Ex-agente que inspirou filme ‘Som da Liberdade’ resgata brasileira

O ex-agente federal norte-americano Tim Ballard, que inspirou o filme Som da Liberdade, relatou o resgate de uma jovem brasileira de 17 anos vítima de exploração sexual na região amazônica. Ballard, que deixou a carreira pública para se dedicar ao combate ao tráfico de pessoas, esteve em missão no município de Oiapoque, no estado do Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Ballard descreveu a cena do resgate: “Vocês me viram na Amazônia, e havia uma jovem que tinha sido abusada toda a vida, e nós a resgatamos. Vocês me viram confortando-a e lhe dizendo que Jesus a ama. Mas me deixem contar a história toda”, afirmou no Instagram.

Segundo o relato, a jovem reconheceu Ballard no momento em que foi retirada do local. “Ela olhou para mim e disse: ‘Tim!’. E eu falei: ‘Meu Deus, ela sabe o meu nome’”, declarou. A adolescente teria dito que havia orado pedindo que o mesmo homem que resgatava crianças no filme Som da Liberdade fosse enviado para ajudá-la.

No registro divulgado no dia seguinte, Ballard aparece abraçando a jovem, que chora em seus braços. “Está tudo bem, Jesus te ama”, disse. Ele acrescentou: “Esta sobrevivente, resgatada ontem à noite, acordou no dia seguinte com o seu emprego de sonho. Ela tem sido abusada desde que era criança. Aos 17 anos, Deus a libertou”.

Ações no Amapá

A equipe de Ballard contou com apoio da Prefeitura de Oiapoque, por meio da Secretaria de Assistência Social, além do Conselho Tutelar, da Polícia do CORE e da deputada federal Silvia Waiãpi. Durante o encontro, foi entregue ao Conselho Tutelar um veículo destinado a reforçar as ações de combate ao tráfico e à exploração de menores.

Em nota, a Secretaria de Assistência Social do município declarou: “Agradecemos imensamente à fundação e ao senhor Tim Ballard com grande respeito e admiração. Seu apoio ao nosso município não apenas nos honra, mas reafirma o compromisso com essa causa vital. A doação do veículo terá um impacto positivo na vida de muitas crianças e adolescentes. Juntos, enfrentaremos esse desafio com determinação, sempre em prol de um futuro mais seguro e justo para nossas crianças”.

Ballard informou que a missão começou com atividades de orientação a crianças em situação de vulnerabilidade. Posteriormente, a equipe recebeu informações que levaram aos resgates. “O fio condutor é o mesmo: ‘Jesus ama esses bebês’. Ele está com eles e nos guiando em cada detalhe. Em cada milagre”, declarou.

Alerta sobre vulnerabilidade

O ex-agente também destacou a situação de risco enfrentada por crianças na região amazônica. “O Brasil está no top 5 de tráfico de órgãos. Estas crianças aqui são alvos fáceis. A maioria não tem certidões de nascimento e poucos ou nenhum recurso para proteção”, afirmou.

Ballard concluiu seu relato pedindo apoio para a continuidade das ações. “Com a sua ajuda, podemos compartilhar que os filhos de Deus não estão à venda. Mal posso esperar para poder contar essas histórias individuais assim que todos estivermos em segurança”.

Missionária mais velha da Nigéria, Ruth Elton morre aos 90 anos

Ruth Elton, missionária britânica radicada na Nigéria por mais de oito décadas, faleceu no sábado, 30 de agosto de 2025, aos 90 anos, na cidade de Ilesha, estado de Osun, sudoeste do país. A informação foi confirmada pela pastora Ojueromi Omotayo, colaboradora de Elton, através de comunicado oficial.

Nascida em 7 de setembro de 1934, Elton chegou à Nigéria em 1937, com apenas quatro anos de idade, acompanhando seus pais, o reverendo Sydney e Hannah Elton, missionários no país. Filha única do casal, permaneceu na Nigéria por toda a vida, dedicando-se ao trabalho evangelístico e comunitário iniciado por sua família.

Sua atuação concentrou-se em comunidades rurais dos estados nigerianos de Kogi, Ondo, Oyo e Osun, regiões central e ocidental do país. Dominava com fluência as línguas ebira e iorubá, o que facilitou sua comunicação direta com as populações locais. Seu ministério foi marcado pela ênfase na pregação sobre o Reino de Deus, arrependimento e santidade, incentivando práticas espirituais em detrimento de bens materiais.

Além do trabalho religioso, Ruth Elton incorporou serviços de saúde em suas atividades, com foco na redução da mortalidade infantil. Ministrou orientações sobre higiene, alimentação nutritiva e técnicas de cuidado infantil para mulheres em comunidades carentes, iniciativa que recebeu reconhecimento por seu impacto social.

Em 1975, optou formalmente pela cidadania nigeriana, renunciando à britânica – numa época em que a dupla nacionalidade não era permitida. Essa decisão foi frequentemente citada como demonstração de seu compromisso com o país.

O governador do estado de Osun, Ademola Adeleke, emitiu nota oficial lamentando o falecimento. “Ruth Elton dedicou sete décadas à construção da fé e ao fortalecimento da sociedade nigeriana. Sua ausência será profundamente sentida, mas seu legado permanece através de suas contribuições duradouras”, afirmou o governador, por meio de seu assessor de imprensa.

Ruth Elton não assumiu posições formais de liderança eclesiástica, preferindo trabalhar de forma humilde nas bases comunitárias. Foi mentora de diversos pregadores evangélicos na região sudoeste da Nigéria, sendo reconhecida como a missionária em serviço contínuo mais idosa do país.

Seu funeral e celebração de vida estão sendo organizados por comunidades e igrejas locais, com datas e locais a serem anunciados nos próximos dias. Com informações: Christian Daily.

Governo reconhece a Santíssima Trindade em sua Constituição

O Parlamento de Papua-Nova Guiné aprovou, na quarta-feira, 21 de agosto de 2024, uma emenda constitucional que altera o preâmbulo da sua Carta Magna para incluir uma referência explícita à Santíssima Trindade – Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo – como “Criador e Sustentador do universo”.

A alteração, que teve 84 votos a favor e 4 contra, modifica a redação do Quinto Objetivo Nacional da Constituição, inserindo os “valores cristãos” como parte fundamental da identidade do país. A proposta foi resultado de um processo de consulta pública conduzido pela Comissão de Reforma Constitucional do país ao longo dos últimos três anos.

O primeiro-ministro James Marape, que professa a fé adventista do sétimo dia, afirmou em discurso no plenário que a medida “reafirma as raízes espirituais da nação”. “As igrejas cristãs foram a âncora da unidade e da união do nosso país. Chegaram antes do governo em muitas regiões e continuam a prestar serviços essenciais à população”, declarou Marape.

A emenda também eleva a Bíblia Sagrada à categoria de “símbolo nacional”, reconhecendo o papel histórico das escrituras e das denominações cristãs na formação do Estado. Papua-Nova Guiné já havia sido declarada uma nação cristã em 2020, mas a nova legislação incorpora esse princípio no texto constitucional.

Apesar da ampla maioria, a medida recebeu reações distintas. Líderes de diversas denominações cristãs, incluindo a Igreja Católica e a Evangélica Luterana, celebraram a decisão.

Por outro lado, o bispo católico Giorgio Licini, secretário-geral da Conferência Episcopal, advertiu que a mudança “pode gerar desilusão se não for acompanhada de ações concretas contra a corrupção e a violência”.

O Artigo 45 da Constituição, que garante a liberdade de consciência, pensamento e religião, permanece inalterado. A emenda ao preâmbulo não restringe os direitos de cidadãos de outras crenças, conforme confirmado pelo Ministério da Justiça.

A nação da Oceania, com mais de 800 línguas indígenas e uma população majoritariamente cristã, tem uma história de missões religiosas que remonta a mais de 150 anos. A emenda é vista como um reconhecimento formal desse legado histórico e cultural. Com informações: The PGN Sun

Pastor presbiteriano dispensado após confessar adultério

Depois de mais de dez anos como pastor sênior da Primeira Igreja Presbiteriana de Charlotte, na Carolina do Norte, o reverendo Pendleton Barnes Peery foi destituído nesta semana por violar votos de casamento e de ordenação. O ministro, presbiteriano de sexta geração, admitiu ter se “comportado de maneiras chocantemente pecaminosas” em uma vida paralela que incluiu “múltiplos casos de infidelidade física consensual” nos últimos cinco anos.

Segundo o Presbítero Geral do Presbitério de Charlotte, Peery enfrentou uma investigação de um ano que resultou em duas acusações de adultério e duas de ocultação indevida de conduta imprópria, consideradas prejudiciais “à paz, à pureza e à retidão da Igreja”. O comunicado oficial afirma que nenhum membro da Primeira Igreja Presbiteriana, incluindo crianças, esteve envolvido nos episódios relatados.

Em carta enviada aos membros da congregação e divulgada pelo The Charlotte Observer, Peery relatou que o processo começou com “atividade anônima, mas inapropriada, online” que evoluiu para casos extraconjugais. “O que começou como uma curiosidade se transformou em uma vida secreta, escondida da família que me amava e de você”, escreveu. O reverendo acrescentou que segue em acompanhamento terapêutico e de aconselhamento matrimonial.

A Primeira Igreja Presbiteriana de Charlotte, que reúne cerca de 2.000 membros e se define como “uma igreja urbana inclusiva no centro de Uptown Charlotte”, emitiu nota oficial informando que os cultos e ministérios continuam normalmente. “Com o apoio e a orientação do Presbitério de Charlotte, a Primeira Igreja Presbiteriana, seus líderes e congregação estão navegando por este momento em espírito de oração, cuidado e transparência. Pedimos que orem por nossa comunidade enquanto lidamos com as notícias recentes”, declarou a liderança.

Com a decisão do Presbitério, Peery será censurado, suspenso por pelo menos três anos e excluído do ministério ordenado. Em sua biografia — já removida do site da igreja — ele se apresentava como natural de Charlotte, pai de quatro filhos e descendente de uma longa linhagem pastoral. “Além de ser filho de dois pastores, sou marido de uma pastora e irmão de uma pastora. Quando adolescente, eu ia de porta em porta ao lado do meu pai na evangelização”, relatava.

Peery iniciou o ministério como pastor associado na Segunda Igreja Presbiteriana de Richmond, Virgínia, e mais tarde atuou como pastor sênior na Primeira Igreja Presbiteriana de Shreveport, Louisiana, antes de assumir a liderança em Charlotte, de acordo com informações do portal The Christian Post.

Em sua carta de despedida, citou o Salmo 51: “Estou muito envergonhado. Lamento o que fiz e quem magoei. Sei que minhas falhas impactarão vocês como comunidade de fé, bem como a equipe com a qual tive a sorte de trabalhar. Hoje estou vivendo as palavras do salmista. Tenho uma humilde necessidade da misericórdia de Deus e estou apenas no início da minha jornada de arrependimento e responsabilidade”.

Incêndio destrói completamente templo da Assembleia de Deus

Um incêndio atingiu e destruiu a Igreja Assembleia de Deus de Santo Amaro (ADSA), em Cascavel (PR), na madrugada de quinta-feira, 04 de setembro. As chamas começaram por volta das 4 horas, atingindo o púlpito e se espalhando rapidamente pelo telhado, o que resultou na perda total da estrutura, incluindo equipamentos de som, cadeiras e o forro do templo.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por uma empresa de monitoramento responsável pela vigilância do local. A equipe conseguiu controlar o fogo, e não houve registro de feridos. As causas do incêndio estão em investigação. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 1 milhão.

Em vídeo publicado no Instagram da ADSA Cascavel, o pastor Eliezer Ferreira lamentou o ocorrido. “Fomos surpreendidos com um incêndio de grande proporção e acabou destruindo tudo aquilo que nós usávamos para ganharmos vidas para o Senhor Jesus Cristo”, disse. Ele acrescentou: “Eu sei que não é sobre estrutura, mas sei que Deus é poderoso para fazer muito mais. Quero pedir que você ore pela família ADSA Cascavel e, se Deus tocar em seu coração, que você contribua para que possamos reconstruir o mais rápido possível e para continuar levando o Evangelho de Jesus a toda essa cidade”.

Em meio aos escombros, o pastor reforçou a mensagem de esperança. “Eu sei que nada poderá parar a Igreja do Senhor, o avanço da Igreja”, declarou.

A denominação havia inaugurado o novo templo em julho de 2024. Desde o incêndio, outras igrejas de Cascavel e região têm manifestado apoio e se mobilizado para auxiliar na reconstrução. A ADSA informou que doações podem ser feitas por meio do PIX (CNPJ: 62971759003860 e celular: 45999379144).

Em publicação nas redes sociais, a igreja afirmou: “Nossa igreja passou por um momento difícil. Mas, em meio às cinzas, cremos em um Deus que restaura todas as coisas e sabemos que Ele continua no controle”.

Estudo: leitura da Bíblia proporciona forte senso de identidade

A mais recente edição do relatório “State of the Bible USA 2025”, divulgado pela Sociedade Bíblica Americana (ABS), indica que pessoas que interagem com as Escrituras têm maior probabilidade de desenvolver um senso de identidade mais forte. O capítulo divulgado em 02 de setembro apresentou dados coletados a partir de entrevistas online com 2.656 adultos norte-americanos realizadas entre 02 e 21 de janeiro.

John Farquhar Plake, Diretor de Inovação e Editor-Chefe da pesquisa, afirmou: “Os níveis de identidade são fortes entre as pessoas que praticam religião — e não apenas o cristianismo. Algo relacionado às crenças fundamentais, à adoração compartilhada e à cultura comum dá às pessoas uma noção melhor de quem elas são”.

O levantamento avaliou o grau de concordância dos entrevistados com declarações como “Eu sei quem eu sou”, “Eu sempre tenho uma boa noção do que é importante para mim” e “Eu sei no que acredito ou valorizo”. Entre os cristãos praticantes, 64% demonstraram um forte senso de identidade. Já entre pessoas de outras religiões, a proporção foi de 52%. Os índices foram menores entre cristãos nominais (40%), cristãos casuais (33%) e pessoas sem religião (33%).

A pesquisa também analisou o impacto do engajamento com a Bíblia. Sessenta e três por cento dos que alcançaram mais de 100 pontos na Escala de Engajamento com as Escrituras apresentaram forte senso de identidade. Em contraste, apenas 38% dos classificados como “Meio Móveis” ou “Desengajados com a Bíblia” demonstraram o mesmo.

O relatório considera “uso da Bíblia” a conexão com as Escrituras fora do ambiente da igreja ao menos três vezes por ano. Entre aqueles que leem diariamente, 69% relataram forte senso de identidade. O percentual foi de 51% entre os que usam várias vezes por semana e de 50% entre os que acessam quatro vezes por semana. As taxas foram menores entre os que utilizam semanalmente (45%), uma ou duas vezes por ano (42%), menos de uma vez ao ano (41%), três ou quatro vezes por ano (38%), nunca usam (38%) ou usam apenas uma vez por mês (33%).

Plake reforçou: “Quando as pessoas não apenas leem a Bíblia, mas constroem suas vidas com base nela, elas têm muito mais probabilidade de ter um forte senso de identidade”.

O estudo também destacou diferenças entre gerações. Entre homens da Geração Z, apenas 30% foram classificados no grupo de Identidade Forte e outros 30% no grupo de Identidade Fraca. Já entre mulheres da mesma faixa etária, 41% declararam ter identidades fortes e 23% identidades fracas. De acordo com os pesquisadores, o senso de identidade “fortalece com a idade”.

“Bem mais da metade da geração Boomer+, tanto mulheres quanto homens, está no grupo de Identidade Forte”, apontaram os autores. “Pode-se argumentar que os jovens têm permissão para ter menos confiança em sua identidade, já que ainda são jovens. À medida que envelhecemos, aprendemos mais sobre quem somos, no que acreditamos e o que consideramos importante”, concluíram, segundo informado pelo The Christian Post.

Veja momento de louvor entre pacientes e profissionais de saúde

Um momento de fé chamou a atenção no Hospital Leonardo da Vinci, em Fortaleza (CE). Pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde se reuniram em janelas e varandas para louvar a Deus, em um encontro que começou de forma espontânea.

Segundo o jornal Diário do Nordeste, a iniciativa partiu do técnico de enfermagem Marcos Alexandre, de 26 anos, que estava acompanhando um primo internado. Ele começou a cantar nos corredores e, em seguida, foi incentivado a tocar o piano localizado no térreo da unidade. Aos poucos, outras pessoas se uniram ao louvor.

O ambiente se transformou em um coral coletivo, que entoou a música Escudo, do grupo Voz da Verdade. A canção ecoou pelos corredores do hospital, com vozes entoadas em uníssono: “Não há ferrolhos, nem portas que se fechem diante da Tua voz… Pois Tua palavra é pura. Escudo para os que n’Ele creem”.

A cena emocionou pacientes e funcionários, que aplaudiram e glorificaram a Deus ao final do cântico. “Não foi nada combinado. Foi espontâneo, um momento de fortalecimento e esperança para todos nós”, declarou a enfermeira Priscyla Cruz, em entrevista ao Diário do Nordeste.

O vídeo registrado no local circulou em perfis regionais e grupos de WhatsApp, ganhando grande repercussão nas redes sociais nos últimos dias.

Ex-amante: falso apóstolo dormiu com mais de 100 mulheres 

A artista gospel indicada ao Grammy, Vicki Yohe, de 60 anos, afirmou que o televangelista David E. Taylor, de 53 anos, recentemente preso por autoridades federais, manteve relações com mais de 100 mulheres durante seu ministério.

Em entrevista, Yohe declarou que foi explorada por Taylor em troca de dinheiro e do acesso aos seus 1,2 milhão de seguidores no Facebook: “Eu pensei que estava apaixonada por ele, sabe. Mas, quando olho para trás, ele só me usou, porque eu tenho, tipo, 1,2 milhão de seguidores na minha página do Facebook — na minha plataforma”, disse a cantora.

Em 28 de agosto, o Departamento de Justiça divulgou que Taylor, líder do Joshua Media Ministries International e da Igreja Global do Reino de Deus, em Michigan, foi preso junto com Michelle Brannon, 56 anos, diretora executiva da organização. Ambos foram acusados de conspiração para trabalho forçado, trabalho forçado e conspiração para lavagem de dinheiro. Segundo as autoridades, o esquema envolvia vítimas em Michigan, Flórida, Texas e Missouri, incluindo mulheres obrigadas a ingerir contraceptivos de emergência.

De acordo com o comunicado, o ministério arrecadava milhões de dólares anualmente por meio de call centers. Desde 2014, Taylor teria acumulado cerca de US$ 50 milhões, destinados à compra de propriedades, veículos de luxo e equipamentos esportivos. O Departamento de Justiça afirmou que vítimas eram obrigadas a viver em residências ligadas ao ministério, trabalhar nos call centers e cumprir exigências de Taylor e Brannon sem permissão para sair.

Yohe relatou que conheceu Taylor após cantar em um culto do ministério em 2017, quando iniciou um relacionamento de 16 meses. Segundo ela, o televangelista prometeu casamento, mas a utilizava principalmente como plataforma de divulgação. “Ele queria que eu promovesse o livro dele. Se eu não o promovesse todos os dias, era como o fim do mundo. […] Ele não me amava — porque tudo se resumia ao que eu podia fazer por ele”, afirmou. Após o rompimento, em 2019, Yohe lançou o livro All You Have Is a Voice: Free From a Hidden Cult, no qual narra sua experiência.

A cantora afirmou ainda que, ao expor publicamente sua relação, mais de 100 mulheres entraram em contato relatando envolvimento semelhante com o televangelista. “Em três semanas — parei de contar em 100 mulheres — me disseram que estavam em um relacionamento com David. Muitas delas disseram que eram esposas dele”, declarou.

Além dos relatos de Yohe, uma gravação de áudio vazada em 2017 mostra a artista acusando Taylor de compartilhar imagens íntimas sem seu consentimento. Mais recentemente, um grupo no Facebook chamado Victims Of David E Taylor and others, criado por Sharell Barrera, líder do ministério Jesus House, reuniu mais de 180 membros. Barrera afirmou que foi assediada e ameaçada por recusar aproximações do grupo. “Várias mulheres disseram que ele prometeu carros e casas. […] Muitas pessoas foram ameaçadas. Algumas tiveram suas vidas ameaçadas”, disse ao 10 Tampa Bay.

Em 2019, Tabitha Taylor, ex-esposa do televangelista, também fez acusações públicas em uma transmissão pelo Facebook Live. Segundo ela, o ex-marido manteve casos extraconjugais durante o casamento. “Estamos pregando no púlpito e dormindo com nossos membros. […] Estamos destruindo os casamentos das pessoas; estamos destruindo os lares das pessoas, e Deus não está satisfeito”, afirmou.

De acordo com informações do portal The Christian Post, o escandaloso caso segue em investigação federal.

Extremistas do islã usam violência sexual para massacrar cristãos

Um caso ocorrido no estado de Plateau, na Nigéria, ilustra o uso da violência sexual como forma de perseguição religiosa contra comunidades cristãs na África Subsaariana. Rifkatu*, esposa de um pastor local, foi sequestrada por extremistas da etnia fulani, juntamente com sua cunhada.

O sequestro ocorreu quando as mulheres haviam retornado temporariamente à sua aldeia de origem para colher alimentos, após terem se deslocado devido a ataques anteriores. De acordo com o relato de Rifkatu, aproximadamente vinte homens armados as cercaram e as levaram para uma casa abandonada, onde sofreram abusos sexuais múltiplos.

“O homem que me levou perguntou por que eu chorava. Eu disse que era casada, mas ele respondeu: ‘Se seu marido fosse forte, ele a teria resgatado das nossas mãos’”, declarou a vítima.

Após um dia de cativeiro, foram transportadas para um acampamento militante, onde a violência sexual continuou. Rifkatu afirmou que não identificou outros muçulmanos entre os sequestrados no local. A libertação ocorreu somente quando começou a apresentar hemorragia, o que according to her account, levou os captores a temerem que um aborto espontâneo trouxesse “má sorte” ou expusesse sua localização.

O líder do grupo, após ser informado dos abusos, teria se desculpado e liberado as duas mulheres sem exigir resgate, deixando-as próximas a uma igreja em vilarejo vizinho.

O retorno ao lar, no entanto, marcou o início de novos desafios. Rifkatu desenvolveu trauma severo, incluindo medo de aproximação masculina, mesmo do marido. Dois meses após o retorno, engravidou, mas o parto teve complicações que resultaram em condições de desenvolvimento especiais para a criança.

A família enfrentou estigmatização da comunidade local. “Ao perceberem a condição da nossa filha, as pessoas começaram a espalhar boatos de que ela pertencia aos fulani. Muitas mulheres evitam entrar em nossa casa com medo de que a visão da criança possa afetar suas próprias gestações”, relatou o pastor Zamai*, marido de Rifkatu.

Organizações de monitoramento de perseguição religiosa indicam que a violência sexual é intencionalmente utilizada contra mulheres cristãs na região não apenas como agressão individual, mas como estratégia para destruir laços familiares e comunitários, criando estigmas duradouros e desestabilizando comunidades inteiras.

*Nomes alterados para proteção da identidade das vítimas. Com informações: Portas Abertas. Veja também:

Genocídio cristão na Nigéria: 3 milhões de crentes estão sitiados, diz relatório

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Israel: batistas comemoram o crescimento de árabes evangélicos

A Cana Baptist Church, uma congregação batista árabe localizada na cidade de Caná, no norte de Israel, tem experimentado um significativo crescimento em seu grupo jovem nos últimos dois anos. Sob a liderança do pastor Hani, a comunidade, composta majoritariamente por jovens, realizou o batismo de 11 novos membros no rio Jordão em maio de 2024.

A cidade de Caná possui aproximadamente 25.000 habitantes, sendo 23.000 muçulmanos e 2.000 cristãos de diversas denominações. O pastor Hani relatou que muitos cristãos têm deixado a cidade nas últimas décadas.

“Muitos cristãos partiram para o exterior ou para cidades em Israel, onde a vida é mais fácil”, explicou. “Nossa oração é que a nova geração permaneça aqui para servir ao Senhor”.

Atualmente, 60% dos membros da congregação são jovens, responsáveis pela administração tecnológica das atividades, incluindo transmissões ao vivo e organização de acampamentos de verão. O grupo jovem expandiu-se de cinco para trinta participantes nos últimos dois anos, muitos deles provenientes de famílias sem prática religiosa ativa.

A igreja mantém um ministério infantil ativo, com 90% das crianças frequentando a escola dominical provenientes de famílias não praticantes. Rajaa, uma das líderes jovens, afirmou: “Se os jovens não podem vir com os pais, oramos para que venham mesmo assim”.

Em abril de 2024, a congregação realizou uma conferência intergeracional que, segundo o pastor Hani, fortaleceu o poder de suas orações. A comunidade mantém grupos de oração e estudos bíblicos específicos para jovens e mulheres.

A situação demográfica apresenta desafios únicos: como árabes evangélicos em um Estado judeu, e dentro de uma comunidade majoritariamente muçulmana, os membros desta congregação representam uma minoria tripla. Aqueles que mantêm uma visão positiva sobre Israel enfrentam adicionalmente oposição dentro de suas próprias comunidades árabes.

Apesar dos desafios, a igreja oferece um ambiente acolhedor. “Aqui, sentimos como se fôssemos uma família”, afirmaram membros da congregação de árabes evangélicos. O pastor Hani e a líder de louvor Rajaa participaram em 2023 do Dia da Reunião do Comitê de Assistência à Comunidade de Israel na Holanda, onde compartilharam as complexidades de seguir Jesus em seu contexto cultural único.