Wendy Campos, o título chega ao país pelo Grupo Editorial Alta Books e já figura na lista de best-sellers do The New York Times.

Com 576 páginas, o livro apresenta uma análise aprofundada de narrativas centrais da Bíblia, com ênfase no Antigo Testamento. Entre os episódios revisitados estão a queda de Adão e Eva, o assassinato de Abel por Caim, a construção da arca por Noé, a peregrinação de Abraão e o êxodo liderado por Moisés. Para Peterson, essas histórias contêm elementos simbólicos que transcendem o tempo, oferecendo caminhos de reflexão para dilemas contemporâneos como sofrimento, responsabilidade e propósito.

“Ao interpretar essas histórias sob a lente da psicologia junguiana e da filosofia existencial, o autor propõe um reencontro com as tradições espirituais e culturais que sustentaram a civilização ocidental”, destaca o material de divulgação. O título do livro remete ao significado do nome “Israel” — “aquele que luta com Deus” — evocando a tensão permanente entre o humano e o divino, entre o livre-arbítrio e o mistério da fé.

Peterson afirma que sua abordagem não parte da literalidade dos textos, mas de sua força arquetípica: “Se o mundo se revela para nós na forma de uma história — que história é essa?”, questiona. O autor sugere que a Bíblia, lida como um mapa simbólico da experiência humana, ainda tem muito a dizer a uma geração marcada por crises de identidade, ansiedade e desconfiança nas instituições.

Conhecido por suas conferências, debates e livros anteriores como 12 Regras para a Vida e Além da Ordem, Peterson se tornou uma das figuras mais influentes do debate intelectual contemporâneo, especialmente entre leitores que buscam reconstruir valores pessoais e espirituais. Nós que lutamos com Deus – Percepções do Divino mantém esse percurso, propondo uma jornada de autoconhecimento por meio da leitura simbólica das Escrituras.

A obra já está disponível para compra na Amazon por R$68,30.

Ficha técnica

Título: Nós que lutamos com Deus – Percepções do Divino

Autor: Jordan B. Peterson

Tradução: Wendy Campos

Editora: Alta Books

ISBN: 978-8550826738

Páginas: 576

Preço: R$68,00

Disponível em: Amazon Brasil

Evangelista ora para homem que socou namorada sofra na cadeia

O evangelista Caio César voltou a ganhar repercussão nas redes sociais após publicar, em 31 de julho, um vídeo em que reage a um caso de violência contra a mulher registrado em Natal (RN). A gravação foi publicada nos Stories de seu perfil no Instagram, que conta com mais de 375 mil seguidores.

A manifestação ocorreu após um seguidor questionar: “Por que ninguém ora pelo rapaz que deu 61 socos na namorada no elevador?” Em resposta, Caio iniciou uma oração com tom firme e irônico, direcionando suas palavras ao agressor identificado como Igor.

“Pai, que esse rapaz se arrependa, que ele tenha um encontro com o Senhor, e que na cadeia em que ele for preso, ele encontre pessoas que tenham a mesma piedade que ele teve daquela moça”, declarou o evangelista.

Na sequência, acrescentou: “Que o Senhor abençoe ele duas vezes mais, três vezes mais, cinco vezes mais do que ele fez com ela. A colheita vai ser grande, Senhor. Que dê tempo dele se converter antes de partir pra te encontrar”.

A fala foi amplamente compartilhada e interpretada por seguidores como uma crítica direta à impunidade e à recorrente banalização da violência contra mulheres no Brasil. Diversos comentários elogiaram a postura do evangelista, destacando o tom de justiça implícito em suas palavras.

Câmeras registraram agressão

O episódio citado por Caio ocorreu em um condomínio residencial de Natal e foi registrado pelas câmeras internas de um elevador. Nas imagens, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral desfere ao menos 60 socos na companheira, que saiu com o rosto visivelmente ensanguentado.

De acordo com relatos colhidos pela polícia, a agressão teria começado após uma discussão durante um churrasco com amigos, motivada por ciúmes. Cabral, segundo testemunhas, jogou o celular da namorada na piscina. Em seguida, ele subiu ao apartamento com a intenção de recolher seus pertences. A vítima o acompanhou até o elevador, onde ele ordenou que ela saísse. Ao se recusar, alegando saber da existência das câmeras, ela foi brutalmente agredida.

O ataque foi monitorado em tempo real por um segurança do condomínio, que acionou a Polícia Militar. Cabral foi detido por moradores ao sair do elevador e preso em flagrante. A vítima foi encaminhada ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel para atendimento médico.

Investigação

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte investiga o caso como tentativa de feminicídio. A delegada Victória Lisboa, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), declarou que o agressor alegou um “surto claustrofóbico” como justificativa para o comportamento violento.

A declaração não foi aceita como justificativa para atenuar a gravidade do ocorrido. Segundo a delegada, “as imagens falam por si e a investigação segue com base nos elementos colhidos no flagrante e nos depoimentos”.

O caso gerou forte comoção e levantou novos debates sobre a necessidade de punições mais severas e rápidas para crimes de violência doméstica. A Secretaria de Segurança Pública do estado informou que Igor permanece detido à disposição da Justiça.

Veracidade da Bíblia: encontrado selo da era do Primeiro Templo

Uma impressão de selo hebraico (bula) datada da era do Primeiro Templo (séculos VII-VI a.C.) foi identificada pelo Projeto de Peneiramento do Monte do Templo, conforme divulgado pelo portal Ynet nesta quarta-feira (30).

O artefato de argila, preservado em estado excepcional, exibe a inscrição “Yed[a‛]yah (filho de) Asayahu” – indicando propriedade de um indivíduo cujo nome significa “Pertencente a Yed[a‛]yah, filho de Asayahu”.

A decifração, conduzida pela Dra. Anat Mendel-Geberovich e pelo arqueólogo Zachi Dvira, revelou que o selo da era do Primeiro Templo servia para lacrar recipientes de armazenamento, garantindo acesso restrito a conteúdos valiosos.

Marcas na parte posterior confirmam seu uso prático. Com base na paleografia (estudo da escrita), a peça remonta à segunda metade do século VII a.C. ou início do século VI a.C.

Conectividade Bíblica

O período do Primeiro Templo coincide com o reinado de Josias, rei de Judá (639–609 a.C.), conhecido por reformas religiosas no Templo de Jerusalém. Curiosamente, 2 Crônicas 34:20 menciona um “Asayahu, servo do rei” integrante da delegação enviada por Josias à profetisa Hulda.

Especialistas citados pelo jornal Behadrei Haredim sugerem que o selo possa pertencer ao filho desse funcionário real, hipótese reforçada pela prática da época: selos eram exclusivos de altos dignatários.

Projeto Arqueológico

Iniciado há 20 anos em resposta a escavações ilegais no Monte do Templo, o projeto – gerido pela Fundação Arqueológica de Israel com apoio acadêmico da Universidade Bar-Ilan – já analisou mais de 9.000 toneladas de terra.

Até agora, catalogou 500 mil artefatos, incluindo 5.000 moedas antigas, joias e objetos do período do Primeiro Templo (1006–586 a.C.). Mais de 250.000 voluntários participaram das peneirações.

Significado Ampliado

A descoberta reforça padrões observados em achados anteriores: cerca de 40% dos nomes em selos de Jerusalém vinculam-se a figuras bíblicas. Como observa Dvira: “Cada selo é uma cápsula do tempo. Nomes como Asayahu, conhecidos pelos textos, ganham materialidade“.

O artefato sobreviveu à destruição de Jerusalém por Nabucodonosor em 586 a.C., evento que resultou no exílio babilônico da elite judaítica – contexto que explica a raridade de tais objetos.

(Fontes: Projeto de Peneiramento do Monte do Templo, Universidade Bar-Ilan, Ynet, Behadrei Haredim)

Avanço ou estragos? A polêmica 'Teologia da Prosperidade'

A teologia da prosperidade, doutrina que associa contribuições financeiras e fé a bênçãos materiais, permanece como um dos debates mais polarizados no cristianismo brasileiro. Impulsionada por igrejas neopentecostais desde os anos 1980, sua prática divide líderes religiosos entre críticas à instrumentalização da fé e defesas de fundamentos bíblicos.

O pastor Wagner Scatamburgo (Assembleia de Deus/SP) atribui a origem da doutrina ao norte-americano Essek William Kenyon (1867–1948), criticando a “confissão positiva” – ideia de que declarações de fé geram prosperidade. Para ele, a interpretação seletiva de textos como Marcos 11:24 e Malaquias 3:10 promove “uma fé utilitarista, centrada no homem”.

Scatamburgo relata consequências práticas da teologia da prosperidade: fiéis endividados após venderem bens para cumprir “votos financeiros”, além de processos judiciais contra igrejas.

“Prometer riqueza como sinal de fé é irresponsável num país com salário mínimo de R$ 1.525”, reforça o pastor João Gomes Rodrigues (Igreja Apostólica Vinde/SP), apontando que campanhas como “Sexta-feira da Prosperidade” transformam a fé em “instrumento de consumo”.

Ambos enfatizam o desvio do foco espiritual: “Jesus disse que é mais importante reconciliar-se que entregar ofertas” (Mateus 5:23-24), destaca Rodrigues.

Defesas

Em contraponto, o apóstolo Nilton Brito (Igreja Missão Mundial/SP) defende supostas bases bíblicas para a teologia da prosperidade, citando João 10:10 (“vida em abundância”) e Salmos 1:3 (“tudo prosperará”). Ele reconhece, porém, que “escassez nem sempre indica falta de fé”, remetendo ao Salmo 73, onde justos questionam a prosperidade de ímpios.

Brito ressalta equilíbrio: “A bênção financeira é instrumento de testemunho, como na igreja primitiva, onde ‘não havia necessitados’ (Atos 4:34)”. Para ele, textos como *2 Coríntios 9:8-11* mostram a prosperidade como “consequência de obediência e generosidade”.

O bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, reafirma em pregação recente o “direito legítimo à prosperidade”, baseando-se em *3 João 1:2* (“que tudo te vá bem”). Ele distingue riqueza de idolatria ao dinheiro:

“É ele que traz conforto e alimento. Impossível viver sem, a não ser como mendigo”. Macedo encerra com João 10:10, sublinhando “vida com abundância” como promessa cristã.

Evolução 

Rodrigues observa movimentos de revisão: algumas igrejas adotam abordagens moderadas, enfatizando “vida abundante em todas as áreas” (Rick Warren, Max Lucado), enquanto outras mantêm práticas questionáveis. Brito reconhece que o excesso gera distorções, mas insiste: “A igreja deve falar sobre prosperidade – com equilíbrio”.

Para críticos, o núcleo da discordância permanece: quando a busca por bênçãos materiais suplanta valores como arrependimento e humildade (Marcos 14:7), o evangelho perde sua essência. Com: Comunhão.

Pesquisa prova: 7 em cada 10 evangélicos reprovam governo Lula

A pesquisa do Instituto PoderData mostrou que o governo Lula (PT) é reprovado por larga margem entre evangélicos, enquanto divide os católicos.

Divulgada em 30 de julho, a pesquisa trouxe dados atualizados sobre a percepção dos eleitores evangélicos e católicos a respeito do governo petista. O levantamento foi realizado entre os dias 26 e 28 de julho, com 2.500 entrevistas por telefone em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para o total da amostra e de até 4 pontos percentuais para subgrupos, com índice de confiança de 95%.

Entre os evangélicos, os índices de desaprovação permanecem elevados. De acordo com os dados, 69% disseram desaprovar a gestão de Lula, enquanto 26% afirmaram aprovar. Em junho, os números estavam em 70% de desaprovação e 25% de aprovação, o que indica estabilidade dentro da margem de erro. O segmento evangélico é historicamente associado à base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que mantém forte influência nesse grupo.

Já entre os católicos, o cenário é mais equilibrado. Segundo a pesquisa, 48% declararam aprovar o atual governo, ao passo que 45% afirmaram desaprovar, configurando um empate técnico. No levantamento anterior, feito em junho, os números eram inversos: 45% de aprovação e 48% de desaprovação. A oscilação dentro da margem de erro mostra que esse segmento religioso, muito forte no nordeste do país, permanece dividido quanto a Lula.

O eleitorado religioso, especialmente o evangélico, tem se mostrado determinante nas disputas políticas recentes, sendo frequentemente citado como grupo de influência significativa nas eleições de 2018 e 2022. O Instituto PoderData é vinculado ao portal Poder360 e realiza pesquisas regulares sobre opinião pública.

Pesquisa mostra que 7 em cada 10 evangélicos reprovam governo Lula
Infográfico da pesquisa realizada pelo PoderData.

É possível perdoar uma traição e seguir em frente?

A traição não é uma triste realidade que não existe apenas fora do ambiente cristão, mas também dentro dele, inclusive em contextos de liderança. Se trata de algo que envolve diversos aspectos, sejam eles psicológicos, emocionais, físicos e também espirituais. Mas, diante disso, é possível perdoar?

A descoberta de uma traição conjugal desencadeia uma crise que ultrapassa a ruptura do relacionamento, atingindo a identidade emocional do traído. Segundo Vânio Domingos, especialista com anos de experiência clínica, a questão central torna-se “o que fazer com essa dor?” – dilema que acompanha vítimas de infidelidade.

Dados da USP (2025) indicam que mais de 40% dos relacionamentos enfrentam episódios de infidelidade, com cerca de 60% culminando em separação. Contudo, Domingos enfatiza que a reconciliação é viável quando há arrependimento genuíno, reconstrução da verdade e compromisso afetivo renovado.

Do ponto de vista científico, a traição revela-se multifacetada: a psicanálise a interpreta como “ato sintomático” que expõe insatisfações reprimidas e falhas comunicativas, enquanto a neurociência comprova que o cérebro reage ativando áreas associadas à dor física (córtex cingulado anterior e amígdala). “O sofrimento não é exagero: é biológico”, sintetiza o psicanalista.

O cerne da questão

Domingos desvincula radicalmente perdão e permanência no relacionamento, explicando que, diferentemente do que muitos imaginam, a pessoa traída não precisa continuar se submetendo a situações de sofrimento decorrentes da infidelidade, apenas por achar que isso seria a vontade de Deus.

Na Bíblia, teólogos e pastores de várias tradições concordam que o adultério é uma das “cláusulas” aceitáveis para o divórcio, sendo o abandono do lar, algo caracterizado de muitas maneiras, inclusive a violência física, a outra. Ou seja, quem é vítima de traição pode, sim, se divorciar, pois será uma decisão justificada.

Mas, e o perdão?

Por outro lado, existe a possibilidade de perdoar uma traição? Para o psicanalista, tudo depende do contexto, o qual envolve a capacidade de lidar com o trauma decorrente da infidelidade, bem como da mudança de vida daquele que traiu.

Perdoar não é esquecer. É ressignificar. É decidir conscientemente não permitir que a dor defina sua vida – com ou sem o parceiro”. Ele confronta pressões externas ao declarar em sessões: “Perdoar e partir não te faz menos cristão nem imaturo. Te faz digno”, reinterpretando Mateus 6:14 como “convite à liberdade interior”, não obrigação de manter vínculos.

Na prática clínica, ambos os desfechos mostraram-se válidos: desde casais que reconstruíram bases sólidas até indivíduos que floresceram sozinhos. O alerta decisivo é contra permanecer “sob culpa, pressão social ou falsa obrigação religiosa”, diz o profissional.

Como conclui Domingos: “Perdão é escolha. Ficar junto, também. O inaceitável é viver sem verdade”. Com informações: Comunhão.

*(Fonte: Departamento de Psicologia da USP/2025)*

Malafaia contesta STF após sanção Magnitsky a Moraes: ‘Farsa’

O pastor Silas Malafaia contestou a nota emitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após Alexandre de Moraes ter sido sancionado na lei Magnitsky pelo governo dos Estados Unidos por violações graves aos direitos humanos nos processos que vem conduzindo contra opositores do governo.

Na nota, o STF alega que está julgando “crimes que implicam atentado grave à democracia brasileira”, um papel “de exclusiva competência da Justiça do país, no exercício independente do seu papel constitucional”.

Ao longo da nota, o STF diz que “todas as decisões tomadas pelo relator do processo [Alexandre de Moraes] foram confirmadas pelo Colegiado competente” e que garante a “todos os envolvidos o devido processo legal e um julgamento justo”.

No X, o pastor tratou a nota como uma “mentira do STF”, já que pessoas que não possuem prerrogativa de foro para serem julgadas pela Corte Constitucional foram condenadas sem possibilidade de recorrer a instância superior.

“Não existe devido processo legal nem justiça. Uma mulher pega 14 anos de cadeia por causa de um batom. Moraes é suspeito porque ele mesmo disse que é vítima do suposto golpe, não pode presidir o inquérito. A delação do coronel Cid tem que ser cancelada, ele quebrou o acordo da mesma. Bolsonaro estava nos EUA no dia da baderna no DF e está sendo acusado de abolição violenta do estado democrático. E muito mais além disso”, protestou o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC).

Ao final, acrescentou que o STF está no centro de um escândalo: “Esse inquérito é uma farsa de pura perseguição política!”. A frase ecoa uma declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que considera o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores uma “caça às bruxas”.

Racha no STF

A nota emitida pelo STF após a sanção de Moraes não contou com o usual corporativismo que marca as manifestações da Corte. De acordo com o portal Poder 360, mais da metade dos onze ministros avaliou como impróprio que o STF produzisse um documento conjunto para criticar uma decisão interna do governo americano.

Dessa forma, a postura dos demais ministros foi recebida por Alexandre de Moraes como uma decepção, já que – conforme as fontes do portal – ele esperava receber respaldo unânime dos colegas contra a sanção da lei Magnitsky.

A MENTIRA DO STF !

Não existe devido processo legal nem justiça . Uma mulher pega 14 anos de cadeia por causa de um batom . Moraes é suspeito porque ele mesmo disse que é vítima do suposto golpe , não pode presidir o inquérito . A delação do coronel Cid tem que ser cancelada,…

— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) August 1, 2025