Cristãos iranianos em perigo em meio ao conflito com Israel

A Missão Portas Abertas expressou preocupação sobre os cristãos iranianos que estão ainda mais vulneráveis desde o início da ação militar de Israel contra as instalações nucleares do regime teocrático do Irã.

Após o governo de Israel iniciar a “Operação Leão em Ascensão”, com 200 aeronaves atacando a infraestrutura nuclear e militar iraniana, dezenas de pessoas com posição estratégica, como altos oficiais da Guarda Revolucionária e cientistas nucleares. Também foram registrados ferimentos em civis, incluindo crianças.

Em resposta, o Irã lançou mais de 100 drones contra alvos israelenses, além de mísseis balísticos no final da sexta-feira, no fuso de Brasília, conforme informado pela Força Aérea de Israel no X. Diante da escalada, países da região entraram em estado de alerta máximo, espaços aéreos foram fechados, preços do petróleo subiram e líderes internacionais começaram a pressionar para arrefecer o conflito.

Cristãos no Irã

A intensificação do conflito entre Israel e Irã agrava a situação das minorias religiosas na região, em especial a dos cristãos iranianos, muitos dos quais são ex-muçulmanos convertidos ao cristianismo.

O regime teocrático do Irã impõe severas restrições à liberdade religiosa, e convertidos ao cristianismo são frequentemente acusados de colaborar com o Ocidente ou de ameaçar a ordem nacional.

Segundo a Missão Portas Abertas, o Irã ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos. Convertidos são presos, interrogados e condenados sob acusações genéricas, como “agir contra a segurança nacional ao se conectar com organizações cristãs ‘sionistas’”.

Com a guerra em curso, o risco de repressão contra cristãos aumenta. A suspeita de ligações com Israel pode servir de pretexto para detenções arbitrárias. Igrejas domésticas — que já operam na clandestinidade — relatam temor crescente entre os fiéis.

Impacto se estende ao Oriente Médio

A tensão militar já afeta também cristãos em áreas vizinhas, como o Iraque, a Síria e a Cisjordânia, onde comunidades cristãs vivem sob constante instabilidade. Um cristão da Cisjordânia relatou à Portas Abertas:

“Todas as fronteiras estão fechadas, assim como todos os postos de controle. Isso significa que não podemos nos deslocar de um lugar para outro. Muitas pessoas estão agora presas na fronteira”.

Ele acrescentou que há medo de escassez de alimentos e combustíveis: “As pessoas estão tentando comprar comida, bebidas e combustível”.

Desde o início da guerra entre Israel e o grupo Hamas, em outubro de 2023, comunidades cristãs locais enfrentam desafios severos. A atual ofensiva entre Israel e Irã intensifica o sofrimento das igrejas na região, afetando não apenas a liberdade religiosa, mas também a segurança e o sustento das famílias cristãs.

Oração e solidariedade global

Diante da crise, líderes cristãos têm feito apelos por oração e paz. O conselheiro sênior da Portas Abertas Internacional sobre o Irã declarou:

“Senhor da paz e da justiça, clamamos a Ti em meio a este conflito crescente. Conforta os feridos e os que choram no Irã e em Israel. Contém as mãos da violência, dá sabedoria aos líderes e protege os inocentes. Que Tua misericórdia rompa o caos. Em nome de Jesus, oramos por um cessar-fogo imediato, cura para os civis feridos e contenção divina sobre uma nova escalada militar entre Israel e Irã”.

Pedidos de oração

  • Ore pelo povo iraniano, que há décadas sofre com sanções e conflitos.

  • Clame por paz na região, pedindo que Deus intervenha e proteja os vulneráveis, como crianças, idosos, minorias e famílias.

  • Interceda pelos líderes de Israel e Irã, para que tomem decisões pautadas na contenção e na justiça.

  • Ore pelos cristãos presos no Irã, muitos dos quais acusados falsamente de ligação com Israel apenas por seguirem a fé cristã. Peça consolo para suas famílias e fortalecimento para a igreja subterrânea no país.

O cenário permanece volátil e imprevisível, com riscos reais de um conflito mais amplo no Oriente Médio. Organizações de apoio à igreja perseguida seguem monitorando os desdobramentos e solicitam intercessão contínua da igreja global.

Oração do Pai Nosso é mais popular que Star Wars, diz pesquisa

Uma nova pesquisa realizada no Reino Unido revelou que mais pessoas conseguiram identificar corretamente um trecho da Oração do Senhor – popularmente conhecida como “oração do Pai Nosso”– do que frases famosas da literatura, da história britânica e da cultura pop.

A frase “O pão nosso de cada dia nos dai hoje” foi a mais amplamente reconhecida entre sete citações selecionadas, superando até mesmo “Que a força esteja com você”, da franquia Star Wars.

O levantamento foi conduzido pela empresa de pesquisa Savanta entre os dias 23 e 26 de maio, a pedido da Igreja da Inglaterra, no contexto da campanha anual de oração Thy Kingdom Come. Participaram do estudo mais de 2.000 adultos em todo o Reino Unido, que foram convidados a associar frases conhecidas às suas fontes corretas por meio de múltipla escolha.

Níveis de reconhecimento

Entre os versos apresentados, mais de 80% dos entrevistados identificaram corretamente a frase da Oração do Senhor, superando levemente o percentual de reconhecimento da frase de Star Wars, que atingiu 79,9%. Outras citações testadas incluíram:

  • “Ser ou não ser”, de Hamlet, de William Shakespeare — reconhecida por 73%;

  • “Feliz e glorioso, anseia por reinar sobre nós”, do hino nacional britânico God Save the King63%;

  • “Nunca, no campo do conflito humano, tantos deveram tanto a tão poucos”, pronunciada por Winston Churchill em 1940 — 61%;

  • “Você nunca andará sozinho”, frase ligada ao Liverpool FC — 58%;

  • “Era o melhor dos tempos, era o pior dos tempos”, início de Um Conto de Duas Cidades, de Charles Dickens — reconhecida por apenas 39% dos entrevistados.

Significado e impacto da Oração do Senhor

A parte da Oração do Senhor que os participantes consideraram mais significativa foi o trecho “… e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Esta frase repercutiu em 43% de todos os entrevistados e em 56% daqueles que se identificaram como cristãos.

O conhecimento geral sobre a oração também foi amplo. Segundo a pesquisa:

  • 89% dos entrevistados afirmaram já ter ouvido falar da Oração do Senhor;

  • Entre os cristãos, o índice subiu para 95%;

  • Mesmo entre pessoas sem religião, 88% disseram conhecê-la;

  • 89% de todos os participantes declararam já ter recitado ou orado o Pai Nosso em algum momento da vida;

  • 58% afirmaram fazê-lo como parte de sua rotina diária.

Reações da Igreja da Inglaterra

O Arcebispo de York, Stephen Cottrell – que já criticou a oração do Pai Nosso – comentou os dados:

“Esses resultados refletem o que temos ouvido no Norte da Inglaterra por meio da nossa iniciativa Fé no Norte, que convida as pessoas a explorar a Oração do Senhor”.

Segundo ele, “embora antigas, suas palavras continuam a ressoar entre pessoas de todas as religiões e de nenhuma”.

E acrescentou: “Em um mundo de culturas e circunstâncias em transformação, a Oração do Senhor permanece um guia constante — talvez nunca tanto quanto agora. Versos como ‘O pão nosso de cada dia nos dai hoje’ falam poderosamente aos desafios de hoje, lembrando-nos de buscar a suficiência, não o excesso, e de considerar o que ‘suficiente’ realmente significa”.

A Igreja da Inglaterra declarou ainda que os resultados da pesquisa refletem o alcance de iniciativas digitais como o podcast e o aplicativo Daily Prayer, lançados durante a pandemia e que já somam mais de 12 milhões de downloads com versões em áudio da Oração da Manhã e da Noite.

A pesquisa reafirma a presença da Oração do Pai Nosso como um dos textos mais reconhecidos e significativos da cultura, de acordo com informações do The Christian Post.

Malafaia cobra fim de inquérito após revelações sobre Mauro Cid

INQUÉRITO DE GOLPE TEM QUE SER ANULADO! Alexandre de Moraes prende ex-ministro de Bolsonaro para desviar atenção pic.twitter.com/l6MfNXHHqZ

— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) June 13, 2025

O pastor Silas Malafaia pediu, em vídeo publicado nas redes sociais nesta sexta-feira, 13 de junho, a anulação do inquérito que apura os atos do dia 8 de janeiro de 2023. A manifestação ocorreu após a reportagem da revista Veja apontar contradições na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Veja, Cid teria utilizado outro canal de comunicação, após prestar colaboração premiada, para afirmar que sofreu pressões de um delegado da Polícia Federal e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de induzi-lo a incriminar o ex-presidente Bolsonaro.

“O advogado de Bolsonaro botou uma pegadinha, uma casca de banana para Mauro Cid, na hora lá do depoimento, dizendo: ‘Vem cá, você usou redes sociais da sua mulher para conversar com pessoas?’”, relatou Malafaia. Ele continuou: “Agora, ontem, no dia 12, quinta-feira, capa da revista Veja: ‘Mauro Cid mentiu’. […] A delação de Mauro Cid é nula”.

O pastor afirmou ainda que todo o inquérito estaria sustentado exclusivamente nas declarações do ex-ajudante de ordens. “Eu quero perguntar ao procurador-geral, Paulo Gonet, e aos demais ministros do STF: os senhores vão manter essa farsa de pseudogolpe, baseado numa delação que é nula?”, declarou.

Malafaia também criticou a prisão do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, determinada por Moraes na mesma data: “Hoje, dia 13, ele manda prender o ex-ministro de Bolsonaro, Gilson Machado. […] É uma cortina de fumaça para desviar a reportagem séria e grave da Veja”, afirmou.

O líder religioso dirigiu-se ainda à Associação Brasileira de Imprensa (ABI), à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ao Congresso Nacional e à imprensa em geral, solicitando uma reação institucional. “O Estado Democrático de Direito sendo jogado na lata do lixo”, disse.

Até o momento, o STF não se pronunciou oficialmente sobre a reportagem. Também não houve resposta pública da Polícia Federal ou do procurador-geral da República, Paulo Gonet, sobre os conteúdos revelados pela revista. A colaboração premiada de Mauro Cid foi homologada pelo Supremo em setembro de 2023.

Quênia: terroristas param ônibus em busca de cristãos para matar

Cinco trabalhadores cristãos foram mortos e dois ficaram gravemente feridos em um ataque de terroristas armados no nordeste do Quênia, no dia 29 de abril, segundo informações divulgadas pela organização International Christian Concern (ICC).

O atentado ocorreu quando um micro-ônibus transportava funcionários de uma pedreira para a vila de Bur Abor, no condado de Mandera, região que faz fronteira com a Somália.

De acordo com relatos colhidos pela ICC, o veículo foi interceptado por homens armados que bloquearam a estrada e ordenaram que todos os passageiros descessem. Um ancião local afirmou:

Eles bloquearam a estrada e ordenaram que todos saíssem. Pediram documentos de identidade e, quando alguns dos homens hesitaram ou mostraram nomes cristãos, os tiros começaram”.

Cinco homens foram executados no local. Dois sobreviveram com ferimentos graves e foram hospitalizados. Outros treze conseguiram escapar e se esconderam na mata próxima, sendo posteriormente resgatados por forças de segurança quenianas.

A ICC atribuiu o ataque ao grupo extremista Al-Shabab, uma milícia islâmica com base na Somália. Segundo a entidade, os agressores fugiram logo após a ação, o que é consistente com o padrão de ataques anteriores na região.

Um dos sobreviventes relatou: “Eles estavam nos atacando. Não pediram dinheiro. Queriam saber a nossa fé. Quando descobriram que éramos cristãos, começaram a atirar”.

Nos últimos anos, o grupo Al-Shabab tem realizado ações semelhantes nos condados de Mandera, Wajir e Lamu, frequentemente com o mesmo método: identificação dos passageiros, separação por nomes ou fé religiosa, e posterior execução.

O atentado mais recente ocorre cerca de um mês após outro ataque no condado de Garissa, no qual militantes do Al-Shabab invadiram um acampamento de reservistas da Polícia Nacional.

O episódio, ocorrido no final de março, resultou na morte de seis policiais e deixou outros quatro feridos. Segundo o comissário local Mohamed Mwabudzo, “eles usaram armas variadas para invadir o acampamento. Os policiais, muitos dos quais estavam se preparando para as orações matinais, foram pegos completamente desprevenidos”.

Líderes comunitários e organizações locais alertam para o clima de insegurança crescente entre trabalhadores migrantes e cristãos na região. Para muitos, a identificação religiosa passou a representar risco iminente de vida.

Apesar da violência, sobreviventes e familiares das vítimas relatam que a fé permanece como fonte de consolo. Uma mulher, cujo marido foi morto em um atentado anterior, disse que se apoia na passagem bíblica de Salmos 23.4: “Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada. Pois tu, ó Senhor Deus, estás comigo; tu me proteges e me diriges”.

As autoridades quenianas afirmaram que continuam investigando os casos e reforçando a segurança nas regiões mais afetadas pelos ataques.

Bispo denuncia perseguição e tem aldeia atacada em retaliação

O bispo Wilfred Anagbe, da diocese de Makurdi, no estado de Benue, relatou ter sido ameaçado por autoridades nigerianas e viu sua aldeia natal ser atacada após denunciar a violência contra cristãos durante uma audiência no Congresso dos Estados Unidos, realizada em março.

Após o testemunho em Washington, em que detalhou uma série de ataques violentos contra comunidades cristãs no centro da Nigéria, Anagbe passou a receber alertas de embaixadas estrangeiras.

Em abril, diplomatas informaram que o bispo poderia ser preso ao desembarcar em seu país e que “algo poderia acontecer com ele”, segundo relatos feitos à imprensa norte-americana.

O deputado americano Chris Smith, presidente da Comissão de Direitos Humanos Globais do Congresso, declarou em 03 de junho:

“Estou chocado com os relatos de que o bispo Wilfred Anagbe e o padre Remigius Ihyula (que testemunhou ao lado do bispo Anagbe) estão enfrentando ameaças – supostamente de fontes do governo nigeriano e organizações afiliadas – por causa do testemunho do bispo perante o Congresso detalhando a violência no estado de Benue. Eles refletem um padrão preocupante de retaliação ligado ao testemunho perante o Congresso sobre abusos da liberdade religiosa na Nigéria”.

Quatro ataques em menos de dez dias

Entre 23 de maio e 1º de junho, quatro ataques foram registrados na região de Makurdi. No dia 23 de maio, o padre Solomon Atongo, da diocese de Anagbe, foi baleado. Dois dias depois, em 25 de maio, a aldeia natal do bispo, Aondona, foi alvo de uma investida armada que durou horas.

“Mais de 20 pessoas foram mortas, dezenas ficaram feridas e milhares agora vivem deslocadas em acampamentos improvisados”, afirmou Anagbe em entrevista publicada pela Fox News.

No dia 1º de junho, um novo ataque ocorreu na cidade de Naka. Segundo o bispo, nem os deslocados que buscavam abrigo em uma escola local escaparam. “Este ataque foi tão intenso que mesmo aqueles que antes estavam deslocados e se refugiaram em uma escola próxima não foram poupados”, declarou.

Para Anagbe, os episódios não são isolados: “O que está acontecendo em minha aldeia e diocese é nada menos que ataques terroristas contra aldeões inocentes para tomar suas terras e ocupar”, disse. Ele atribui os ataques a “uma jihad” em curso no país, com o objetivo de “conquistar territórios”.

Apelo

O bispo Wilfred Anagbe fez um apelo à comunidade internacional para que intervenha diante do que considera um genocídio em curso. Em sua declaração, comparou a situação na Nigéria ao Holocausto e ao genocídio de Ruanda.

“O mundo tem muito a fazer. Em primeiro lugar, o mundo deve aprender com os erros do passado, o Holocausto e, mais recentemente, o genocídio de Ruanda. Em ambos os casos, o mundo escondeu o rosto na areia como um avestruz”, afirmou.

Ele advertiu ainda: “Se o mundo não se levantar agora para acabar com as atrocidades orquestradas em nome do politicamente correto, poderá acordar um dia com as baixas que tornam o genocídio de Ruanda uma brincadeira de criança. Ficar quieto seria promover o genocídio ou a limpeza étnica na Nigéria”.

Mais de 10 mil mortos desde 2023

Dados reunidos por organizações da sociedade civil e veículos de imprensa revelam que, entre maio de 2023 e junho de 2025, ao menos 10.217 pessoas foram mortas em episódios de violência armada em diferentes regiões da Nigéria.

Segundo a Anistia Internacional Nigéria, o estado de Benue concentrou 6.896 vítimas, seguido pelo estado de Plateau, com 2.630 mortes. Apenas nos estados de Benue, Plateau e Kaduna, 672 aldeias foram saqueadas. A maioria dessas comunidades era formada por agricultores cristãos.

O governador de Plateau, Caleb Mutfwang, declarou publicamente que os ataques em série no estado constituem “um genocídio”.

Crise humanitária se agrava

A onda de violência resultou em uma grave crise humanitária. Milhares de pessoas estão deslocadas, vivendo em escolas, igrejas e espaços abertos, com acesso limitado a água potável, alimentos e atendimento médico. Organizações de ajuda humanitária relatam dificuldades para atender à demanda crescente por assistência emergencial.

A Nigéria ocupa atualmente o 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025, publicada pela Missão Portas Abertas, que monitora a liberdade religiosa em mais de 60 países. A lista destaca a escalada da perseguição religiosa, sobretudo contra cristãos, e os desafios enfrentados por líderes religiosos que denunciam as violações.

Ex-Pussycat Dolls glorifica a Deus ao receber prêmio nos EUA

Wow.

Broadway star Nicole Scherzinger emotionally gives glory to God after winning a Tony Award, rejecting Hollywood’s anti-Christian bias.

“I just want to thank God for carrying me… I give you all the glory.”

Jesus is Lord. ✝️ pic.twitter.com/AllhxynAa7

— Anna Lulis (@annamlulis) June 9, 2025

A cantora e atriz Nicole Scherzinger, 46 anos, ex-Pussycat Dolls, foi premiada como Melhor Atriz em Musical na 78ª edição do Tony Awards, nos Estados Unidos. Reconhecida por sua atuação como Norma Desmond na remontagem da Broadway do musical Sunset Boulevard, Nicole emocionou o público ao dedicar sua conquista a Deus.

Durante o discurso, a artista afirmou: “Em primeiro lugar, só tenho que agradecer a Deus por me carregar em cada passo do caminho. Dou a Ele toda a glória”. Em seguida, estendeu os agradecimentos à família: “Quero agradecer à minha mãe, que me teve aos 18 anos e abriu mão de tudo por mim. Ao meu pai, à minha irmã, Keala, e ao meu tutu e papa, que incutiram em mim uma fé inabalável”.

A cerimônia, que homenageia os principais destaques do teatro norte-americano, foi marcada pela presença de personalidades do meio artístico e pela repercussão do discurso de Nicole nas redes sociais. No X (antigo Twitter), uma ativista pró-vida comentou: “Uau. A estrela da Broadway Nicole Scherzinger se emocionou ao dar glória a Deus após ganhar um prêmio Tony, rejeitando o preconceito anticristão de Hollywood. Jesus é o Senhor”.

Origem e carreira

Nascida em Honolulu, no Havaí, Nicole foi criada em Louisville, Kentucky, em uma família católica. Antes de alcançar a fama internacional como vocalista do grupo The Pussycat Dolls, iniciou sua formação artística no teatro musical, de acordo com informações da CBN News.

Ao refletir sobre a conquista, Nicole escreveu nas redes sociais, em outubro de 2024, quando a peça estreou na Broadway: “Acredito que Deus tem um plano para todos nós — um plano e um propósito. Acredito que você só precisa ouvir os sussurros do seu coração e confiar Nele”.

Ela continuou: “Agora vejo que esta produção, e contar a história da Norma, era o plano divino de Deus para mim o tempo todo. Havia um propósito por trás de toda a paciência, dor e resistências que se espalharam entre a beleza da minha vida até agora”.

A montagem do musical estreou originalmente no West End de Londres, em setembro de 2023, antes de ser transferida para Nova York no mês seguinte.

Valores familiares

Em declarações anteriores, Nicole relatou que foi criada com valores cristãos firmes, especialmente em relação à valorização da vida. Em entrevista ao Daily Mail, lembrou que sua mãe ficou grávida dela aos 17 anos e optou por continuar a gestação, mesmo diante de dificuldades: “Minha mãe engravidou de mim quando tinha 17 anos e me teve aos 18. Ela escolheu a vida. Os pais dela nunca a deixariam fazer um aborto”.

Essa experiência pessoal influenciou suas decisões profissionais. Nicole contou que chegou a considerar abandonar o papel de Penny Johnson no remake de Dirty Dancing, da ABC, por conta de uma cena que abordava o aborto: “Consegui o papel e quase desisti porque não queria promover o aborto. Mas pensei: ‘Espero que eles possam aprender com ela e eu possa ser uma influência positiva’. Então, só quero encorajar todo mundo a ficar com seus bebês”.

Fé pessoal e expressão pública

Nicole também compartilha sua fé nas redes sociais. Em uma publicação, afirmou: “Se você me conhece, sabe que, como tantos outros, em tempos de adversidade e incerteza, recorro à minha fé. Eu acreditava que as postagens com as quais me engajava eram sobre encorajar as pessoas a escolherem o amor e a fé — ‘colocando Jesus em primeiro lugar’”.

Ao falar sobre sua espiritualidade, concluiu: “Para mim, Cristo personifica paz, compaixão, esperança e, acima de tudo, amor incondicional, especialmente por aqueles que talvez o sintam menos agora”.

Como pequenas igrejas podem sobreviver às megaigrejas?

De acordo com uma análise divulgada pela Lifeway Research, pastores de pequenas igrejas nos Estados Unidos estão sendo incentivados a investir em suas vantagens específicas para evitar o fechamento de suas congregações.

A entidade, que realiza estudos voltados à liderança cristã e à dinâmica das igrejas, observou que a tendência atual no país é que “as grandes igrejas estão ficando maiores e as pequenas cada vez menores”. O mesmo cenário é observado no Brasil, como no exemplo da Lagoinha, que se expandiu e possui megatemplos.

Apesar de enfrentarem restrições orçamentárias e escassez de pessoal, as pequenas congregações demonstram pontos positivos. Segundo Aaron Earls, redator sênior da Lifeway, esses espaços apresentam maior engajamento semanal, taxas superiores de voluntariado entre os membros e maiores doações per capita, tanto para manutenção da igreja quanto para missões e caridade.

Entretanto, essas comunidades também lidam com desafios consideráveis, como uma base de membros mais envelhecida e incertezas quanto à sustentabilidade financeira. “Para evitar se juntar ao número crescente de fechamentos de igrejas, os pastores de pequenas igrejas precisarão encontrar maneiras de alavancar seus pontos fortes e superar seus desafios”, destacou Earls.

Um estudo de 2020 da organização Faith Communities Today revelou que 70% das congregações norte-americanas reúnem cem pessoas ou menos nos cultos semanais. A média nacional de frequência semanal é de 65 pessoas por congregação, de acordo com informações do The Christian Post.

Já a Pesquisa Nacional de Líderes Religiosos (NSRL) de 2025, baseada no Estudo Nacional de Congregações (2018–2019) e na pesquisa Pulpit & Pew (2001), apontou que o tamanho da congregação é uma das variáveis mais importantes no cotidiano de trabalho dos líderes religiosos. De acordo com o relatório, “os 9% maiores das congregações contêm cerca de metade de todos os frequentadores da igreja”.

O NCS identificou que a congregação média conta com 70 membros regulares, entre adultos e crianças, e opera com um orçamento anual de aproximadamente US$ 100 mil. No entanto, o frequentador médio de igreja participa de uma congregação com cerca de 360 membros e um orçamento anual de US$ 450 mil.

A NSRL interpretou esse contraste como um “paradoxo” explicado pelo impacto das grandes congregações: embora sejam numericamente minoria, elas concentram a maioria dos fiéis, dos recursos financeiros e da força de trabalho ministerial. “O clérigo mediano lidera uma congregação com apenas cerca de 50 adultos participantes regularmente, enquanto, ao mesmo tempo, o clérigo que serve o participante mediano lidera uma congregação com cerca de 245 adultos participantes regularmente”, afirma o relatório.

As paróquias católicas representam um caso à parte. Segundo a NSRL, elas costumam ser significativamente maiores do que outras tradições religiosas. Um pároco mediano nos EUA serve uma comunidade de aproximadamente 400 adultos que frequentam regularmente os cultos.

A pesquisa concluiu que, apesar da visibilidade das chamadas megacongregações, a realidade ministerial é dominada por pequenas igrejas: “A maioria [dos líderes religiosos] lidera pequenas congregações”, afirma o documento.

Dados adicionais divulgados em março pela Lifeway Research reforçam a estabilidade da tendência atual. O relatório apontou que cerca de 50% das congregações protestantes aumentaram sua frequência em pelo menos 4% nos últimos dois anos. Por outro lado, 48% permaneceram estáveis ou registraram quedas superiores a 4% no mesmo período.

O crescimento é mais evidente entre igrejas com maior número de membros. De acordo com a pesquisa, 62% das congregações com mais de 250 membros relataram aumento de frequência, contra 59% entre aquelas com 100 a 250 membros. Entre as igrejas com 50 a 99 participantes, esse índice caiu para 45%, e nas com menos de 50, apenas 23% registraram crescimento.

Segundo Aaron Earls, os dados sugerem que a realidade das pequenas igrejas não mudará tão cedo. A estratégia, segundo ele, é reconhecer suas forças — como o senso de comunidade, o voluntariado ativo e o compromisso com causas sociais — e desenvolver formas de sustentação baseadas nesses pilares.

Islamismo cresce rápido e chega a 25% da população do mundo

Um levantamento global apontou mudanças significativas na composição religiosa mundial entre 2010 e 2020. O cristianismo continua sendo a religião com mais adeptos no mundo, somando 2,3 bilhões de pessoas, mas sua participação proporcional na população global caiu de 30,6% para 28,8%, uma redução de 1,8 ponto percentual, influenciada principalmente pela desfiliação religiosa nas Américas e na Europa.

Ao mesmo tempo, o islamismo foi a religião que mais cresceu no período, passando a representar 25,6% da população mundial. De acordo com o relatório do Pew Research Center, o crescimento está relacionado a altas taxas de natalidade e a uma população mais jovem entre os muçulmanos, cuja idade média em 2020 era de 24 anos, em comparação com 33 anos entre os não muçulmanos.

“É impressionante que tenha havido uma mudança tão drástica em um período de 10 anos”, afirmou Conrad Hackett, pesquisador do Pew Research Center e principal autor do estudo. “Durante esse período, as populações muçulmana e cristã se aproximaram em tamanho. Os muçulmanos cresceram mais rápido do que qualquer outra religião importante”.

Crescimento dos “sem religião”

O número de pessoas que não se identificam com nenhuma religião também cresceu consideravelmente, atingindo 24,2% da população mundial em 2020, ante 23,3% em 2010. O relatório destaca que essa expansão está diretamente relacionada à mudança de religião, especialmente entre ex-cristãos.

“Entre os jovens adultos, para cada pessoa no mundo que se torna cristã, há três pessoas que foram criadas como cristãs e que abandonam a fé”, observou Hackett.

Apesar de projeções anteriores indicarem uma possível queda no número de pessoas sem afiliação religiosa — devido ao envelhecimento dessa população e às baixas taxas de natalidade —, o levantamento revela que a desfiliação está superando essas expectativas, sobretudo em países ocidentais.

Entre as nações com os maiores contingentes de não filiados estão:

  • China, com 1,3 bilhão de pessoas sem religião, dentro de uma população de 1,4 bilhão;

  • Estados Unidos, com 101 milhões, entre 331,5 milhões de habitantes;

  • Japão, com 73 milhões, em um total de 126,3 milhões.

Budismo em queda

O budismo foi a única religião que registrou uma queda no número total de adeptos, passando de 343 milhões em 2010 para 324 milhões em 2020. A redução é atribuída a baixas taxas de natalidade e à desfiliação religiosa em países historicamente budistas.

Em contraste, hindus e judeus mantiveram proporções estáveis em relação à população global ao longo da década analisada.

“Às vezes ouvimos rumores de renascimento religioso, e certamente é possível que em determinados lugares a religião possa crescer”, afirmou Hackett. “Mas neste estudo cuidadoso de 10 anos que realizamos, a tendência geral é que em muitos lugares as pessoas estão se afastando da religião”.

Perspectivas futuras

Segundo Hackett, os dados apontam para um processo de convergência entre o cristianismo e o islamismo. Se as tendências atuais forem mantidas, o islamismo poderá se tornar a religião com o maior número de adeptos no mundo nos próximos anos.

“O próximo passo do nosso trabalho em andamento neste projeto será fazer algumas projeções populacionais demográficas para fornecer novas estimativas de quando exatamente elas podem convergir”, afirmou, em entrevista ao The Washington Post.

O estudo foi baseado na análise de mais de 2.700 censos e pesquisas nacionais e internacionais, fornecendo um retrato detalhado da evolução das religiões no cenário global entre 2010 e 2020.

Gilmar elogia ditador e pastores reagem: ‘Seremos censurados’

Na última quarta-feira, 11 de junho, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que os todos os integrantes da Corte admiram o regime chinês comandado por Xi Jinping pela suposta eficácia na regulação das redes sociais.

“Não importa a cor do gato, mas que ele cace o rato”, disse Gilmar Mendes ao elogiar a ditadura chinesa comandada por Xi Jinping. Na China, o acesso a determinados sites é bloqueado pelo governo, e as redes sociais monitoram todas as publicações dos usuários.

A declaração, no entanto, foi corrigida pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que o alertou que a autoria da frase é de Deng Xiaoping, um líder chinês que governou o país durante os anos 1980.

O comentário de Gilmar Mendes ocorreu durante o julgamento sobre o Marco Civil da Internet, que analisa a responsabilidade das plataformas digitais por conteúdos publicados por usuários.

Nas redes sociais, pastores se manifestaram em protesto contra a declaração do ministro, que é o decano do STF. Renato Vargens, pastor da Igreja Cristã da Aliança, usou o X para expor sua repulsa à declaração:

“Somos admiradores do regime chinês”, afirmou Gilmar Mendes durante o julgamento da censura das redes sociais. Diante disto falar o que? Comentar o que? Em breve todos seremos censurados”, lamentou Vargens.

Em seguida, voltou a cobrar – como já havia feito recentemente – figuras como Ed René Kivitz, Ariovaldo Ramos e Antonio Carlos Costa, que assumiram papel de defensores da ideologia de esquerda e não contestam o cenário atual no Brasil: Outra coisa: cadê os ‘ongueiros, os defensores dos direitos humanos e da liberdade’? Seguem silentes, né?”.

Franklin Ferreira, autor de Contra a Idolatria de Estado, foi sucinto ao compartilhar uma charge a respeito da declaração do decano do STF: “Vamos defender a democracia! ‘Como?’ Implementando o modelo chinês de censura”.

“Pregadores estão sendo presos”: cristãos se mobilizam em oração

No último sábado, centenas de cristãos reuniram-se na Parliament Square, em frente ao Big Ben, em Londres, para um culto público de adoração, pregação e intercessão pelo Reino Unido. O evento, organizado pelo evangelista Daniel Chand do Ministério “Walkin like Jesus”, incluiu louvores, orações coletivas e sermões.

Durante o ato, os participantes entoaram cânticos religiosos e realizaram orações pela “situação espiritual do país”. Daniel Chand proclamou ao microfone: “Londres pertence a Jesus! Esta é uma nação cristã. Nos curvamos a um Rei, e Ele é o Rei dos reis”.

Chand enfatizou o caráter não político do evento: “Não estamos aqui para uma manifestação política, mas para uma proclamação profética. Agora é o tempo para um avivamento”.

Em postagem no Instagram após o evento, o evangelista acrescentou: “A igreja tomou seu lugar na Parliament Square. Declaramos publicamente a vontade de Deus, com salvações e milagres de cura relatados”.

Tensões religiosas

O evento ocorreu em um cenário de debates sobre liberdade religiosa no Reino Unido. Recentes casos judiciais envolveram a prisão de pregadores de rua por violação de normas locais, especialmente próximo a clínicas de aborto, onde orações silenciosas podem configurar infração.

Chand mencionou esses desafios: “Pregadores estão sendo presos, e princípios bíblicos são marginalizados. É hora de a igreja se levantar”.

Mudanças no Cenário Espiritual

Evangelistas atuantes no país relatam uma crescente abertura ao discurso religioso. Stephen Johnson, que realiza trabalho evangelístico em Londres há uma década, declarou à CBN News:

“Algo mudou no coração das pessoas. Jovens buscam conversas sobre fé, algo raro na Inglaterra há anos”. Dados citados pela revista Relevant Magazine indicam aumento na identificação religiosa entre jovens britânicos:

  • 18 a 24 anos: taxa de autodeclarados cristãos que frequentam igrejas subiu de 4% (2018) para 16% (2024).

  • 25 a 34 anos: o índice passou de 4% para 13% no mesmo período.

O fenômeno, denominado “Avivamento Silencioso” por veículos locais, contrasta com a tendência de secularização na Europa.

Repercussão

Apesar de não haver estimativas oficiais de público, vídeos compartilhados pelas redes do ministério mostram centenas de participantes. A ação não registrou confrontos ou interrupções por autoridades, diferindo de episódios anteriores envolvendo pregação pública no país.

Nota contextual: O Reino Unido, onde 46,2% da população declarou não ter religião no censo de 2021, vive debates sobre o papel do cristianismo em espaços públicos, enquanto líderes religiosos defendem uma “reativação espiritual” da nação. Com informações: Guiame.