Pastor acusado de agredir e tentar matar a esposa em discussão

Um pastor foi despejado de sua casa pela Polícia após ser acusado de agredir e tentar matar sua esposa durante uma discussão familiar no dia 3 de julho. Segundo registros judiciais, o bispo Anthony Earl Pinkney, 47 anos, é investigado por suposta tentativa de estrangulamento, ameaça de estupro e agressão física contra sua esposa, Kisha Pinkney, com quem era casado desde 2001.

Pinkney é líder da Bethel Commandment Church, localizada em York, no estado da Pensilvânia. De acordo com depoimentos obtidos pelo veículo Penn Live, a vítima relatou que o episódio de violência ocorreu em sua residência, no município de Springettsbury Township, após o casal discutir sobre um possível caso extraconjugal do pastor.

Por volta das 19h, Kisha teria pedido ao marido que deixasse a casa e, ao subir as escadas, foi surpreendida por ele, que a agarrou pelo vestido e iniciou a agressão verbal e física.

Em seu relato à polícia, Kisha contou que o marido a arrastou até o quarto, onde a atingiu com socos na cabeça e no corpo, além de lançá-la contra um móvel. “Onde está a arma, [palavrão]? Vou explodir sua cabeça”, teria dito Pinkney durante o episódio, segundo os autos do processo.

O documento acrescenta que o bispo teria colocado o antebraço sobre a esposa e usado a mão para cobrir seu nariz e boca, impedindo-a de respirar. A vítima declarou ainda que, enquanto gritava por socorro, ele a ameaçou de estupro caso ela “não calasse a boca”. A polícia informou que, segundo o depoimento de Kisha, o estupro não chegou a ocorrer, mas ela foi estrangulada por cerca de dois a três minutos, conseguindo se soltar ao morder o agressor no peito.

Kisha afirmou não se lembrar se chegou a perder a consciência, mas relatou um estalo e um zumbido no ouvido esquerdo, além da perda auditiva. Ela dirigiu até o hospital UPMC Memorial, onde recebeu atendimento médico.

No dia 4 de julho, o pastor prestou depoimento à polícia no estacionamento do hospital e classificou o incidente como uma “briga”, alegando que a esposa “pode ter batido a cabeça” durante o ocorrido. Ele foi preso no mesmo dia e formalmente acusado de agressão agravada, duas acusações de estrangulamento, ameaças terroristas e agressão simples. Após o pagamento de US$ 50 mil de fiança, foi liberado.

No dia 18 de julho, o tribunal concedeu a Kisha uma ordem de proteção temporária por 12 meses, com base na Lei de Proteção contra Abusos Domésticos da Pensilvânia. Uma audiência preliminar está marcada para 20 de agosto.

Até a última atualização da reportagem, o site da igreja ainda listava Pinkney como pastor principal. Contatados pelo The Christian Post, representantes da igreja não responderam aos pedidos de declaração.

De acordo com a biografia publicada no portal oficial da Bethel Commandment Church, Pinkney serviu à Marinha dos Estados Unidos antes de entrar para o ministério em 2002. Ele e Kisha teriam iniciado o relacionamento ainda na adolescência e, em maio de 2024, o pastor publicou em sua conta no Instagram uma homenagem pelos 23 anos de casamento:

“Sou imensamente grato por celebrar 23 anos com minha amada esposa, Kisha. Seu amor, força e apoio têm sido minhas maiores bênçãos. Obrigado, Deus, pela sua graça que nos sustentou em cada alegria e desafio. Que venham muitos mais anos de amor e união”.

O site da igreja também descreve Pinkney como alguém dedicado a trabalhos comunitários, incluindo o Lar Infantil de York e o Ministério Vineyard of Faith, voltado ao apoio de mães jovens. “O bispo Pinkney continua sendo um exemplo brilhante do amor de Cristo, dedicando sua vida a servir ao próximo”, afirma o conteúdo institucional da congregação.

O caso está em fase de apuração pelas autoridades locais. Até o momento, a defesa do pastor não se pronunciou publicamente sobre as acusações.

Justiça condena Igreja Mundial a indenizar esposa de pastor

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região reconheceu o vínculo de emprego entre uma missionária e a Igreja Mundial do Poder de Deus, determinando o pagamento de verbas rescisórias, horas extras e indenização por danos morais no valor de R$ 15 mil. A decisão foi proferida pela 8ª Câmara do TRT e reformou sentença anterior da 3ª Vara do Trabalho de Campinas, que havia negado o pedido sob o entendimento de que o serviço prestado possuía caráter voluntário.

De acordo com os autos, a missionária atuou por cinco anos na congregação, sem registro em carteira, cumprindo jornadas diárias das 7h às 21h30, de domingo a sexta-feira. Entre suas funções estavam tarefas administrativas, controle contábil da igreja, organização de doações e preparo de refeições para bispos e pastores.

Em depoimento, a mulher afirmou que o salário era depositado diretamente na conta do marido, pastor da igreja, e que havia uma exigência velada para que todas as esposas de líderes religiosos servissem à instituição. Ainda segundo seu relato, durante uma gestação de risco, foi transferida para uma cidade a 1.358 quilômetros de sua residência, sem suporte médico adequado. O bebê nasceu prematuro e enfrentou complicações de saúde.

A relatora do recurso, desembargadora Adriene Sidnei de Moura David, destacou que testemunhas confirmaram tanto a obrigatoriedade dos serviços prestados quanto a existência de pagamento fixo, caracterizando vínculo empregatício. Para a magistrada, a missionária exercia funções com “habitualidade, remuneração e subordinação”, afastando a tese de trabalho meramente religioso.

O colegiado também aplicou o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), observando que o labor da mulher não poderia ser interpretado como mera extensão das atividades do cônjuge. A decisão levou em conta a condição de vulnerabilidade da missionária e a imposição de tarefas sem reconhecimento formal.

Com o reconhecimento do vínculo, a igreja foi condenada ao pagamento de verbas trabalhistas devidas, incluindo a multa prevista no artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), além da indenização por danos morais. A decisão é passível de recurso, de acordo com informações do portal Migalhas.

Trump cogita impedir viagens de brasileiros se STF não recuar

Uma possível medida do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá afetar diretamente os torcedores brasileiros interessados em acompanhar a Copa do Mundo de 2026, que ocorrerá entre 11 de junho e 19 de julho nos Estados Unidos, México e Canadá.

Segundo apuração de Lourival Sant’Anna, analista de Internacional da CNN Brasil, Trump considera banir temporariamente os vistos para cidadãos brasileiros, inclusive durante o período do torneio, caso o STF não recue.

A medida, de acordo com Sant’Anna, seria parte de uma estratégia política voltada a causar desgaste ao atual governo brasileiro. Essa postura se alinharia a outras decisões recentes, como o aumento de tarifas sobre produtos brasileiros, que também visa influenciar a opinião pública nacional.

Durante uma missão recente de senadores brasileiros a Washington, já foram observadas restrições mais severas nos vistos diplomáticos, com prazos de permanência significativamente reduzidos, segundo informações da mesma fonte.

A Copa do Mundo de 2026 será a primeira a contar com 48 seleções. O Brasil já garantiu vaga no torneio e segue como única seleção a participar de todas as edições. A exemplo do Brasil, o Irã também está classificado, mas seus cidadãos seguem impedidos de entrar nos Estados Unidos desde que Trump assinou uma proclamação em junho, alegando questões de segurança nacional.

Até o momento, a Fifa não se manifestou oficialmente. O presidente da entidade, Gianni Infantino, tem demonstrado proximidade política com Trump, algo que foi evidenciado durante a última edição da Copa do Mundo de Clubes, realizada em solo americano. Também a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) optou por não emitir declarações neste momento. Fontes da CNN informam, no entanto, que a entidade acompanha a situação de perto.

A CBF avalia a possibilidade de reuniões com representantes do Governo Federal para tratar da questão e buscar soluções que garantam a presença dos torcedores brasileiros. Um dirigente da entidade afirmou que a prioridade será “defender os interesses do torcedor brasileiro”, destacando que jamais houve impedimentos desse tipo nas Copas anteriores.

Em meio ao impasse diplomático, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou recentemente que “torcedores internacionais serão bem-vindos” no torneio. Por outro lado, o vice-presidente norte-americano, JD Vance, declarou que os visitantes “devem voltar para casa” após os jogos, em uma sinalização clara da rigidez na política migratória da atual administração.

Além da Copa, os Estados Unidos também serão sede dos Jogos Olímpicos de 2028, que ocorrerão em Los Angeles, ainda durante o atual mandato de Donald Trump. As decisões adotadas no contexto da Copa poderão servir de indicativo para futuras posturas em eventos esportivos de dimensão global.

Padre denunciado por dizer que orixás não ressuscitaram Preta Gil

O padre Danilo César, da Paróquia de Areial, no interior da Paraíba, foi denunciado por intolerância religiosa após declarações feitas durante a missa do domingo, 27 de julho, a respeito da morte da cantora Preta Gil.

Durante a homilia, o sacerdote fez comentários questionando a eficácia das práticas religiosas de matriz africana, o que gerou forte repercussão nas redes sociais e mobilização de entidades religiosas:

“Deus sabe o que faz. Se for para morrer, vai morrer […] Qual o nome do pai de Preta Gil? Gilberto. [Ele] fez uma oração aos orixás. Cadê esses orixás, que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”, disse o padre, segundo trecho do vídeo que circulou nas redes sociais.

Em seguida,  afirmou: “E tem católico que pede essas coisas ocultas, eu só queria que o diabo viesse e levasse. No dia seguinte, quando acordar lá, acordar com calor no inferno, você não sabe o que vai fazer”.

As falas provocaram reações de repúdio por parte da Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria de Souza registrou um boletim de ocorrência contra o sacerdote. Em nota, a entidade declarou que acionará também o Ministério Público da Paraíba e classificou as declarações como “preconceituosas e ofensivas à fé de milhões de brasileiros”.

A irmã da cantora, Bela Gil, respondeu publicamente ao episódio com comentário no Instagram: “É cada absurdo que a gente precisa ouvir… seu padre desrespeitoso”.

Em meio à repercussão, o vídeo da celebração foi removido do canal oficial da paróquia no YouTube, e o perfil do padre no Instagram foi desativado. A Diocese de Campina Grande, que responde pela Paróquia de Areial, informou por meio de nota que o padre Danilo “prestará todos os esclarecimentos necessários às autoridades competentes”.

A Diocese também afirmou manter “compromisso com a liberdade de crença, com o respeito à dignidade da pessoa humana e com a convivência pacífica entre as religiões”.

Canadá virou ‘fortaleza demoníaca’, diz evangelista Sean Feucht

O líder cristão norte-americano Sean Feucht denunciou publicamente o que classificou como uma “fortaleza demoníaca antiga” atuando no Canadá, após autoridades locais em diversas cidades terem impedido a realização da turnê evangelística “Revive in 25”.

O relato foi feito em entrevista publicada pela CBN News, emissora cristã dos Estados Unidos. Feucht, fundador do movimento Let Us Worship, disse que os cancelamentos representam resistência espiritual direta ao avanço da fé cristã no país.

“Enquanto eles realizam paradas do Orgulho LGBTQIA+ nus, contação de histórias com drag queens e tudo mais, eles não oferecem a mesma oportunidade para cristãos pacíficos virem, adorarem e orarem”, afirmou. Ele acrescentou: “As forças ainda estão lá. Pareceram estar adormecidas por um tempo após a pandemia, mas ainda estão lá. Eles estão gritando: não querem que os cristãos orem, não querem que os cristãos adorem, não querem que o nome de Jesus seja exaltado”.

A Igreja Ministerios Restauración, uma congregação de língua espanhola localizada em Montreal, foi multada em 2.500 dólares canadenses por realizar um culto com Feucht. Segundo o ativista, suas posições sobre sexualidade, aborto e liberdade religiosa incomodaram autoridades locais. A celebração integrou a programação da turnê “Revive in 25”, que propunha cultos de avivamento ao ar livre por várias cidades do país.

De acordo com o jornal Global News, a prefeitura de Montreal informou que a igreja havia sido previamente alertada de que não possuía autorização para realizar um evento com características de concerto musical, e que a realização do culto contrariou regulamentos locais. O porta-voz do gabinete da prefeita Valérie Plante, Philippe Massé, declarou que a iniciativa de Feucht “vai contra os valores de inclusão, solidariedade e respeito defendidos em Montreal”. Ele também afirmou que, embora a liberdade de expressão seja considerada fundamental, “discursos odiosos e discriminatórios não são aceitáveis”.

Além de Montreal, eventos da turnê foram cancelados em pelo menos outras cinco cidades: Halifax (Nova Escócia), Charlottetown (Ilha do Príncipe Eduardo), Moncton (Nova Brunswick), Cidade de Quebec e Gatineau (ambas em Quebec), e Vaughan (Ontário).

Apesar das restrições, Feucht relatou que sua equipe conseguiu reagrupar-se e realizar os cultos em locais alternativos. “Não só garantimos locais de última hora para todas essas cidades, mas Deus transformou o que o inimigo pretendia para o mal”, declarou o evangelista, fazendo referência à passagem de Gênesis 50:20. Segundo ele, a atenção gerada pelos cancelamentos acabou atraindo ainda mais participantes.

“Os esforços deles para cancelar só fizeram com que as pessoas soubessem sobre eles. Tivemos pessoas correndo até o altar, entregando suas vidas a Jesus, sem nem saber que eu viria 24 horas antes”, contou. Para Feucht, o impacto espiritual dos encontros superou as tentativas de impedir sua realização: “Deus, em meio a tudo isso, salvou suas almas”.

A série de eventos ocorreu em meio a controvérsias anteriores envolvendo o ativista. No início de 2025, Sean Feucht foi alvo de denúncias públicas por suposta má gestão financeira em seu ministério e por alegações de abuso espiritual. As acusações foram feitas por antigos colaboradores e voluntários. Em resposta, ele afirmou que se trata de “uma farsa completa” promovida por “ex-voluntários amargurados” que estariam tentando descredibilizar o trabalho evangelístico “há mais de uma década”.

Feucht foi líder de louvor na Bethel Church, na Califórnia, e ganhou notoriedade internacional durante a pandemia de COVID-19 ao liderar cultos de adoração ao ar livre em cidades onde havia restrições a aglomerações religiosas. Desde então, tem se apresentado como defensor da liberdade religiosa e da expressão pública da fé cristã em ambientes seculares.

A turnê “Revive in 25” continua em andamento, com novas datas previstas em outras localidades da América do Norte. Até o momento, não há informações sobre novas medidas judiciais ou administrativas relacionadas aos eventos realizados.

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Ex-pastor diz que povo deve ‘proteger Moraes’ e pastores reagem

O ex-pastor Antônio Carlos Costa, ativista de esquerda, manifestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes após a sanção imposta pelo Tesouro Americano no âmbito da lei Magnitsky, que é considerada uma punição de “morte financeira” a violadores dos Direitos Humanos.

No X, Antônio Carlos Costa – que em novembro de 2023 renunciou ao cargo de pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil – afirmou que o país e o povo têm dívidas com Alexandre de Moraes que devem ser pagas:

“Quero declarar publicamente minha total solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes. O Estado brasileiro tem o dever de protegê-lo. E o povo, a responsabilidade de fazê-lo sentir-se amparado. Se há algo a ser discutido em nossa democracia, que seja nos marcos da Constituição, jamais sob a chantagem imperialista de um presidente estrangeiro”, afirmou o ex-pastor.

A publicação causou estranheza a outros pastores que, apesar da divergência ideológica com Antônio Carlos Costa, mantinham críticas moderadas às suas escolhas. O pastor Pedro Pamplona, da Igreja Batista Filadélfia em Fortaleza (CE), resumiu sua incredulidade com uma expressão regional: “Peraí maxo (sic)”.

O pastor Jack, da Igreja Vintage, em Porto Alegre (RS), lamentou o posicionamento de Costa: “O profeta se aliou ao rei. Triste”, resumiu no X.

Dentre os líderes evangélicos que reagiram à publicação, o que expressou de maneira mais contundente foi Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ): “Antônio Carlos Costa está indignado com a sanção da lei Magnistky em Alexandre de Moraes. Ele pediu inclusive que o povo amparasse o ministro. Agora, vou dar uma sugestão ao Antônio: faça um protesto público na praia de Copacabana, fixe na areia um boneco do ministro e espere o apoio popular. Vamos ver o que vai acontecer”, provocou.

A sanção de Alexandre de Moraes pela lei Magnitsky anunciada ontem, 30 de julho, foi amplamente comentada por pastores e comemorada como um sinal de reconhecimento internacional de que a conduta do ministro do STF é criminosa. Confira AQUI.

Peraí maxo…

— Pedro Pamplona (@pedromcp) July 30, 2025

Presbítero da Assembleia condenado por Moraes pode ser preso

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter o uso da tornozeleira eletrônica pelo presbítero Roberto Carlos Rodrigues Antônio, residente em Sinop (a 501 km de Cuiabá), condenado por participação no vandalismo de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

A decisão foi proferida na segunda-feira, 28 de julho, após análise de um episódio de descumprimento da medida. Roberto Carlos foi condenado em junho a 1 ano de prisão. A pena, no entanto, foi substituída por medidas restritivas de direitos, entre elas o monitoramento eletrônico.

Conforme registrado nos autos, a bateria da tornozeleira descarregou por 42 minutos durante a madrugada do dia 17 de maio de 2025. A defesa alegou que o réu dormia no momento e não percebeu a necessidade de recarregar o equipamento.

Ao analisar o caso, Alexandre de Moraes aceitou a justificativa, mas fez um alerta direto ao presbítero: “Deixo de converter as medidas cautelares em prisão preventiva, advertindo ao réu, entretanto, que, se houver novo descumprimento, a conversão será imediata”.

Além da tornozeleira eletrônica, o presbítero deverá cumprir 225 horas de serviços comunitários, participar presencialmente do curso “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado”, promovido pelo Ministério Público Federal (MPF), e está proibido de sair da cidade de Sinop ou de utilizar redes sociais até o cumprimento integral da pena. Seus passaportes também foram suspensos.

A sentença judicial reconheceu que Roberto Carlos integrou o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, nos dias que antecederam o 08 de janeiro de 2023. A estrutura montada no local foi descrita como “invejável” nos autos, incluindo serviços de massoterapia, não contemplados em muitos planos de saúde.

De acordo com o ministro, houve aplicação de recursos públicos na manutenção do acampamento. “Constatou-se o investimento de aproximadamente R$ 400 mil por parte do Exército em operações de segurança e manutenção da ordem no entorno dos acampamentos”, apontou Alexandre de Moraes em sua decisão.

Entre os elementos identificados no local, estavam também atividades destinadas ao público infantil, como teatro de fantoches, de acordo com informações do FolhaMax.

Cantor gospel deixa hospital após ser baleado em rodoviária

Na manhã desta quinta-feira, 31 de julho, o cantor gospel João Igor recebeu alta do hospital onde estava internado após ter sido baleado na noite de quarta-feira, 30 de julho, por um policial militar no Terminal Rodoviário da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo.

O artista saiu em cadeira de rodas e, emocionado, agradeceu a Deus, à equipe médica e aos seguidores pelas orações: “Quero agradecer ao hospital, que deu atenção para mim. Já agradeci a Deus e é isso. Amanhã eu vou estar me pronunciando e falando o que aconteceu. Agora, vou descansar com a minha família. Muito obrigado pelas orações e por vocês que vieram aqui brigar essa luta comigo. Para quem me conhece sabe que nós somos ‘pureza’. A inveja existe, mas Deus é mais”, declarou João Igor, conhecido por cantar louvores em vias públicas.

O cantor estava acompanhado da influenciadora digital Fernanda Ganzarolli, que se tornou conhecida nas redes sociais em março deste ano ao cantar com João em um vídeo gravado nas ruas. Fernanda informou que João Igor deverá retornar ao hospital em breve para uma nova cirurgia: “Está tudo bem. Agradeço o carinho de todos e as orações que pedi a todos vocês”, afirmou.

Entenda o caso

De acordo com nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o episódio teve início dentro de um ônibus intermunicipal com destino a Bauru. Segundo o relato, um policial militar que estava como passageiro percebeu cheiro de maconha vindo da bagagem de dois ocupantes, identificados como João Igor e seu irmão.

Durante a abordagem, ainda segundo a versão da Polícia Militar, os dois irmãos teriam reagido, entrando em luta corporal com o agente. Os três caíram da escada do veículo, momento em que o policial efetuou disparos, atingindo João Igor na perna e no braço. Ele foi socorrido ao Pronto-Socorro da Santa Casa. O policial sofreu ferimentos na mão e recebeu atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Lapa. O irmão de João não foi ferido. Em sua mochila, foi encontrada uma substância com características semelhantes à maconha.

A SSP-SP informou que foram solicitados exames periciais ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML) para análise do caso.

Versão da defesa

A defesa de João Igor apresentou uma versão distinta da ocorrência. Segundo os advogados do cantor, nem ele nem seu irmão estavam portando drogas, e ambos teriam sido vítimas de uma abordagem policial violenta dentro do ônibus. João estaria na rodoviária para cumprir uma agenda de apresentações na cidade de Bauru, interior paulista.

“Estamos diante de um caso extremamente grave, que nos causa profunda preocupação. (…) Não podemos normalizar episódios de violência em abordagens policiais, especialmente quando envolvem cidadãos desarmados em espaços públicos com enorme circulação de pedestres. A sociedade espera e merece uma atuação policial que respeite a dignidade humana e os limites da legalidade”, afirmou a defesa em nota, de acordo com informações do Pleno News.

A advogada de João Igor declarou ainda que está adotando “todas as providências jurídicas cabíveis para garantir a integridade física, os direitos constitucionais dos envolvidos e a apuração rigorosa dos fatos”.

Sedenta por Jesus, tribo cava buraco improvisado para batismo

A missionária americana Angi Magoulis relatou a conversão coletiva de membros de uma tribo não alcançada durante expedição realizada em junho de 2025 em uma região desértica não identificada (por questões de segurança), onde um buraco foi cavado de forma improvisada para a realização de batismos.

Segundo seu testemunho, mais de 200 pessoas aceitaram Jesus após ouvirem o Evangelho pela primeira vez e foram batizadas em piscina improvisada no local.

A cerimônia ocorreu após três dias de preparação logística. Sem fontes de água superficiais, os convertidos escavaram um buraco no solo enquanto outros percorreram quilômetros até um poço de 100 metros de profundidade.

“Transportaram água por dois dias para preencher o espaço”, explicou Magoulis, que atua em projetos de evangelização em áreas remotas há onze anos.

Durante o batismo, destacou-se a atuação de Mesaque e Carolyn, casal nativo que assumiu espontaneamente a liderança dos rituais. “Mesaque observou o movimento espiritual e entrou na água para batizar seu próprio povo”, descreveu a missionária.

Carolyn, inicialmente nervosa, também realizou batismos – fato que Magoulis justificou citando a “Grande Comissão” bíblica (Mateus 28:19): “Este mandamento é para todo seguidor de Cristo, homem ou mulher”.

Em declaração gravada, Magoulis detalhou reações dos novos convertidos: “Vi lágrimas, expressões de libertação e manifestações atribuídas ao Espírito Santo”. A citação de Atos 2:38 (“Arrependei-vos e sede batizados”) teria sido central na pregação inicial.

Contexto estratégico

A iniciativa integra esforços de organizações missionárias para alcançar os cerca de 3.000 grupos étnicos ainda considerados “não alcançados” por estatísticas protestantes. Batismos em tanques improvisados, nesse contexto, como buraco feito artesanalmente e outros, fazem parte desses esforços.

Magoulis enfatizou o objetivo de multiplicação local: “Deus forma equipes autóctones. Não pararemos até que todas as tribos ouçam o Evangelho”.

Logísticas complexas, como a obtida neste caso, são comuns em regiões áridas. Segundo o Centro de Estudos Missionários de Colorado Springs, 87% dos grupos não alcançados habitam zonas com acesso hídrico precário ou conflitos geopolíticos. Veja também:

Crianças comemoram a doação de bíblias em tribo remota: “Conhecemos melhor a Deus”

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ONG cristã tenta salvar famílias cristãs do regime de escravidão

A organização Global Christian Relief (GCR), sediada na Califórnia, lançou em julho de 2025 uma campanha para resgatar 100 famílias cristãs submetidas a regime de escravidão na indústria de tijolos do Paquistão.

O projeto visa quitar dívidas que mantêm essas famílias em regime de servidão por décadas — prática ilegal desde 1992, mas ainda prevalente devido à falha na aplicação da lei e corrupção local.

Regime de escravidão por dívidas

Segundo relatórios da GCR, o ciclo inicia-se com empréstimos de US$ 800 a US$ 1.000 contraídos para cobrir necessidades básicas (saúde, alimentação ou moradia).

Com isso, os trabalhadores das famílias cristãs recebem US$ 3 a US$ 5 por dia, mas com juros que podem chegar a 200% ao ano, reduzindo o rendimento líquido para US$ 1,50 diários.

A dívida, então, transmitida entre gerações, impede a libertação, instalando-se aí o regime de escravidão. Estima-se que 70% dos operários das 20 mil olarias do país sejam cristãos — grupo que representa 1,27% da população paquistanesa.

Casos documentados

  • Raheel e Ruth: Após 25 anos de trabalho (iniciado por um empréstimo de US$ 875 para tratamento médico), foram liberados em 2024 pela GCR. Agora administram uma horta;

  • Khalid e Shabana: Endividados por 15 anos devido a um financiamento de US$ 213 para um casamento, viram a dívida quadruplicar;

  • Maryam: Trabalhou 20 anos com o falecido marido (vítima de asma sem tratamento) para quitar US$ 862 de uma cesariana.

Metas da campanha

Além da libertação, a GCR planeja:

  1. Capacitar profissionalmente 380 jovens;

  2. Oferecer assistência médica a 20 mil famílias;

  3. Financiar microempresas para 325 mulheres.

Brian Orme, CEO da GCR, declarou que “ao quitar dívidas, rompemos cadeias geracionais de escravidão”. O Paquistão foi classificado como “país de particular preocupação” pela Comissão dos EUA para Liberdade Religiosa Internacional (2025), citando.

Dentre os motivos estão o uso abusivo de leis de blasfêmia (70 casos ativos contra cristãos em 2024), a exclusão econômica de minorias religiosas e a fiscalização negligente em setores com mão de obra marginalizada.

A campanha ocorre em meio a denúncias de que donos de olarias operam com impunidade. Autoridades locais raramente inspecionam as unidades produtivas, onde trabalhadores enfrentam jornadas de até 18h/dia sem equipamentos de segurança, outra característica do trabalho em regime de escravidão.

Para alcançar seus objetivos, a GCR mantém parcerias com igrejas locais para distribuir os recursos, evitando desvios por intermediários.