“Ele me ama”: Michelle Bolsonaro ironiza ação movida por petista

Em publicação em suas redes sociais nesta quarta-feira (15), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro reagiu com tom irônico à representação criminal que lhe foi movida pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). O documento havia sido encaminhado à Procuradoria-Geral da República no dia anterior (14).

Ao compartilhar notícia sobre o caso, Michelle Bolsonaro escreveu: “Ele me ama”, utilizando um emoji de risada em sua publicação.

A representação do parlamentar fundamenta-se em relatório do Tribunal de Contas da União que identificou supostas irregularidades no programa Pátria Voluntária. O documento solicita investigação pelos crimes de peculato, prevaricação, associação criminosa e improbidade administrativa.

Conforme a representação, a auditoria do TCU constatou que o programa operou sem base legal, permitindo a gestão de recursos privados pela Casa Civil e o direcionamento de valores a entidades escolhidas por indicação política. Entre os casos citados está o da Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB), indicada pela então ministra Damares Alves sem que houvesse processo seletivo regular para sua seleção.

O caso encontra-se atualmente sob análise da Procuradoria-Geral da República, que determinará os próximos encaminhamentos.

Candidatura

A reação do parlamentar petista contra a ex-primeira-dama ocorre em um cenário de potencial disputa eleitoral por parte de Michelle Bolsonaro, que é cotada para disputar uma vaga no Senado Federal em 2026, provavelmente por Brasília, segundo indicações do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A judicialização de figuras da direita conservadora tem isso uma “arma” usada de forma recorrente pela esquerda, a fim de buscar impedir que nomes de grande potencial, como é o caso de Michelle Bolsonaro, consigam disputar legalmente as eleições. Com informações: Metrópoles.

Malafaia pontua em pesquisa e responde se disputará eleição

O pastor Silas Malafaia declarou nesta terça-feira (14) que não será candidato a nenhum cargo nas eleições de 2026. A declaração foi dada ao portal Metrópoles, após questionamentos sobre a possibilidade de o líder religioso disputar uma vaga no Senado pelo Rio de Janeiro.

“Não sou candidato a nada. Nem a carimbador de condomínio. Tenho uma certa influência no mundo evangélico e da direita, mas não tenho pretensão política”, afirmou Malafaia.

Líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o pastor tem sido mencionado em sondagens eleitorais recentes. Pesquisa do Real Time Big Data indicou que Malafaia aparece com 14% das intenções de voto para o Senado no Estado do Rio de Janeiro, atrás do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Apesar do destaque nas pesquisas, o pastor descartou qualquer candidatura e reiterou que sua atuação em 2026 será voltada ao apoio de nomes aliados: “Vou participar do processo apoiando candidatos e, se possível, fazendo campanha para eles”, declarou.

Com trajetória marcada por mobilizações públicas e posicionamentos políticos, Malafaia tem sido figura constante em atos e manifestações ligados ao grupo bolsonarista, incluindo eventos em defesa da anistia a investigados pelos atos de 8 de janeiro.

Segundo o pastor, sua contribuição nas próximas eleições se concentrará no palanque e na articulação de apoio a aliados, sem envolvimento direto em disputa eleitoral.

Reunião de Eduardo Bolsonaro nos EUA pressiona o governo Lula

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comunicador Paulo Figueiredo mantiveram reunião nesta quarta-feira (15) nas dependências do Departamento de Estado dos Estados Unidos, em Washington. O encontro ocorreu em véspera da agenda diplomática oficial entre o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o secretário de Estado americano Marco Rubio.

Eduardo Bolsonaro e Figueiredo têm atuado como representantes de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em território americano, liderando iniciativas que buscam o apoio do governo Trump para a implementação de medidas restritivas contra autoridades brasileiras. Esta mobilização configura-se como forma de protesto contra processos judiciais que classificam como “perseguição política” ao ex-chefe do Executivo.

Em registro veiculado em suas redes sociais, Paulo Figueiredo abordou o teor da recepção concedida a ambos:

“Para quem afirmava que você havia sido marginalizado e que agora só existia espaço para a diplomacia de Lula, essa narrativa mostrou-se equivocada. Mesmo durante um período de shutdown governamental, fomos recebidos com atenção. Discutimos amplamente nossas perspectivas sobre o Brasil, o cenário político atual, os progressos alcançados e aqueles que ainda não se concretizaram”, relatou o jornalista ao lado do parlamentar.

A visita desenvolve-se em momento de esforços conjuntos para normalização das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, após meses de distensão entre as administrações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do mandatário americano Donald Trump.

Está prevista para esta quinta-feira (16) a agenda entre o ministro Vieira e o secretário Rubio, encontro que preparará o terreno para a antecipada reunião bilateral entre Lula e Trump, programada para ocorrer paralelamente à Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) na Malásia.

Vício de evangélicos em bets é ‘problema espiritual urgente’

O pastor André Valadão comentou, em vídeo publicado nas redes sociais nesta terça-feira (14), os resultados de uma pesquisa do PoderData que apontam aumento significativo das apostas em bets entre evangélicos no Brasil.

Segundo o levantamento, 41% dos fiéis já fizeram jogos de azar pela internet, e 35% afirmaram ter se endividado em razão dessas atividades.

Valadão classificou o resultado como um “alerta espiritual” e um “problema social urgente”. De acordo com o pastor, o vício em apostas tem provocado conflitos familiares e danos emocionais em diversas comunidades religiosas.

“Mesmo com tantos avisos, muita gente continua brincando com algo que está destruindo casamentos, tirando o sustento dos filhos e gerando crises emocionais muito profundas”, afirmou.

O líder da Igreja Batista da Lagoinha, com sede em Belo Horizonte (MG), alertou ainda que a promessa de dinheiro fácil é uma armadilha que afasta os fiéis dos princípios cristãos.

“Jogo de azar nunca foi entretenimento inocente. São sistemas feitos para viciar e roubar o que você tem de mais precioso”, declarou.

Durante a mensagem, Valadão incentivou igrejas e líderes religiosos a abordarem o tema com mais frequência em cultos e encontros comunitários.

“Não dá mais pra tratar isso como um passatempo. É um problema sério que precisa ser combatido com alerta, com oração, com ensino e com a verdade da Palavra de Deus”, disse.

Ao encerrar o pronunciamento, o pastor ressaltou que a verdadeira prosperidade está ligada ao trabalho, à fé e à fidelidade, e não à sorte: “A prosperidade vem do trabalho, da fidelidade e da bênção de Deus. Que Ele tenha misericórdia da nossa geração”, concluiu.

GOV cria nova classificação de conteúdos impróprios para crianças

O Ministério da Justiça e Segurança Pública, pasta do Governo Federal, instituiu nesta quarta-feira (15) uma nova faixa etária no sistema de classificação indicativa para conteúdos impróprios audiovisuais e, pela primeira vez, submeteu aplicativos de celular ao mesmo regime de avaliação. A medida foi formalizada mediante portaria assinada pelo ministro Ricardo Lewandowski.

A atualização cria uma categoria específica para conteúdos impróprios para crianças menores de 6 anos, preenchendo a lacuna existente entre as classificações “livre” e “10 anos”. A partir de agora, aplicativos móveis adotarão as mesmas faixas etárias aplicadas a produtos audiovisuais, que variam de “livre” até “18 anos”.

Em declaração oficial, o ministro Lewandowski afirmou que “a primeira infância é etapa essencial do desenvolvimento da pessoa humana”, acrescentando que “a política pública de classificação indicativa é uma das mais importantes camadas de proteção nos ambientes digitais”. O ministro destacou que a inovação considera “a interatividade digital como fator que pode influenciar o público infantil”.

Além dos parâmetros já vigentes para cenas de sexo, nudez, drogas e violência, a nova regulamentação inclui a avaliação de riscos como contato com adultos desconhecidos, possibilidade de compras online e interações potencialmente prejudiciais com sistemas de inteligência artificial.

“Serão avaliados riscos presentes em jogos eletrônicos, aplicativos de todas as espécies e vendas nas redes sociais”, explicou Lewandowski durante a cerimônia de assinatura, definindo como objetivo “criar mecanismos que contribuam para um ambiente digital mais seguro, educativo e respeitoso”.

Integração com o ECA Digital

A portaria complementa a Lei de Proteção de Crianças e Adolescentes no Ambiente Online, sancionada no mês passado e denominada “ECA Digital”. A legislação estabelece obrigações específicas para redes sociais, sites, jogos eletrônicos e outras plataformas digitais, atribuindo às empresas de tecnologia o dever de cuidado com usuários menores de idade.

Entre as disposições da nova norma destacam-se:

  • Ferramentas de controle parental para gerenciar visibilidade de conteúdos impróprios e limitar interações entre adultos e menores

  • Restrições de tempo de uso e vinculação obrigatória de contas infantis a contas de responsáveis

  • Sistemas de verificação de idade, denúncia de abuso sexual e configurações reforçadas de privacidade

  • Medidas preventivas contra crimes digitais como bullying, exploração sexual e dependência comportamental

A implementação das novas regras ocorre em um contexto de crescente debate sobre a exposição infantil em ambientes digitais, intensificado recentemente por denúncias de casos de exploração infantil veiculadas em redes sociais. Com: Agência Brasil.

Senadores protocolam impeachment contra Flávio Dino, do STF

Um grupo de senadores de oposição apresentou nesta quarta-feira (15) um novo pedido de impeachment contra o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Este documento soma-se a pelo menos outros seis processos similares protocolados anteriormente por parlamentares e cidadãos contra o magistrado, todos dependentes de análise e autorização da Presidência do Senado para tramitação.

As acusações formalizadas no pedido incluem a prática de atividade político-partidária, violação à liberdade de expressão e configuração de conflito de interesse por parte do ministro.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE), um dos signatários da iniciativa, afirmou que a medida representa também uma resposta a ação judicial em tramitação no STF, proposta pelo partido Solidariedade em conjunto com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Esta ação questiona a competência do Senado para instaurar processos de impeachment contra ministros da Corte Suprema.

“A população precisa saber o que está acontecendo: uma tentativa de blindagem institucional, de impedir que esta Casa cumpra sua função constitucional”, declarou Girão.

O senador explicou que, segundo os autores da ação no STF, a Constituição não prevê a abertura de processo de impeachment e afastamento de ministros do Supremo pelo Senado por maioria simples, defendendo que esta prerrogativa seria exclusiva do procurador-geral da República.

Outros parlamentares que subscrevem o pedido, como os senadores Magno Malta (PL-ES) e Carlos Portinho (PL-RJ), também se manifestaram criticamente sobre a ação em análise no Supremo. Para Malta, o impeachment de Dino representaria “um lampejo de esperança”, acrescentando que o ministro e outros integrantes da Corte teriam transformado o STF “em um braço de partido político”, comprometendo sua imparcialidade.

O senador Carlos Portinho reafirmou a posição de que o Congresso Nacional não terá sua prerrogativa de deliberar sobre pedidos de impeachment suprimida. “Não vão legislar por pareceres, muito menos por atos. A legislação é feita por representantes eleitos pelo povo”, concluiu o parlamentar.

MP investiga vereador por participar de culto em evento em escola

O vereador João Pedro Pugina (PL-SP), tornou-se alvo de uma denúncia apresentada pelo 2º Conselho Tutelar ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), após participar de um evento sobre prevenção ao suicídio realizado em 24 de agosto, na Escola Estadual Maria do Carmo Lélis, em Araçatuba (SP).

De acordo com a representação, o parlamentar teria promovido prática religiosa em ambiente escolar, o que, segundo o Conselho, viola o princípio da laicidade do Estado. O evento fazia parte da campanha Setembro Amarelo, voltada à valorização da vida, e incluiu uma oração cristã conduzida por Pugina, acompanhado de duas pastoras e um cantor gospel.

Registros publicados nas redes sociais mostram orações, cânticos e imposição de mãos sobre alunos e funcionários da escola. As imagens exibem estudantes visivelmente emocionados durante a ação. O Conselho argumentou que a exposição de menores em vídeos e postagens públicas pode “atentar contra o melhor interesse das crianças e adolescentes”, em referência ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que assegura a proteção da imagem e da integridade emocional de pessoas menores de idade.

O órgão solicitou que o Ministério Público investigue se houve uso político ou religioso do espaço público escolar. O promotor Joel Furlan instaurou um procedimento preliminar para apurar se houve violação de direitos.

Em resposta, João Pedro Pugina negou qualquer irregularidade e afirmou que o evento teve caráter educativo, dentro do programa “Projeto de Vida”, que discute temas como bullying, saúde emocional e convivência comunitária. Segundo o vereador, sua participação foi voluntária e teve o objetivo de transmitir uma mensagem de esperança e apoio aos jovens, conforme informado pelo jornal Gazeta do Povo.

Nas redes sociais, o caso gerou ampla repercussão e diversas manifestações de apoio ao parlamentar. O advogado Carlos Rebouças, conhecido por sua atuação em defesa da liberdade religiosa, classificou a denúncia como um ato de “intolerância religiosa”. Em outro comentário que circulou amplamente, um internauta ironizou: “Oração não pode, mas uma cabine imitando um motel pode”, em referência a atividades escolares anteriores que provocaram debate sobre valores e limites pedagógicos.

O caso segue sob análise do Ministério Público, que ainda decidirá se haverá abertura de investigação formal.

Perseguição: escola proíbe estudante cristão de evangelizar colega

Um estudante cristão do Colégio Estadual São Paulo Apóstolo, na capital paranaense, foi solicitado a suspender encontros de evangelismo que organizava de forma voluntária durante os intervalos das aulas.

Os encontros, conforme relatos, aconteciam de maneira espontânea e contavam exclusivamente com a participação de discentes que demonstravam interesse livre e não coagido.

A instituição de ensino formalizou o caso através do registro de ocorrência interna de número 70/2025, envolvendo o aluno Samuel Proença de Souza, e convocou seus responsáveis legais para um encontro com a direção escolar.

O documento administrativo, subscrito pela equipe gestora e pedagógica, estabeleceu como finalidade o registro formal da situação e a orientação dos envolvidos. A medida autoritária foi adotada após a escola receber manifestações de desconforto de familiares de outros estudantes em relação às atividades de evangelismo desenvolvidas por Samuel.

A direção educacional informou ter identificado a formação de um grupo de alunos durante o período de recreio, constatando que o estudante cristão utilizava “a palavra para conduzir conversas sobre escolhas de vida com seus colegas”.

Em consequência, os diretores Juliano e Márcio Roberto Lopes determinaram a interrupção dos encontros no âmbito da escola. A fundamentação apresentada pela instituição referiu-se ao princípio constitucional da laicidade estatal, acrescentando que manifestações religiosas individuais “têm potencial para causar desconforto entre discentes que não compartilhem das mesmas concepções”.

Conforme consta no termo administrativo, o estudante cristão acatou a determinação e comprometeu-se a reconsiderar suas ações, enquanto sua responsável assumiu o encargo de dialogar com ele sobre a questão.

Liberdade religiosa violada

O episódio alcançou repercussão em plataformas digitais, onde se desenvolveu debate acerca dos limites entre laicidade estatal e liberdade religiosa no ambiente educacional.

O vice-prefeito de Curitiba, Paulo Eduardo Martins, encontrou-se pessoalmente com o estudante e manifestou apoio público à iniciativa do jovem. Em suas declarações, descreveu Samuel como “um jovem promissor e inspirador” e afirmou que “o Estado laico representa precisamente a garantia do exercício da liberdade religiosa, e não sua restrição”.

Paralelamente, o deputado estadual Alexandre Amaro qualificou a medida da escola como contrária à Constituição Federal, especificamente ao artigo 5º que trata das liberdades de crença e expressão.

Em conjunto com a vereadora Meri Martins, apresentou o Projeto de Lei nº 871/2025, que objetiva impedir a proibição de iniciativas estudantis voluntárias de natureza religiosa durante os intervalos em instituições de ensino públicas e privadas.

Análise especializada

O Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR) emitiu parecer técnico sobre o caso, sustentando que “encontros organizados espontaneamente por alunos, sem intervenção de agentes estatais ou utilização de recursos públicos, constituem expressões legítimas de crença”.

O documento técnico questionou a interpretação do princípio de laicidade adotada pela instituição de ensino, argumentando que “é incompatível com a ordem constitucional transformar o conceito de laicidade em instrumento de restrição à livre manifestação religiosa individual”.

A entidade concluiu caracterizando a intervenção escolar contra o estudante cristão como “violação de direitos fundamentais”, ressaltando que “a expressão religiosa, quando voluntária e não coercitiva, deve ser respeitada e protegida em todos os ambientes sociais, inclusive no espaço educacional”.

Trump entrega medalha a viúva de Charlie Kirk: ‘Mártir da verdade’

President Donald J. Trump honors Charlie Kirk with America’s highest civilian honor, the Presidential Medal of Freedom, accepted by Erika Kirk on her husband’s behalf@POTUS @MrsErikaKirk pic.twitter.com/Bo6aZq1S4d

— Turning Point USA (@TPUSA) October 14, 2025

O presidente Donald Trump concedeu uma Medalha Presidencial da Liberdade póstuma ao ativista conservador Charlie Kirk, durante uma cerimônia realizada no Jardim das Rosas da Casa Branca, em homenagem ao que seria o 32º aniversário do fundador da organização Turning Point USA (TPUSA). A medalha, gravada com uma cruz, foi entregue à viúva Erika Kirk, diante de cerca de 100 convidados.

“Hoje, estamos aqui para homenagear e lembrar um guerreiro destemido pela liberdade, um líder amado que galvanizou a próxima geração como ninguém que eu já vi antes, e um patriota americano da mais profunda convicção, da mais alta qualidade e do mais alto calibre: o falecido e grande Charlie Kirk”, afirmou Trump em seu discurso.

O presidente disse ter “corrido até o outro lado do mundo” nas primeiras horas do dia para participar da cerimônia após retornar de Israel, onde havia assinado um acordo de paz. Ele descreveu Kirk como “um líder insubstituível de sua geração”, cujas contribuições, segundo afirmou, foram “tanto políticas quanto espirituais”.

“Charles James Kirk foi um visionário e uma das maiores figuras de sua geração”, declarou Trump. “Ele sabia que a luta para preservar nossa herança é travada não apenas no campo de batalha e nos corredores do poder, mas também nos corações da juventude de nossa nação.”

Durante o discurso, Trump chamou Kirk de “mártir”, dizendo que ele foi “assassinado no auge de sua vida por falar a verdade com ousadia, por viver sua fé e lutar incansavelmente por uma América melhor e mais forte”. O presidente também destacou a religiosidade do ativista. “Deus era muito importante para Charlie. Ele dizia: ‘Sabe, se você não tiver religião, não terá um país forte’. É verdade. Ele era muito sábio para a sua idade”, acrescentou.

Trump, que recentemente foi destaque na imprensa por sugerir que talvez “não fosse para o céu”, afirmou acreditar que Kirk “definitivamente foi”. “Charlie nunca perdeu a oportunidade de nos lembrar dos princípios judaico-cristãos da fundação da nossa nação ou de compartilhar sua profunda fé cristã”, declarou. “Em seus momentos finais, Charlie testemunhou a grandeza da América e a glória do nosso Salvador, com quem agora descansa no Céu.”

O presidente ainda comentou sobre a mudança repentina do clima durante a cerimônia. “Eu disse: ‘Não tenho certeza se consigo’, mas ele vai conseguir. Ele está lá. Ele está olhando para nós agora. Tão incrível.” Trump observou que a previsão do tempo, inicialmente sombria, acabou se tornando favorável, o que considerou “apropriado”.

Ao relembrar o assassinato de Kirk, Trump afirmou: “Como eu disse no dia em que foi assassinado, Charlie Kirk foi um mártir pela verdade e pela liberdade.” O presidente sugeriu que a morte do ativista “tornou seu testemunho ainda mais poderoso”, mas alertou que “a esquerda radical” estaria promovendo uma “ideologia satânica cada vez mais violenta e desesperada”.

“Nos dias que se seguiram ao assassinato de Charlie, vimos exatamente por que nosso país precisava tanto do seu exemplo”, disse Trump. “Vimos legiões de radicais de extrema esquerda recorrerem a atos desesperados de violência e terror, porque sabem que suas ideias e argumentos não convencem ninguém. Eles têm a ideologia do diabo e estão falhando, e sabem disso”, concluiu o presidente, de acordo com o The Christian Post.

Charlie Kirk, cofundador da TPUSA em 2012, aos 18 anos, foi morto a tiros em 10 de setembro, ao ser atingido no pescoço por um suposto atirador de 22 anos no campus da Universidade Utah Valley, em Orem, Utah. Ele deixou sua esposa, Erika, e dois filhos pequenos.

Após o discurso de Trump, Erika Kirk recebeu a medalha em nome do marido e fez uma declaração emocionada. “Isto não é uma cerimônia; isto é uma nomeação”, afirmou. “A vida de Charlie foi a prova de que a liberdade não é uma teoria, é um testemunho. Ele nos mostrou que a liberdade não começa nos corredores do poder, mas no fim, num coração entregue a Deus.”

Ela prosseguiu: “Hoje, enquanto homenageamos Charlie com esta incrível Medalha Presidencial da Liberdade em seu aniversário, estou aqui com lágrimas e um coração e espírito humildes, porque sua história nos lembra que viver livre é o maior presente, mas morrer livre é a maior vitória.”

A morte de Kirk motivou vigílias de oração em diferentes partes do mundo no mês passado, incluindo um grande encontro no Estádio State Farm, em Glendale, Arizona, em 21 de setembro. Na ocasião, Trump o descreveu como “um missionário com um espírito nobre”, enquanto Erika Kirk perdoou publicamente o assassino de seu marido diante do público reunido.

Pastor acusado de agiotagem renuncia ao cargo: “Pela instituição”

Em reunião congregacional realizada na última sexta-feira (10), na sede da Assembleia de Deus em Breu Branco, o pastor Josias Roberto de Freitas respondeu publicamente às acusações de suposta prática de “agiotagem” que têm circulado contra seu nome.

Durante o encontro, que contou com a presença do pastor Océlio Nauar, presidente da convenção estadual, Josias utilizou projeções em telão para apresentar documentos e notas fiscais, além de responder a questionamentos diretos dos membros presentes.

Ao final do evento, o religioso anunciou que estava transferindo a liderança da igreja para o pastor Océlio Nauar, que assumiria interinamente as funções administrativas. Todo o conteúdo da assembleia foi posteriormente disponibilizado nas contas oficiais do pastor Josias na plataforma Facebook.

Em suas publicações nas redes sociais, o pastor descreveu as acusações como “fundamentadas em informações falsas e distorcidas”. Em sua defesa, argumentou que todas as medidas administrativas adotadas durante sua gestão foram previamente discutidas e aprovadas em reuniões com o ministério, encontros com líderes de departamentos e assembleias gerais, sempre seguindo os protocolos estabelecidos no estatuto da denominação.

Sobre as transações financeiras questionadas, o representante jurídico da igreja, advogado Denis, apresentou embasamento legal citando o Decreto 22.626 de 1933 (Lei da Usura) e dispositivos complementares.

Ele explicou que a legislação permite que operações de empréstimo entre entidades jurídicas incluam juros de até 3% ao mês, posição utilizada para contestar a caracterização das práticas como “agiotagem”.

O pastor Josias manteve que a documentação exibida publicamente, complementada por declarações de testemunhas, demonstra a regularidade de sua conduta. Reafirmou que todos os processos foram conduzidos através dos mecanismos internos de decisão e que as prestações de contas foram submetidas aos órgãos competentes da comunidade religiosa.

Ao encerrar seus comentários, o pastor Josias justificou a decisão de passar a liderança ao pastor Océlio Nauar com a declaração: “Preferi renunciar para preservar a instituição”, frase que posteriormente reproduziu em suas redes sociais.