Nikolas Ferreira e Ana Campagnolo combatem ideologia de gênero

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) lançaram dois livros infantis com temática voltada à afirmação da identidade biológica e à formação baseada em princípios cristãos. As obras, publicadas pela Editora Vida, receberam os títulos Ele é ele e Ela é ela.

Os livros foram escritos para o público infantil e utilizam, segundo a descrição oficial, “linguagem apropriada para crianças e ilustrações encantadoras”. Com uma abordagem de fé, as histórias buscam celebrar a identidade de meninos e meninas, afirmando que “Deus os criou de forma única para cumprirem o propósito que o Senhor estabeleceu para eles nesta terra”.

Em Ele é ele, o foco está no crescimento dos meninos como “verdadeiros homens de Deus”, cultivando virtudes como responsabilidade, coragem, bondade e força. Já em Ela é ela, o texto incentiva as meninas a crescerem confiantes como “verdadeiras mulheres de Deus”, destacando sabedoria, graça e bondade como atributos essenciais.

Reação pública

Nikolas Ferreira compartilhou o lançamento nas redes sociais e descreveu as obras como presentes para filhos e ferramentas para pais. Segundo ele, os livros têm o propósito de auxiliar famílias que desejam educar as crianças com “clareza, coragem e princípios inegociáveis”, reforçando a identidade conforme a fé cristã e a biologia.

A iniciativa recebeu diversas reações online, em razão de tratar de temas sensíveis relacionados à identidade de gênero sob uma perspectiva conservadora. Os autores, no entanto, afirmam que o objetivo é contribuir com a formação moral e espiritual das crianças, transmitindo valores fundamentados na Bíblia e na visão cristã da criação.

As obras Ele é ele e Ela é ela estão disponíveis em livrarias de todo o Brasil, publicadas pela Editora Vida, que também edita outros títulos de Nikolas Ferreira voltados à juventude cristã e ao fortalecimento da fé.

Crianças em adoração fervorosa a Deus ganha destaque na web

Registros audiovisuais de crianças participando de atividades missionárias em Moçambique alcançaram ampla divulgação em plataformas digitais nesta semana. As imagens, compartilhadas pela missionária brasileira Célia Mendes, mostram grupos infantis envolvidos em momentos de adoração religiosa fervorosos.

As atividades integram o projeto Kutsemba Ka África, iniciativa idealizada por Mendes que combina assistência educacional, alimentar e recreativa com evangelismo. Durante as programações, são realizados momentos dedicados à prática de cânticos religiosos.

Em declaração reproduzida em redes sociais, a missionária afirmou: “Uma das formas de preparar esta geração para adorar a Deus em Espírito e em Verdade é criando um ambiente de adoração onde o Espírito de Deus tenha liberdade para agir”. A declaração completa foi publicada na conta oficial do projeto no Instagram.

Nas gravações, é possível observar as crianças executando repertório de compositores brasileiros, frequentemente sentadas no chão, com expressões emocionadas e gestos característicos de práticas pentecostais.

Um dos vídeos de maior engajamento mostra o grupo interpretando a composição “O Fogo Arderá”, de autoria do cantor Alexsander Lúcio. Os versos executados incluem os trechos: “Pois de que vale ter tudo e não ter nada, te dar meus lábios e não minha alma?”.

A administração do projeto emitiu nota descrevendo as cenas como “perfeito louvor” proveniente de “corações pequenos, mas cheios de fé”. A publicação concluiu expressando o desejo de que as imagens “inspirem a todos a buscar o Senhor com a mesma entrega e pureza”.

Além das atividades evangelísticas direcionadas ao público infantil, o Kutsemba Ka África mantém programas comunitários que incluem escolinha de futebol, oficina de costura, aulas de música e distribuição regular de água potável para as comunidades.

Convertido do islã, jovem cristão enfrenta perseguição da família

Um jovem iemenita de 25 anos, identificado como Tariq*, enfrentou uma série de perseguições após sua conversão pública do islã ao cristianismo. O caso teve início quando Tariq começou a pesquisar sobre a Bíblia através de recursos online, o que culminou em seu contato com uma missionária cristã residente no exterior.

De acordo com relatos de um líder ministerial local à Christian Aid Mission, o processo de conversão se desenvolveu através de estudos remotos das Escrituras. A missionária posteriormente conectou Tariq com um grupo cristão local que assumiu seu discipulado.

A situação tornou-se crítica quando o pai do jovem percebeu sua ausência nos rituais islâmicos familiares. Após confirmar a mudança religiosa do filho, que deixou o islã, o pai reagiu com violência física, confiscou seu telefone celular e o entregou a um grupo extremista islâmico.

Tariq permaneceu detido por aproximadamente trinta dias, período durante o qual foi submetido a estudos compulsórios do Alcorão. “Naquele momento, ele pensava apenas em como escapar e reestabelecer contato com cristãos”, relatou o líder ministerial.

O jovem conseguiu fugir temporariamente e contactar seus mentores religiosos, solicitando apoio através de orações. No entanto, ao descobrir a fuga e a recusa do filho em renunciar ao cristianismo, o pai reagiu com novo episódio de agressão física. A intervenção da mãe em defesa do filho resultou no divórcio do casal e na expulsão de ambos da residência familiar.

O conflito estendeu-se ao ambiente acadêmico quando Tariq compartilhou textos bíblicos com um colega universitário. Este encaminhou as mensagens à administração da instituição, resultando em detenção e interrogatório do jovem por um dia inteiro.

Apesar de ter se comprometido a não mais evangelizar no campus, Tariq recebeu comunicação de sua expulsão da universidade dois dias depois.

Sem residência ou alternativas de abrigo, Tariq reestabeleceu contato com a missionária que o convertera do islã. A mobilização de sua comunidade religiosa resultou no oferecimento de moradia por outro cristão e em nova matrícula em instituição educacional diferente.

Atualmente, Tariq cursa estudos teológicos e mantém atividades de evangelismo através de plataformas digitais. “Ele se tornou um missionário e um servo fiel do Senhor”, finalizou o líder ministerial.

*Nome alterado para preservar identidade

Portas Abertas critica silêncio da Igreja sobre perseguição global

A Assembleia Geral da Aliança Evangélica Mundial (WEA) concentrou-se em um dos temas mais urgentes enfrentados pela Igreja global: a perseguição aos cristãos. O alerta foi feito por Joshua Williams, diretor de Serviços para a África da organização Portas Abertas Internacional, que fez um apelo por oração, arrependimento e solidariedade com os que sofrem por causa da fé.

Em sua exposição, Williams relatou histórias de fiéis que enfrentam violência e deslocamento em regiões onde confessar a fé em Cristo implica risco de vida. Ao comentar um painel sobre o impacto da perseguição em mulheres, ele descreveu situações de brutalidade extrema: “É horror e inferno. Quando uma aldeia ataca meninas e mulheres, mantendo-as presas e as violentando repetidas vezes, o que elas passam é inimaginável”.

Williams afirmou que, ao retornarem às suas comunidades, muitas sobreviventes enfrentam estigma e rejeição. “Essas meninas voltam com filhos do Boko Haram, e essas crianças crescem marcadas. Mas essas mulheres merecem nosso respeito — são guerreiras da fé”, declarou.

Dimensão da perseguição

O representante destacou que a perseguição “não acontece em um canto isolado”, mas se estende “da Somália até a costa oeste da África, na Ásia e em diversas outras regiões”. Citando dados de 2024, afirmou que 35 dos 121 conflitos mundiais registrados ocorrem na África, onde 45 milhões de pessoas estão deslocadas, sendo 16 milhões cristãs. “São irmãos e irmãs que vivem em condições terríveis, e a maioria são mulheres e crianças”, disse.

Williams observou ainda que, embora a atenção mundial esteja voltada para crises como Gaza e Ucrânia, há “mais de 121 conflitos ativos em todo o mundo”, com 21 milhões de deslocados internos apenas neste ano.

Chamado ao arrependimento

Inspirando-se na passagem de Gênesis 4, sobre Caim e Abel, Williams lembrou que “o sangue de Abel clamou a Deus por justiça”, relacionando a história ao sofrimento atual dos cristãos perseguidos. “O sangue de centenas de milhares clama a Deus. E nos perguntamos: onde está a Igreja? Onde está o povo de Deus?”, questionou.

Ele afirmou que a resposta começa com arrependimento e confissão, citando Neemias e Esdras como exemplos de líderes bíblicos que se humilharam diante do Senhor em meio à crise nacional. Ao mencionar Esdras 9, destacou: “Quando ouviu sobre a infidelidade do povo, ele rasgou suas vestes e orou: ‘Os nossos pecados são maiores do que as nossas cabeças’”.

Williams declarou: “Estou orando por um reavivamento de arrependimento na Igreja e em nossas nações. Essa mensagem só será transmitida por meio de oração e jejum”.

Oração pela África

O representante anunciou o lançamento da iniciativa “África, Levanta-te”, criada por igrejas africanas em parceria com a Portas Abertas. O movimento convida os fiéis a orarem pelos cristãos perseguidos, não apenas no continente, mas em mais de 55 países. “Há um chamado global ao povo de Deus — não para silenciar ou ignorar, mas para se levantar e orar”, afirmou, de acordo com o The Christian Post.

Apesar da gravidade da situação, Williams encerrou sua mensagem com esperança, citando Mateus 16:18: “Apesar de todos esses desafios, Jesus disse: ‘Eu edificarei a minha Igreja’. E Ele continuará fazendo isso. Louvado seja o Senhor”.

Infanticídio feminino? Defensores da vida protestam contra aborto

Um protesto organizado pela entidade pró-vida Bird Flip reuniu milhares de pessoas na última quarta-feira (22) em frente ao Parlamento de Nova Gales do Sul. Os participantes, em sua maioria mulheres, demandaram a criminalização do aborto baseado na seleção do sexo fetal – prática em que a gestação é interrompida quando o bebê é de um sexo não desejado.

John Ruddick, membro do legislativo estadual, declarou que a prática desse tipo de aborto está ocorrendo em território australiano. O parlamentar citou estudo das universidades Edith Cowan e Curtin, publicado na PLOS Global Public Health, que analisou 2,1 milhões de nascimentos registrados ao longo de 21 anos nos estados de Nova Gales do Sul e Austrália Ocidental.

A pesquisa indicou que a taxa de abortos de fetos do sexo feminino na Austrália supera a de países como China, Índia e Vietnã, onde a preferência cultural por filhos homens é documentada.

Ruddick apresentou à casa legislativa o “Projeto de Emenda à Reforma da Lei do Aborto (Proibição da Seleção de Sexo)”, que prevê penalidades de até 21 mil dólares australianos ou cinco anos de prisão para médicos condenados pela prática.

“Agora que temos as evidências do estudo, não sei que argumentos os defensores do aborto podem usar, exceto o racismo”, afirmou o parlamentar ao veículo The Catholic Weekly.

Joanna Howe, fundadora da Bird Flip, caracterizou o aborto seletivo por sexo como “repugnante” e “antitético aos valores australianos”. Em declaração ao mesmo periódico, classificou a proposta legislativa como “o primeiro projeto sensato a alcançar uma compreensão comunitária mais ampla sobre a questão”.

Entre os presentes estava Millicent Sedra, pastora da Echo Church, que discursou no evento. “Lutamos por todas as vidas humanas, esteja você no útero ou fora dele. Seu valor não reside no seu gênero, mas no fato de você ter sido criado à imagem de Deus”, declarou.

A líder religiosa criticou o que chamou de “defesa seletiva” de grupos feministas em relação ao tema. “Suas posições são absolutamente ultrajantes. Dirão que se importam em proteger as mulheres, exceto quando se trata de proteger uma mulher de ser desmembrada por um bisturi no útero”, afirmou.

Sedra também fez um resgate histórico da atuação de grupos cristãos: “Foram os cristãos que aboliram o infanticídio, a queima de viúvas na Índia e o sacrifício humano. E será o povo de Deus que abolirá o aborto”.

Hamas quebra acordo, mata soldado e Israel faz novo bombardeio

A Força Aérea Israelense conduziu uma série de ataques intensos na Faixa de Gaza após a morte do sargento-mestre da reserva Yonah Efraim Feldbaum, de 37 anos, durante um ataque do Hamas em Rafah. O governo israelense classificou a ofensiva como resposta direta à violação do cessar-fogo por parte do grupo armado.

Segundo comunicado do Gabinete do Primeiro-Ministro, Benjamin Netanyahu determinou “ataques imediatos e contundentes” contra alvos do Hamas após consultas com a cúpula de segurança. A decisão ocorreu horas depois de o governo israelense confirmar que os restos mortais devolvidos pelo Hamas na segunda-feira não eram de novas vítimas, mas fragmentos adicionais de um refém já identificado no início da guerra.

Imagens de drones divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) mostraram que o grupo palestino encenou uma falsa operação de escavação diante de representantes da Cruz Vermelha, o que Israel considerou uma violação explícita do acordo em vigor.

Ataques e vítimas em Gaza

Fontes locais relataram bombardeios em várias partes da Faixa de Gaza, especialmente nas áreas centrais e meridionais. A agência de defesa civil de Gaza, controlada pelo Hamas, informou que pelo menos 50 pessoas morreram durante os ataques noturnos.

As forças israelenses afirmaram que as operações visam infraestruturas terroristas e túneis subterrâneos usados pelo Hamas, especialmente na região de Rafah. O Batalhão de Reconhecimento Nahal atua no local para identificar e neutralizar possíveis células armadas.

O sargento Feldbaum

Feldbaum, membro do Corpo de Engenharia de Combate, atuava como operador de máquinas pesadas na Divisão de Gaza. Ele era natural de Zayit Raanan, na Samaria, e deixa esposa e cinco filhos.

De acordo com a investigação inicial da IDF, terroristas dispararam contra uma escavadeira militar no bairro de Jenina, em Rafah. Pouco depois, a mesma célula teria lançado foguetes RPG contra um veículo blindado, sem causar outras vítimas. Os agressores fugiram do local, e as forças de segurança israelenses continuam em busca dos responsáveis.

Embora o bairro esteja situado dentro da Linha Amarela, sob controle israelense, a IDF acredita que terroristas ainda se escondem na área, possivelmente próximos a um túnel não descoberto. As autoridades militares consideram provável a realização de novos ataques, enquanto a operação de busca permanece em andamento.

Acusações e impasse

Israel atribuiu o ataque ao Hamas, mas o grupo negou envolvimento. A organização também anunciou o adiamento da entrega de restos mortais de reféns, alegando “violações” do cessar-fogo por parte de Israel.

As autoridades israelenses acusam o Hamas de atrasar deliberadamente as devoluções para prolongar o período de trégua. De acordo com o governo, nenhum corpo foi libertado há mais de uma semana, apesar do prazo de 48 horas estabelecido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início da semana.

Após os ataques israelenses, Trump afirmou acreditar que o cessar-fogo permanece de pé, mas defendeu o direito de Israel de reagir. “Eles mataram um soldado israelense. Então, os israelenses revidaram. E eles devem revidar”, declarou a bordo do Air Force One na noite de terça-feira, de acordo com o The Christian Post.

'Um milagre': casal relata cura da infertilidade após complicação

Marcelo Santos e Milaine Silvano, membros de uma comunidade religiosa, relataram uma sequência de eventos que classificam como “um milagre” após diagnóstico médico de infertilidade. O caso teve início durante o namoro do casal, quando Milaine descobriu a presença de um mioma uterino de aproximadamente três quilos.

“Os médicos propuseram a retirada do útero, por entenderem que mesmo com a remoção do mioma, o órgão não teria condições de sustentar uma gestação”, declarou Milaine Silvano em rede social.

Ela também descreveu enfrentar julgamentos externos devido ao volume abdominal. “Pessoas na rua supunham que eu estava grávida, quando ainda era virgem. Essas situações me causavam muito sofrimento”, completou.

O casal manteve atividades ministeriais em sua igreja local durante o período, incluindo ensino teológico. Milaine afirmou que, durante orações, teria recebido uma “promessa” de que o problema da infertilidade seria resolvido antes do casamento através de uma hemorragia controlada. “Deus nos disse que iria parar tudo no momento certo”, relatou.

Em julho de 2022, no dia marcado para a cerimônia matrimonial, Milaine passou mal e foi transportada urgentemente para um hospital. “Sofri uma hemorragia intra-abdominal grave causada pelo rompimento de um vaso do mioma. Tive risco de morte e toda a estrutura do casamento precisou ser cancelada”, detalhou.

A noiva foi submetida à cirurgia de emergência, que resultou na extração do mioma sem a remoção do útero. “Os médicos preservaram meu útero contra as expectativas iniciais”, afirmou. O casamento foi realizado dois meses após a recuperação.

Os especialistas informaram ao casal que as sequelas do procedimento resultaram em infertilidade. “Os médicos enfatizaram que não poderíamos gerar filhos, mas sempre dissemos que a última palavra pertencia a Deus”, declarou Marcelo Santos.

Em um dia de segunda-feira, porém, o casal divulgou em suas redes sociais um exame de ultrassonografia confirmando uma gestação em andamento, contrariando completamente o diagnóstico de infertilidade.

“Estamos gerando o milagre que exalta o nome do único Deus que é capaz de frustrar as probabilidades e estimativas estabelecidas por seres humanos. Agradecemos a Deus pela vida de todos que oraram! Continuem orando por nós”, escreveram na publicação que você pode conferir acima.

Técnico do Boston Celtics, Joe Mazzulla, quer desejo ser diácono

O técnico do Boston Celtics, Joe Mazzulla, de 35 anos, afirmou que sempre quis se tornar diácono e que tem “lutado com Deus” para manter o equilíbrio entre a busca por vitórias nas quadras e a gratidão por tudo o que já conquistou.

As declarações foram feitas durante o podcast Godsplaining, apresentado pelo padre Joseph-Anthony Kress, no início de outubro.

Diaconato

Ao ser questionado sobre seus planos futuros, Mazzulla respondeu: “Acabei de me tornar elegível para ser diácono, algo que sempre quis fazer”. Na Igreja Católica, o diaconato é um ministério ordenado que permite batizar, conduzir orações, celebrar casamentos e realizar funerais, estando disponível para homens com 35 anos ou mais.

O técnico explicou que, apesar do sucesso, enfrenta uma luta interior entre a ambição profissional e a humildade espiritual. “Será que fico ganancioso e quero mais?”, refletiu. “Como encontrar esse equilíbrio entre desejar vencer e continuar grato pelo que Deus já me deu?”

Mazzulla afirmou temer se tornar, no futuro, como o “jovem governante rico” mencionado nos Evangelhos — alguém apegado aos bens terrenos. “Meu maior medo é acordar daqui a dez anos e perceber que a vida passou sem que eu estivesse disposto a abrir mão dos meus tesouros”, disse.

Busca por equilíbrio

O padre Kress concordou, dizendo que “uma das maiores tensões da vida cristã é desapegar-se das coisas terrenas, sem deixar de desfrutar das bênçãos que Deus concede”. Ele acrescentou que Deus “nos chama à excelência, mas sem que nos tornemos escravos dela”.

“É exatamente onde me encontro espiritualmente”, respondeu Mazzulla. “É um estado difícil de estar, mas necessário.”

Criado em uma família católica, o técnico contou que, quando criança, via sua identidade no basquete, e não na fé. A perda de um ano de carreira universitária devido a uma lesão o levou a refletir sobre o vazio espiritual que buscava preencher com o esporte. “Você não percebe o quanto está tentando suprir seu vazio espiritual com coisas mundanas”, disse. “Quando perdi o basquete, percebi que estava substituindo o relacionamento com Cristo por sucesso e desempenho.”

Mazzulla aconselhou outros atletas a não definirem seu valor apenas por suas conquistas. “Confiem no que Deus diz sobre vocês. Seu valor e seus dons vão além da capacidade temporária de desempenho atlético”, declarou, ressaltando que o sucesso “não é eterno e não dura para sempre”.

O treinador destacou que o esporte pode ser um instrumento de testemunho cristão, mas que “a identidade em Cristo deve vir antes do resultado nas quadras”.

Expressão de fé

Não é a primeira vez que Mazzulla fala abertamente sobre sua fé. Durante as finais da NBA de 2024, quando foi perguntado sobre a presença de dois técnicos negros nas equipes finalistas e sobre o papel dos treinadores negros na liga, respondeu: “Eu me pergunto quantos deles são técnicos cristãos”, indicando que sua identidade em Cristo é mais determinante do que a cor da pele.

Após a vitória do Celtics, Mazzulla apareceu usando uma camiseta com a frase: “Mas primeiro… Deixe-me agradecer a Deus”. Em entrevistas, descreveu a fé como “a coisa mais importante da vida” e afirmou acreditar que “Deus nos colocou aqui por um motivo”.

De acordo com o The Christian Post, o treinador encerrou a conversa no podcast refletindo sobre sua jornada de fé e propósito: “Quero servir a Deus em tudo o que faço — dentro e fora da quadra”.

Pastor anuncia candidatura para ‘reformar e avivar’ a Califórnia

O pastor e escritor Ché Ahn, de 69 anos, fundador da Igreja Harvest Rock em Pasadena, anunciou sua candidatura ao governo da Califórnia afirmando ter recebido uma direção espiritual para entrar na disputa. Segundo ele, a decisão nasceu de uma experiência pessoal de oração e de um senso de missão cristã voltado à transformação do estado.

Ahn relatou que, em 28 de abril, às 2h22 da manhã, teve um “encontro com o Espírito Santo” que o levou a considerar a candidatura. “Quando percebi o que Deus estava me pedindo, eu disse: ‘Por favor, Deus, não isso’”, contou. Ele afirmou ter pedido uma confirmação: “Orei dizendo: ‘Senhor, se isso é de Ti, que eu seja convidado pelo presidente Trump para a Casa Branca’”.

Poucos dias depois, segundo Ahn, recebeu um convite oficial da Casa Branca, o que considerou uma resposta divina. “Quando li o e-mail, eu disse: ‘OK, Senhor, estou dentro’”, declarou.

Nascido na Coreia do Sul pós-guerra, Ahn imigrou ainda criança com a família para os Estados Unidos, onde seus pais buscaram uma vida melhor. Ele destacou que, apesar das dificuldades, a família manteve uma fé profunda.

Após concluir estudos no Seminário Teológico Fuller, fundou com sua esposa, Sue Ahn, a Harvest Rock Church em 1994, que posteriormente se expandiu para a Harvest International Ministry (HIM) — uma rede presente em mais de 70 países.

Valores bíblicos

Entre os pré-candidatos republicanos que pretendem disputar o cargo ocupado por Gavin Newsom, Ahn se diferencia ao afirmar que sua candidatura é guiada por uma “visão de mundo bíblica”. “O que precisamos não é apenas de mais um político, mas de alguém com a perspectiva do que Deus diz — Seus mandamentos, Seus caminhos e Sua justiça”, afirmou, citando Provérbios 14:34: “A justiça exalta uma nação”.

Ahn considera que as principais crises da Califórnia — como desigualdade econômica, falta de moradia e criminalidade — têm raízes espirituais. “Precisamos de um avivamento. Fui salvo no movimento Jesus People e acredito que devo ajudar a ser um catalisador de avivamento e reforma na Califórnia”, disse.

Críticas à gestão atual

O pastor atribui parte do declínio econômico e social do estado à liderança de Gavin Newsom, destacando seus 24 anos de influência na política californiana. “A situação piorou durante esse tempo”, avaliou. Ele criticou o aumento dos custos de vida e as políticas ambientais restritivas que, em sua visão, prejudicam a economia. “Pagamos os impostos mais altos, os preços de gasolina mais altos e a energia mais cara. Temos grandes reservas de petróleo no Condado de Kern, mas estão fechadas por causa de políticas extremas”, declarou.

Ahn defende “políticas de bom senso”, como queimadas controladas para prevenir incêndios florestais e reformas nos processos ambientais que, segundo ele, impedem o avanço de projetos de infraestrutura e dessalinização.

Ahn também abordou questões de representatividade. “Mais da metade dos californianos são pessoas de cor. Quero apelar ao povo da Califórnia para que deem uma oportunidade a um pastor — e a um pastor negro”, afirmou. Ele acrescentou que não fala em termos de “diversidade, equidade e inclusão”, mas de voz e representatividade real: “Posso ser uma voz que reflete o povo deste estado”.

Histórico de confronto político

Durante a pandemia de COVID-19, Ahn ganhou destaque ao processar o governador Newsom por decretos de restrição a cultos religiosos, obtendo uma vitória judicial considerada histórica por defensores da liberdade de culto. Ele afirma que pretende restaurar os direitos dos pais, fortalecer pequenas empresas e defender a liberdade religiosa.

“O que acontece na Califórnia influencia o mundo. Se tivermos um renascimento espiritual em Hollywood, isso poderá impactar toda a nação”, afirmou.

Confiança no chamado

Embora os democratas mantenham larga vantagem — quase dois eleitores registrados para cada republicano —, e os republicanos não vençam uma eleição estadual há duas décadas, Ahn afirma estar decidido a seguir o que acredita ser um propósito divino. “Não recebi uma palavra de que vou ganhar”, admitiu. “Mas estou totalmente empenhado em vencer, porque a influência da Califórnia vale a luta.”

Encerrando sua declaração ao The Christian Post, Ahn disse manter esperança e fé quanto ao futuro: “Os melhores dias da Califórnia ainda estão por vir”.

Agências evangélicas enviam ajuda a vítimas do furacão Melissa

Com ventos que chegaram a 290 quilômetros por hora, o furacão Melissa, de categoria 5, atingiu a Jamaica na última terça-feira, 28 de outubro, deixando um rastro de destruição e colocando a região em estado de alerta máximo. Em resposta, diversas organizações evangélicas de ajuda humanitária iniciaram operações de emergência para socorrer as vítimas e apoiar os esforços de reconstrução.

Em comunicado divulgado na segunda-feira, 27 de outubro, a Convoy of Hope informou que mobilizaria caminhões com alimentos, água potável, kits de higiene e itens para bebês, em parceria com igrejas e organizações locais. O porta-voz Ethan Forhetz afirmou que a entidade “está empenhada em levar esperança à Jamaica o mais rápido possível”.

“A Convoy of Hope está mobilizando ativamente recursos e equipes para atender às necessidades do povo jamaicano. Esta é uma tempestade catastrófica, e muitas pessoas precisam da nossa ajuda”, declarou Forhetz. Ele acrescentou que a organização pretende atuar também na recuperação a longo prazo, auxiliando as comunidades “não apenas nos dias após o desastre, mas durante os anos de reconstrução que virão”.

De acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC), Melissa apresenta ventos sustentados de 298 km/h, acompanhados de chuvas intensas que podem ultrapassar 1.000 milímetros em algumas regiões. As autoridades alertaram para marés de tempestade acima de três metros e deslizamentos de terra nas áreas montanhosas.

O fenômeno ameaça causar danos severos à infraestrutura e isolamento de comunidades inteiras, segundo avaliação da Convoy of Hope.

Equipes e parcerias

A Operation Blessing, braço humanitário da emissora Christian Broadcasting Network (CBN News), anunciou que suas equipes estão prontas para serem enviadas assim que as condições meteorológicas permitirem viagens seguras.

Os serviços planejados incluem instalação de sistemas portáteis de purificação de água, distribuição de lanternas solares e kits de higiene. A organização também pretende trabalhar com igrejas locais para oferecer alimentos, água e atendimento médico.

“Nossos corações estão com o povo da Jamaica enquanto enfrentam essa tempestade devastadora”, afirmou Diego Traverso, diretor de Resposta Global a Desastres. “Assim que for seguro, nossas equipes serão mobilizadas para entregar suprimentos de emergência e água potável, ajudando as famílias a iniciarem o processo de recuperação”.

Aeronaves de prontidão

A Samaritan’s Purse, sediada na Carolina do Norte e liderada por Franklin Graham, também confirmou estar em alerta máximo. A entidade informou que possui aeronaves e equipes especializadas prontas para partir assim que houver condições de pouso seguras.

Em nota, a organização destacou seu compromisso em “atender às necessidades urgentes relacionadas a abrigo, alimentação, água e saúde”, e mencionou a possibilidade de mobilizar seu Hospital de Campanha de Emergência para o território jamaicano. A Samaritan’s Purse também pediu orações pelos afetados e pelos profissionais que estão atuando nas zonas de risco.

Próximos dias

De acordo com as projeções do Centro Nacional de Furacões, o furacão Melissa deve continuar sobre o Caribe até a quarta-feira, 29 de outubro, passando pela Jamaica, Haiti e República Dominicana, antes de seguir para o norte em direção às Bermudas.

O fenômeno deve perder força gradualmente a partir de sexta-feira, 31 de outubro, quando se afastará das ilhas e retornará ao mar aberto. Até lá, autoridades locais e equipes humanitárias mantêm o alerta para inundações, quedas de energia e bloqueios de estradas, de acordo com informações do portal The Christian Post.