Fiéis não consideram que a Bíblia seja clara sobre LGBT

Um estudo conduzido pelo Family Research Council (FRC), em parceria com o Cultural Research Center da Arizona Christian University, revelou uma tendência crescente entre frequentadores de igrejas nos Estados Unidos: a percepção de que a Bíblia não oferece ensinamentos claros e decisivos sobre temas como homossexualidade e transgenerismo.

Os resultados foram divulgados em 14 de outubro de 2025, com base em uma amostra de 1.003 adultos que frequentam igrejas regularmente.

Segundo o relatório, apenas 47% dos entrevistados acreditam que a Bíblia é “clara e decisiva” sobre a moralidade da homossexualidade — uma queda significativa em relação aos 63% registrados em 2023.

Além disso, 26% consideram os textos bíblicos “ambíguos” sobre o tema, 16% entendem que a Bíblia “não aborda” a questão e 11% afirmaram não saber responder. Em relação ao transgenerismo, a percepção de clareza caiu de 52% em 2023 para 40% em 2025, enquanto 23% classificaram os ensinamentos como “obscuros”, 24% afirmaram que a Bíblia não trata do assunto e 11% declararam incerteza.

O estudo também examinou outras áreas da vida pública e moral. A maioria dos entrevistados (65%) afirmou que a Bíblia apresenta ensinamentos claros sobre o casamento, enquanto 59% disseram o mesmo sobre a liberdade religiosa. Já no tema do aborto, 51% afirmaram que a Bíblia tem posição clara — índice inferior aos 65% registrados dois anos antes.

O presidente do Family Research Council, Tony Perkins, pastor batista e ativista cristão em Washington, avaliou que os resultados refletem uma “necessidade urgente de ensino bíblico consistente”. Segundo ele, a Igreja precisa reforçar o discipulado e a formação doutrinária diante das mudanças culturais. “Muitos pastores e muitas igrejas não estão ensinando sistematicamente a Palavra de Deus. E é exatamente a isso que precisamos voltar”, afirmou.

Perkins observou que parte dos líderes evita tratar de temas sensíveis por receio de causar desconforto. “Alguns têm medo de ofender ou perder membros ao abordar questões controversas. O resultado é que isso cria um vácuo que acaba sendo preenchido pela cultura mais ampla e pela mídia”, disse. Para ele, o problema não é que os cristãos estejam “ouvindo o que é errado” nas igrejas, mas que “não estão ouvindo nada sobre esses assuntos”.

O pastor citou as igrejas Calvary Chapel como exemplo de congregações que mantêm um ensino bíblico sistemático. “Isso vem de Chuck Smith, que ensinava seus pastores a pregar a Bíblia. Assim, quando essas questões surgem, eles simplesmente lidam com elas”, afirmou. Perkins destacou que essas igrejas ensinam “livro por livro” e “cronologicamente”, o que, segundo ele, proporciona uma visão de mundo sólida e coerente.

O estudo, intitulado “Questões Sociais e Visão de Mundo”, aponta que a forma como as igrejas ensinam a Bíblia influencia diretamente a percepção moral e ética dos fiéis. Para os pesquisadores, a queda na confiança quanto à clareza das Escrituras em temas contemporâneos sugere que parte das congregações não tem comunicado de modo eficaz o conteúdo bíblico diante de um cenário cultural em constante transformação, de acordo com informações do portal The Christian Post.

Igreja e a disciplina de membros: juristas explicam limites legais

A disciplina eclesiástica é reconhecida nas Escrituras e historicamente utilizada pelas igrejas cristãs para preservar a doutrina, a unidade e a conduta moral de seus membros. No contexto brasileiro, sua aplicação deve observar não apenas fundamentos teológicos, mas também os limites legais estabelecidos pela Constituição Federal e demais normas civis.

A advogada Danielle Maria Leão, especialista em Direito Religioso e integrante do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR), afirma que o ponto de partida para discutir os limites da disciplina eclesiástica é o princípio da laicidade do Estado. No modelo brasileiro, essa laicidade não implica separação hostil entre Igreja e Estado, mas uma relação de “colaboração respeitosa”, conceito definido pelos juristas Tiago Rafael Vieira e Jean Regina como laicidade colaborativa.

Nesse sistema, o Estado reconhece a autonomia das instituições religiosas, garantindo liberdade para formular doutrinas, nomear ministros, definir liturgias e aplicar normas internas de disciplina. Essa prerrogativa, explica Leão, é expressão da liberdade religiosa, prevista no artigo 5º da Constituição. Contudo, ela ressalta que essa liberdade não é absoluta. “Nenhuma forma de disciplina pode violar a dignidade, a honra ou a imagem de uma pessoa”, afirma.

Práticas que resultem em exposição pública, humilhação ou constrangimento podem configurar ilícito civil ou penal. A especialista adverte que a divulgação indevida de informações pessoais, a ausência de direito de defesa e a motivação discriminatória podem gerar responsabilização judicial e indenizações por danos morais.

Ato interno

Leão enfatiza que a disciplina eclesiástica deve ser compreendida como ato interno de autogoverno, não como punição pública. Sua finalidade, explica, é pedagógica e restauradora, voltada à reconciliação e à preservação espiritual do fiel. Para isso, é essencial o sigilo e a discrição nos processos internos. “A preservação da honra, da vida privada e da integridade emocional dos envolvidos é essencial. O princípio da confidencialidade eclesiástica deve ser rigorosamente observado”, pontua.

Quando envolve crianças e adolescentes, a advogada destaca que é obrigatório seguir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e garantir a participação dos responsáveis. Qualquer correção fora desses parâmetros, observa, pode configurar violação de direitos e até encobrimento de crimes.

Responsabilidade das igrejas

A especialista afirma que igrejas podem ser responsabilizadas civil ou penalmente se a disciplina for aplicada de modo abusivo. Casos que envolvam discriminação, perseguição, constrangimento ou uso indevido da autoridade espiritual configuram violação de direitos. “O abuso do poder religioso é uma realidade que vem ganhando atenção jurídica. Constrangimento ilegal, por exemplo, está tipificado no Código Penal. Nenhuma pessoa, nem mesmo dentro de um ambiente religioso, pode ser forçada a fazer ou deixar de fazer algo sob ameaça ou coerção”, destaca Leão.

Ela acrescenta que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) também se aplica às igrejas, exigindo cuidado com dados pessoais e sensíveis dos membros. O vazamento ou uso indevido dessas informações pode resultar em sanções legais.

Estatuto, regimento e garantias

Para assegurar legalidade e legitimidade aos processos internos, Leão recomenda que toda igreja possua estatuto e regimento interno aprovados em assembleia, com regras claras sobre os procedimentos disciplinares. “Esse documento deve prever o contraditório e a ampla defesa. As decisões precisam ser colegiadas, nunca unilaterais”, explica.

Ela reforça que os processos devem ser transparentes, respeitosos e sigilosos, e que o objetivo da correção deve ser a restauração espiritual, não a exclusão. “Quando a autoridade espiritual é usada para perseguir, manipular ou constranger, ultrapassa-se o limite da autonomia religiosa e entra-se no campo da violação de direitos humanos”, afirma.

Liberdade religiosa

Para Leão, a liberdade religiosa, embora seja um direito fundamental, encontra limites nos demais direitos previstos pela Constituição. O Estado, explica, tem o dever de intervir quando práticas religiosas são utilizadas para justificar abusos. “A disciplina eclesiástica abusiva não só fere a Constituição, como também contradiz a própria teologia cristã, que tem como princípio a dignidade da pessoa humana.”

Segundo a advogada, a igreja que busca agir conforme o Evangelho deve pautar-se pela legalidade, ética e respeito aos direitos humanos. “Liberdade religiosa e direitos humanos não são excludentes — devem caminhar juntos”, conclui.

Fundamentos bíblicos

O advogado Rafael Durand, também especialista em Direito Religioso e membro da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa da OAB/PB, afirma que a legitimidade da disciplina eclesiástica depende de dois fundamentos principais: princípios bíblicos e garantias constitucionais.

Ele explica que, do ponto de vista teológico, a correção deve seguir a ética cristã da restauração, conforme textos como Mateus 18:15-17 e Gálatas 6:1. No plano jurídico, é essencial respeitar o devido processo legal, assegurando contraditório e ampla defesa, direitos previstos nos incisos LIV e LV do artigo 5º da Constituição Federal. “O membro acusado precisa ser informado previamente sobre o motivo da disciplina, ter oportunidade de se manifestar e ser ouvido. A correção deve ser conduzida com verdade, misericórdia e foco na restauração”, explica.

Limites jurídicos

Durand destaca que, embora o artigo 5º, inciso XVIII da Constituição garanta autonomia às instituições religiosas, essa liberdade não é ilimitada. “A igreja é livre para definir sua doutrina e práticas internas, mas deve respeitar os direitos fundamentais e a dignidade da pessoa humana”, afirma.

Ele ressalta que exposições vexatórias e humilhações públicas violam tanto princípios cristãos quanto o ordenamento jurídico, podendo configurar constrangimento ilegal ou dano moral. O advogado recomenda que cada comunidade mantenha regimento interno claro e aprovado, com regras conhecidas por todos os membros, para garantir previsibilidade e segurança jurídica.

Sigilo pastoral

Outro aspecto enfatizado por Durand é o sigilo pastoral, protegido pelo artigo 5º, inciso VI da Constituição e pelo artigo 207 do Código de Processo Penal, que dispensa ministros religiosos de testemunharem sobre fatos revelados sob confidência espiritual. “O sigilo é expressão da liberdade religiosa e da inviolabilidade de consciência, mas não deve ser confundido com omissão diante de crimes”, explica.

Em casos que envolvam abuso de menores ou violência, o advogado afirma que existe um dever moral e, em alguns casos, legal de comunicar as autoridades competentes. “O sigilo existe para promover restauração, não para proteger a impunidade”, resume.

Transparência e prudência

Durand recomenda que decisões disciplinares sejam colegiadas, conduzidas por conselhos eclesiásticos, e que todas as etapas sejam devidamente documentadas, com atas e comunicações internas preservando o sigilo. Ele cita 1 Timóteo 5:19, que orienta que acusações contra líderes religiosos sejam tratadas com prudência e testemunhas.

Para ele, a integração entre conselhos jurídicos e teológicos é essencial para equilibrar fidelidade doutrinária e conformidade legal. “Enquanto os pareceres jurídicos asseguram obediência à legislação civil, os pareceres teológicos garantem coerência com a fé cristã”, afirma.

Prevenção de abusos

Um dos principais desafios, segundo o advogado, é a falta de formação jurídica entre líderes religiosos. Ele defende capacitação contínua em Direito Religioso, mediação de conflitos e proteção de dados, para evitar litígios e proteger a imagem institucional das igrejas. “A boa intenção não basta. É necessário conhecimento para que atitudes corretivas não se tornem práticas ilícitas ou abusivas”, pontua.

Durand conclui que a disciplina eclesiástica deve sempre buscar a restauração e não a punição pública. “Jesus ensinou a corrigir em particular, com amor e discrição (Mateus 18:15). Do ponto de vista jurídico, a dignidade, a honra e a imagem são valores constitucionalmente protegidos. A ética cristã e o Direito convergem nesse ponto: ambos exigem justiça temperada com misericórdia”, afirma, de acordo com a revista Comunhão.

Igrejas driblam limitações realizando cultos em salas de cinema

Com o aumento da densidade urbana e a limitação de espaços disponíveis para templos, igrejas evangélicas em diversas cidades brasileiras têm encontrado nas salas de cinema uma alternativa para realizar cultos e atividades religiosas. O movimento, que cresce em várias regiões do país, transforma salas antes destinadas ao entretenimento em ambientes de adoração, comunhão e evangelismo.

A proposta busca tanto facilitar o acesso do público quanto alcançar pessoas que evitam templos tradicionais. No Espírito Santo, a Igreja Batista Atitude em Vila Velha, liderada pelo pastor Rafael Prezença, realiza cultos dominicais às 18h no Cineteatro do Shopping da Terra. A inauguração oficial do novo campus está prevista para 22 de novembro, com uma celebração especial.

Segundo o pastor Bruno Caetano, presidente da Regional Espírito Santo da Batista Atitude e líder do campus em Vitória, o modelo combina grandes cultos aos domingos com reuniões em pequenos grupos durante a semana. “O foco é fortalecer vínculos, discipular e alcançar pessoas nas cidades”, afirmou.

Em Curitiba (PR), o formato já está consolidado há mais de uma década. A Igreja no Cinema, fundada pelos pastores Karl e Aline Dietz, realiza cultos nas salas do Shopping Ventura e do Shopping Jardim das Américas. Os encontros acontecem aos domingos, às 9h30, e reúnem frequentadores que, segundo os líderes, talvez não se sentissem à vontade em um templo convencional. O trabalho é marcado por testemunhos de transformação e restauração, segundo relatos dos participantes.

No Rio de Janeiro, a Academia da Fé, sob liderança dos pastores Hélio e Deise Peixoto, também aderiu à proposta. A igreja, que possui sedes em diferentes localidades, inclusive uma em Orlando (EUA), promove cultos no Cinesystem do Recreio Shopping, sempre aos domingos, às 18h30. A proposta é oferecer ensino bíblico acessível e prático, em um ambiente informal, mas preservando o caráter reverente. “Nosso objetivo é levar a Palavra a pessoas que buscam crescimento espiritual, num contexto mais próximo da realidade urbana”, explicou a liderança em nota publicada no site da igreja.

A adoção de salas de cinema como locais de culto reflete uma mudança na dinâmica da evangelização contemporânea, marcada pela descentralização de estruturas tradicionais e pela busca de novos espaços de interação comunitária. O formato reduz barreiras culturais e amplia o alcance em contextos urbanos.

Projeto de legalizar aborto na Espanha gera reação de evangélicos

O governo da Espanha, liderado pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez, apresentou em 16 de outubro uma proposta para incluir o direito ao aborto na Constituição, medida que, se aprovada, tornaria o país o segundo do mundo — após a França — a garantir esse direito em sua Carta Magna. A iniciativa gerou ampla reação política e religiosa, especialmente entre grupos conservadores e evangélicos.

Em comunicado oficial, a Aliança Evangélica Espanhola (AEE) classificou a proposta como “demagógica” e “contradição moral”, acusando o governo de banalizar a vida humana. “Acreditar que eliminar uma vida é um direito fundamental é sinal de uma mentalidade regressiva, própria de civilizações antigas e não de uma sociedade que se diz evoluída”, afirmou a entidade.

A AEE também criticou a falta de políticas públicas voltadas a alternativas ao aborto, como adoção, apoio psicológico e redes de amparo, destacando que muitas mulheres permanecem “sozinhas e desinformadas diante de uma decisão complexa”.

A organização contestou ainda o uso do termo “direitos reprodutivos”, que definiu como “paradoxo linguístico”, argumentando que o aborto representa a interrupção da reprodução, e não sua proteção. Outro ponto de controvérsia é a criação de registros de profissionais de saúde que se recusarem a realizar abortos por motivos éticos ou religiosos. Segundo a AEE, a medida equivaleria a uma forma de perseguição indireta, por supostamente expor médicos pró-vida a retaliações e exclusão no sistema público.

O debate ocorre em meio à divulgação de novos dados sobre o aumento do número de abortos no país. Segundo o Ministério da Saúde da Espanha, foram registrados 106.172 procedimentos voluntários em 2024, um crescimento de 2,9% em relação a 2023. O número é um dos mais altos desde a promulgação da atual Lei do Aborto, em vigor desde 2010.

Do total, 94,6% dos casos foram realizados a pedido da mulher, sem risco médico envolvido, enquanto 5% ocorreram por razões clínicas, como risco à saúde ou malformação fetal, conforme informações do Evangelical Focus.

O levantamento mostra que mulheres entre 20 e 28 anos representam cerca de 38% dos abortos realizados. Entre adolescentes com até 19 anos, foram registrados mais de 11 mil casos, revelando incidência significativa entre jovens. Outro dado indica que mais de 70% dos abortos ocorreram em clínicas privadas, apesar do aumento gradual da participação do sistema público, que respondeu por 21,25% dos procedimentos — o dobro do registrado há uma década. Entre 2019 e 2024, as comunidades autônomas destinaram aproximadamente 150 milhões de euros a clínicas particulares para custear procedimentos fora da rede estatal.

O relatório também aponta variações por origem e região. Embora a maioria das mulheres que recorrem ao aborto seja espanhola, a proporção de mulheres latino-americanas e caribenhas passou de 17% em 2015 para 22% em 2024. As regiões com maiores índices continuam sendo Catalunha, Madrid e Ilhas Baleares. O menor número recente de registros foi observado em 2020, com pouco mais de 88 mil procedimentos, reflexo das restrições de mobilidade durante a pandemia.

Com a proposta de reforma constitucional e o aumento dos índices, a Espanha retoma um debate central sobre os limites entre liberdade individual, responsabilidade social e valor da vida humana. Enquanto o governo defende o aborto, entidades religiosas e parte da sociedade civil alertam para as implicações éticas e espirituais da medida.

Missionários têm atuação reconhecida pelo rei Charles

Durante as comemorações do jubileu da independência de Papua-Nova Guiné, dois membros da organização Mission Aviation Fellowship (MAF) foram condecorados com a Medalha do 50º Aniversário do Rei Charles, honraria concedida a cidadãos e instituições que contribuíram de forma relevante para o país.

A cerimônia ocorreu em 16 de outubro na cidade de Telefomin e foi conduzida pelo governador local, Tony Wouwou. Receberam a medalha Siobhain Cole, gerente adjunta de operações terrestres da MAF, e Dominic Sant, diretor nacional da missão em Papua-Nova Guiné.

Ao agradecer pela homenagem, Siobhain Cole destacou que o reconhecimento simboliza o trabalho coletivo da equipe da MAF ao longo das décadas. “Foi uma honra imensa receber este reconhecimento. Sentimos que ele representa o trabalho conjunto da MAF nos últimos 70 anos em Papua. Este é um prêmio para toda a equipe, que tem servido com dedicação às comunidades remotas”, afirmou.

Dominic Sant também expressou gratidão, dedicando o prêmio à memória dos pioneiros da missão. “Esta medalha homenageia não apenas nosso trabalho atual, mas também a coragem e a dedicação dos muitos pilotos e voluntários que deram suas vidas para alcançar comunidades esquecidas. Recebo este prêmio em memória de Harry Hartwig, o primeiro piloto da MAF em Papua, e em nome de todos que seguiram seus passos”, declarou.

O membro do Parlamento de Telefomin, Solan Mirisim, ressaltou a importância da organização para a população local. “A MAF é vital para nosso povo. Dependemos de seus voos para transporte seguro e acesso aos serviços mais básicos. Esperamos que essa parceria continue por muitos anos”, afirmou o parlamentar durante a cerimônia.

Fundada em 1951 em Papua-Nova Guiné, a Mission Aviation Fellowship atua com aeronaves de pequeno porte em regiões de difícil acesso, sobrevoando montanhas, florestas densas e comunidades isoladas. A organização realiza o transporte de suprimentos e equipes médicas, além de apoiar ações humanitárias e educacionais. O trabalho inclui também o apoio a missões cristãs, com envio de missionários, professores e Bíblias traduzidas a povos que, em muitos casos, não tinham contato prévio com a mensagem do Evangelho.

Atualmente, a MAF mantém operações em 13 países e ultrapassa 1 milhão de milhas voadas por ano, cumprindo o propósito de unir ajuda humanitária e fé cristã. O legado da organização, segundo seus representantes, reflete a missão de servir como ponte entre comunidades remotas e o acesso a recursos essenciais, combinando assistência prática com valores espirituais, conforme informado pelo Christian Today.

Cristãos no México sofrem tanto com perseguição que adoecem

Relatos apontam que a saúde mental é um dos aspectos mais afetados entre cristãos que enfrentam perseguição, com medo, desconfiança e angústia agravando o cotidiano. Em Chiapas (México), um projeto conduzido por Portas Abertas busca restaurar vidas marcadas pela violência por meio de atendimento psicológico.

Mais de 260 moradores indígenas da região foram expulsos de suas casas por um cartel após ataques. Entre as vítimas, havia cristãos obrigados a deixar a comunidade sem pertences pessoais. Desde então, os deslocados vivem espalhados e em condições precárias, alguns em abrigos improvisados, sem acesso regular a alimentação, saneamento básico e cuidados médicos.

“Eu sinto falta de casa. Na comunidade, nós tínhamos trabalho, nossas plantações, nosso café, nosso milho. Agora passamos o dia apenas esperando”, disse Dalia (nome alterado).

Atendimento psicológico

Ao tomar conhecimento da situação, Portas Abertas iniciou um projeto de suporte psicológico com a terapeuta parceira Clara (nome alterado). Segundo ela, as queixas mais comuns no primeiro contato foram dores de cabeça, insônia e taquicardia, somadas ao trauma de perseguição e perda.

“A primeira coisa que vi foi um grupo de pessoas com dores de cabeça, insônia e taquicardia”, relatou Clara.

A profissional afirma tratar cada caso individualmente, criando espaços de escuta para expressão livre. De acordo com o relato, melhoras graduais têm sido observadas.

“Quando vejo as pessoas se alimentando, dormindo bem e voltando a sorrir, enxergo o agir de Deus. Apesar de tudo que ainda falta, a força dessas pessoas é impressionante. A fé em Deus é a base de tudo”, disse Clara.

“A ajuda que recebemos nos faz perceber que não estamos sozinhos. Confiamos que Deus está conosco”, afirmou Pablo (nome alterado).

Conforme o projeto, Portas Abertas tem fornecido suporte jurídico, psicológico e médico, além de itens básicos, aos cristãos indígenas de Chiapas, região citada por lideranças locais como uma das com maior incidência de casos de perseguição no país. As ações informadas dependem de doações e ofertas destinadas à iniciativa.

*Os nomes marcados com asterisco foram alterados por segurança.

Nordeste: fenômeno de evangélicos que se convertem ao judaísmo

Um movimento religioso e identitário tem ganhado visibilidade no Nordeste: templos evangélicos vêm sendo convertidos em sinagogas e um número crescente de fiéis, muitos deles ex-evangélicos, declara adesão ao judaísmo.

Os protagonistas se apresentam como bnei anussim — expressão hebraica para “filhos dos forçados” — em referência aos sefarditas convertidos compulsoriamente ao cristianismo durante a Inquisição na Península Ibérica, no século 15.

Com base em relatos genealógicos e na memória de famílias conhecidas como cristãos-novos, esses grupos organizam comunidades judaicas em bairros periféricos e cidades menores.

Exemplos dessa reorganização foram registrados em Messejana, na periferia de Fortaleza (CE), no bairro Branca Dias, em Campina Grande (PB), e em Tibau (RN). Nesses locais, antigos templos evangélicos passaram a funcionar como sinagogas, com símbolos judaicos, observância do sábado e rituais próprios. Em algumas comunidades, antigos pastores assumiram funções de liderança religiosa, enquanto fiéis adotaram talit, kipá e o uso da Torá nas liturgias. Há registros de integrantes que emigraram para Israel e, em casos pontuais, de jovens que servem nas Forças de Defesa do país.

O reconhecimento institucional, contudo, permanece tema de debate. Setores do judaísmo ortodoxo questionam a validade de conversões realizadas sem supervisão rabínica reconhecida. Mesmo com resistências, as comunidades relatam expansão sustentada por senso de identidade religiosa e cultural e por vínculos familiares reconstruídos a partir de tradições e memórias locais.

As raízes do fenômeno são anteriores à atual visibilidade. Nos anos 1960, descendentes de famílias católicas em cidades como Recife (PE) e Natal (RN) já reivindicavam origens judaicas e se aproximavam de sinagogas estabelecidas. A diferença, hoje, é a formação de comunidades inteiras compostas por convertidos, muitas vezes majoritariamente ex-evangélicos que dizem identificar, em relatos familiares, sinais de uma herança judaica preservada de modo discreto ao longo de gerações.

Esse cenário é tema do documentário “Os novos judeus do Nordeste: a tribo perdida do sertão”, produzido pela BBC News Brasil e publicado no YouTube em agosto de 2025. A reportagem percorre mais de mil quilômetros em quatro Estados para descrever histórias, motivações e desafios dos bnei anussim, situando o fenômeno entre fé, memória e identidade.

Entre lideranças cristãs, o crescimento de práticas judaizantes em igrejas evangélicas tem sido alvo de análise. Para o pastor Isaías Lobão, da Igreja Presbiteriana, professor de Teologia e membro do Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR), o quadro reflete fragilidades no ensino doutrinário: “A maior falha é a negligência do ensino bíblico. Quando se troca a exposição fiel da Palavra por entretenimento, pragmatismo ou experiências superficiais, a igreja perde seu alicerce. Sem doutrina sólida, o povo fica vulnerável a qualquer vento de novidade religiosa”, afirmou.

Ele acrescentou que o “espírito do nosso tempo”, marcado por relativismo e imediatismo, torna pessoas suscetíveis a tradições e símbolos percebidos como mais estáveis.

Lobão reconhece a busca por “raízes mais bíblicas”, mas aponta equívocos na compreensão do papel da Lei na teologia cristã. “Muitos não entenderam que toda a Lei apontava para Cristo. Falta catequese bíblica sólida. Em vez de verem o Antigo Testamento como sombra do que se cumpriu em Jesus, tratam os símbolos como caminho de salvação em si”. Segundo ele, leituras populares do dispensacionalismo e correntes neopentecostais contribuíram para confusões. “Há quem atribua a Israel um papel quase místico e paralelo ao de Cristo, o que leva muitos a crer que voltar às práticas judaicas é uma forma de se aproximar mais de Deus”.

Ao avaliar a migração de fiéis para ritos mais solenes, Lobão descreveu o movimento como reação a vazios espirituais em contextos pragmáticos, mas reforçou sua crítica teológica. “O cristão não precisa se apegar a sinais antigos quando já possui a realidade plena em Cristo, que é o Cordeiro definitivo e o verdadeiro templo de Deus”. Para ele, quando um evangélico abandona a fé cristã para adotar integralmente o judaísmo, há ruptura doutrinária. “É uma tragédia espiritual. O apóstolo Paulo disse que todos que se apoiam nas obras da Lei estão debaixo de maldição. Voltar à Lei como sistema religioso é rejeitar a graça. É trocar a cruz pela sombra”.

Na leitura do pastor, as conversões de igrejas em sinagogas não configuram caso isolado, mas indicam superficialidade doutrinária em parcelas do campo evangélico. “Sempre que a Palavra de Deus é relegada ao segundo plano, abre-se espaço para heresias. A história da Igreja mostra isso. Mas também é verdade que onde a Palavra é pregada fielmente, o erro é desmascarado e a Igreja é preservada”.

Ele não prevê mudança expressiva no mapa religioso nacional, mas aponta risco de “bolsões de confusão” e comunidades fragilizadas: “Não vejo isso como ameaça estatística, mas como alerta. Quando a Igreja perde o foco em Cristo e no evangelho puro, Deus retira o candeeiro”.

Sobre como reagir, Lobão defende retorno à centralidade das Escrituras, com pregação expositiva, discipulado e formação teológica. “O problema não será resolvido com medo ou discursos genéricos. É hora de arrependimento, reforma e renovação espiritual. Somente a Palavra, proclamada com clareza e poder, pode proteger o rebanho de Deus dos enganos que seduzem tantos corações”.

Em perspectiva acadêmica, o professor Luciano Gomes dos Santos, especialista em Ciências da Religião e Ciências Sociais e docente no UniArnaldo Centro Universitário (Belo Horizonte, MG), descreve um processo heterogêneo. Segundo ele, a conversão de templos evangélicos em sinagogas no Nordeste não é massiva, mas sinaliza reconfigurações identitárias. Entre os fatores estão mudanças de preferência litúrgica, mobilizações de lideranças locais, descobertas genealógicas e, em alguns casos, aquisição de imóveis religiosos por comunidades judaizantes. “Essas transformações costumam ser complexas e entrelaçam história, memória familiar e mobilizações religiosas contemporâneas”, afirmou.

Santos observa perfis variados entre os que migram: jovens e adultos de meia-idade, oriundos de áreas urbanas e periurbanas, com diversas inserções socioeconômicas. “A heterogeneidade é uma marca desse movimento. Portanto, é inadequado traçar generalizações rígidas sobre idade, classe social ou escolaridade dos envolvidos”, explicou. Os efeitos locais também são múltiplos: há revitalização de espaços, novas redes comunitárias e atenção externa, mas também conflitos de vizinhança e dúvidas sobre pertencimento quando rituais e usos do templo mudam. “O impacto concreto depende muito de como a transição foi negociada com a comunidade local e de que tipo de integração social as novas comunidades são capazes de promover”, disse.

Quanto ao potencial de crescimento, Santos vê expansão situacional, condicionada à convergência entre descobertas genealógicas, mobilização comunitária e apoio institucional. A continuidade dependerá da consolidação de estruturas locais e da manutenção de práticas sustentáveis. Entre as motivações estão a busca por ritualização, a valorização de tradições percebidas como ancestrais, a insatisfação com dinâmicas institucionais em igrejas evangélicas e o apelo midiático. “Em alguns casos, relatos familiares são ressignificados como parte de uma herança judaica, o que reforça essa reconfiguração identitária”, apontou.

Para o pesquisador, o fenômeno — embora localizado — acompanha tendências globais da religiosidade contemporânea, como a procura por identidades étnico-religiosas alternativas e a reapropriação de elementos ancestrais em diálogo com redes sociais, mídias digitais e diásporas. “O que observamos é um fenômeno local, mas que dialoga com tendências globais da religiosidade contemporânea. Ele revela como a fé, hoje, também é uma construção identitária em constante negociação com a história, a cultura e a memória”, concluiu, de acordo com a revista Comunhão.

Trump: ‘Se o Hamas continuar matando, vamos entrar e matá-los’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou mensagens com tom mais duro em relação ao Hamas, condicionando uma intervenção militar ao fim das execuções de civis na Faixa de Gaza. Segundo ele, a morte de pessoas em Gaza “não era parte do acordo” com Israel e, caso a violência continue, haveria resposta.

“Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não era o acordo, não teremos escolha a não ser entrar e matá-los”, escreveu na Truth Social em 16 de outubro.

As declarações ocorreram em meio a apelos para que o Hamas interrompa ações contra civis palestinos. Nas últimas semanas, circularam vídeos que mostram execuções públicas na Cidade de Gaza, fato que motivou manifestações de governos e entidades internacionais.

Em 15 de outubro, o comandante do Comando Central das Forças Armadas dos EUA (CENTCOM) no Oriente Médio, almirante Brad Cooper, divulgou nota cobrando o fim imediato da violência. “Nós fortemente urgimos o Hamas a suspender imediatamente a violência e os tiros contra civis palestinos inocentes em Gaza — tanto nas partes de Gaza controladas pelo Hamas quanto naquelas garantidas pelo IDF atrás da Linha Amarela”, afirmou.

No mesmo comunicado, Cooper disse que reiterou exigências atribuídas ao presidente dos Estados Unidos para que o Hamas “imediatamente desarme e ceda seu poder sobre a Faixa de Gaza”. Segundo o almirante, tais demandas têm sido rejeitadas pela organização. “Esta é uma oportunidade histórica para a paz. O Hamas deve aproveitá-la, recuando totalmente, aderindo estritamente ao plano de paz de 20 pontos do presidente Trump e desarmando-se sem demora”, declarou.

Trump já havia comentado anteriormente sobre imagens de repressão cometidas pelo Hamas, minimizando o impacto que tiveram sobre ele. “Aquilo não me incomodou muito, para ser honesto com você”, disse. Em seguida, comparou o grupo a quadrilhas criminosas: “É um par de gangues muito ruins. Não é diferente de outros países como a Venezuela [que têm] enviado suas gangues para [os EUA]”.

Ao tratar da recusa do Hamas em se desarmar, o presidente reforçou que considera o desarmamento um elemento central do plano de paz que defende e não descartou o uso da força. “Eles vão se desarmar, porque disseram que iriam se desarmar”, afirmou a repórteres. “E se eles não se desarmarem, nós vamos desarmá-los.” Na sequência, completou: “Eles sabem que não estou para brincadeiras”.

Ideologia de gênero nas escolas: Dino faz 'malabarismo' com Bíblia

Em sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada na última quarta-feira, 15, o ministro Flávio Dino afirmou que a Bíblia Sagrada apresenta uma variedade de modelos de família, supostamente indo além do conceito de “família tradicional”.

A declaração que, no jargão popular, constitui um “malabarismo” de opiniões que tem por objetivo forçar o texto sagrado à respaldar o que não respalda, foi proferida durante o julgamento que analisa a legalidade da inclusão de conteúdos sobre orientação sexual e ideologia de gênero no currículo de escolas públicas.

Em vez de se deter ao cerne da questão debatido pelos conservadores, que é a falsa noção de que os sexos macho e fêmea não seriam definidos pela biologia, mas sim pela forma como alguém se “enxerga” e se “sente” (ideologia de gênero), Dino apelou para exemplos que nada dizem respeito ao tema.

O ministro baseou seu argumento, por exemplo, em personagens bíblicos, citando especificamente os casos de Moisés, que foi uma criança adotada, e de Abraão, que, segundo Dino, “viveu em uma estrutura familiar múltipla”.

Ele também detalhou que a narrativa abraâmica envolve relações com Sara e Agar, além de mencionar um episódio no Egito em que “Sara é compelida a ter uma relação afetiva com o faraó”.

Ao final de sua explanação, o ministro reiterou que a Constituição Federal do Brasil assegura a proteção à diversidade das entidades familiares, novamente focando seu argumento não no conceito de ideologia de gênero (alvo das leis em julgamento), mas em diferentes arranjos afetivos.

“Não existe uma única maneira de se viver e se relacionar amorosamente ou conjugalmente com outras pessoas”, concluiu Flávio Dino.

O alvo correto do debate

Os setores conservadores, compostos por estudiosos, líderes religiosos, parlamentares e movimentos sociais diversos, posicionam-se contrariamente à chamada ideologia de gênero, entendendo-a como uma teoria que desvincula a identidade de gênero do sexo biológico.

Para esses grupos, a distinção binária entre homem e mulher é uma realidade natural e imutável, fundamentada sumariamente em princípios biológicos, sendo as definições de “homem” e “mulher” meras consequências naturais, chanceladas pela cultura, dessa realidade.

Eles argumentam que a adoção de perspectivas de gênero nas políticas públicas, especialmente na educação, introduziria uma confusão desnecessária para crianças e jovens e interferiria no direito das famílias de orientar a formação moral de seus filhos.

Como é possível notar, o debate em questão nada tem a ver com arranjos afetivos entre pessoas heterossexuais, tais como os citados por Dino, o qual também citou casos em que a Bíblia claramente não endossa como práticas aceitas por Deus, estando eles registrados no texto sagrado tão somente por razões de conhecimento histórico.  Com informações: G1.

Samuel Ferreira e Cezinha de Madureira visitam e oram por Lula

O presidente Lula (PT) se reuniu no Palácio do Planalto, em Brasília, com bispos da Assembleia de Deus de Madureira e parlamentares evangélicos. Participaram o advogado-geral da União, Jorge Messias, mencionado por interlocutores como possível indicado a uma futura vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo relatos de presentes, o encontro teve caráter religioso e incluiu momentos de oração. O deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP) afirmou que a visita foi de cortesia e não tratou de indicações ao STF nem de eleições: “Estamos em um período um pouco conturbado com tudo o que está acontecendo e nós oramos pelo presidente”, disse. Em seguida, reforçou: “Não viemos pedir nada por ninguém”.

Também estiveram no encontro a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e líderes ligados à Assembleia de Deus de Madureira, entre eles os bispos Primaz Manoel Ferreira e Samuel Ferreira. De acordo com Hoffmann, os religiosos entregaram ao presidente uma Bíblia do Culto do Ministro e a edição de ouro do Centenário de Glória da Igreja Assembleia de Deus de Madureira. “Os convidados entregaram ao presidente uma Bíblia e a edição de ouro do Centenário de Glória da Igreja Assembleia de Deus Madureira”, publicou a ministra nas redes sociais.

Em suas redes, Lula destacou o caráter espiritual da reunião e registrou a presença de Jorge Messias e de Gleisi Hoffmann. “Recebi hoje em meu gabinete o bispo Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus de Madureira, que estava acompanhado do deputado federal Cezinha Madureira. Um encontro especial, de emoção e fé, compartilhado com o advogado-geral da União, Jorge Messias, e a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hhofmann”, escreveu o presidente.

O presidente relatou ter ouvido dos líderes o crescimento da denominação: “O pastor nos relatou o crescimento da igreja e o acolhimento aos fiéis. Pude reiterar a relação de respeito que tenho pela Assembleia de Deus e o relevante trabalho espiritual e social promovido pela igreja. Um trabalho pautado em valores cristãos que também mobilizam as ações do nosso governo: respeito, fraternidade, comunhão e apoio às famílias”, afirmou.

Lula também agradeceu pelos presentes e pelas orações: “Recebi com muito carinho os presentes que me trouxeram: a Bíblia do Culto do Ministro e a edição de ouro do Centenário de Glória da Igreja. Obrigado também pela oração em minha proteção e também do nosso querido Brasil”.

A presença de Jorge Messias na agenda reforçou a sua visibilidade no governo, embora não haja anúncio oficial sobre indicação ao STF. Messias, que é evangélico e chefia a Advocacia-Geral da União, mantém relação de confiança com o presidente.

Nos últimos meses, Lula tem mantido diálogos com diferentes lideranças religiosas, evangélicas e católicas, em iniciativas de aproximação institucional. Em agenda recente no Vaticano, o presidente também se encontrou com o papa, em gesto interpretado por auxiliares como parte da estratégia de ampliar canais de diálogo com grupos de fé.