Gesto obsceno e violações: Nikolas pede impeachment de Moraes

Deixou escapar como se sente… pic.twitter.com/mm34fg6Lqu

— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) August 1, 2025

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou a apresentação de um novo pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, destacando não apenas a recente sansão sofrida pelo magistrado, por parte dos Estados Unidos, como uma suposta quebra de decoro ao fazer gesto obsceno ao assistir ao jogo do Corinthians, esta semana.

A decisão ocorre dois dias após o governo do presidente Donald Trump incluir Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky Global, que prevê bloqueio de ativos por supostas violações de direitos humanos.

Em publicação na rede social X, Nikolas declarou: “Venho informar que irei protocolar mais um pedido de impeachment desse ministro, que já não representa a Justiça, mas sim o autoritarismo travestido de legalidade”.

Segundo o parlamentar, o documento acusa Moraes de “ativismo judicial”, “violação de direitos humanos”, “medidas abusivas” contra os Bolsonaros e “censura ideológica”.

Nikolas criticou especificamente a condução do inquérito sobre alegações de tentativa de golpe pós-eleições de 2022, classificando-a como “totalmente parcial, com penas desproporcionais e sem ampla defesa”. O protocolo na Câmara dos Deputados deve ser formalizado até sexta-feira (1º/08), conforme sua assessoria.

Outros processos

Este é o 177º pedido de impeachment contra um ministro do STF na história, sendo o 48º direcionado especificamente a Moraes – recorde entre os atuais integrantes da Corte. A iniciativa segue ação similar do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que protocolou requerimento no Senado em 23 de julho.

Para prosperar, o processo depende da aceitação pelo presidente da Câmara, seguida de aprovação por 342 deputados (2/3 da Casa) e posterior julgamento no Senado. O PL, partido de Ferreira, integra a base governista com 99 cadeiras.

Gesto obsceno

Além das alegadas violações aos direitos humanos e da própria Constituição Brasileira, Nikolas citou como um dos fundamentos do seu novo pedido o gesto obsceno feito por Moraes durante o jogo do Corinthians, ocasião em que foi vaiado por parte dos populares.

O ministro foi flagrado erguendo o dedo do meio para os populares, cena que repercutiu em parte da imprensa. Para o deputado, o gesto pode configurar crime de responsabilidade, tendo em vista o cargo ocupado por Moraes.

“O pedido de impeachment de Alexandre de Moraes (que já somam 29, e com este 30), não é apenas para responsabilizá-lo, mas para restaurar a ordem jurídica e constitucional no Brasil”, sustenta o parlamentar. Assista no vídeo acima.

Lucas Paquetá é absolvido em caso de manipulação de apostas

O meio-campista brasileiro Lucas Paquetá, de 28 anos, foi absolvido nesta quinta-feira, 31 de julho, das acusações de manipulação de resultados feitas pela Federação Inglesa de Futebol (FA). Com a decisão, o atleta está liberado para atuar normalmente pelo West Ham na temporada 2025/2026 da Premier League.

A Comissão Reguladora responsável pelo caso considerou infundadas as quatro denúncias baseadas em supostas violações às regras de apostas em partidas do Campeonato Inglês.

A informação foi divulgada inicialmente pelo próprio clube inglês: “Estamos satisfeitos que Lucas tenha sido inocentado. Ele alegou inocência desde o início e, como clube, o apoiamos firmemente durante todo o processo”, afirmou Karren Brady, vice-presidente do West Ham, em nota oficial.

Brady também destacou o comportamento profissional do jogador revelado pelo Flamengo durante os meses de investigação: “Apesar da incrível pressão, Lucas tem se destacado semana após semana pelo clube, sempre dando tudo de si. Tem sido um momento difícil para Lucas e sua família, mas ele se manteve absolutamente profissional durante todo o processo e agora está ansioso para encerrar este episódio, assim como todos nós do West Ham”, completou.

A denúncia contra o atleta foi apresentada em maio de 2024 pela FA, sob alegação de que Paquetá teria violado a Regra E5.1 do regulamento, que proíbe participantes de tentarem influenciar de forma indevida qualquer aspecto de uma partida. Os confrontos investigados ocorreram entre novembro de 2022 e agosto de 2023: contra o Leicester (12 de novembro de 2022), Aston Villa (12 de março de 2023), Leeds United (21 de maio de 2023) e Bournemouth (12 de agosto de 2023). Em todas as ocasiões, Paquetá recebeu cartão amarelo.

Durante todo o processo, o jogador negou as acusações: “Desde o primeiro dia desta investigação, mantive a minha inocência contra essas acusações gravíssimas. Não posso dizer mais nada agora, mas também não consigo expressar o quanto sou grato a Deus e quanto estou ansioso para voltar a jogar futebol com um sorriso no rosto”, escreveu em suas redes sociais. Ele também agradeceu à esposa, ao West Ham, aos torcedores e à equipe jurídica da LEVEL, liderada por Fernando Malta.

Apesar da absolvição quanto às denúncias principais, a Comissão Reguladora ainda avalia possível infração de Paquetá ao item F3 do regulamento, que obriga plena cooperação do atleta durante investigações. “Lucas Paquetá negou as acusações contra ele, mas a Comissão Reguladora considerou-as comprovadas após a audiência. A Comissão Reguladora decidirá sobre a sanção apropriada para essas infrações assim que possível”, informou a FA em comunicado.

A definição do futuro do jogador deve ocorrer nos próximos dias. O West Ham pretende se reunir com os representantes do atleta para discutir próximos passos. Paquetá segue no radar de clubes europeus como o Manchester City, que chegou a manifestar interesse. O Flamengo, clube onde foi revelado, também demonstrou vontade de repatriá-lo, mas aguardava o desfecho do caso.

“Amicíssimo de Moraes”, deputado é expulso do PL após falas

O Partido Liberal (PL) formalizou nesta quinta-feira (31) a expulsão do deputado federal Antônio Carlos Rodrigues (SP) após declarações do parlamentar em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e críticas públicas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A decisão foi comunicada em grupo interno de WhatsApp da legenda às 15h47. O episódio ocorre dois dias após o governo norte-americano incluir Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky Global (28/07), que prevê bloqueio de bens e restrições a indivíduos acusados de violações de direitos humanos.

Em entrevista à CNN Brasil na quarta-feira (30), Rodrigues afirmou: “As sanções contra o ministro são uma interferência inaceitável na soberania brasileira” e classificou Trump como “figura divisionista que atenta contra a democracia”.

Processo 

Segundo o comunicado oficial do PL, repercutido pela Gazeta do Povo e subscrito pelo presidente nacional Valdemar Costa Neto, a bancada do partido pressionou pela expulsão:

“Antônio Carlos Rodrigues acaba de ser expulso. […] Atacar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma ignorância sem tamanho. Trump lidera o país mais forte do mundo. Precisamos de diplomacia, não de populismo barato.”

A decisão foi aprovada pela Executiva Nacional em reunião extraordinária às 11h desta quinta-feira, com base no artigo 17 do estatuto partidário, que prevê expulsão por “conduta contrária aos princípios programáticos”.

Contexto Político e Jurídico

  • A Lei Magnitsky Global, sancionada pelo Congresso dos EUA em 2016, permite sanções a indivíduos de qualquer nacionalidade;

  • Em 2025, o PL integra a base governista, com 232 deputados na Câmara;

  • Rodrigues ocupava a vice-presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

O deputado, agora, terá 30 dias para se filiar a outro partido sob pena de perda de mandato, conforme artigo 56 da Lei nº 9.096/1995. Em nota, Rodrigues declarou: “Mantenho minhas convicções. Defendi o Estado Democrático de Direito contra ataques externos”.

A expulsão ocorre em meio à visita oficial do chanceler brasileiro a Washington, marcada para 5 de agosto. Anteriormente, o mesmo parlamentar já havia sido criticado pelo pastor Silas Malafaia, que lembrou do seu vínculo com o ministro Moraes.

“Ele é amissíssimo do ditador da toga, Alexandre de Moraes. Está entendendo? Aí, a narrativa que ele usa, de tanto conviver com o PT, é porque ele foi ministro de Dilma, que ele aprendeu a construir narrativa mentirosa”, disparou o pastor em outra ocasião. Confira:

Amigo de Alexandre de Moraes, deputado afronta Malafaia e pastor responde

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‘Nasci de novo’, diz cantor João Igor após cirurgia para retirar bala

O cantor gospel João Igor foi internado novamente em um hospital de Itaquaquecetuba após ter sido baleado por um policial militar no Terminal Rodoviário da Barra Funda, em São Paulo, na tarde de 30 de julho. Segundo informações da equipe médica, ele passou por cirurgia e apresenta quadro estável, com boa recuperação.

Em um vídeo gravado por um de seus advogados e divulgado nas redes sociais, João Igor agradeceu o apoio do público: “Passando para agradecer cada um de vocês que oraram por mim, torcendo pela recuperação. Muito obrigada a todos. Que Deus abençoe vocês, em nome do senhor Jesus. Eu nasci de novo”, declarou o cantor.

De acordo com a defesa do artista, o episódio teve início dentro de um ônibus com destino à cidade de Bauru, no interior paulista. João Igor viajava acompanhado do irmão, identificado como Maykon, quando um desentendimento com um policial militar à paisana que também era passageiro resultou em disparos de arma de fogo dentro do veículo.

A advogada Aline Sousa, que representa a família do cantor, afirma que o policial se irritou com uma chamada de vídeo feita por João Igor com a namorada e tentou tomar o celular de suas mãos. “O policial levantou para pegar o celular da mão do João Igor. O Maykon entrou na frente para não deixar, e o policial sacou a arma e deu os disparos”, relatou a advogada.

A Polícia Militar, por sua vez, apresentou versão distinta. Em nota, a corporação declarou que o agente abordou os irmãos após perceber “cheiro de maconha” vindo da bagagem que transportavam. Segundo o relato, houve uma luta corporal, os três homens caíram da escada do ônibus, e a arma teria disparado durante o tumulto.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que a mochila do irmão de João Igor continha “substância com características semelhantes à maconha”. A defesa do cantor nega a informação e afirma que nenhuma droga foi localizada.

João Igor e o irmão foram detidos após o incidente, mas foram liberados ainda na mesma noite. O caso foi registrado no 91º Distrito Policial (Ceasa) e é investigado conjuntamente pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Polícia Militar.

Pastores, amigos e familiares do cantor repudiaram a ação do policial e afirmam que João Igor foi vítima de uma abordagem violenta e injustificada. Não há, até o momento, confirmação oficial de abertura de inquérito contra o agente envolvido.

“Fé sobre o medo”: missionário é agredido por hindus em ataque

Na tarde de domingo, 27 de agosto de 2025, o missionário David Ramirez e um grupo de cristãos nepaleses foram agredidos fisicamente enquanto realizavam pregação pública em um terminal de ônibus em Kathmandu, capital do Nepal. O relato foi divulgado pelo próprio Ramirez em sua conta no Instagram.

Segundo Ramirez, o grupo aguardava o embarque em um terminal com aproximadamente 50 minutos de espera quando decidiu iniciar a atividade evangelística.

“Alguns irmãos e eu estávamos esperando o ônibus […] e tínhamos 50 minutos de sobra. Então pensamos: em vez de esperar, vamos pregar”, declarou. Ele mencionou ter interpretado uma camiseta com os dizeres “Fé sobre o Medo” e uma cruz como motivação para a ação.

Com auxílio de um tradutor, Ramirez pregou sobre “a existência de um Deus Verdadeiro, que o pecado nos separa de Deus e que Jesus é o caminho de volta”.

Durante a atividade, um grupo de aproximadamente 30 hindus, indignados com o conteúdo, cercou os evangelistas e iniciou agressões físicas. “Um irmão levou um soco e eu basicamente fui empurrado”, detalhou Ramirez.

A Polícia Metropolitana de Kathmandu interveio, conduzindo os cristãos e o missionário a um ônibus para proteção. Contudo, os manifestantes invadiram o veículo, obrigando os agentes a formar um cordão de isolamento e transportar o grupo para uma delegacia próxima. Após interrogatório, os cristãos foram liberados e conseguiram embarcar em outro ônibus, chegando sem novos incidentes ao destino.

Contexto religioso

A Constituição do Nepal, em vigor desde 2015, estabelece no Artigo 26(3) a proibição de “conversão religiosa mediante persuasão desleal ou qualquer outro meio”. Desde 2017, leis anticonversão criminalizam atividades evangelísticas públicas.

Dados da organização Portas Abertas indicam:

  • O Nepal ocupa a 54ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025;

  • 12 igrejas foram fechadas por autoridades em 2024 sob alegação de “atividades ilegais”;

  • Internatos cristãos receberam advertências formais para suspender estudos bíblicos.

Apesar das restrições, o cristianismo expande-se no país: estimativas apontam 1,8 milhão de fiéis (6,2% da população), contra 0,3% em 1990. Converte-se enfrentam risco de expulsão domiciliar e violência familiar. Como alternativa, comunidades utilizam Bíblias em áudio para evitar detenção por posse de material religioso.

Ramirez, evangelista com atuação global, sofreu agressão semelhante na Inglaterra em março de 2025. No Nepal, segue realizando pregações em espaços públicos com apoio de igrejas locais. Questionado sobre os riscos, afirmou:

“Alguns ouviam atentamente […] Mesmo que seja por um ou mesmo que ninguém se arrependa, ainda assim se trata de pregar o Evangelho”.

Sarah Beatriz apresenta álbum e testemunha a fidelidade de Deus

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A cantora Sarah Beatriz lançou, neste mês, a edição deluxe do projeto “Ao Vivo em São Paulo”, consolidando mais uma etapa importante em sua trajetória na música cristã. O álbum reúne faixas que marcaram os últimos lançamentos da artista, além de incluir uma faixa bônus inédita, intitulada Chega de Errar Pra Aprender, em versão com banda completa.

Com mais de 800 milhões de execuções nas plataformas de streaming e 8 milhões de seguidores nas redes sociais, Sarah Beatriz tornou-se uma das principais vozes do cenário gospel nacional.

“Foi lindo o que vivemos na gravação desse projeto. Passa um filme na minha mente ao lembrar da Sarah que começou com apenas um celular, gravando na cozinha de casa, mas acreditando no que Deus tinha para ela”, declarou a cantora.

A faixa bônus, escrita por Abdiel Arsênio — compositor de Me Atraiu e O Maior Vilão Sou Eu — conta com as participações dos cantores Eli Soares e Mauro Henrique. Lançada inicialmente em versão acústica, a canção agora ganha nova roupagem como destaque especial do projeto.

O álbum “Ao Vivo em São Paulo – Deluxe Edition” também reúne canções como Pentecostes, Tu És a Direção, O Grande Eu Sou, A Alegria do Senhor e Deus na Minha História — versão da música God Is In This Story, de Katy Nichole. Também integram o repertório faixas como O Teu Poder (Creio em Ti), interpretada em dueto com Bruna Karla, Não Pare de Adorar e O Poder do Teu Amor.

Gravado ao vivo, o projeto retrata momentos de adoração e testemunho. Segundo a cantora, cada canção representa uma etapa espiritual em sua vida. Além do marco musical, Sarah vive também uma nova fase pessoal, após se casar com o jogador Calebe Silva, anunciado recentemente como reforço do clube espanhol Deportivo Alavés.

A produção musical do projeto ficou sob responsabilidade de Hananiel Eduardo, com direção de vídeo assinada por Flauzilino Jr. O álbum completo já está disponível nas principais plataformas digitais, assim como os clipes no canal oficial da Musile Records no YouTube.

Organização cristã envia 48 toneladas de alimentos para Gaza

A organização humanitária Samaritan’s Purse, liderada pelo evangelista Franklin Graham, enviou 48 toneladas de alimentos para civis na Faixa de Gaza. Dois aviões de carga — um DC-8 e um 757 — decolaram dos Estados Unidos no sábado, 26 de julho, e pousaram em Israel na segunda-feira, 28 de julho.

Segundo a entidade, os alimentos, compostos por pacotes nutritivos fornecidos pela organização americana MANA, serão distribuídos por parceiros confiáveis da missão cristã à população palestina em situação de necessidade.

“Famílias inocentes estão sofrendo em Gaza e Israel, e muitas vidas foram perdidas desde o início deste conflito”, declarou Franklin Graham. “A Samaritan’s Purse está trabalhando para ajudar civis inocentes pegos no fogo cruzado. Esses suprimentos de comida são um lembrete tangível de que Deus os vê, cuida deles e não os esqueceu em seu sofrimento. Por favor, se junte a mim em oração pela paz no Oriente Médio”.

Apoio humanitário desde outubro

Desde 7 de outubro de 2023, quando o grupo Hamas lançou um ataque contra Israel, a Samaritan’s Purse tem atuado nos dois lados do conflito. Nos territórios palestinos, a missão tem distribuído alimentos, água potável, lonas, cobertores e outros materiais básicos de sobrevivência.

Em território israelense, a organização cristã fornece apoio médico por meio de kits de trauma e alimentos de emergência. A entidade também já entregou 22 ambulâncias ao Magen David Adom — o serviço nacional de emergência médica de Israel —, incluindo veículos blindados. Os automóveis substituem unidades destruídas nos ataques iniciais do Hamas e ampliam a resposta aos feridos.

A organização informou que mais aviões com alimentos suplementares prontos para uso serão enviados à Faixa de Gaza no próximo final de semana.

Desafios na distribuição

Apesar dos esforços, a distribuição da ajuda enfrenta obstáculos. Segundo denúncias das Forças de Defesa de Israel (IDF), de jornalistas locais e de palestinos, grupos armados dentro da Faixa de Gaza têm interceptado e desviado parte dos suprimentos destinados à população civil.

A Samaritan’s Purse não comentou diretamente as denúncias, mas ressaltou que trabalha com “parceiros confiáveis” para garantir que a assistência chegue aos necessitados.

A entidade mantém presença ativa em zonas de conflito ao redor do mundo e é conhecida por suas respostas rápidas a desastres e crises humanitárias, sempre com enfoque cristão e apoio em oração.

Político hindu oferece recompensa a quem atacar missionários

Gopichand Padalkar, membro da Assembleia Legislativa do estado de Maharashtra pela sigla ultranacionalista hindu BJP, foi alvo de protestos em diversas regiões da Índia após incitar publicamente a violência contra cristãos. As declarações foram feitas em 17 de junho, durante uma marcha com tochas realizada no distrito de Sangli.

Na ocasião, o parlamentar afirmou que líderes cristãos estariam promovendo conversões forçadas, sem apresentar provas, e sugeriu recompensas financeiras por agressões contra missionários.

“Devemos manter prêmios para aqueles que atacam os missionários que vêm converter pessoas. 500.000 rúpias (US$ 5.756) devem ser dados para a primeira pessoa que espancar tal missionário, o segundo receberá 400.000 rúpias (US$ 4.605), enquanto o terceiro receberá 300.000 rúpias (US$ 3.454) como prêmios”, declarou Padalkar. O político ainda ofereceu 1,1 milhão de rúpias (US$ 12.663) a quem agredir líderes cristãos.

Durante o discurso, Padalkar se referiu aos cristãos como “pítons” e defendeu a destruição de igrejas consideradas ilegais. “Essas casas de oração devem ser demolidas”, afirmou, ao exigir que autoridades locais divulguem uma lista de igrejas não autorizadas no distrito. Ele também declarou que funcionários públicos que adotaram religiões diferentes, apesar de estarem empregados sob cotas destinadas ao hinduísmo, deveriam ser demitidos.

Ainda na manifestação, representantes da Assembleia Legislativa de Maharashtra afirmaram que trabalhariam para aprovar uma lei estadual contra a conversão religiosa na próxima sessão legislativa, conhecida como “sessão das monções”. Um dos discursos também incluiu a frase: “Elimine aqueles que se convertam, e eu cuidarei da polícia”.

Protestos cristãos

As declarações provocaram reações imediatas em diversas cidades indianas. No dia 30 de junho, cristãos marcharam em Jalna com cartazes exigindo que Padalkar fosse punido. Em 8 de julho, membros do Fórum Cristão realizaram um protesto diante do Escritório do Coletor Distrital em Pune. Em 11 de julho, cerca de 20 organizações cristãs se uniram em Mumbai para um protesto de seis horas que reuniu milhares de pessoas.

Durante as manifestações, os participantes pediram a destituição de Padalkar e que ele seja processado criminalmente por incitação à violência, tumulto e incentivo ao homicídio.

O reverendo Vijayesh Lal, secretário-geral da Irmandade Evangélica da Índia, condenou publicamente as falas. “Nenhum representante eleito deve incentivar ataques a qualquer cidadão com base em sua fé”, declarou. “Tais declarações não apenas colocam vidas em perigo, mas minam os próprios princípios sobre os quais nossa nação foi fundada. Apelamos por uma ação decisiva para garantir que essa retórica não se traduza em violência real”.

Melwyn Fernandes, secretário da Association of Concerned Christians, também se posicionou: “Um ataque direto ao próprio tecido de nossa democracia secular. É chocante e desanimador que nossos líderes eleitos não tenham tomado conhecimento de uma retórica tão perigosa, minando e isolando os cristãos em seu próprio país”.

A Conferência dos Bispos Católicos da Índia (CBCI) divulgou uma nota oficial em 28 de julho, classificando o episódio como um sinal alarmante de hostilidade crescente contra minorias. “Profunda angústia pelo crescente clima de hostilidade e violência dirigida contra as comunidades minoritárias no país. [Suas declarações] justificam uma intervenção legal imediata e decisiva, particularmente quando o incitamento é explícito, direto e representa uma ameaça iminente à ordem pública”, afirmou a entidade.

Uso de leis anticonversão

Atualmente, 12 dos 28 estados da Índia possuem leis que restringem ou controlam a conversão religiosa. De acordo com líderes cristãos, essas legislações têm sido usadas por nacionalistas hindus para perseguir minorias sob o pretexto de proteger a identidade religiosa local. A maioria desses estados é governada pelo BJP, de acordo com o Morning Star News.

Segundo a organização United Christian Forum (UCF), os cristãos enfrentam ao menos dois ataques por dia no país. Em 2024, foram contabilizados 834 incidentes, número superior aos 734 casos registrados em 2023 e aos 601 em 2022. A Índia ocupa atualmente o 11º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025, elaborada pela missão cristã Portas Abertas, que monitora a liberdade religiosa em diferentes países.

‘Nós que lutamos com Deus’: Jordan Peterson apresenta novo livro

O psicólogo clínico e escritor Jordan B. Peterson lança no Brasil seu novo livro Nós que lutamos com Deus – Percepções do Divino, obra que examina como as histórias bíblicas moldaram o entendimento humano sobre o mundo ao longo dos milênios. Publicado originalmente em inglês e agora traduzido por Wendy Campos, o título chega ao país pelo Grupo Editorial Alta Books e já figura na lista de best-sellers do The New York Times.

Com 576 páginas, o livro apresenta uma análise aprofundada de narrativas centrais da Bíblia, com ênfase no Antigo Testamento. Entre os episódios revisitados estão a queda de Adão e Eva, o assassinato de Abel por Caim, a construção da arca por Noé, a peregrinação de Abraão e o êxodo liderado por Moisés. Para Peterson, essas histórias contêm elementos simbólicos que transcendem o tempo, oferecendo caminhos de reflexão para dilemas contemporâneos como sofrimento, responsabilidade e propósito.

“Ao interpretar essas histórias sob a lente da psicologia junguiana e da filosofia existencial, o autor propõe um reencontro com as tradições espirituais e culturais que sustentaram a civilização ocidental”, destaca o material de divulgação. O título do livro remete ao significado do nome “Israel” — “aquele que luta com Deus” — evocando a tensão permanente entre o humano e o divino, entre o livre-arbítrio e o mistério da fé.

Peterson afirma que sua abordagem não parte da literalidade dos textos, mas de sua força arquetípica: “Se o mundo se revela para nós na forma de uma história — que história é essa?”, questiona. O autor sugere que a Bíblia, lida como um mapa simbólico da experiência humana, ainda tem muito a dizer a uma geração marcada por crises de identidade, ansiedade e desconfiança nas instituições.

Conhecido por suas conferências, debates e livros anteriores como 12 Regras para a Vida e Além da Ordem, Peterson se tornou uma das figuras mais influentes do debate intelectual contemporâneo, especialmente entre leitores que buscam reconstruir valores pessoais e espirituais. Nós que lutamos com Deus – Percepções do Divino mantém esse percurso, propondo uma jornada de autoconhecimento por meio da leitura simbólica das Escrituras.

A obra já está disponível para compra na Amazon por R$68,30.

Ficha técnica

Título: Nós que lutamos com Deus – Percepções do Divino

Autor: Jordan B. Peterson

Tradução: Wendy Campos

Editora: Alta Books

ISBN: 978-8550826738

Páginas: 576

Preço: R$68,00

Disponível em: Amazon Brasil

Evangelista ora para homem que socou namorada sofra na cadeia

O evangelista Caio César voltou a ganhar repercussão nas redes sociais após publicar, em 31 de julho, um vídeo em que reage a um caso de violência contra a mulher registrado em Natal (RN). A gravação foi publicada nos Stories de seu perfil no Instagram, que conta com mais de 375 mil seguidores.

A manifestação ocorreu após um seguidor questionar: “Por que ninguém ora pelo rapaz que deu 61 socos na namorada no elevador?” Em resposta, Caio iniciou uma oração com tom firme e irônico, direcionando suas palavras ao agressor identificado como Igor.

“Pai, que esse rapaz se arrependa, que ele tenha um encontro com o Senhor, e que na cadeia em que ele for preso, ele encontre pessoas que tenham a mesma piedade que ele teve daquela moça”, declarou o evangelista.

Na sequência, acrescentou: “Que o Senhor abençoe ele duas vezes mais, três vezes mais, cinco vezes mais do que ele fez com ela. A colheita vai ser grande, Senhor. Que dê tempo dele se converter antes de partir pra te encontrar”.

A fala foi amplamente compartilhada e interpretada por seguidores como uma crítica direta à impunidade e à recorrente banalização da violência contra mulheres no Brasil. Diversos comentários elogiaram a postura do evangelista, destacando o tom de justiça implícito em suas palavras.

Câmeras registraram agressão

O episódio citado por Caio ocorreu em um condomínio residencial de Natal e foi registrado pelas câmeras internas de um elevador. Nas imagens, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral desfere ao menos 60 socos na companheira, que saiu com o rosto visivelmente ensanguentado.

De acordo com relatos colhidos pela polícia, a agressão teria começado após uma discussão durante um churrasco com amigos, motivada por ciúmes. Cabral, segundo testemunhas, jogou o celular da namorada na piscina. Em seguida, ele subiu ao apartamento com a intenção de recolher seus pertences. A vítima o acompanhou até o elevador, onde ele ordenou que ela saísse. Ao se recusar, alegando saber da existência das câmeras, ela foi brutalmente agredida.

O ataque foi monitorado em tempo real por um segurança do condomínio, que acionou a Polícia Militar. Cabral foi detido por moradores ao sair do elevador e preso em flagrante. A vítima foi encaminhada ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel para atendimento médico.

Investigação

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte investiga o caso como tentativa de feminicídio. A delegada Victória Lisboa, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), declarou que o agressor alegou um “surto claustrofóbico” como justificativa para o comportamento violento.

A declaração não foi aceita como justificativa para atenuar a gravidade do ocorrido. Segundo a delegada, “as imagens falam por si e a investigação segue com base nos elementos colhidos no flagrante e nos depoimentos”.

O caso gerou forte comoção e levantou novos debates sobre a necessidade de punições mais severas e rápidas para crimes de violência doméstica. A Secretaria de Segurança Pública do estado informou que Igor permanece detido à disposição da Justiça.