Trump encerra maior clínica de 'mudança de sexo' em jovens trans

O Hospital Infantil de Los Angeles (CHLA) encerrou suas atividades no Centro de Saúde e Desenvolvimento para jovens trans, conforme comunicado enviado a pacientes em junho, após ordem executiva assinada pelo presidente americano Donald Trump.

A clínica, uma das maiores referências em atendimento pediátrico para “jovens trans” nos EUA, oferecia bloqueadores de puberdade, hormonioterapia e cirurgias através de seguros públicos.

A decisão segue a Ordem Executiva 14187 assinada pelo presidente Donald Trump em 28 de janeiro de 2025, intitulada “Protegendo Crianças contra Mutilações Químicas e Cirúrgicas”.

O documento proíbe financiamento federal para tratamentos de afirmação de gênero em menores de 19 anos, afetando hospitais que dependiam de verbas como Medicaid e Medicare.

Investigações

Em 9 de julho, a procuradora-geral Pam Bondi anunciou que o Departamento de Justiça emitiu intimações para acessar registros médicos de mais de 20 clínicas e profissionais. “Organizações que mutilaram crianças a serviço de uma ideologia distorcida serão responsabilizadas”, declarou Bondi em coletiva.

Três outros centros anunciaram redução de serviços:

  • Medicina da Universidade de Chicago

  • Hospital Nacional Infantil (Washington D.C.)

  • Hospital Infantil do Condado de Orange

    Essas instituições juntam-se a Stanford e Pittsburgh, que já haviam limitado atendimentos anteriormente.

Situação das famílias:

Los Angeles Times relatou preocupação entre pais sobre possível criminalização por buscarem tratamentos. Chad Mizelle, chefe de gabinete do Departamento de Justiça, afirmou em workshop da FTC:

“Usamos leis existentes sobre mutilação genital para proteger crianças”, acrescentando que “todas as ferramentas do Departamento estão sendo mobilizadas”.

Segundo o mesmo jornal, dezenas de hospitais californianos mantêm serviços de afirmação de gênero com financiamento estadual e privado. A Califórnia continua sendo um dos 15 estados que permitem terapias hormonais para menores jovens trans com consentimento parental.

A ordem executiva federal mantém exceções para tratamentos de condições como puberdade precoce e câncer, mas proíbe expressamente intervenções relacionadas à disforia de gênero em pacientes pediátricos. Com: Los Angeles Times.

Tentativas de Lula de humilhar Trump impedem diálogo, diz CNN


A oportunidade do governo brasileiro dialogar com o presidente dos Estados Unidos a respeito das tarifas que entrarão em vigor na próxima sexta-feira, 01 de agosto, não existe mais. A avaliação foi feita por um analista que consultou fontes que atuam noas bastidores políticos de Washington, DC.

Senadores brasileiros foram à capital dos EUA para tentar um canal de diálogo com o presidente Donald Trump ou, pelo menos, com o secretário de Estado, Marco Rubio, e não obtiveram sucesso. A CNN repercutiu o fracasso da missão dos senadores com a análise de Lourival Sant’anna, correspondente da emissora em Washington.

Segundo Sant’anna, há aversão do governo americano contra Lula e sua equipe: “Marco Rubio adquiriu uma verdadeira ojeriza pelo governo Lula. Esse é um foco bastante importante, e neste momento não adianta tentar uma conversa entre o Lula e o Trump, ou entre o chanceler brasileiro e o secretário de estado americano”, disse o analista.

A tentativa de diálogo dos senadores foi tardia, segundo Sant’anna: “Realmente há uma animosidade muito grande neste momento. Essa oportunidade já passou e estou fazendo aqui uma análise, nenhum tipo de juízo de valor sobre se está certo ou está errado. Estou dizendo: essa oportunidade já foi perdida um tempo atrás com os discursos do presidente Lula, em que foi levado para o presidente Trump, como sendo tentativas do Lula de humilhar o Trump”, afirmou, referindo às oportunidades em que Lula fez discursos ofendendo o presidente dos EUA.

“Isso, inclusive, foi comunicado hoje aos senadores brasileiros. Foi explicado isso para os senadores brasileiros, que a situação política é realmente muito ruim e que agora o que tem de mais factível neste momento mesmo é tentar obter algumas exceções para alguns setores brasileiros e tentar separar a parte comercial da parte política, porque a parte política realmente é algo que parece inevitável do ponto de vista da escalada”, acrescentou o analista.

Mais sanções

O governo Trump vem observando as reações dos governantes brasileiros diante do cenário e estuda impor outras sanções, chegando ao limite de romper as relações diplomáticas com o Brasil, algo impensável anos atrás:

“Eu já tinha trazido essa apuração antes, eu confirmei hoje que há realmente um plano já desenhado de uma escalada que pode culminar realmente na suspensão das relações diplomáticas, na volta da embaixadora brasileira”, frisou Sant’anna.

Em Washington, a impressão do governo Trump é que o governo Lula não dá importância para essa possibilidade: “A sensação das pessoas aqui em Washington é de que o governo brasileiro também não se importa muito, nem a embaixadora, nem outros eventuais atores do ponto de vista do Poder Executivo não demonstraram grande empenho também e grande preocupação com isso”, concluiu.

Em pleno Tribunal, mãe surpreende ao perdoar assassino da filha

Cara Kernodle, mãe de Xana Kernodle (uma das quatro estudantes assassinadas na Universidade de Idaho em 13 de novembro de 2022), proferiu uma declaração surpreendente durante audiência de sentença de Bryan Kohberger, 30 anos, assassino da sua filha, ao decidir lhe perdoar pelo ocorrido.

Bryan Kohberger, ex-estudante de doutorado em justiça criminal, foi condenado pelo massacre no local após confissão em acordo penal.

Dirigindo-se diretamente ao réu, Kernodle declarou: “Minha filha era linda por dentro e por fora. Tinha uma luz tão forte que viverá para sempre em nossos corações. Trazia alegria e risos a todos ao seu redor”.

A mãe acrescentou, ao tomar sua decisão: “Nosso Senhor Jesus Cristo agora a segura em Seus braços amorosos no céu, onde jamais será ferida”. Kernodle revelou ter conhecido a fé cristã através de Xana e creditou à conversão a força para perdoar o assassino:

“É Cristo em mim que me deu forças para perdoá-lo. Não foi por meu próprio poder”.

Em entrevista anterior à CBN News (29 de outubro de 2025), Kernodle havia relatado sua luta contra vícios antes e após a morte da filha. No tribunal, contrastou: “Jesus me deu alegria, esperança e paz”.

Seu perdão incluiu ainda a ausência de arrependimento do réu: “Não o temo nem lhe dou espaço em meus pensamentos. Este perdão me libertou do mal que você infligiu”.

Kernodle encerrou citando Efésios 6 sobre a “armadura de Deus” e fez apelo espiritual:

“Oro para que, antes do fim desta vida, você peça ao Senhor que entre em seu coração e o perdoe”.

Kohberger recebeu quatro sentenças de prisão perpétua sem possibilidade de condicional. O caso mobilizou o estado de Idaho por três anos, com investigações envolvendo mais de 200 agentes e 19.000 horas de trabalho.

Paquistão investigará abusos da lei de blasfêmia contra cristãos

O Tribunal Superior de Islamabad solicitou que o governo do Paquistão crie uma comissão especial para investigar o uso indevido da lei de blasfêmia, diante do aumento significativo de denúncias envolvendo cristãos acusados injustamente. A medida foi motivada por relatos de prisões arbitrárias e longos períodos de detenção de pessoas inocentes, muitas vezes sem acesso a defesa legal adequada.

Casos como o de Adil Babar e Simon Nadeem ilustram a situação. Ambos foram presos ainda adolescentes sob acusação de blasfêmia e permaneceram detidos por dois anos até serem absolvidos. Outros, como Asif Pervaiz, continuam encarcerados. Ele está preso há 12 anos e foi condenado à morte em 2020, segundo registros judiciais.

O advogado Khalil Tahir Sandhu, que atua na defesa de cristãos acusados com base na legislação, afirma que muitos são libertos após anos de prisão sem receber qualquer tipo de compensação do Estado. “Justiça atrasada significa justiça negada”, declarou o jurista, que também criticou a ausência de responsabilização dos denunciantes.

Relatório publicado pela organização Human Rights Watch aponta que a lei é frequentemente utilizada como instrumento de perseguição religiosa ou vingança pessoal, inclusive com motivações econômicas. O documento destaca que as vítimas costumam ser pessoas em situação de pobreza e sem acesso a representação jurídica.

A Comissão Nacional de Direitos Humanos também divulgou uma investigação que identificou a atuação de um grupo criminoso especializado em extorquir famílias cristãs por meio de falsas acusações. De acordo com o levantamento, mais de 450 inocentes foram atingidos pela prática.

Diante das denúncias e das evidências reunidas por organizações e advogados, o Tribunal Superior encaminhou um pedido formal ao governo paquistanês para que apresente uma resposta oficial e adote providências diante das irregularidades. Até o momento, não houve pronunciamento das autoridades federais, de acordo com informações do Vatican News.

Flordelis já reduziu quase seis meses de sua condenação

A ex-deputada federal Flordelis teve 177 dias descontados de sua pena após participar de atividades educacionais na prisão onde está custodiada desde 2021. A decisão foi assinada no fim de julho por um juiz da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro, com base em dispositivos da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984), que prevê benefícios para detentos que se dedicam à leitura e à educação formal.

Condenada a 50 anos e 28 dias de prisão pelo homicídio do marido, o pastor Anderson do Carmo, crime ocorrido em 16 de junho de 2019, Flordelis teve parte da pena remida ao comprovar a leitura de nove obras literárias e à conclusão de etapas escolares.

Entre os títulos lidos estão clássicos nacionais e internacionais como Dom Casmurro, de Machado de Assis, O Diário de Anne Frank, de Anne Frank, e O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. Cada obra lida foi acompanhada de uma resenha avaliada e aprovada pela direção do presídio.

Além da leitura, a ex-parlamentar concluiu o ensino fundamental e foi aprovada no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), fator que também contribuiu para o abatimento da pena. A legislação permite que cada livro lido, com resenha validada, reduza até quatro dias da pena, dentro de um limite anual. Já a conclusão de etapas escolares também garante remição proporcional, conforme previsto em normas do Conselho Nacional de Justiça.

Segundo a defesa, Flordelis “está apenas exercendo um direito legal”, e o objetivo é cumprir os requisitos para tentar a progressão de regime a partir de 2040. A pena imposta em sentença condenatória prevê o fim do cumprimento em 2052.

A utilização da educação como instrumento de ressocialização é respaldada pelo artigo 126 da Lei de Execução Penal. A norma estabelece que a remição da pena por estudo pode ser concedida em caso de aproveitamento em cursos do ensino básico, médio, superior ou de requalificação profissional.

A leitura e as atividades escolares realizadas por Flordelis ocorreram no Instituto Penal Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó, zona oeste do Rio de Janeiro, unidade voltada ao encarceramento feminino, de acordo com informações do Metrópoles.

A lista dos livros lidos e as notas atribuídas às resenhas são as seguintes:

  • O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry – nota: 7

  • O Diário de Anne Frank, de Anne Frank – nota: 8

  • A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak – nota: 8,5

  • A Voz Submersa, de Salim Miguel – nota: 6

  • O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne – nota: 6,5

  • Dom Casmurro, de Machado de Assis – nota: 8

  • A Pedra Esculpida, de Guillaume Prévost – nota: 7,5

  • Senhora, de José de Alencar – nota: 9

  • Inocência, de Alfredo de Taunay – nota: 7

A repercussão do caso de Flordelis, que antes de sua prisão atuava como cantora gospel e pastora neopentecostal, continua mobilizando a opinião pública. Conforme a legislação vigente, o acesso à educação e à leitura dentro das unidades prisionais é parte das medidas de reintegração social previstas pelo Estado.

Nicodemus comenta sobre aumento dos que se dizem sem religião

Uma matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em junho deste ano revelou dados preocupantes sobre o cenário religioso brasileiro, precisamente sobre os que se declaram “sem religião“, algo comentado pelo reverendo Augustus Nicodemus Lopes, ex-chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Os dados apontaram que os que se declaram “sem religião” representam, agora, 9,3% da população brasileira, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022. Este segmento representava 7,9% em 2010.

O que para alguns pode parecer pouco, na verdade, constitui uma tendência alarmante para um país como o Brasil, onde os dados contrastam com o crescimento do número de igrejas consideradas evangélicas.

Isto, para Nicodemus, tem uma explicação: a quantidade de igrejas não reflete, necessariamente, a pregação genuína do Evangelho de Jesus Cristo. Por meio das redes sociais, o doutor em Teologia comentou pontualmente o seguinte:

“O crescimento dos ‘sem religião’ revela não apenas secularização, mas o fracasso das igrejas em pregar o verdadeiro evangelho. Onde há show, promessas de prosperidade e moralismo raso, haverá desilusão. Falta cruz. Falta Cristo.”

Em outros termos, para o teólogo e autor, quem se declara não pertencer a uma instituição religiosa específica (o que não se confunde com ateísmo ou agnosticismo, que são diferentes), não necessariamente deseja ficar de “fora” de um grupo identitário de crenças.

“Espiritualidade alternativa”

Jenn Nizza, ex-médium convertida a Jesus Cristo, recentemente fez um alerta que parece corroborar com a visão do reverendo Nicodemus. Ao entrevistar o evangelista Don Veinot, presidente da organização cristã Midwest Christian Outreach, que foca no alcance de satanistas e ocultistas, ela confirmou o que o colega tem visto em suas ações.

Veinot disse que muitos adeptos do ocultismo abandonaram o cristianismo por não terem encontrado respostas claras o suficiente para os seus questionamentos. Isto, na prática, seria a falta da pregação do “verdadeiro evangelho” destacado por Nicodemus.

“Estamos na era do reencantamento. Se a Igreja não acordar, o futuro será de espiritualidade alternativa, não de ateísmo”, disse o evangelista, no que Nizza endossou: “É uma mentira ancestral que engana multidões”. Veja também:

Datafolha diz que jovens ‘sem religião’ superam católicos e evangélicos em SP e RJ

Assine o Canal

Juliano Cazarré fará personagem evangélico em novela da Globo

O ator Juliano Cazarré dará vida a um personagem evangélico na próxima novela das 21h da TV Globo, intitulada Três Graças. A obra, escrita por Aguinaldo Silva, tem estreia prevista para outubro e contará com 179 capítulos. A trama substituirá o remake de Vale Tudo na grade da emissora.

Na produção, Cazarré interpretará Jorginho, um presidiário que se converte ao cristianismo após ser impactado pelas pregações de um pastor evangélico na prisão. Após a conversão, o personagem passa a frequentar os cultos liderados por pastor Albérico, interpretado pelo ator Enrique Diaz.

Jorginho é pai de Joélly, uma das protagonistas da novela, vivida por Alana Cabral. A jovem é fruto de um relacionamento anterior do personagem com Gerluce, papel da atriz Sophie Charlotte. Joélly é amiga de Kellen Cristina (Luiza Rosa), filha do pastor Albérico e também evangélica.

O elenco conta ainda com Dira Paes — uma das protagonistas da trama — além de nomes como Grazi Massafera, Rômulo Estrela, Arlete Salles, Andréia Horta, Marcos Palmeira e Miguel Falabella.

Juliano Cazarré é católico

Católico praticante, Juliano Cazarré tem declarado que sua fé influencia diretamente nas escolhas profissionais. Em entrevista concedida em 2023, o ator revelou que passou a ser mais criterioso na seleção de papéis, priorizando personagens com menor carga de apelo sexual.

“Hoje em dia, há coisas que já não quero fazer e que fiz no passado”, afirmou. “Recentemente, recusei um trabalho para um filme após ver o roteiro, que tinha uma abordagem pesada e sensualidade”.

O artista destacou que tem buscado discernimento espiritual antes de aceitar convites. “Rezo muito e peço a Deus: ‘Deus, me traz esses trabalhos que possam ser bons para ti, para mim e para todos’”. Segundo ele, isso tem resultado em personagens mais leves, voltados para relações românticas em que “a sensualidade não é o foco principal”.

Nos últimos anos, Cazarré tem utilizado suas redes sociais para expressar sua fé de forma pública. Em seu perfil no Instagram, realiza transmissões ao vivo rezando o terço mariano com os seguidores. Ele também costuma incentivar os internautas a frequentarem a igreja e a estudarem mais profundamente o catolicismo.

Em 2023, lançou a série documental Brasil de Todos os Santos, pela plataforma de streaming católica Lumine. A produção acompanha o ator em uma jornada para responder à pergunta: “Onde estão os santos brasileiros?”. No episódio de estreia, ele afirma: “Todo mundo é chamado para viver em amizade com Cristo. Todo mundo é chamado para ser santo”.

A conversão de Juliano Cazarré ocorreu há cerca de seis anos, quando foi convidado para interpretar Jesus no espetáculo Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Pernambuco. Antes descrente, o ator relatou que esse convite foi o ponto de partida para sua transformação pessoal. Desde então, passou a ser uma das figuras públicas do meio artístico a falar abertamente sobre espiritualidade e religiosidade, sendo também identificado por colegas como um artista de perfil conservador.

Pastor que vivia nos EUA com visto vencido pode ser deportado

O Departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) prendeu, em 22 de julho, o pastor Daniel Fuentes Espinal, de 54 anos, por permanecer no país após o vencimento de seu visto de visitante. Espinal, cidadão hondurenho, vivia há 24 anos em Maryland, onde liderava a Igreja do Nazareno Jesus Te Ama, em Easton.

Ele foi inicialmente detido em Salisbury, depois transferido para Baltimore e, posteriormente, para um centro de detenção federal no estado da Louisiana, onde aguarda uma audiência de imigração.

Segundo o ICE, Espinal entrou legalmente nos EUA com um visto de seis meses em 2001, mas nunca deixou o país. “É um crime federal ultrapassar o período de tempo autorizado concedido pelo visto de visitante”, declarou um porta-voz da agência.

Espinal foi abordado por agentes do ICE quando retornava de uma loja de materiais de construção e de um restaurante McDonald’s. De acordo com sua filha, Clarissa Fuentes Diaz, ele não compreendeu de imediato o motivo da abordagem. “Ele disse que os policiais foram gentis com ele”, afirmou à rede CNN.

Ainda conforme a família, Espinal não possui antecedentes criminais nem ordens anteriores de deportação. Ele enfrenta problemas cardíacos e estomacais e começou a receber a medicação adequada apenas após ser transferido para Louisiana. Durante sua detenção no escritório do ICE em Baltimore, ele dormiu sobre um banco de concreto, o que lhe causou dores articulares devido à febre e à falta de descanso.

Apesar das condições, a família relata que o pastor tem continuado a ministrar às pessoas ao seu redor, inclusive a agentes do ICE. “Ele está muito melhor do que em Baltimore. A enfermeira na Louisiana iria fornecer a medicação hoje”, disse sua filha ao jornal The Baltimore Banner.

Espinal é casado e tem três filhos, o mais novo com 18 anos. Sua esposa, segundo a filha, tem sofrido intensamente desde a prisão, sem conseguir comer ou dormir, preocupada com o bem-estar do marido. A comunidade local, onde o pastor atuava desde 2010 e liderava cultos desde 2015, também sente o impacto. Sandra Perez, membro da igreja, afirmou: “Ele não é um criminoso. Seu trabalho como pessoa, pai e pastor é necessário para a congregação”.

Uma campanha no site GoFundMe, criada para apoiar a família, arrecadou mais de US$ 29 mil até 27 de julho. A descrição da campanha destaca Espinal como “um pilar querido da nossa comunidade” e afirma que sua prisão “devastou sua família e traumatizou uma comunidade que depende tanto dele”.

A filha de Espinal informou ainda que estava no processo de se tornar patrocinadora legal do pai para obtenção do green card e que aguardava a entrevista com as autoridades migratórias quando a prisão ocorreu. Mais de uma dúzia de cartas de apoio foram enviadas por membros da comunidade à Justiça como parte do processo de defesa.

O caso do pastor ocorre em um contexto de aumento nas detenções de imigrantes nos Estados Unidos, reflexo da intensificação das ações de deportação prometidas pelo presidente Donald Trump em sua campanha. Organizações cristãs alertam que a política de deportações em massa pode impactar diretamente as igrejas do país, especialmente aquelas com presença significativa de imigrantes.

Outros casos

Em abril, uma coalizão composta pela Associação Nacional de Evangélicos e o Departamento de Serviços de Refugiados e Migração da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA estimou que 80% dos cerca de 10 milhões de imigrantes ilegais que correm risco de deportação são cristãos.

Casos semelhantes ao de Espinal têm ocorrido em diferentes estados. Em abril, Maurilio Ambrocio, pastor evangélico que liderava uma igreja na Flórida e cumpria há mais de dez anos uma suspensão de deportação, foi preso e deportado para a Guatemala após duas décadas nos EUA. Em junho, em Los Angeles, um pastor iraniano relatou a prisão de cinco membros de sua congregação por agentes federais, incluindo um casal que buscava asilo. O Departamento de Segurança Interna confirmou as detenções e afirmou que os dois cidadãos iranianos estavam “ilegalmente presentes nos EUA” e eram considerados “objetos de interesse da segurança nacional”.

O caso de Daniel Espinal segue em trâmite, com expectativa de audiência de imigração nas próximas semanas. Sua defesa trabalha atualmente na tentativa de garantir liberdade sob fiança enquanto o processo é analisado, de acordo com informações do portal The Christian Post.

Qual é o modelo de paternidade segundo a Bíblia? Veja exemplos

Nas últimas décadas, a compreensão sobre o papel do pai dentro da família tem passado por transformações significativas. O modelo tradicional, que associava a paternidade quase exclusivamente ao sustento financeiro e à autoridade disciplinar, vem sendo questionado e ressignificado.

Em seu lugar, emerge uma visão mais ampla, que reconhece a importância da presença paterna na formação emocional, espiritual e social dos filhos.

A figura do pai é hoje considerada peça central na construção do caráter infantil. Nesse processo, a referência bíblica de Deus como Pai oferece um modelo não apenas simbólico, mas profundamente prático. A Bíblia apresenta um Pai que se envolve, orienta, corrige com justiça e ama incondicionalmente — traços que definem uma missão que vai além do vínculo biológico e se estabelece como um chamado espiritual.

Paternidade segundo as Escrituras

Ao longo das Escrituras, a imagem de Deus como Pai aparece de forma recorrente e significativa. Em passagens como Salmos 103:13 — “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem” — é revelado um modelo de cuidado e compaixão. A figura paterna, nesse sentido, não é meramente funcional, mas relacional, refletindo atributos como justiça, misericórdia, direção e amor constante.

Essa perspectiva é também formativa. Em Gálatas 5:22-23, o apóstolo Paulo apresenta o fruto do Espírito — formado por virtudes como paciência, bondade e domínio próprio — característica fundamental na vida cristã. Esses mesmos valores se aplicam à vivência familiar, moldando a maneira como o pai influencia o desenvolvimento integral dos filhos.

Cris Poli, escritora e pedagoga, reforça essa conexão entre fé e prática. “Os pais são os primeiros e mais importantes modelos de comportamento para os filhos”, afirma. Para ela, viver os valores cristãos no cotidiano é mais eficaz do que apenas verbalizá-los. A coerência entre fé e ação fortalece o vínculo e gera segurança nos filhos.

Presença paterna é estruturante

A psicologia contemporânea tem corroborado princípios que as Escrituras já anunciavam há séculos. A teoria do apego, desenvolvida por John Bowlby, destaca a importância de vínculos seguros na primeira infância. Pais presentes emocionalmente contribuem para a formação de adultos mais confiantes, resilientes e equilibrados.

Um estudo publicado em 2016 no Journal of Family Psychology, pela Universidade de Maryland, reuniu dados de mais de 10 mil participantes. A pesquisa concluiu que a participação ativa do pai na vida dos filhos está associada a maior autoestima, melhor desempenho escolar e menor propensão a comportamentos destrutivos.

Angel Higuera, professor da Escola do Futuro Brasil (EDF) e pai de três filhos, compartilha sua experiência. “Faço questão de trocar fraldas, colocar para dormir, brincar e dizer que os amo todos os dias, algo que só ouvi do meu pai já adulto”, relatou. Para ele, a presença afetiva supera a simples convivência física.

No entanto, Higuera alerta para um fenômeno recorrente entre pais cristãos: a ausência justificada. “Muitos se sentem esgotados e acabam terceirizando a educação. Substituem a presença por presentes e telas. Trabalham mais para dar mais, mas percebem tarde demais que estão oferecendo de menos”, observou.

Autoridade com amor

A paternidade também envolve responsabilidade na formação ética dos filhos. Para o ex-goleiro do Palmeiras, Eliton Deola, pai de uma adolescente, esse papel é insubstituível. “A escola ensina, mas é o pai quem molda. Quando ele se ausenta, a criança busca referências em outras fontes, às vezes perigosas. Um pai presente é um porto seguro”, afirmou, de acordo com a revista Comunhão.

Deola cresceu longe do pai, mas reconhece a influência dessa figura em sua trajetória. O vínculo construído, mesmo à distância, foi determinante em momentos de pressão e na tomada de decisões importantes. Esse exemplo revela que, mesmo quando não é possível estar fisicamente presente em tempo integral, o envolvimento e a intencionalidade fazem diferença.

Cris Poli complementa: “A coerência entre discurso e prática é fundamental na educação dos filhos”. Segundo a pedagoga, crianças aprendem mais pelo exemplo do que pela instrução verbal. Pais que vivem os valores que ensinam promovem um ambiente de segurança, respeito e direção.

Discipulado silencioso

Para além dos aspectos emocionais e pedagógicos, a paternidade cristã carrega uma dimensão espiritual profunda. Ser pai é também um processo de discipulado, tanto na vida dos filhos quanto na vida do próprio pai. Ao buscar refletir o caráter do Pai Celestial, o homem cristão é desafiado a crescer em fé, humildade e maturidade.

Essa formação ocorre nos gestos simples do dia a dia — ao ensinar com paciência, corrigir com firmeza e amar com constância. Não se trata apenas de transmitir conhecimento ou impor condutas, mas de moldar corações, conduzindo os filhos ao conhecimento de Deus.

O legado de um pai ultrapassa os anos da infância. Suas ações e palavras ecoam na vida adulta dos filhos, influenciando sua percepção de autoridade, de afeto e da própria figura divina. Quando um pai exerce seu papel com verdade e amor, ele contribui para que os filhos também vejam em Deus um Pai próximo, justo e fiel.

Chamado irreversível

A paternidade, como retratada nas Escrituras e confirmada pela ciência, é uma missão de longo prazo. Seu impacto transcende o tempo e alcança dimensões espirituais e sociais. Longe de ser apenas um provedor ou disciplinador, o pai é chamado a ser guia, referência e exemplo de fé viva.

Essa transformação no entendimento do papel paterno não é apenas necessária, mas urgente. Homens que assumem sua vocação como pais, à luz do caráter de Deus, ajudam a formar filhos mais seguros, lares mais saudáveis e uma geração mais consciente do amor e da verdade.

Seja no silêncio das orações, no tempo dedicado ou nas decisões firmes tomadas com amor, o pai deixa um legado. E esse legado permanece.

Após ser batizada em segredo na Ásia, estéril testemunha gravidez

Naima, nome fictício adotado por razões de segurança, vive em um país da Ásia Central onde a maioria da população é muçulmana. Ela se converteu ao cristianismo e foi batizada secretamente em abril, após enfrentar perseguição religiosa e dificuldades pessoais, incluindo um histórico de infertilidade.

Duas semanas após o batismo, ela testemunhou o que considera um milagre: descobriu que estava grávida, após mais de dois anos de tentativas frustradas.

A história foi relatada pela organização cristã Portas Abertas, com sede no Reino Unido, que acompanha casos de cristãos perseguidos em todo o mundo. De acordo com a missão, Naima mantinha sua fé em sigilo, frequentando uma igreja doméstica que a apoiou em sua decisão de seguir Jesus. “Foi um momento significativo, ela não podia fazê-lo abertamente, devido aos perigos de represálias de sua comunidade, mas ela se uniu à celebração com sua igreja local”, informou a entidade.

Na cultura de sua região, a infertilidade feminina é vista como motivo de vergonha. Naima relatou que sofria rejeição dentro da própria família: “Meu marido e eu tentávamos ter filhos há mais de dois anos. Fizemos muitos exames, mas nada adiantou. Foi doloroso. Eu me sentia envergonhada e indigna. Tanto minha família quanto meus sogros me tratavam com desrespeito”, afirmou.

O contexto social torna a pressão para gerar filhos ainda mais intensa. Conforme informações da Missão Portas Abertas, em algumas comunidades da Ásia Central, é considerado socialmente aceitável que um homem abandone a esposa caso ela não possa ter filhos. Apesar dessas pressões, Naima permaneceu firme em sua fé recém-descoberta e compartilhou com sua comunidade cristã seu desejo de ser batizada e de constituir uma família.

“Meu marido é muçulmano, mas há um ano me tornei seguidora de Jesus. Na minha igreja secreta, compartilhei meu desejo de ser batizada. Também continuei a orar fervorosamente para engravidar”, relatou. Em abril, mesmo com os riscos de retaliações, Naima foi batizada em uma cerimônia restrita. “Apesar de tudo, foi um momento de pura alegria”, declarou.

Duas semanas após o batismo, Naima recebeu a notícia de sua gravidez: “Eu não conseguia acreditar. Fiz vários exames e fui ao médico para ter certeza, e era verdade!”, contou. Ela classificou o acontecimento como um milagre e afirmou que sua vida mudou profundamente desde então. “Minha fé se fortaleceu, e todos ao meu redor viram como Jesus me sustentou. Louvado seja o Senhor”, concluiu.

A história de Naima é mais um exemplo dos desafios enfrentados por cristãos ex-muçulmanos em países da Ásia Central, onde a conversão religiosa pode gerar represálias familiares, sociais e até legais. Mesmo sob risco, muitos continuam firmes na fé e testemunham mudanças que atribuem à ação de Deus em suas vidas.