‘Esperar por milagres’ vale a pena, diz escritor curado de câncer

O escritor cristão Ryan Bomberger anunciou que seu câncer de próstata está em remissão, e aproveitou a boa notícia para encorajar pessoas em situações difíceis a perseverarem: ‘Vale a pena esperar por milagres’.

Conhecido por seu ativismo em defesa da vida desde a concepção, Ryan Bomberger usou as redes sociais recentemente para dizer que “ouviu as palavras” que mais esperava desde que se submeteu a uma cirurgia: “Você está em remissão”.

“Deus é tão bom”, testemunhou o escritor. “Você sabe que quando você está no meio não apenas da batalha física, mas da batalha espiritual, não gostamos de esperar, certo? Mas vale a pena esperar por milagres”, acrescentou no vídeo compartilhado no X.

Antes da cirurgia, mesmo enfrentando as incertezas de um diagnóstico de câncer de próstata, Bomberger não hesitou em dizer que se apoiava em sua fé: “Para qualquer um que esteja lidando com algo que sinta ser ‘impossível’ [e se pergunte] ‘como vou superar?’, deste lado do Céu, podemos não obter a cura física de que precisamos, mas, mesmo em nossas lutas físicas, geralmente há a cura espiritual e a revitalização espiritual de que precisamos — que eu precisava”, disse ele.

“Deus é tão bom, independentemente daquele milagre físico deste lado do Céu ou do outro lado do Céu. Deus ainda é muito bom, e Ele nos ama, e temos que aproveitar ao máximo o que nossas vidas são aqui. Aproveite ao máximo cada minuto”, declarou na ocasião do diagnóstico.

Em maio, ele escreveu um artigo e falou abertamente sobre seu diagnóstico de câncer de próstata em estágio 2, acompanhado de invasão paraneural, o que significava que o câncer poderia se espalhar para as áreas externas ao redor de sua próstata.

“Eu sei que Deus pode curar deste lado do Céu. Eu sei que Ele pode antecipar qualquer cirurgia (que é na semana que vem) com um milagre que confundiria os médicos, mas confirmaria Sua habilidade divina. Às vezes, não importa o grão de mostarda da fé, Ele escolhe diferente do clamor do nosso coração. Eu não entendo. Eu certamente não entendi quando perdi meu pai no auge da COVID. No entanto, durante toda a minha vida, vi como Deus trabalha maravilhosamente para transformar tragédias em triunfo”, publicou.

Durante todo esse período, Bomberger continuou viajando e cumprindo as agendas do ministério The Radiance Foundation, em que ele trabalha ao lado de sua esposa, Bethany Bomberger.

“Satanás adora trabalhar através do medo. Eu me recuso a ser controlado por ele. Se eu desistir, ele vence. […] Eu continuei a lutar contra questões que moldam a cultura na TV e em entrevistas de rádio. Eu continuei a falar corajosamente nas mídias sociais”, escreveu ele no artigo.

“Tenho muitos, muitos anos de luta dentro de mim. Meu trabalho por meio da Radiance Foundation continuará, tão apaixonadamente, mas de forma diferente, à medida que mudamos para criar mais conteúdo online e viajar menos. Mais importante, continuarei a ser o marido e pai de que minha família precisa”, enfatizou.

This morning, I heard the words from my surgeon that I’ve waited to hear for 3 months (since surgery): “You’re in remission!” 🙌🏽🎉🙏🏽 Psalm 103:1-5 #CancerFree #PraiseGod pic.twitter.com/R9lKsKT1fE

— Ryan Bomberger (@ryanbomberger) August 9, 2024

Mágico de rua se irrita com pregação de evangelista

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um mágico de rua irritado com a pregação de um evangelista que havia decidido anunciar a mensagem do Evangelho ao público que assistia sua performance.

A discussão registrada mostra o mágico profundamente irritado por algo que o pregador disse, mas não foi registrado no vídeo. Entre palavrões, ele xinga o evangelista de “babaca” e diz qual deveria ser sua postura:

“Você me chame e ore por mim, não venha me condenar não. Você lê a Bíblia eu também leio, seu babaca, seu otário”, diz o mágico. O caso teria ocorrido no centro de Maceió (AL).

Em resposta, o pregador diz “então venha aqui que oro por você”. Entretanto, o rapaz não demonstrou aceitar a resposta positiva à sua própria sugestão e voltou a xingar o evangelista, proferindo palavrões.

“Espera eu terminar meu trabalho, fica orando por mim”, diz o mágico de rua, aos berros, enquanto o pastor levanta as mãos para orar por ele. “Aceita Jesus e fica tirando onda. […] Todo crente faz isso”.

A essa altura, quando parecia que o rapaz agrediria o evangelista, surge um homem que tenta acalmar os ânimos e afasta o mágico. Depois, o vídeo mostra que o mesmo homem volta e convence o pregador a se retirar, para evitar mais problemas.

Multidão se reúne para orar por policial após ferimento em protesto

Um policial em início de carreira foi ferido gravemente na cabeça por um manifestante, e multidão da cidade se mobilizou em um momento de oração espontâneo ao saber da situação. Um pastor que atua na região classificou o caso como um milagre.

O policial Travis Brown, que entrou para a Polícia de Ferguson (Missouri, EUA) este ano, está internado em coma após bater a cabeça ao ser empurrado por um manifestante violento em um protesto que havia começado pacífico.

O protesto fazia referência aos 10 anos da morte de um jovem de 18 anos, que baleado por um policial em agosto de 2014 após ser desarmado. Um grupo de manifestantes atacou um gradil colocado pela polícia em frente à delegacia, e os policiais foram obrigados a deter alguns manifestantes.

Nesse tumulto, alguns policiais ficaram feridos, mas nenhum tão gravemente quanto Travis Brown, segundo informações da emissora Christian Broadcasting Network (CBN News).

O pastor Jonathan Tremaine Thomas, fundador da organização Civil Righteousness – que atua para reconciliar as diferenças entre grupos da sociedade – comentou que o estado crítico do policial e a violência contra a polícia de Ferguson abalaram a população novamente.

Diante da situação de tensão, o pastor Thomas anunciou uma vigília de oração pela vida do policial, e a Polícia divulgou a reunião, convocando autoridades e moradores, sem que ele soubesse.

Ao chegar ao local, o pastor foi surpreendido pela multidão que se mobilizou pelo mesmo propósito: “Sem nenhum líder humano presente para assumir o comando ou receber o crédito, parece que o próprio Deus chamou a cidade para orar e se arrepender”, declarou Thomas.

O capelão da polícia de Ferguson, José Aguayo, se juntou ao pastor na direção do encontro, juntamente com outros líderes cristãos locais, que oraram com fervor enquanto as pessoas presentes eram quebrantadas.

“Observamos com admiração o Espírito do Senhor governar a reunião, o que era de se esperar. Eu realmente acredito que foi um momento para a história de Ferguson – e possivelmente americana – que apontaremos como um ponto de virada nos próximos anos”, concluiu o pastor.

‘Vai novinha’? Vitória Reis contra cultura de erotização de meninas

A palestrante cristã Vitória Reis concedeu entrevista ao podcast Conversa Paralela e falou sobre a necessidade de combater a cultura da relativização sexual para preservar a infância e adolescência de meninas para que os abusos de cunho sexual não se tornem regra.

Vitória Reis tem dedicado seu ministério de palestras e formação de opinião nas redes sociais a alertar sobre os perigos da cultura secular e progressista, como o feminismo, e as consequências da omissão cristã nessa área.

Convidada do podcast Conversa Paralela, da produtora Brasil Paralelo, Vitória expressou indignação com as músicas que fantasiam sobre a sexualidade de meninas em fase de desenvolvimento, tratadas como “novinhas” em várias vertentes culturais, em especial na música funk e derivados:

“Geração do ‘vai novinha’ tem consequências. Não é só um ‘vai novinha’. Como a gente normalizou músicas que o tempo todo retratam relações sexuais com uma ‘novinha’? Quem é essa ‘novinha’, quantos anos tem essa ‘novinha’?”, questionou, provocando concordância da apresentadora Lara Brenner Queiroz.

A situação se tornou tão grave que chegou ao ponto de estar “culturalmente normalizado”, com uma relativização já considerada aceitável pela sociedade: “É o ‘nada a ver’ que é o problema. A roupa não tem ‘nada a ver’, a música que está tocando no churrasco da família não tem ‘nada a ver’, o programa que está passando na TV não tem ‘nada a ver’, o vizinho que está junto ali não tem ‘nada a ver’, a tia que fez uma brincadeira indelicada ou passou a mão de um jeito indelicado não tem ‘nada a ver’ porque é ‘só família’”, alertou.

“Esse tipo de brincadeira, de situação que para todo mundo é ‘nada a ver’, é aí onde a gente começa a dar abertura para o pior. E essas situações, a gente precisa entender que elas têm consequências”, concluiu seu argumento, convocando as pessoas que acompanham o podcast a quebrarem o ciclo de relativização que leva aos abusos.

Marquinhos Menezes testemunha restauração de seu casamento

O pastor Marquinhos Menezes testemunhou o papel crucial exercido pelo presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), Silas Malafaia, na disciplina e restauração de seu casamento com Lilian Azevedo.

Marquinhos Menezes contou que caiu em adultério e seu erro praticamente resultou na destruição de seu casamento. O caso veio à tona e, como pastor da ADVEC, Marquinhos foi disciplinado e tratado pessoalmente por Malafaia.

Em entrevista concedida ao PodCrê Podcast ao lado da esposa, o pastor da ADVEC Niterói relatou detalhes do processo de disciplina e acompanhamento feito por Malafaia com ele, que durou 1 ano e 8 meses e culminou com a reconciliação do casamento:

“Quando eu subi para a sala do pastor Silas, ele saiu da cadeira que estava, sentou ao meu lado, botou a mão na minha cabeça e orou por mim. Ele me deu uma palavra de encorajamento e de carinho tão grande que eu saí de lá fragmentado. Eu esperava que ele fosse me dar juízo, mas na verdade ele orou comigo”, contou.

Segundo Marquinhos Menezes, Malafaia não escondeu sua angústia pela situação em que ele se encontrava: “Uma coisa que me marcou é que os olhos do pastor Silas estavam muito tristes e hoje, quando o pastor Silas olha para mim, eu vejo que ele é feliz e realizado por ter conseguido salvar uma família, um casamento e um ministério”.

A cantora Lilian Azevedo corroborou o relato do marido e comentou que muitas pessoas acreditam que não é possível ter o casamento restaurado, mas sua história prova o contrário, apesar de cada caso ser único:

“A gente tem que entender que não é só um casal que se separa. É uma ruptura, é uma família, tem filhos na história. Na época, eu viajava com a Eyshila e com a Cassiane e elas me ajudaram e foi fundamental eu estar agarrada no Senhor, mais do que nunca, para eu não me perder”, declarou.

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Vargens cobra Ariovaldo: ‘Como pode se aliar a Boulos?’

O antigo líder da Missão Integral no Brasil, Ariovaldo Ramos, foi questionado pelo pastor Renato Vargens sobre seu apoio a Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito da capital paulista conhecido por seu apoio a pautas progressistas extremas.

Ariovaldo e Boulos se encontraram durante um culto promovido por “cristãos de esquerda” na zona oeste de São Paulo na última segunda-feira, 26 de agosto. Ao final, o candidato a prefeito foi fotografado ao lado do “pastor lulista”, apelido concedido pelo jornal Folha de S. Paulo ao líder religioso.

“Na foto o candidato do PSOL que defende o aborto, a descriminalização das drogas, a invasão de terras e de propriedades privadas. Ao fundo Ariovaldo Ramos, pastor e que defende a eleição do que está a frente dele”, descreveu Vargens.

A indignação do pastor da Igreja Cristã da Aliança, de linha doutrinária reformada, foi evidenciada na publicação feita no Instagram: “Pergunto: como uma pessoa que diz cristã pode se aliar ao PSOL e seu candidato?”.

Nos comentários, um seguidor do pastor Vargens opinou que líderes religiosos como “Ariovaldo, Kivitz, Neil Barreto são os Alexandre’s Latoeiros, Himeneu’s e Fileto’s dos tempos modernos”, em referência a pessoas descritas pelo apóstolo Paulo como falsos mestres nas cartas a Timóteo.

A campanha de Boulos vem motivando posicionamentos contundentes de lideranças evangélicas Brasil afora. O pastor Pedro Pamplona, da Igreja Batista Filadélfia em Fortaleza (CE), repudiou o uso ativista do Hino Nacional durante um comício do candidato do PSOL:

“O vídeo mostrando nosso hino nacional sendo cantado em linguagem neutra é um daqueles absurdo simbólicos do tempo que vivemos. Amo nosso hino e o respeito demais. Aprendi a cantá-lo de forma organizada e reverente na escola. Bons tempos. Mas o que vemos hoje é diferente… Esquartejaram o português, identidade do nosso povo, esquartejaram nosso hino, símbolo tradicional da pátria, esquartejaram a afinação, a beleza da música”, protestou o pastor.

Pamplona apontou o episódio como um “resumo do que o petismo vem fazendo: acabando com nossa identidade, tradição e beleza. Estão esquartejando o Brasil”.

Portas Abertas: missionário narra divisão entre igrejas perseguidas

Um missionário da Portas Abertas que atua em países do Oriente Médio e norte da África veio ao Brasil e falou sobre a realidade da Igreja Perseguida no mundo, lamentando as divisões entre evangélicos em países onde o cristianismo é hostilizado.

Matthew Burns (pseudônimo adotado por razões de segurança) está no Brasil para compartilhar experiências e seu testemunho no árduo trabalho de anunciar o Evangelho em países onde o cristianismo é hostilizado.

Na entrevista exclusiva ao GospelMais, o missionário falou sobre divisões existentes entre fiéis de igrejas históricas e congregações independentes, pontuando que esses atritos ameaçam a possibilidade de pregar o Evangelho de maneira eficaz.

Confira a entrevista:

Qual tem sido o papel da igreja evangélica brasileira no apoio à Igreja Perseguida mundo afora?

É muito importante lembrar que o cristão brasileiro tem um conceito de família muito arraigado e muito bonito. No tempo que vivi no Brasil – foram 10 anos em uma comunidade de Belo Horizonte – eu pude viver situações em que a comunidade cristã chamava de família todos que eram próximos: família, vizinhos, bairro, amigos, todos que se aproximavam.

Esse é o cristão brasileiro. Ele se ajuda nas tragédias, se ajuda nas pandemias, nas tragédias naturais. Isso me ensina muito sobre cristianismo. E isso não é diferente quando falamos de Igreja Perseguida.

O cristão brasileiro, a igreja evangélica brasileira, tem tido um importante papel no apoio à Igreja Perseguida, quando percebe que está o que Paulo escreveu na primeira carta aos Coríntios 12.26: “Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele”.

O cristão brasileiro tem orado pela Igreja Perseguida, participando do Domingo da Igreja Perseguida e do Shockwave, atendendo aos pedidos de oração pelos cristãos perseguidos e também tem ajudado financeiramente a manter em pé e perseverante os cristãos que não têm liberdade para adorar a Jesus.

Ainda há muito o que fazer para que mais cristãos brasileiros conheçam e participem da vida do cristão perseguido. Mas já vemos um mover muito grande nesse sentido aqui no Brasil.

No Brasil, os cristãos são divididos entre católicos e evangélicos em linhas gerais. No meio evangélico, há inúmeras ramificações, com algumas tradições recusando reconhecer a legitimidade de outras. Nesses países onde há perseguição, há algum debate sobre divergência teológica entre diferentes confissões?

Em muitos países onde há perseguição ainda há essa divergência teológica, sim. Em muitos deles, por exemplo, apenas igrejas históricas são permitidas de funcionar e igrejas domésticas são violentamente reprimidas.

Nós testemunhamos, muitas vezes, a própria igreja cristã ‘oficial’ nesses países serem agentes de perseguição contra igrejas que querem se levantar, abrir suas portas, mas não podem porque essas igreja não permitem e têm o Estado ao lado delas.

Mas podemos ver, também, em muitas comunidades mais distantes, principalmente em países do Norte da África, que não existem igrejas instituídas, que existem grupos de cristãos que se reúnem em torno da Palavra de Deus, distantes de discussões teológicas ou placas denominacionais.

Qual a percepção dos cristãos sírios sobre a tentativa de deposição de Bashar al-Assad?

O cristão sírio vive em constante vigilância e estado de alerta, pois é vítima de perseguição não apenas por parte do governo, mas principalmente por parte de grupos extremistas islâmicos, como o Estado Islâmico, que se aproveitou da guerra para perseguir ainda mais os cristãos no país.

Desde antes da Primavera Árabe, em 2011, que culminou a guerra civil que dura até hoje, o cristão já era perseguido por esses grupos e pela maioria muçulmana no país. A questão política e a guerra só veio aumentar a perseguição a cristãos sírios.

Por isso, não há uma percepção clara da tentativa de deposição do atual governo por parte do cristão que está, há anos, tentando sobreviver e permanecer firme e perseverante em sua fé, diante de tantos agentes de perseguição na Síria.

A comunidade cristã no norte do Iraque já se reorganizou depois dos anos de expurgo promovido pelo Estado Islâmico?

Tem se reorganizado, sim. Muitos cristãos cujos vilarejos foram destruídos pela invasão do Estado Islâmico no Iraque voltaram para suas comunidades e agora precisam reconstruir suas vidas. 

Em 2017, os cristãos que precisaram fugir do Estado Islâmico puderam voltar as suas comunidades e começar a reconstruir suas vidas. No entanto, eles se depararam com ruínas e cinzas. Tudo o que haviam construído até aquele momento fora destruído.

Além das casas estarem queimadas e depredadas, as fábricas e os comércios locais tinham desaparecido. A grave crise econômica não permitia que as pessoas tivessem dinheiro para reconstruir seus lares e negócios.

Famílias inteiras necessitavam de socorro imediato para ter o que comer e vestir. Mas a longo prazo, elas precisam ter onde trabalhar e de onde tirar seu sustento. Muitos cristãos querem reconstruir sua vida e trabalho, mas não têm matéria-prima, maquinário e funcionários.

A Portas Abertas tem campanhas em que o cristão brasileiro pode apoiar esses cristãos iraquianos a voltar para casa e ter sua vida restabelecida em suas cidades, com seu trabalho e sua igreja. Uma dessas campanhas está no link Iraque – Portas Abertas. E para saber mais sobre as cidades em que os cristãos estão retomando suas vidas, leia: Mosul Completa Sete Anos de Liberdade.

Conte-nos um testemunho de irmãos perseguidos que o impactou pessoalmente.

Eu estou na Portas Abertas desde 2011 exatamente quando houve a Primavera Árabe*, que foi um levante popular político, mas que afetou cristãos em todos os países. O evento culminou em guerra por todo o mundo árabe e alguns países, como Tunísia, Iêmen, Iraque, Síria declararam guerra civil – em que se encontram até hoje, deixando os cristãos mais vulneráveis à perseguição e a ações de radicais islâmicos, como Estado Islâmico e outros grupos extremistas.

Há dezenas de histórias de cristãos perseguidos que mexem comigo. Em 2014, um grupo de cristãos egípcios foram degolados em uma praia na Líbia. Assistir aquelas cenas, atender às famílias cristãs no Oriente Médio e rever múltiplas vezes o que havia acontecido com trabalhadores, pelo simples fato de serem cristãos, mexeu profundamente comigo e repercute muito, até hoje, em meu trabalho.

Ana Paula Valadão narra crise: ‘Marido achou que ia me perder’

Ana Paula Valadão compartilhou detalhes dos bastidores do Diante do Trono em seus primeiros anos, e como todo o trabalho a levou a uma crise de estresse aguda. Na ocasião, seu marido – o pastor Gustavo Bessa – temeu pelo pior: “Achou que ia perder a esposa”.

O relato foi feito pela cantora em uma live com o psiquiatra Ismael Sobrinho, em que ela testemunhou os benefícios que os cuidados com a saúde mental a longo prazo a proporcionaram.

Para contextualizar o episódio, Ana Paula relatou como era o ambiente na casa de sua família durante a infância e depois, já casada: “A gente estava perto de um Congresso do Diante do Trono no Mineirinho, tinha umas 15 mil pessoas inscritas. Na semana anterior, durante o ensaio, teve uma discussão, e meu pai é um homem doce, muito manso, nunca levantou a voz lá em casa, nunca vi xingamento. E aqui com o Gustavo também, a gente nunca teve uma briga de palavra feia, quebra-pau, gritaria, nunca”.

A convivência com pessoas calmas se traduziu em dificuldade de compreender o comportamento de outros que possuem temperamento mais explosivo: “Qualquer pessoa que levanta um pouco a voz pra mim mexe comigo, não tenho casca grossa. […] Eu sei que teve um ensaio que estava tendo uma tensão muito grande dentro da equipe, trabalhar com equipe foi uma das coisas mais difíceis da minha vida até hoje”, recapitulou, referindo-se à primeira formação do Diante do Trono.

“Naquele último ensaio da semana anterior desse Congresso teve lá um piripaque e aquilo mexeu demais comigo. Aconteceu que eu me posicionei, e acho que drenei tudo que eu tinha dentro de mim para lidar com aquilo. Não estava acostumada a levar meu estresse a um nível tal que eu tivesse que tomar uma posição e todo mundo ia ter que respeitar”, contou.

Estresse

Nesse ponto, Sobrinho a questionou se ela poderia revelar o que houve, para que o cenário fosse melhor entendido: “Briguei com a liderança do grupo. Eu me posicionei falando que aquele comportamento estava injusto com os liderados, estava errado. Fui para casa totalmente transtornada, chorando, com raiva. Foi sexta à noite, no sábado de manhã quando a gente acordou, eu e Gustavo, acordei chorando. Parecia uma bica. Não conseguia parar de chorar”.

Essa crise emocional se intensificou ao ponto de preocupar o marido da cantora: “Chorei por horas. Até que chegou um momento que eu deitei em posição fetal e me deu um branco. Do lado de fora, eu ouvia barulho, ouvia o que estava acontecendo, mas eu estava presa dentro do meu corpo, não conseguia mandar no meu corpo. E o Gustavo, que estava lá todo o tempo me apoiando, ficou tão desesperado que achou que ia me perder”.

O psiquiatra comentou que a descrição do episódio feito pela cantora tem características de um caso de “despersonalização e desrealização”, que são transtornos dissociativos que causam uma sensação de estranheza, irrealidade, anestesia e separação do próprio corpo: “A pessoa tem uma reação aguda ao estresse e o cérebro dá uma apagada em uma parte”, disse Sobrinho.

Ana Paula Valadão então lembrou que o marido recorreu à oração: “Ele desceu pro escritório, onde ele tinha um cantinho de oração, [ficou] clamando. E eu dentro do meu corpo, sem conseguir reagir. De repente eu consegui. […] Desci, ajoelhei ao lado do Gustavo, e ele chorava agradecido, porque ele achou que ia perder a esposa”, relembrou.

Depois de se recompor minimamente, ela e o marido foram almoçar na casa da família Bessa, como era o hábito aos sábados, onde ela foi acolhida: “Meu cunhado é médico. Me receitou um antidepressivo e falou ‘isso é só uma muleta, você vai conseguir administrar melhor esse momento que você está passando, acredito que você não vai precisar continuar com esse medicamento’. Realmente, eu tomei só uma caixa. E foi aquilo que me ajudou a fazer o Congresso na semana seguinte”, finalizou.

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Dívidas médicas de famílias carentes são quitadas por igreja

Diversas famílias com dívidas médicas receberam uma boa notícia: uma igreja reuniu ofertas e doações especiais e quitou os valores em uma ação social que testemunhou o sentido do “amor” pregado no Evangelho.

A Igreja The Altar, liderada pelo pastor Mattie Montgomery em Johnson City, no estado do Tennessee (EUA), reuniu ofertas para a iniciativa, e quitou as dívidas médicas de inúmeras famílias no entorno da igreja que somavam cerca de US$ 8 milhões.

A ação foi proposta por um amigo do pastor Montgomery, que é empresário e o procurou para mobilizar a igreja com esse objetivo, a partir do trabalho feito pela organização sem fins lucrativos RIP Medical Debt.

Foi realizado um levantamento e se constatou que as famílias de seis condados ao redor da igreja tinham US$ 8 milhões em pendências, e a igreja passou a negociar com os credores para obter um desconto e quitar esses valores.

Como funciona?

Por não ter um sistema de saúde pública universal, os Estados Unidos têm muitas famílias de baixa renda que enfrentam problemas financeiros por conta de dívidas médicas.

Ciente desse cenário, muitas igrejas têm investido parte dos dízimos e ofertas na quitação desse tipo de despesa através de um sistema de recuperação dos chamados “créditos podres”.

Quando isso acontece, a empresa compra a dívida por um valor muito menor, já que as instituições de saúde, na maioria das vezes, já não conta com o recebimento dos valores totais, e cobra dos pacientes por um valor também muito menor do que seria cobrado originalmente.

No caso da igreja The Altar, os US$ 8 milhões foram renegociados com os credores através da RIP Medical Debt, e a igreja conseguiu que essas dívidas fossem repassadas por apenas US$ 50 mil.

“Essencialmente, nos tornamos a agência de cobrança de US$ 8 milhões em dívidas médicas. E então, em vez de prosseguir com isso, apenas enviamos uma carta a todos cuja dívida tínhamos contraído, e apenas dissemos: ‘Ei, Jesus ama vocês, nós amamos vocês. E é nosso privilégio cancelar essa dívida completamente’”, declarou o pastor ao portal The Christian Post.

Testemunho

Um adolescente conhecido por frequentar a igreja sozinho, sem os pais, teve a oportunidade de compartilhar o Evangelho com seu pai depois que a igreja concluiu a quitação das dívidas.

A família dele foi uma das beneficiadas: “Então um dia, seu pai o chamou e disse ‘aquela igreja que você frequenta se chama The Altar, certo?’. E ele disse ‘Sim’. E o pai disse ‘sua igreja acabou de pagar todas as minhas contas médicas’”, contou o pastor Montgomery.

“E ele ficou realmente confuso com isso. Ele pensou ‘por que eles fizeram isso?’. E seu filho teve a oportunidade de compartilhar o Evangelho com seu pai por causa da doação da igreja”, testemunhou o pastor.

A igreja está localizada em uma área rural onde muitos moradores vivem na pobreza e lutam contra o vício. Embora Montgomery não tenha certeza se a igreja poderá fazer algo assim novamente, ele expressou que é uma “alegria doar” e desejou que as pessoas não tivessem que se endividar com despesas médicas: “Queremos que a generosidade extravagante seja uma das coisas pelas quais a igreja seja conhecida”.

“Não me refiro apenas à nossa igreja, The Altar Fellowship; refiro-me à Igreja nacional e internacionalmente. Quero que as pessoas saibam que, em um momento de crise, o lugar a que precisam chegar é estar com um grupo de pessoas que seguem Jesus. Elas precisam entrar em uma igreja. Essa é minha esperança: que a Igreja possa ser as mãos, os pés e a carteira de Jesus para o mundo ao nosso redor”, finalizou.

Congo: 100 mil pessoas ganham tradução bíblica no próprio idioma

Uma tradução da Bíblia para a língua Beembe, falada por aproximadamente 100 mil pessoas no Congo, acaba de ser publicada. Essa é a primeira vez que esse idioma recebe uma versão das Sagradas Escrituras.

A notícia foi confirmada pela Sociedade Bíblica da Inglaterra e País de Gales, que investiu no trabalho de muitos anos feito pelos tradutores.

“Mal posso esperar para colocar as mãos nesta Bíblia”, disse Yonnelle, um colaborador da entidade cristã em áreas onde se fala a língua Beembe, no sul da República do Congo.

O Dr. Christian Ntondele, que recentemente foi escolhido para liderar a equipe nacional em Brazzaville, capital do Congo, comemorou a conclusão dos trabalhos: “A publicação é uma oportunidade de agradecer às pessoas que apoiaram este trabalho ao longo dos anos. Decidimos levar o trabalho de tradução mais adiante porque nosso sonho é tornar a Bíblia disponível em todas as nossas línguas maternas”.

Ntondele já havia tomado iniciativa de tradução antes e trabalhou no atual projeto bem-sucedido. Antes da atual versão para a língua beembe, os pregadores costumavam usar a Bíblia em francês – idioma oficial do Congo – e adaptar uma tradução.

No entanto, para Hélène, uma cristã local, essa prática é inadequada “pois mantém os crentes distantes da Palavra de Deus e prejudica a experiência de adoração”.

Alegria

De acordo com a Sociedade Bíblica, as seis milhões de pessoas que residem no Congo falam dezenas de línguas entre si. A Bíblia Beembe ficará ao lado da primeira Bíblia em Lari, outra língua congolesa, que foi concluída em 2021.

“Publicamos o Novo Testamento Beembe em 2013. E então terminamos o Antigo Testamento Lari para completar a Bíblia Lari. O Antigo Testamento Beembe foi uma luta. Tivemos que criar uma escrita para a língua. O projeto levou mais tempo do que o esperado, mas foi uma boa experiência. Agora, os falantes de Beembe podem entender completamente a Bíblia e conhecer a vontade de Deus para suas vidas”, explicou o Dr. Ntondele.

“Me faltam palavras para expressar meus sentimentos. Mas meu coração está cheio de alegria por esta obra que o Senhor realizou por nós”, comentou um líder cristão da região.

“Levou um longo tempo e muitas pessoas aguardaram ansiosamente a publicação desta Bíblia. Muitos foram levados à glória antes de ver este dia acontecer. Mas somos abençoados que neste tempo enquanto ainda estamos vivos somos capazes de segurar fisicamente a Bíblia Beembe”, comemorou.