Adauto Lourenço: professor e cientista evangélico faleceu

O professor Adauto Lourenço, cientista brasileiro, faleceu nesta quinta-feira, 18 de abril. A causa e circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas.

A notícia do falecimento do professor foi compartilhada pelo pastor Renato Vargens em suas contas nas redes sociais: “Acabei de receber a triste notícia do falecimento do querido Adauto Lourenço. Um grande homem de Deus de nosso tempo. Tivemos conversas muito prazerosas em congressos que tivemos juntos. Que Deus console a família, igreja e amigos”.

Formado em física pela Bob Jones University (EUA), Adauto J. B. Lourenço possuía mestrado em física – matéria condensada com especialização em física de superfície – pela Clemson University (EUA).

Além disso, era teólogo formado pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida no Brasil. Ao longo de sua carreira, se dedicou a seminários sobre o tema Criação x Evolução em universidades, instituições de ensino, congressos, convenções e igrejas, tanto no Brasil quanto no exterior.

Franco opositor da teoria do evolucionismo, Lourenço se dedicava a aprofundar os estudos na chamada teoria do design inteligente, que colhe evidências em pesquisas de diversas áreas, incluindo física e química, para conceituar e aprofundar a compreensão de que o universo foi criado.

“É impossível provar cientificamente que Deus existe. Da mesma forma, é impossível provar cientificamente que Deus não existe”, costumava dizer o professor. “A ciência não é contra a Bíblia, mas posicionamentos científicos sim. Ciência é conhecimento. Não é a ciência que não acredita em Deus, são os cientistas que não acreditam em Deus”, acrescentava em suas palestras.

Big Bang

A teoria predileta de muitos defensores da ideia de que o universo surgiu do nada era um dos temas que Adauto Lourenço mais se dedicava a estudar e questionar: “Se o universo tivesse surgido espontaneamente, olhando logo em seu início — estudando objetos a 13 bilhões de anos-luz — veríamos coisas começando a se formar. Mas não é isso o que a ciência tem descoberto”, disse, em um seminário de 2017.

“Uma publicação científica, em 1994, mostrou que as galáxias distantes são surpreendentemente semelhantes em muitos aspectos e suas descendentes consideravelmente mais próximas. Não estamos vendo galáxias nascendo, estamos vendo galáxias morrendo”, explicou.

Nesse contexto, o cientista salientou que o resultado do surgimento a partir do Big Bang deveria mostrar galáxias em estágios menores de organização: “Não deveria haver galáxias maduras no início do universo, mas elas estão lá. Isso significa que o modelo evolucionista está errado. Não estou tratando de religião, isso é publicação científica. O universo em seu início já era completo, complexo e perfeitamente funcional”.

Pastor comunica o falecimento do professor e cientista Adauto Lourenço
Publicação do pastor Renato Vargens sobre a morte de Adauto Lourenço

Privatização da Sabesp: Sonaira é atacada por vereadora do PSOL

A vereadora evangélica Sonaira Fernandes (PL) foi alvo de hostilidade por parte de uma colega de mandato durante uma audiência pública realizada na Câmara Municipal da capital paulista que debatia a privatização da Sabesp.

A confusão ocorreu durante uma tentativa de discurso de Sonaira na audiência, quando a vereadora Elaine Mineiro (PSOL) tirou o microfone para impedir que ela fizesse a defesa do projeto de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Embora a empresa seja estadual, o contrato com a Prefeitura de São Paulo prevê que mudanças no controle acionário da Sabesp obrigam que a administração municipal volte a assumir o serviço de água e esgoto. Para que o projeto avance, os vereadores precisam aprovar a venda de parte das ações do governo do estado na empresa.

A postura da vereadora Elaine Mineiro – também conhecida como Elaine do Quilombo Periférico – encorajou uma postura de mais hostilidade por parte dos manifestantes do MTST, e um deles agiu de forma intimidatória, gritando, batendo na mesa e apontando o dedo em riste contra Sonaira.

O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) presidia a audiência pública e determinou que a Guarda Civil Metropolitana detivesse o homem, que foi imobilizado e levado para o 8º Distrito Policial no Brás.

“Solicitei à GCM que o retirasse do plenário, pois ele tinha partido para cima da vereadora Sonaira e mesmo advertido continuou sendo agressivo com ela. Ele foi até o balcão berrando, apontando e gesticulando. Não lembro se chegou a bater, apesar da postura excessiva, especialmente contra uma mulher”, comentou Nunes, em entrevista ao Poder 360.

Ao final da audiência, Sonaira protocolou uma queixa à corregedoria da Câmara Municipal: “Protocolei a denúncia contra a vereadora que me ofendeu, que cometeu violência política hoje na audiência pública que discutia a privatização da Sabesp. A gente precisa colocar as coisas no lugar porque o PSOL muito fala de respeito ao lugar de fala, mas desrespeita uma mulher livre que ousa pensar de maneira diferente [da ideologia de esquerda]”, declarou.

André Valadão e Davi Sacer foram censurados por Moraes

André Valadão e Davi Sacer foram alvo de medidas ilegais de censura por parte do ministro Alexandre de Moraes, apontam documentos enviados pela plataforma X à Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

A revelação foi feita pelo Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara após a plataforma X ter entregue os documentos sobre as ações de Alexandre de Moraes. No último dia 15, a empresa de Elon Musk informou que entregaria os dados solicitados em intimação feita pelo mesmo comitê.

Com 541 páginas, o documento traz decisões tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes contra o então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o senador Alan Rick (União Brasil-AC), os deputados evangélicos Nikolas Ferreira (PL-MG) e Marcel van Hattem (Novo-RS), além de outros como Carla Zambelli (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO), youtuber eleito para seu primeiro mandato.

No caso do pastor André Valadão, as ordens de censura continham prints de suas publicações, como por exemplo uma que considerava que toda a metodologia do PT envolvia a implantação de um regime comunista no Brasil. Depois de empossado, o presidente Lula admitiu ser um comunista e encorajou seus partidários a terem orgulho.

“Eles nos acusam de comunistas, como se nós ficássemos ofendidos com isso. Nós ficaríamos ofendidos se nos chamasse de nazista, neofascista, de terrorista. Mas, de comunista, de socialista, nunca. Isso não nos ofende. Isso nos orgulha muitas vezes”, declarou o mandatário na abertura do 26º Encontro do Foro de São Paulo, em Brasília (DF), em 29 de junho de 2023.

O cantor Davi Sacer, que tinha mais de 600 mil seguidores no X à época, se junta a outros influenciadores, como a então juíza Ludmila Lins Grilo, o professor Marcelo Rocha Monteiro, os escritores e comentaristas políticos Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Flavio Gordon, Elisa Robson e Paulo Figueiredo Filho, dentre outros.

Elon Musk, que havia prometido entregar os documentos que provavam que as ações de Moraes eram ilegais, comentou a revelação das informações pela Câmara dos Representantes dos EUA (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil): “The law broke the law [‘A lei quebrou a lei’]”, escreveu, em sua conta no X.

🚨 BOMBSHELL: Brazilian Government Forced Censorship on X, @elonmusk

Read about it here: https://t.co/YAnQesOiXV

— House Judiciary GOP (@JudiciaryGOP) April 17, 2024

The law broke the law https://t.co/JM31Q2gu4f

— Elon Musk (@elonmusk) April 18, 2024

‘Espírito de Jezabel’: pastor reprova igreja por evento com stripper

O pastor Mark Driscoll se envolveu em uma nova polêmica ao reprovar a presença de um stripper em um evento voltado ao público masculino em uma igreja. Ele havia sido convidado a pregar e depois de afirmar que o evento havia cedido ao espírito de Jezabel, foi retirado do palco.

O evento Stronger Men’s (“homens mais fortes”, em tradução livre) foi realizado nos dias 11 e 12 de abril na megaigreja James River Church, em Springfield, estado do Missouri (EUA). O pastor da igreja é John Lindell, um conhecido líder evangélico no país.

Antes de Driscoll (que lidera a Trinity Church em Scottsdale, Arizona) subir ao palco, um artista conhecido por ter trabalhado como stripper em boates voltadas ao público feminino e homossexual, chamado Alex Magala, se apresentou com uma performance em que engolia espadas.

Driscoll, conhecido por seu temperamento forte e franqueza, reprovou a performance do artista no evento assim que recebeu oportunidade, dando a entender que não havia sido informado que ele pregaria logo após a apresentação:

“Vamos falar sobre como ser um Elias e como lidar com a Jezabel comum. Mas deixe-me fazer isso”, disse Driscoll. “Estou acordado desde 1h da manhã. A razão pela qual estou rouco é que tenho orado por vocês e meu coração está muito pesado por vocês. Quero ter muito cuidado com isso, e não é isso que quero dizer, mas o espírito de Jezabel já esteve aqui. O espírito Jezabel abriu nosso evento. Isto não é uma repreensão e uma correção de ninguém; isso é uma observação”, disse o pastor.

“Antes que a palavra de Deus fosse aberta, havia uma plataforma. Era um altar. Nele havia um poste, um Asherah. A mesma coisa que se usa em um clube de strip para mulheres que têm o espírito de Jezabel para seduzir homens. Na frente disso estava um homem que arrancou a camisa, como uma mulher faz na frente de um poste em uma boate de strip”, continuou.

Em seguida, ele foi interrompido pelo pastor da igreja, John Lindell, que afirmou que Driscoll estava “fora da linha”. Como o público reagiu mal à remoção do pregador convidado, Driscoll acabou sendo levado de volta para continuar sua mensagem.

Após o nítido constrangimento, Driscoll admitiu que não estava confortável com o que havia sido apresentado no local e que reagiu mal diante do “momento mais estranho na história de qualquer evento masculino”.

De acordo com informações do portal The Christian Post, Driscoll referiu-se a Lindell como um “bom pastor e pai espiritual” que esteve ao lado dele e de sua família durante os períodos mais difíceis de sua vida no passado.

Por sua vez, Lindell tratou de colocar panos quentes na polêmica, e afirmou que Driscoll “é uma voz profética para a nossa geração”, comparando-o a João Batista. “Nada no que foi dito muda isso. E Mark e eu conversamos. Saímos para um lugar onde poderíamos ficar sozinhos para conversar e reafirmamos nossa amizade. E Mark, eu quero que você saiba. Você é um presente para o Reino. Você é um presente para James River”, finalizou.

Em seu livro New Days, Old Demons, Driscoll apresenta um “estudo profético sobre sexo, gênero, política woke e como o cristianismo progressista é apenas uma reformulação da marca do paganismo antigo”, e afirma que “os mesmos demônios que estavam ativos nos dias de Elias estão ativos hoje castrando os homens, mutilando as crianças, fechando as igrejas e silenciando os professores da Bíblia”.

Megachurch has strip-show-like performance at men’s conference. Guest speaker Mark Driscoll spoke out against it and was kicked off stage.

Unbelievable that any church would allow this. Reason #538 not to attend a megachurch.#ChristIsKing @pearlythingz @sovereignbrah @scrowderpic.twitter.com/Fl2Vd3DDhn

— Caeden (@thecfrazier) April 14, 2024

PEC das drogas: Gilmar Mendes diz que palavra final é do STF

Após a aprovação pelo Senado do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que proíbe o porte de qualquer quantidade de drogas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, comentou que a palavra final será da Corte.

Na última terça-feira, 16 de abril, a PEC 45/2023 que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga ilícita foi aprovada pelo Senado em uma votação realizada em dois turnos.

Uma PEC precisa receber no mínimo dois terços dos votos dos 81 senadores. No primeiro turno de votação, o placar foi de 53 votos a 9. Na segunda, foram 52 votos a 9. O texto prevê que “a posse e o porte, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas afins, sem autorização ou em desacordo com determinação legal, ou regulamentar” será considerada crime.

De acordo com informações da CNN, o texto reafirma o que já está previsto na Lei de Drogas, que determina penas para o porte e a posse de drogas para consumo pessoal.

Esse tema vinha sendo votado pelo STF, que interrompeu o debate em março por conta da entrada da PEC na pauta do Congresso Nacional. Especulava-se que a maioria dos ministros votaria pela descriminalização da posse de drogas, e o senador Magno Malta (PL-ES) afirmou no plenário que a decisão do Senado “põe abaixo a tentativa de qualquer legalização de drogas no Brasil”.

Contrariado, o ministro Gilmar Mendes comentou que “decidam o que decidirem” no Congresso Nacional – já que a proposta ainda será encaminhada à Câmara dos Deputados para votação – o STF irá “verificar” o assunto depois, deixando claro que será dos ministros a palavra final, segundo o Diário do Poder.

Questionado se essa não é uma prerrogativa do Poder Legislativo, Mendes respondeu “certamente”, mas afirmou que o Congresso “não pode ter toda a liberdade” para definir o momento mais adequado para discutir projetos, o que chamou de “omissão legislativa”.

Antenado nos assuntos da sociedade, o pastor Renato Vargens protestou contra a postura de Gilmar Mendes: “Para que existe Congresso? Ora, isso é um acinte! Uma vergonha! Estamos sim, vivendo uma ditadur@ do judiciário. Sei que corro risco de ter meu perfil cerceado ou mesmo cancelado, mas como me calar diante disso? Como ficar silente diante deste disparate?”, questionou.

Cadáver no banco: sociedade ‘em direção ao precipício’, diz pastor

Uma mulher foi filmada com um cadáver no banco tentando pegar um empréstimo de R$ 17 mil no nome do falecido. A cena, filmada por uma das atendentes, repercutiu nas redes sociais expondo a incredulidade das pessoas diante do fato, e o pastor Renato Vargens comentou que esse é um indício do “colapso” da sociedade.

Uma cena surreal foi filmada por funcionários de uma agência do Itaú em Bangu, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro: uma senhora entrou no local com o cadáver de um homem, que seria seu tio, em uma cadeira de rodas. Sua intenção era sacar o empréstimo no nome do falecido.

O homem, identificado como Paulo Roberto Braga, 68 anos, teria chegado morto ao banco, segundo a Polícia, que avaliou as filmagens do circuito interno da agência e constatou que a cabeça pendia para trás e as mãos caíam sempre que eram soltas pela mulher, identificada como Érika de Souza Vieira Nunes.

No vídeo gravado pelos funcionários do banco, Érika tenta fazer o cadáver assinar o documento do empréstimo: “Tio, tá ouvindo? Se o senhor não assinar, não tem como”.

Diante da cena, uma funcionária diz “ele não está bem, não, a corzinha…”, mas é interrompida por Érika, que responde “ele é assim mesmo”. Enquanto ela insistia, ajustando o documento na mesa e apoiando as mãos e a cabeça do cadáver, os funcionários do banco chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Com a chegada dos paramédicos, foi constatada a morte do idoso, e a Polícia foi acionada. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). A defesa de Érika informou que Braga chegou vivo ao banco, e faleceu enquanto esperava o atendimento, segundo informações da CNN.

O pastor Renato Vargens expressou sua indignação com o caso: “Não dá para brincar com uma coisa dessa. Uma mulher levou uma pessoa morta para um banco a fim de pegar empréstimo de 17 mil reais”, exclamou.

“Sinceramente a sociedade colapsou. Estamos indo rapidamente em direção ao precipício e contra fatos não há argumentos. Alguém em tom jocoso disse: ‘o carioca não tem limites’. Eu não consigo brincar com isso. A falta de respeito impera no país, a ponto de vilipendiarem um cadáver. Que Deus tenha misericórdia de cada um de nós”, acrescentou o pastor da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ).

Com o andamento do caso, os investigadores trabalham para entender como e quando Braga faleceu, e se o empréstimo foi feito quando ele ainda estava vivo, segundo a Folha.

Pastor sobre descaso da Igreja com oração: 'Isso é avivamento?'

A oração é uma prática central na vida do cristão, já que é por meio dela que o crente fala diretamente com Deus, apresentando ao Senhor o seu louvor, necessidades, gratidão e dificuldades. Mas, apesar da sua grande importância, a Igreja brasileira pode estar negligenciando essa orientação bíblica, segundo o pastor e escritor Renato Vargens.

Por meio da uma publicação nas redes sociais, Vargens questionou o nível de comprometimento da Igreja brasileira com a oração, sugerindo que determinados movimentos por “avivamento” espiritual podem estar sendo motivados por coisas alheias à vontade de Deus.

“Estou desconfiado de que a Igreja Brasileira ODEIA a oração, pois toda vez que alguém escreve algo a respeito, publica um texto nas Redes Sociais ou convida outros para buscar ao Senhor em oração, o descaso é constrangedor”, comentou o pastor.

No Brasil, muitas igrejas ligadas à tradição pentecostal são conhecidas pelos chamados “círculos de oração”, e outras de viés mais tradicional, também, pelos “cultos de oração” normalmente realizados durante a semana.

Contudo, Vargens disse que a participação dos evangélicos nessas reuniões não costuma ser satisfatória, pois “quase não atraem ninguém.” Com isso, o pastor pergunta se algo de errado pode estar acontecendo com os evangélicos brasileiros.

“Sinceramente, fico a pensar com meus botões que avivamento é esse advogado pelos pastores tupiniquins desprovido de oração. Vamos combinar uma coisa? Uma Igreja que não ora está morta e não sabe disso”, ressalta.

A importância de falar com Deus, segundo o pastor, é vital para o próprio sucesso dos trabalhos da Igreja, algo sem o qual nenhum cristão se torna capacitado para fazer a obra do Reino vindouro, a Nova Jerusalém prometida aos fiéis a Jesus Cristo.

“Os puritanos costumavam dizer que fazer a obra de Deus sem oração é uma grande tragédia. Alias, por acaso você já se deu conta de que a Igreja pertence a Deus e que por obrigação e dever devemos buscá-lo em oração?”, questiona Vargens. Confira:

Maior ateu do mundo, Dawkins diz que é um “cristão cultural”

Considerado por muitos o maior ateu do mundo, Richard Dawkins chamou atenção dos seguidores e lideranças religiosas ao gravar um vídeo admitindo que se considera um “cristão cultural”, o que também provocou a reação do pastor Pedro Pamplona, que teceu algumas observações.

“Nós somos um país cristão e eu me considero um cristão cultural”, diz o professor britânico, autor da famosa obra The God Delusion (“Deus, um Delírio”), já rebatida pelo também professor Alister McGrath, em sua obra O Delírio de Dawkins, cujo título é um trocadilho da publicação do ateu.

A declaração recente do ateu mais famoso do planeta é uma referência ao valor do cristianismo sobre a formação da sociedade. Isto é, Dawkins admite que, apesar de não acreditar em Deus, entende a importância da fé cristã como modelo de conduta e pensamento para as civilizações, especialmente a ocidental.

“Se substituirmos o cristianismos por qualquer outra alternativa religiosa isso seria terrível”, diz o ateu, revelando ainda que ama os hinos cristãos e também as catedrais construídas ao longo dos séculos.

O erro de Dawkins

O pastor Pedro Pamplona analisou a declaração do famoso ateu, explicando que ela é positiva em certos aspectos, mas errada em sua essência. Isso, porque, o que o professor britânico valoriza enquanto cultura e ética cristãs, só existe graças à genuína fé em Jesus Cristo.

Para o líder evangélico, é ingenuidade do ateu “acreditar que cristãos culturais podem sustentar um cristianismo cultural”, já que é um erro “achar que a ética pode existir e se perpetuar sem a crença.”

Citando o autor Christopher Dawson, Pamplona diz que este “corretamente nos lembra que o cristianismo está na base da cultura ocidental e que numa sociedade secularizada essa base é destruída.”

“Sem a religião cristã ou o senso transcendente da religião [o que passaria a existir] é a religião política” centrada no “eu”, diz o pastor, e isto atuaria “como base da cultura. E então os valores que Dawkins ama ruirão.”

Em resumo, o mais famoso ateu do mundo jamais poderia dizer que é um “cristão cultural” se no mundo não houvessem cristãos genuínos, realmente comprometidos com a ética e os valores cristãos, não de forma artificial, mas pela certeza de que Deus, de fato, se revelou em Jesus Cristo.

“Sem crença não há força cultural capaz de criar raizes pessoais e sociais e avançar pelos séculos”, conclui o pastor. Assista:

Evangélicos sofrem chantagem com corte de água em comunidade

A perseguição religiosa aos cristãos evangélicos possui vários contornos, sendo um deles o da chantagem, que pode ser emocional e até pelo corte de suprimentos básicos para a sobrevivência humana, como a água. Essa é a situação enfrentada por famílias da comunidade Valle Esperanza, no munício indígena de Oaxaca, no México.

De acordo com informações da organização Portas Abertas, famílias de evangélicos locais tiveram o fornecimento de água cortado por lideranças locais, simplesmente por decidirem não participar de celebrações religiosas comunitárias que contrariam os ensinamentos da Bíblia sagrada.

Uma dessas celebrações é o “Festival dos Três Reis”, organizado por católicos. Numa tentativa de abrandar os ânimos de perseguição, uma família evangélica local decidiu contribuir financeiramente com a organização do evento, mas isso não foi suficiente.

Em 5 de janeiro desse ano, um morador que não teve o nome revelado por razões de segurança recebeu a visita de autoridades em sua casa. “Não queremos mais vocês aqui. Encontrem outra comunidade que os aceite, porque vocês não são bem-vindos aqui”, disseram eles.

Até então, ao menos três famílias de evangélicos perderam o fornecimento de água devido aos seus posicionamentos bíblicos. Essa perseguição, contudo, não é novidade na região. O GospelMais já denunciou outros casos semelhantes ocorridos anos atrás, quando o corte de outros serviços básicos também foram realizados contra os protestantes.

“O antagonismo étnico se manifesta porque 21,5% da população do México pertence a grupos indígenas. Essas comunidades são governadas por leis e costumes tradicionais, com mínima intervenção do Estado”, disse a Portas Abertas na época.

“Os que se convertem ao cristianismo protestante enfrentam pressão e ataques violentos quando abandonam as práticas do grupo étnico ao qual pertencem”, explica a organização, que desde então vem acompanhando a situação local.

O morador que teve o fornecimento de água cortado, agora, pede que a justiça seja feita pelo benefício de todos, não só dos evangélicos, mas de todas as minorias que enfrentam chantagens por intolerância religiosa.

“O que eu exijo é que a lei seja sempre em favor do ser humano. É isso que espero da justiça. Ao todo, são 64 comunidades no município, com um total de quase nove mil pessoas. Dessas, quase duas mil são cristãs”, diz o morador.

“Em nossa comunidade, somos cerca de 61 pessoas no total, com uma minoria cristã. Então se não exigir meus direitos, tenho medo de que isso se repita em outras comunidades e afete mais cristãos. Por isso me mantenho firme”, conclui.

Pastores sobrecarregados: quase metade cogitou desistir

As dificuldades para exercer o ministério pastoral levou muitos pastores a pensar em desistir de seu chamado por estarem esgotados mentalmente por conta de todas as funções que envolvem o trabalho pastoral.

A pesquisa do Barna Group (confira aqui) mostra que 42% dos pastores pensaram em desistir de seus ministérios e a maioria deles (56%) disse que o estresse é a principal causa. Em segundo lugar (43%) ficou o sentimento de estar sozinho ou isolado em suas funções na igreja.

Para se ter uma ideia, em 2015, esse número era de apenas 11%. Ou seja, em sete anos o número de pastores esgotados aumentou 400%, confrontando a igreja moderna a olhar para a saúde mental de seus líderes.

O psicólogo Cleo Holanda explica a questão afirmando que com um aumento considerável das demandas pastorais, os líderes passam a sofrer de problemas de saúde mental por conta do estresse:

“Os principais fatores de estresse que contribuem para a saúde mental são: carga emocional, responsabilidades pastorais, conflitos e críticas, pressão financeira, equilíbrio entre vida pessoal e ministério. Esses fatores de estresse podem afetar significativamente a saúde mental dos pastores, tornando essencial que eles tenham acesso a apoio emocional, cuidados pastorais e recursos para lidar com o estresse de forma saudável”, explicou o especialista.

Como mostra a pesquisa, muitos pastores se sentem sozinhos e não têm apoio para lidar com toda a pressão que sofrem no dia a dia. O doutor explica que, de fato, a solidão e o isolamento podem impactar a saúde mental dos pastores aumentando o risco de depressão, ansiedade e esgotamento.

“Para lidar com esses desafios, é importante que os pastores cultivem relacionamentos de apoio dentro e fora da comunidade da igreja, estabelecendo vínculos seguros, estejam inseridos em grupos de pastorais, busquem mentoria, aconselhamento e ajuda profissional, e reservem tempo para investirem em autocuidado e cultivar interesses como lazer e atividades físicas para não ficar focados apenas no ministério”, sugeriu Cleo Holanda, autor de best-sellers como Vencendo a Procrastinação, Resiliência e Otimismo.

Tecnologia é aliada

Ferramentas como o Sistema Eklesia – projetado para ser uma solução abrangente na gestão de igrejas, visando otimizar e simplificar diversos aspectos do dia a dia eclesiástico – podem ser aliadas dos pastores.

A empresa desenvolveu o Eklesia com base em seus mais de 23 anos de experiência no mercado. O sistema se destaca por oferecer uma série de funcionalidades que atendem a uma ampla gama de necessidades das igrejas.

“O Eklesia é especialmente desenhado para auxiliar pastores e líderes eclesiásticos que enfrentam múltiplas demandas em seu ministério, oferecendo uma série de recursos que visam simplificar a gestão da igreja e otimizar o tempo”, diz Luís Patroni, diretor da empresa.

Ao investir na automação de processos, líderes religiosos terão tempo para cuidar de outras áreas da igreja, enquanto a tecnologia vai facilitar e reduzir o trabalho que eles teriam com tarefas como gestão financeira, gerenciamento de equipes de voluntários, administração de pequenos grupos e células, comunicação, gestão de eventos e muito mais.

“O Eklesia serve como um aliado importante para os pastores, ajudando-os a gerenciar eficientemente as múltiplas facetas do ministério, para que possam dedicar mais tempo ao que é mais importante: liderar, cuidar e nutrir a comunidade espiritual que lhes foi confiada”, diz Patroni.

Cuidados na saúde mental

Além de contar com a tecnologia para ajudar na delegação de assuntos importantes na administração de uma igreja, pastores sobrecarregados também devem procurar ajuda de profissionais em saúde mental.

“As divisões políticas e conflitos dentro e fora da igreja podem causar estresse, ansiedade e conflitos internos para os pastores, afetando sua saúde mental. Por isso, é importante o cuidado e investimento na saúde mental, além de buscar o desenvolvimento de habilidades sociais, para manejar melhor essas demandas que acabam surgindo no exercício do ministério”, complementou o psicólogo.

Holanda indica a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) como a melhor técnica para tratar os sinais de esgotamento emocional e burnout em pastores. O atendimento consiste em identificar e modificar pensamentos disfuncionais, comportamentos inadequados e padrões emocionais negativos:

“Para diferenciar esses sintomas de problemas espirituais ou vocacionais, a TCC enfatiza a importância da avaliação objetiva dos sintomas, da exploração das crenças subjacentes sobre o ministério e do desenvolvimento de estratégias para fortalecer a resiliência espiritual e a clareza vocacional”, concluiu.