President Donald J. Trump honors Charlie Kirk with America’s highest civilian honor, the Presidential Medal of Freedom, accepted by Erika Kirk on her husband’s behalf@POTUS @MrsErikaKirk pic.twitter.com/Bo6aZq1S4d
— Turning Point USA (@TPUSA) October 14, 2025
O presidente Donald Trump concedeu uma Medalha Presidencial da Liberdade póstuma ao ativista conservador Charlie Kirk, durante uma cerimônia realizada no Jardim das Rosas da Casa Branca, em homenagem ao que seria o 32º aniversário do fundador da organização Turning Point USA (TPUSA). A medalha, gravada com uma cruz, foi entregue à viúva Erika Kirk, diante de cerca de 100 convidados.
“Hoje, estamos aqui para homenagear e lembrar um guerreiro destemido pela liberdade, um líder amado que galvanizou a próxima geração como ninguém que eu já vi antes, e um patriota americano da mais profunda convicção, da mais alta qualidade e do mais alto calibre: o falecido e grande Charlie Kirk”, afirmou Trump em seu discurso.
O presidente disse ter “corrido até o outro lado do mundo” nas primeiras horas do dia para participar da cerimônia após retornar de Israel, onde havia assinado um acordo de paz. Ele descreveu Kirk como “um líder insubstituível de sua geração”, cujas contribuições, segundo afirmou, foram “tanto políticas quanto espirituais”.
“Charles James Kirk foi um visionário e uma das maiores figuras de sua geração”, declarou Trump. “Ele sabia que a luta para preservar nossa herança é travada não apenas no campo de batalha e nos corredores do poder, mas também nos corações da juventude de nossa nação.”
Durante o discurso, Trump chamou Kirk de “mártir”, dizendo que ele foi “assassinado no auge de sua vida por falar a verdade com ousadia, por viver sua fé e lutar incansavelmente por uma América melhor e mais forte”. O presidente também destacou a religiosidade do ativista. “Deus era muito importante para Charlie. Ele dizia: ‘Sabe, se você não tiver religião, não terá um país forte’. É verdade. Ele era muito sábio para a sua idade”, acrescentou.
Trump, que recentemente foi destaque na imprensa por sugerir que talvez “não fosse para o céu”, afirmou acreditar que Kirk “definitivamente foi”. “Charlie nunca perdeu a oportunidade de nos lembrar dos princípios judaico-cristãos da fundação da nossa nação ou de compartilhar sua profunda fé cristã”, declarou. “Em seus momentos finais, Charlie testemunhou a grandeza da América e a glória do nosso Salvador, com quem agora descansa no Céu.”
O presidente ainda comentou sobre a mudança repentina do clima durante a cerimônia. “Eu disse: ‘Não tenho certeza se consigo’, mas ele vai conseguir. Ele está lá. Ele está olhando para nós agora. Tão incrível.” Trump observou que a previsão do tempo, inicialmente sombria, acabou se tornando favorável, o que considerou “apropriado”.
Ao relembrar o assassinato de Kirk, Trump afirmou: “Como eu disse no dia em que foi assassinado, Charlie Kirk foi um mártir pela verdade e pela liberdade.” O presidente sugeriu que a morte do ativista “tornou seu testemunho ainda mais poderoso”, mas alertou que “a esquerda radical” estaria promovendo uma “ideologia satânica cada vez mais violenta e desesperada”.
“Nos dias que se seguiram ao assassinato de Charlie, vimos exatamente por que nosso país precisava tanto do seu exemplo”, disse Trump. “Vimos legiões de radicais de extrema esquerda recorrerem a atos desesperados de violência e terror, porque sabem que suas ideias e argumentos não convencem ninguém. Eles têm a ideologia do diabo e estão falhando, e sabem disso”, concluiu o presidente, de acordo com o The Christian Post.
Charlie Kirk, cofundador da TPUSA em 2012, aos 18 anos, foi morto a tiros em 10 de setembro, ao ser atingido no pescoço por um suposto atirador de 22 anos no campus da Universidade Utah Valley, em Orem, Utah. Ele deixou sua esposa, Erika, e dois filhos pequenos.
Após o discurso de Trump, Erika Kirk recebeu a medalha em nome do marido e fez uma declaração emocionada. “Isto não é uma cerimônia; isto é uma nomeação”, afirmou. “A vida de Charlie foi a prova de que a liberdade não é uma teoria, é um testemunho. Ele nos mostrou que a liberdade não começa nos corredores do poder, mas no fim, num coração entregue a Deus.”
Ela prosseguiu: “Hoje, enquanto homenageamos Charlie com esta incrível Medalha Presidencial da Liberdade em seu aniversário, estou aqui com lágrimas e um coração e espírito humildes, porque sua história nos lembra que viver livre é o maior presente, mas morrer livre é a maior vitória.”
A morte de Kirk motivou vigílias de oração em diferentes partes do mundo no mês passado, incluindo um grande encontro no Estádio State Farm, em Glendale, Arizona, em 21 de setembro. Na ocasião, Trump o descreveu como “um missionário com um espírito nobre”, enquanto Erika Kirk perdoou publicamente o assassino de seu marido diante do público reunido.