Refugiados norte-coreanos deportados apenas por lerem a Bíblia

Um grupo de refugiados norte-coreanos que fugiu do regime ditatorial comunista em seu país e buscava abrigo na China foi deportado após as autoridades constataram que eles haviam tido contato com cristãos e acesso à leitura da Bíblia Sagrada.

De acordo com a Missão Portas Abertas, um grupo de 200 refugiados norte-coreanos foram obrigados pela China a voltar à Coreia do Norte. Desses, pelo menos dez foram identificados como tendo tido acesso à leitura da Bíblia, o que resultou em seu envio a campos de presos políticos.

O motivo para isso foi, segundo uma fonte anônima da entidade missionária, o acesso à leitura da Bíblia e também as tentativas de chegar à Coreia do Sul, país que oficialmente está em guerra contra a Coreia do Norte.

Ao chegarem no país, os detidos foram investigados sob tortura durante três meses antes de serem enviados aos campos de prisão: “Cristãos são considerados espiões em busca de informações das autoridades norte-coreanas. Por isso, são alvos de perseguição extrema. Uma das principais tarefas dos investigadores é descobrir se o interrogado foi a alguma igreja, leu a Bíblia ou encontrou outros cristãos na China”, contou a fonte da Portas Abertas.

Uma parceira da entidade explicou que ao se identificar que um “desertor” do regime norte-coreano se tornou cristão, as punições são ainda maiores: “Fui presa na China por participar de um encontro secreto de mulheres cristãs norte-coreanas. Sabia que teria que mentir, dizer que eu não era cristã e que estava ali por acidente. Eu seria severamente torturada e provavelmente me enviariam para um campo de prisão sem qualquer possibilidade de sair de lá. E, de fato, fui enviada para um acampamento de reeducação por três anos”, diz a mulher, cujo nome foi omitido por razões de segurança.

Após sobreviver aos três anos de “reeducação”, a cristã não esqueceu sua identidade e fugiu novamente para a China assim que teve oportunidade, dois anos após ter sido liberada da prisão.

A Portas Abertas classifica a Coreia do Norte como o país mais hostil para os cristãos em todo o mundo. A entidade pede orações “para que os cristãos e outros grupos inocentes presos sejam libertos; para que os norte-coreanos conheçam o amor de Deus pela Bíblia” e por proteção aos “cristãos que estão sendo interrogados e torturados pelas autoridades norte-coreanas”.

Lucas Teodoro evangeliza alunos e 140 se rendem a Jesus Cristo

Uma ação de evangelismo liderada pela missão Aviva School resultou na conversão de 140 alunos no Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás, na capital Goiânia. Lucas Teodoro, líder do ministério compartilhou a mensagem de Salvação e seu testemunho de cura do câncer.

“Os alunos estavam curiosos para tentar entender o que iria acontecer por ali”, contou Lucas, em vídeo no Instagram, falando sobre a chegada da equipe do Aviva School.

Como a escola estava em reforma, os estudantes foram levados para uma igreja próxima, junto com professores e policiais. Lá, eles foram apresentados à mensagem do Evangelho. O sermão, pregado por Lucas Teodoro, focou no arrependimento:

“Eu falo para eles a mensagem mais poderosa do mundo: que existe um Deus que ama eles e se entregou por amor a eles. E que, se eles se arrependerem, e crerem nesse Deus podem ser salvos. Eles começam a chorar muito quando entendem que existe alguém que ama eles de verdade. E percebem que precisam mudar de vida”, relatou o evangelista.

Após a ministração, 140 alunos atenderam ao apelo e entregaram suas vidas a Cristo. “Depois disso, eles foram se abraçando e pedindo perdão uns para os outros”, testemunhou Teodoro, de acordo com informações compartilhadas no Instagram. “Deus fez milagres na frente de todo mundo”, acrescentou, referindo aos relatos de cura de enfermidades por parte dos estudantes.

Após a cura do câncer no fêmur da perna esquerda, em 2023, Lucas se matriculou em um curso de teologia e fundou o ministério Aviva School. Em outubro passado, ele participou de um evangelismo em uma escola na República Dominicana, e mais de 250 estudantes se entregaram a Jesus: “Nós cremos que Jesus é a resposta para as escolas do Brasil e das nações”.

Peregrinos cristãos: marcas de 1.500 anos são achadas em Israel

Arqueólogos de Israel descobriram as ruínas de uma igreja de 1.500 anos em uma área ao norte do deserto de Negev. A revelação mostra que há muitos séculos a Terra Santa já era visitada por peregrinos cristãos.

O terreno onde os arqueólogos encontraram as ruínas da igreja está sendo preparado para receber um novo bairro residencial. Em Israel, a legislação exige que um minucioso trabalho de pesquisa sobre o local seja realizado antes que uma obra seja iniciada.

A Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês), informou que o trabalho na região vem sendo feito há vários anos, e os detalhes da descoberta mais recente serão revelados ao público na próxima terça-feira, 06 de junho:

“Esta é uma saudação dos peregrinos cristãos que chegam de navio ao porto de Gaza”, disseram Oren Shmueli, Dra. Elena Kogan-Zehavi e Dr. Noé David Michael, diretores da escavação, em nome do IAA.

“O local escavado conta a história da colonização no norte do Negev no final do período bizantino e no início do período islâmico inicial. Os peregrinos visitaram a igreja e deixaram a sua marca pessoal na forma de desenhos de navios nas suas paredes. O navio é de fato um antigo símbolo cristão, mas neste caso, aparentemente, é uma verdadeira representação gráfica de navios reais nos quais os peregrinos viajavam para a Terra Santa”, explicou o comunicado.

O local da antiga igreja com os desenhos do navio é de fato paralelo a uma antiga estrada romana que ligava o porto costeiro mediterrânico de Gaza a Beer Sheva, a principal cidade do deserto de Negev, informou o portal Israel 365 News.

“Os peregrinos começaram a sua peregrinação seguindo as estradas romanas que conduziam a locais sagrados para a cristandade, como Jerusalém, Belém, os mosteiros nas colinas de Negev e o Sinai. É razoável que a sua primeira paragem depois de desembarcar dos navios no porto de Gaza tenha sido esta mesma igreja revelada em nossas escavações ao sul de Rahat. Este local fica a apenas meio dia de caminhada do porto”, explicam os estudiosos.

Deborah Cvikel, do Departamento de Civilizações Marítimas da Universidade de Haifa, comentou a descoberta: “Um dos navios desenhados nas paredes da igreja é representado como um desenho de linha, mas ainda assim pode-se perceber que sua proa é ligeiramente pontiaguda e que há remos em ambos os lados da embarcação. Esta pode ser uma representação aérea do navio, embora pareça que o artista estava tentando fazer um desenho tridimensional. Pode ser que as linhas abaixo retratem o caminho percorrido pelos remos na água. Navios ou cruzes deixados por peregrinos cristãos visitantes como testemunho de sua visita também são encontrados na igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém”, contextualizou.

Outro desenho mostra o que aparentemente é um navio de dois mastros. O mastro principal não tem vela, mas parece exibir uma pequena bandeira na parte superior. O mastro dianteiro é ligeiramente inclinado em direção à proa e carrega uma vela conhecida como artemon.

A riqueza de detalhes nos desenhos seriam um indicativo de familiaridade do artista com viagens marítimas: “Como o desenho foi encontrado de cabeça para baixo, parece que quem colocou a pedra durante a construção não sabia que tinha um desenho ou não se importou”, ponderaram os pesquisadores.

Eli Escusido, diretor da IAA, descreveu importância da descoberta: “Abre uma janela para nós para o mundo dos peregrinos cristãos que visitaram a Terra Santa há 1.500 anos, e fornece evidências de primeira mão sobre o navios em que viajaram e o mundo marítimo da época”.

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Luciano Camargo revela transição para o gospel: 'Deus revela'

O cantor Luciano Camargo admitiu que está dedicando mais esforços e energia para seu projeto na música gospel, que agora é profissional. Há uma semana, ele lançou a música Terra Fértil, que teve o clipe apresentado em uma sala de cinema no Rio de Janeiro.

“Deus vai revelando as coisas na nossa vida”, disse o cantor, explicando a transição oficial para o gospel. Ele e o irmão, Zezé, têm uma carreira de décadas de sucesso na música secular como dupla sertaneja.

O envolvimento de Luciano Camargo com a música gospel remete à sua conversão, em meio à pandemia, mas também às raízes evangélicas da família: sua mãe sempre desejou que um filho se dedicasse a cantar louvores a Deus.

“Lá atrás quando eu lancei o primeiro louvor a pedido da minha mãe, depois eu entendi que esse desejo de ter um filho gravando louvores foi Deus que colocou no coração dela. Embora naquela época a gente tivesse um grande lançamento e até um especial de fim de ano [na RecordTV], não era um lançamento profissional, era a intenção de tocar o coração das pessoas”, disse o cantor.

De acordo com informações do portal O Dia, o cantor tem dado passos planejados em direção à música gospel com o apoio da esposa: “A Flávia está a todo momento me apoiando na educação das nossas filhas. É complicado ser pai de adolescente, isso eu sei. Tenho que estar preparado, daqui a pouco tem ‘namoricos’, ainda não tem nenhum, mas a gente tem que estar preparado, mas Deus vai na frente e você tem que atrás porque Ele vai atrás porque ele vai abrindo caminho”, comentou, referindo às filhas gêmeas Isabella e Helena, de 14 anos.

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Antissionismo de professores marxistas visa manipular evangélicos

O apoio dos cristãos evangélicos a Israel tem origem em muitos pontos teológicos, com o mais comum sendo uma visão escatológica chamada pré-milenismo, mas há um esforço da elite intelectual em difundir o antissemitismo e antissionismo para que resulte em ruptura com a nação judaica.

Embora a maioria dos evangélicos ainda siga um posicionamento de intercessão por Israel, um livro publicado em 2023 pelos pesquisadores Kirill M. Bumin e Motti Inbari, intitulado Christian Sionism in the Twenty-First Century: American Evangelical Opinion on Israel (“Sionismo cristão no século 21: a opinião dos evangélicos americanos sobre Israel”, em tradução livre), indica que os jovens evangélicos abaixo de 30 anos já não nutrem tanta simpatia pela nação judaica.

No livro, há especulações sobre os motivos para esse distanciamento de um posicionamento adotado há séculos pelos cristãos protestantes, que sempre apoiaram Israel – ao contrário da Igreja Católica, que sempre nutriu discursos antissemitas (por serem os judeus fariseus os autores intelectuais da crucificação de Jesus) e antissionistas, com papas ao longo da história se opondo à presença de judeus em Jerusalém.

Marxismo cultural

Entretanto, em um olhar mais voltado para a influência imediata da cultura, o professor Richard Land, presidente emérito do Southern Evangelical Seminary em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), entende que a presença de jovens evangélicos nas universidades ao longo dos últimos 20 anos expôs esse público à influência marxista:

“Em primeiro lugar, é verdade, infelizmente”, disse Land sobre o crescente distanciamento dos jovens cristãos em relação a Israel. “Vejo isso o tempo todo. Acho que há vários motivos. Um deles é que os evangélicos mais jovens frequentaram a universidade nos últimos 20 anos, e as universidades foram, em grau significativo, subvertidas pelo dinheiro árabe do petróleo”, pontuou.

As nações árabes são, em sua maioria, inimigas de Israel e trabalham pela perda de influência dos judeus no mundo ocidental, visando duas frentes: menor resistência ao islamismo na Europa e América e o isolamento de Israel em termos diplomáticos, o que permitiria uma guerra aberta contra o país.

Além disso, o professor Land afirmou que muitas escolas também foram infiltradas por uma forma de marxismo cultural que vê Israel como um “estado opressor”, e isso contaminou também os jovens evangélicos presentes nesses ambientes:

“Algumas formas de marxismo cultural veem os judeus, em particular, como uma classe opressora branca, por isso alimenta o antissemitismo. Você olha para o que está acontecendo recentemente e isso não pode ser tão difundido sem ideias. As ideias têm consequências. E nos últimos 20 anos ou mais, a geração mais jovem de americanos foi envenenada por esta filosofia de lavagem cerebral”, articulou Land.

Esse mesmo cenário está presente nas universidades brasileiras, e semelhantemente ao que ocorre entre os jovens evangélicos nos EUA, no Brasil os movimentos de “crentes de esquerda” começam a ganhar alguma força através das redes sociais, principalmente entre jovens.

“Como eles foram influenciados pelo marxismo cultural e por verem os israelenses como opressores, alguns deles se tornaram amilenistas. Claro, se você é amilenista, então você não acredita que Deus tenha algo a ver com Israel”, especulou o professor Land, de acordo com informações do portal The Christian Post.

Amilenismo

Há uma tendência entre os teólogos contemporâneos de associar a interpretação escatológica amilenista à uma ideia de irrelevância de Israel para o cumprimento de profecias e a Segunda Vinda de Jesus Cristo.

Esta, porém, é uma visão combatida pelo professor Franklin Ferreira, em seu livro Por Amor de Sião, em que defende a manutenção da aliança de Deus com Israel sem prejuízo da visão amilenista:

“Cristãos são ensinados na Escritura Sagrada que Israel é o povo eleito do Altíssimo e sua terra lhes foi dada pelo único Deus por herança perpétua”, citando a carta do apóstolo Paulo aos Romanos 11: “Será que Deus rejeitou o seu povo? De modo nenhum! […] Nos dias de hoje sobrevive [em Israel] um remanescente segundo a eleição da graça. E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça. […] Todo o Israel será salvo. [… Pois] quanto à eleição, [os de Israel são] amados por causa dos patriarcas; porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis (versículos 1,5,6,26)”, disse Ferreira em live no Instagram logo após o atentado terrorista de 07 de outubro.

Sapateiro cristão linchado no Paquistão; 100 muçulmanos presos

Os cristãos paquistaneses vivem sob intensa perseguição e no último sábado, uma turba de extremistas muçulmanos linchou um sapateiro cristão e seu filho na província de Punjab. Após o crime, a Polícia prendeu 100 suspeitos pelo crime.

O tumulto, registrado na cidade de Sardodha, em Punjab, saiu de controle. O sapateiro cristão de 70 anos foi acusado de profanar o Alcorão, e seu filho também foi atacado.

A multidão furiosa cercou a casa do idoso, linchou ele e seu filho e queimou a casa e a sua oficina de fabricação de sapatos. No Instagram, a página da Christian Concern publicou vídeo com cenas fortes do tumulto.

“A situação era altamente volátil, com a multidão exigindo que o suposto blasfemador fosse entregue a eles para enfrentar sua ira”, afirmou a polícia local, em comunicado divulgado na segunda-feira, 27 de maio.

A agência Associated Press informou que a polícia resgatou cerca de 10 pessoas, incluindo o sapateiro cristão e seu filho, que foram levados para o hospital. Durante a operação de resgate, vários policiais ficaram feridos após a multidão atirar pedras e tijolos contra eles.

A polícia de Punjab informou que reforçou a segurança nas igrejas na região. De acordo com o oficial de polícia Assad Ijaz, as investigações do caso estão em andamento.

No Paquistão, os suspeitos de blasfêmia geralmente são mantidos sob custódia até que o julgamento e os recursos se esgotem. Além disso, a blasfêmia contra Maomé, o profeta do Islã, é punível com a morte e a condenação normalmente ocorre com poucas evidências legais.

Dessa forma, as leis de blasfêmia são frequentemente utilizadas como vingança para acertar contas pessoais ou para resolver disputas sobre dinheiro, propriedade ou negócios. Com apenas uma única acusação, uma multidão se revolta e lincha os acusados, mesmo que não haja provas da alegação.

Parto indolor a caminho do hospital vira testemunho após orações

Um parto que poderia se transformar em uma complicação acabou da melhor maneira possível, e a mãe que viveu uma experiência singular aproveitou os holofotes da imprensa para glorificar a resposta de Deus às suas orações.

O testemunho de Brooke Canady virou notícia internacional, com reportagens de emissoras de TV nos EUA e entrevistas. Seu parto no carro, a caminho do hospital, foi praticamente indolor e silencioso depois que a bolsa estourou.

Grávida de 37 semanas, ela acordou com fortes contrações e ligou para o consultório onde trabalha como terapeuta ocupacional para avisar que não trabalharia naquele dia, já que a experiência de já ser mãe a fez entender que o parto estava próximo.

Minutos depois, ela acordou o marido, Jeffrey Canady para leva-la ao hospital. Ele havia passado a noite em claro cuidando do primeiro filho do casal, de dois anos. Como o carro já estava preparado para o nascimento do segundo filho, com duas cadeirinhas no banco traseiro, ela precisou ir sentada no banco da frente.

“Quando estávamos no carro, a caminho, minhas contrações eram tão intensas que a única coisa que pude dizer foi ‘piscas’, dizendo ao meu marido para ligar o pisca-alerta e ir para o hospital o mais rápido possível”, contou.

O hospital fica a 45 minutos de distância de sua casa, e por conta disso, o bebê acabou nascendo antes: “Quinze minutos depois de nossa viagem, meu corpo começou a empurrar involuntariamente”, relembrou, acrescentando que a 10 minutos do hospital sua bolsa estourou e não sentiu mais dor.

Sem o desconforto das contrações, ela avisou ao marido: “Vou ter este bebê”. Pouco tempo depois, ela viu a cabeça do filho e conseguiu agarra-lo e puxa-lo para fora: “Esse foi o momento em que meu marido estacionou o carro e olhou para nós. Ele estava tão concentrado em dirigir e em nos levar em segurança ao hospital que nunca tirou os olhos da estrada e ficou chocado”.

Quando o casal finalmente chegou ao hospital, a equipe de emergência veio prontamente até o veículo e cuidou da mãe e do recém nascido. O bebê, que nasceu saudável, já está em casa e tem uma personalidade calma, contou a mãe à Fox News: “É uma sensação surreal ser mãe de novo, ter orgulho de como meu corpo está proporcionando ao nosso recém-nascido e ter uma história de nascimento tão redentora desta vez”.

O primeiro filho de Brooke enfrentou complicações após o nascimento e precisou ser internado na UTI Neonatal. Por isso, a mãe orou para que sua segunda gestação fosse tranquila: “A experiência de nascimento que tive foi tudo o que eu poderia desejar e um verdadeiro testemunho da fidelidade de Deus e da incrível capacidade de uma mãe trazer seu bebê ao mundo”, testemunhou.

Fé secreta: muitos cristãos preferem não falar de Jesus em público

Uma pesquisa constatou o que a percepção comum já indicava: muitos cristãos preferem manter sua fé em segredo, o que indica um comportamento oposto ao que as Escrituras ordenam.

Ao longo do Novo Testamento há muitas passagens que cobram dos servos de Jesus Cristo uma postura pública na prática da fé. Textos como Marcos 16.15 (“…vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas”) e Romanos 10.14 (“…como ouvirão, se não houver quem pregue?”) são apenas alguns que indicam a responsabilidade de testemunhar sobre o Filho de Deus.

Mas o que se constata na prática é que muitos cristãos, em especial em países onde o secularismo avançou, se constrangeram com a hostilização de grupos opostos ao cristianismo, como ativistas ateus, progressistas e LGBT.

Uma empresa de pesquisa realizou um levantamento a respeito da religião no Reino Unido e constatou que quase a metade dos cristãos prefere não divulgar sua fé publicamente.

A Whitestone Insight afirmou que 40% dos cristãos dizem que consideram ser melhor “não contar às pessoas sobre minha fé ou crença religiosa” por receio de sofrerem alguma reação contrária. A pesquisa foi encomendada pelo Instituto para o Impacto da Fé na Vida (IIFL).

Jake Scott, secretário do IIFL, disse que a crise de autoconfiança entre os cristãos pode estar ligada aos chamados “cristãos culturais”, que são pessoas que foram batizadas mas que frequentam a igreja com pouca frequência e não se identificam fortemente com a fé cristã: “Eles podem preferir não falar sobre a fé porque têm falta de confiança quando se trata de saber se realmente se identificam como cristãos”.

Por outro lado, a pesquisa também revelou diferenças geracionais nas atitudes em relação à fé: apenas 30% dos jovens entre os 18 e os 24 anos acreditavam que as pessoas não deveriam falar sobre a sua fé no local de trabalho, em comparação com 50% daqueles com 65 anos ou mais.

No entanto, os mais jovens mostraram-se geralmente mais entusiasmados com a sua fé em outros contextos, com 72% dos jovens entre os 18 e os 24 anos a afirmar que a religião os ajudou a encontrar um propósito na vida, em comparação com 47% daqueles com 65 anos ou mais.

Além disso, a pesquisa sugeriu um renascimento geracional da fé entre os mais jovens: os entrevistados da Geração Z, em particular, mostraram um nível mais elevado de envolvimento religioso.

Uma maioria significativa de jovens entre os 18 e os 24 anos acredita que a sua religião é a única verdadeira, e está mais disposta a falar sobre a sua fé em público, de acordo com informações do portal The Christian Post.

Ricardo Nunes é o preferido dos evangélicos em SP contra Boulos

Os evangélicos novamente formam um público que pode definir os rumos das eleições, e o cenário agora envolve a principal capital do país. Uma pesquisa recente de intenção de voto mostrou a rejeição a Guilherme Boulos (PSOL), que é apoiado por Lula (PT).

A pesquisa AtlasIntel sobre intenção de votos foi divulgada ontem, 28 de maio, e mostra o prefeito Ricardo Nunes liderando as intenções de voto entre os evangélicos: 48,3% dos entrevistados disseram preferir o atual prefeito, contra 19,3% para o esquerdista Boulos.

Ricardo Nunes será candidato à reeleição após herdar o cargo do prefeito eleito em 2020, Bruno Covas (PSDB), que faleceu em maio de 2021 em decorrência de um câncer no sistema digestivo com metástase nos ossos e no fígado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) apoiam a candidatura de Ricardo Nunes, que é católico. Há negociações em andamento para a definição do nome para vice na chapa, e a vereadora evangélica Sonaira Fernandes (PL) é uma das cotadas para a vaga.

O atraso na divulgação dos dados sobre religião no Censo 2022, realizado pelo IBGE, impede uma leitura mais precisa do peso do voto dos evangélicos no atual cenário. No censo de 2010, os evangélicos somavam 22,1% da população, que era estimada em 11,3 milhões de habitantes.

Entre os católicos, a intenção de voto é oposta: Boulos lidera com 41,1% contra 18,8% do atual prefeito. O cenário se repete entre adeptos de outras religiões, com o deputado federal pelo PSOL somando 36,2% das intenções de votos. Nesse recorte, Tabata Amaral (PSB) surge em segundo lugar, com 19,5%, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) vem em terceiro, com 15,7% e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 11,1%, fica em quarto.

No cenário geral, há indicativo de que as eleições serão decididas no segundo turno na capital paulista. No primeiro, Boulos lidera com 37,2% das intenções, contra 20,5% do prefeito Ricardo Nunes. Já em um provável segundo turno, o candidato à reeleição vira o cenário, com 46% das intenções de voto, contra 43,5% do psolista.

A pesquisa Atlas/CNN tem margem de erro de 2 pontos para mais ou para menos, nível de confiança de 95% e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número SP-05357/2024. Ao todo, 1.670 moradores da capital paulista foram entrevistados entre os dias 22 e 27 de maio.

Gays em seminários católicos: Francisco quer formas de impedir

O papa Francisco teria dito, em uma reunião com bispos a portas fechadas no Vaticano, que a presença de gays em seminários deveria ser impedida. O relato publicado pela imprensa italiana acusa o líder católico de usar um termo pejorativo para se referir aos homens homossexuais.

Meses após autorizar que padres celebrem uniões entre pessoas do mesmo sexo, o papa Francisco teria dito que os “frociaggine” (termo em italiano para “bicha”) deveriam ser impedidos de ingressar nos seminários.

“É necessário estabelecer marcadores e evitar o risco de que o gay que escolhe o sacerdócio possa mais tarde acabar vivendo uma vida dupla, continuando a praticar a homossexualidade, enquanto ao mesmo tempo sofre de dissimulação”, teria dito o papa Francisco.

O jornal La Repubblica publicou a reportagem dizendo ter obtido a informação de uma “fonte informada que não quis ser identificada”. Ao propor medidas que impeçam a presença de homossexuais nos seminários, o papa teria se queixado de que “há muitos ‘frociaggine’ nos seminários”.

De acordo com informações do portal The Christian Post, a reunião contou com a presença de mais de 200 membros da Conferência dos Bispos Italianos. O posicionamento do papa segue um documento de 2005 elaborado sob a administração do seu antecessor, o conservador papa Bento XVI.

O portal Catholic News Service confirmou com bispos italianos não identificados que Francisco usou o termo considerado pejorativo quando se referiu aos gays em seminários católicos, enquanto outro jornal amenizou a situação dizendo que o papa “às vezes tropeça em um italiano um tanto criativo sem estar ciente das nuances”.

Recentemente, quando concedeu uma entrevista ao jornal argentino La Nacion para comemorar os 10 anos desde que se tornou chefe da Igreja Católica Romana, Francisco se posicionou contra a ideologia de gênero, afirmando tratar-se da pior manipulação dos tempos atuais:

“Sempre distingo entre o que é a pastoral para pessoas que têm uma orientação sexual diferente e o que é a ideologia de gênero. São duas coisas diferentes. A ideologia de gênero, neste momento, é uma das colonizações ideológicas mais perigosas”, comentou o papa, expondo sua oposição ao transgenerismo.