‘Brasil está doente’: André Mendonça faz diagnóstico do país

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Durante almoço promovido pelo grupo empresarial Lide, em São Paulo, nesta segunda-feira, 17, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça afirmou que o Brasil está “doente e enfermo”. Na avaliação do magistrado, o país atravessa um processo de deterioração institucional e de insegurança jurídica, em um cenário marcado pelo avanço do crime organizado.

“Sabe quem está à frente de nós de segurança pública? Paraguai, Argentina e Chile. Esse é o nosso dado da realidade. Nós estamos doentes e enfermos, só não nos demos conta. Eu não estou defendendo A, B ou C. Eu estou dizendo que nós temos um problema sério de segurança pública”, declarou.

Mendonça defendeu a necessidade de mudanças estruturais, formuladas como políticas de Estado, em vez de medidas pontuais. Ele observou que a recorrência do tema da segurança jurídica no debate público é, por si só, um sinal de fragilidade nessa área. “Se nós estamos precisando falar de segurança jurídica, é porque nós vivemos um estado de insegurança jurídica. Porque onde há segurança jurídica a gente não precisa ficar falando toda hora de segurança jurídica”, afirmou.

O ministro também reiterou a importância de o STF adotar postura de autocontenção, evitando decisões que possam ser interpretadas como ativismo judicial. Segundo ele, nenhum dos poderes da República deve concentrar para si a primeira e a última palavra sobre todos os temas em discussão no país.

Jogador consagra a Deus atuação de gala em vitória na NFL

O quarterback Bryce Young comandou a vitória do Carolina Panthers sobre o Atlanta Falcons por 30 a 27, em uma virada na prorrogação pela NFL. O jogador foi o principal destaque da partida ao liderar a reação da equipe, que esteve atrás no placar e confirmou o triunfo no tempo extra.

A atuação de Young foi descrita como histórica para a franquia. O quarterback lançou para 448 jardas ao longo do jogo, somando todas as conexões em passes completados, e estabeleceu um novo recorde do Carolina Panthers para jardas aéreas em uma única partida.

Após o fim do jogo, em entrevista de campo, Young foi questionado sobre a origem de tanta “magia” em campo e atribuiu o desempenho à sua fé. “Antes de tudo, toda a glória vai para Deus. Ele é a razão de tudo. Toda a glória vai para Ele”, declarou.

O jogador também enfatizou a importância do elenco no resultado. “Eu simplesmente confio nos meus companheiros de equipe. Sou muito grato por ser um Panther e fazer parte deste time. Somos muito resilientes. Continuamos lutando. Sempre acreditamos. Estamos sempre pensando na próxima jogada. Confiar neles foi o que nos levou à vitória”.

Para analistas, o desempenho de Bryce Young e o resultado contra um rival de divisão representam não apenas um marco individual, mas também um indicativo positivo para o Carolina Panthers. A vitória em confronto direto, combinada ao recorde pessoal do quarterback, é vista como um sinal de competitividade da equipe que pode permanecer na disputa por vaga nos playoffs nesta temporada.

Tarcísio recebe apóstolos Estevam e César Augusto no Palácio

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, recebeu na manhã desta segunda-feira, 17, os apóstolos César Augusto, da Igreja Fonte da Vida, e Estevam Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo, no Palácio dos Bandeirantes. O encontro foi divulgado pelos próprios líderes religiosos em suas redes sociais.

César Augusto relatou que a reunião incluiu conversas sobre São Paulo, o Brasil e temas de natureza religiosa. Ele classificou o momento como “abençoado” e ressaltou a troca de ideias com o governador e com Hernandes.

Estevam Hernandes também comentou o encontro. Em seu perfil, descreveu o período da reunião como um “tempo precioso na presença de Deus”, enfatizando o caráter espiritual da conversa. Três dias antes, o líder da Renascer havia participado com Tarcísio da inauguração do Hospital e Maternidade Santa Ana, em Santana de Parnaíba.

A participação frequente de Tarcísio em agendas com lideranças evangélicas é vista como um sinal de aproximação com esse segmento religioso. Embora seja católico, o governador tem comparecido a cultos, eventos e reuniões de diferentes denominações.

Tarcísio costuma marcar presença em grandes encontros, como a Marcha para Jesus, e já discursou em templos como a Assembleia de Deus do Brás, ocasião em que citou textos bíblicos e dirigiu mensagens de incentivo ao público.

Nicodemus sobre estátua de Fátima: ‘Catolicismo adora imagem’

O reverendo Augustus Nicodemus criticou, na quinta-feira, 13, a inauguração da que é apresentada como a maior imagem de Nossa Senhora de Fátima do mundo, instalada no município do Crato, na região do Cariri cearense. O monumento, com 54 metros de altura, foi apresentado em cerimônia que contou com a presença do governador Elmano de Freitas e de outras autoridades.

A estátua, descrita como maior que o Cristo Redentor, integra um conjunto de iniciativas voltadas ao fortalecimento do turismo religioso na região, que recebe romeiros de diversos estados ao longo do ano. De acordo com o governo estadual, foram investidos mais de R$ 6 milhões na pavimentação da via de acesso ao local, obra concluída em 2022.

Em suas declarações, Nicodemus relacionou a inauguração à recente nota doutrinal do Vaticano sobre títulos marianos. Na avaliação do pastor, o episódio evidencia distância entre orientações oficiais da Igreja Católica e práticas populares. “Essa inauguração logo depois da nota do Vaticano mostra que o catolicismo popular não liga para o que Roma diz”, afirmou.

O reverendo também reiterou críticas ao uso de imagens religiosas e à devoção mariana. “Na prática, o catolicismo adora Maria, adora a imagem dela, faz pedidos e ora para ela. Tudo isso é idolatria pesada mesmo. Deus tenha misericórdia de nós”, disse.

Durante a cerimônia de apresentação do monumento, o governador Elmano de Freitas destacou o significado cultural e religioso da obra. Segundo ele, a imagem é “um presente para os romeiros” e contribui para reforçar a identidade católica do Cariri.

A região movimenta, em média, R$ 2,5 milhões por ano com o turismo religioso e abriga referências importantes da fé popular nordestina, como Padre Cícero e Menina Benigna.

COP30: “A crise climática é também um desafio espiritual”

A Visão Mundial, organização humanitária de inspiração cristã com atuação em mais de 100 países e presença no Brasil desde 1975, enfatiza a importância de igrejas e entidades religiosas na resposta à alegada “crise climática”, particularmente na região amazônica. O posicionamento ocorre em contexto de preparação para a COP30, conferência climática da ONU.

Thiago Crucciti, Diretor Nacional da instituição no Brasil, afirma que “a crise climática é também um desafio espiritual e moral que exige compaixão e coragem coletiva”. Ele complementa: “Não se trata apenas de proteger florestas, mas de cuidar das pessoas e das crianças que vivem nelas. A fé precisa inspirar ação, solidariedade e reconciliação com a criação”.

A organização mantém rede global com mais de 400 mil líderes religiosos de diversas tradições de fé, promovendo a “Teologia da Justiça e do Reino de Deus” como fundamento para cooperação inter-religiosa voltada à erradicação da pobreza e proteção infantil.

No território nacional e no contexto da COP30, em especial, a entidade coordena encontros semanais de oração, estudos bíblicos e reflexões teológicas com lideranças cristãs, integrando mobilização espiritual e ação social frente às mudanças climáticas.

Dados das Nações Unidas indicam que mais de 85% da população global professa alguma fé, posicionando lideranças religiosas como agentes estratégicos na transformação comunitária e construção de políticas sustentáveis.

Na Amazônia, espaços religiosos funcionam como locais de refúgio e esperança. Relatório do UNICEF (2024) aponta que 78,7% das crianças e adolescentes da Amazônia Legal vivem em situação de pobreza, enfrentando insegurança alimentar, carência de saneamento básico e dificuldades educacionais. Em áreas remotas, lideranças espirituais fornecem acolhimento, informações e suporte familiar, convertendo a fé em instrumento prático de resiliência e equidade social.

Como demonstração de seu engajamento, a Visão Mundial implementa a Iniciativa da Bacia Amazônica, programa com abrangência em Bolívia, Colóvia, Equador, Peru e Venezuela, com objetivo de beneficiar 10 milhões de pessoas – sendo 6 milhões de crianças e 4 milhões de adultos.

Crucciti finaliza: “Cuidar da criação é um ato de fé. Não existe espiritualidade possível em um planeta em colapso. A COP30 precisa marcar o momento em que o mundo reconheceu que regenerar a Terra também é uma missão espiritual”.

A World Vision, designada Visão Mundial no Brasil, é organização humanitária cristã dedicada ao trabalho com crianças, famílias e comunidades no combate às causas estruturais da pobreza e injustiça. Atuante no país há 49 anos, desenvolve programas nas áreas de proteção infantil, educação, incidência política e resposta a emergências, com prioridade para populações em situação de vulnerabilidade. Com informações: JM Notícias

Perdão no casamento não significa tolerar abusos, alerta pastor

A dificuldade de conceder perdão é um dos principais obstáculos relatados por casais que buscam aconselhamento, segundo análise do pastor Sérgio Leoto, missionário da Sepal (Servindo aos Pastores e Líderes) com experiência no Ministério Fortalecendo a Família. Ele identifica duas posições distintas nos conflitos conjugais: “a pessoa que causa a decepção” e “aquele que sofre com o problema ocorrido”, ressaltando que as percepções de cada parte frequentemente divergem significativamente.

As falhas relatadas variam em gravidade, abrangendo desde situações aparentemente simples, como omitir locais visitados ou esquecer compromissos financeiros, até questões mais complexas como infidelidade, violência doméstica e má gestão econômica.

O pastor observa que a tentativa de minimizar o erro representa um equívoco comum no casamento, dificultando a liberação do perdão genuíno: “Alguns tentam ‘minimizar’ o problema, dizendo que ‘todo ser humano erra’, o que irrita quem foi prejudicado por ‘tirar o corpo fora’ sem admitir sua culpa”.

Do lado de quem sofre a decepção, as emoções incluem desapontamento, frustração e sensação de ter sido enganado. Para esses casos, Sérgio Leoto indica que praticantes de fé podem encontrar recursos na dimensão espiritual: “Aqueles que têm uma experiência de amizade com Jesus terão uma ajuda ‘sobrenatural’ na atitude de perdoar”.

Perspectiva psicológica e prática

Magali Leoto, psicóloga e missionária, esposa do pastor Sérgio, enfatiza que o processo de perdão torna-se mais acessível quando existe arrependimento genuíno por parte de quem cometeu a falha.

“É sempre mais fácil perdoar quando vemos uma atitude real de arrependimento”, explica. “Esta pessoa levará um tempo para confirmar que ‘mudou mesmo de vida’. Está perdoada, mas deverá provar com atitudes que é novamente confiável”.

A profissional alerta, contudo, para situações onde padrões negativos persistem: “E se a pessoa continua a nos trair, enganar e agredir repetidas vezes? Também devemos perdoar? Sim. Mas quanto a ‘continuar juntos’, o casal precisa buscar ajuda profissional”. Ela recomenda intervenção multidisciplinar envolvendo pastores, psicólogos, psiquiatras e, em determinados casos, advogados.

Estratégias para reconstrução

O casal Leoto sugere diretrizes para casais que desejam reconstruir a confiança:

  • Reconhecimento da falha de maneira sincera, sem justificativas

  • Estabelecimento de período para reconstrução gradual da confiança

  • Busca de apoio profissional, especialmente em situações de ofensas graves

  • Compreensão de que perdoar não implica tolerar abusos ou manter dinâmicas prejudiciais

Sérgio Leoto reforça o princípio bíblico registrado em Provérbios 28:13: “Quem esconde seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia”.

O processo de perdão é caracterizado como jornada contínua que demanda reconhecimento, vulnerabilidade e persistência. Para quem causou o dano, representa início de responsabilização e reparação; para quem foi ferido, configura oportunidade de libertação emocional.

Conclui-se que o exercício do perdão, embora não assegure a manutenção de todos os relacionamentos, proporciona paz interior àqueles que optam por não permanecer vinculados aos acontecimentos passados. Com informações: Comunhão.

PM que matou lutador Leandro Lo diz ter tido “encontro com Deus”

O tenente da PM (Polícia Militar) Henrique Velozo divulgou declaração em vídeo endereçada à família de Leandro Lo, lutador de jiu-jitsu morto por ele em agosto de 2022. A manifestação ocorreu após sua absolvição pelo Tribunal do Júri na sexta-feira (14), baseada na tese de legítima defesa.

“Estive durante três anos e três meses encarcerado e tive um encontro genuíno com Deus. Preciso fazer um pedido de perdão aos familiares, à mãe, ao pai, à irmã, aos amigos e a todas as pessoas que amavam Leandro Lo”, declarou Velozo.

O policial acrescentou: “Nesse trágico dia, fui colocado em um limite em que tive, infelizmente, que sujar a minha mão para preservar minha vida. Peço perdão a todos, não em meu nome, mas em nome de Deus”.

O episódio que resultou na morte do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo ocorreu em 7 de agosto de 2022, durante discussão em evento musical na Zona Sul de São Paulo. Leandro Lo recebeu atendimento médico, mas veio a óbito após chegada ao hospital.

Velozo encontrava-se de folga no momento do ocorrido. Após apresentar-se espontaneamente à Corregedoria da PM, foi submetido a prisão preventiva por mais de três anos, respondendo por acusação de homicídio doloso triplamente qualificado. Com a decisão judicial, recuperou a liberdade no sábado (15) e, conforme informações de sua defesa, deve retornar em breve às atividades profissionais.

Fátima Lo, mãe do atleta, manifestou discordância com o veredicto, afirmando haver “impunidade” no caso. “Ontem enterrei meu filho pela segunda vez”, declarou.

O Ministério Público informou que interporá recurso contra a decisão absolvitória. O promotor João Carlos Calsavara caracterizou o julgamento como “complicado” e mencionou a possibilidade de anulação do processo. Com informações: Pleno News.

Pai chama a PM após filha fazer atividade sobre “orixá” na escola

Um caso envolvendo uma atividade supostamente pedagógica na Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) do Caxingui, zona oeste da capital paulista, resultou na intervenção da Polícia Militar na última quarta-feira. O fato ocorreu após um pai manifestar descontentamento com a produção de um desenho da orixá Iansã por sua filha de quatro anos.

De acordo com relatos, o homem teria comparecido à escola na terça-feira e danificado um mural contendo trabalhos artísticos dos alunos. A atividade integrava as diretrizes do currículo antirracista da rede municipal de ensino. A direção da instituição convocou o responsável para uma reunião do Conselho Escolar, mas ele não compareceu ao encontro.

Em vez disso, o pai registrou ocorrência junto à PM, alegando que a criança estaria sendo submetida a “aula de religião africana”. Em resposta à solicitação, quatro policiais militares deslocaram-se até a unidade educacional para averiguar a situação.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) emitiu nota informando que “os PMs conversaram com o pai e a diretora do colégio”, sendo que “ambos foram orientados a registrar boletim de ocorrência, caso julgassem necessário”. O comunicado acrescentou que “a Corregedoria da PM está à disposição para apurar eventuais denúncias sobre a conduta policial”.

A Secretaria Municipal de Educação (SME) também se manifestou, afirmando que o responsável pela aluna “já recebeu esclarecimentos de que o trabalho apresentado por sua filha integra uma produção coletiva do grupo”. A pasta reiterou que a atividade pedagógica estava alinhada com as diretrizes curriculares da rede municipal de ensino.

A preocupação do pai da aluna, contudo, expressa o conhecimento de que nenhum aluno, especialmente os mais novos, deve ser submetido à orientação religiosa sem o consentimento da família. Neste caso, orixás fazem parte das crenças das religiões de origens africanas, como o candomblé. Com informações: UOL.

Igreja leva pedreiros para reconstruir cidade destruída por tornado

A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) instalou a Carreta Solidária em Rio Bonito do Iguaçu no início desta semana, após o tornado que atingiu o município. A entidade também confirmou para domingo a chegada de 80 pedreiros que vão atuar na reconstrução emergencial das casas danificadas.

O veículo está estacionado em frente ao Conselho Tutelar e concentra serviços considerados essenciais para as famílias afetadas. A carreta funciona como lavanderia solidária, aberta diariamente das 8h às 18h, e também como espaço de apoio psicossocial, onde moradores recebem escuta e orientação.

Desde o início da crise, voluntários ligados à ADRA têm percorrido os bairros mais atingidos. As equipes atuam na retirada de entulhos, na cobertura provisória de casas e no apoio básico às famílias que buscam reorganizar o que restou após o desastre.

A mobilização deve ganhar reforço com a chegada dos 80 pedreiros enviados pela ASA e pela ADRA. Os profissionais virão de Curitiba, Foz do Iguaçu e Cascavel e terão foco na recuperação rápida das moradias mais comprometidas.

Para viabilizar o início dos reparos, a organização está cadastrando moradores que receberão vouchers para a compra de materiais de construção ao longo da semana. Em paralelo, um galpão em cidade vizinha armazena mais de dez toneladas de doações, incluindo água, alimentos, itens de higiene, colchões e cobertores, que vêm sendo distribuídos às famílias cadastradas conforme as necessidades identificadas.

Mesmo após uma semana do tornado, a ADRA mantém equipes e estrutura na região, com o objetivo de garantir a continuidade do atendimento e das ações de apoio às comunidades afetadas, conforme informado pela rádio Exibir Gospel.

Professoras demitidas ao recusar ideologia de gênero vencem

Duas professoras demitidas após se oporem a uma política de uma diretoria regional de ensino que permitia a estudantes transgêneros usar banheiros e vestiários de acordo com sua identidade de gênero declarada, e não com o sexo biológico, firmaram um acordo de 650 mil dólares com o antigo empregador.

O caso envolve Rachel Sager e Katie Medart, que trabalhavam na diretoria regional de ensino em Grants Pass, no Oregon (EUA), e tiveram o vínculo encerrado em 2021.

Em comunicado, a organização jurídica sem fins lucrativos Alliance Defending Freedom (ADF), frequentemente descrita como conservadora, informou que o acordo foi firmado após a demissão das educadoras em razão de sua participação na campanha “Eu Resolvo”. A iniciativa propunha uma alternativa à política intitulada “Orientação sobre Identidade de Gênero, Transgênero, Nome e Pronomes”, recentemente implementada pelo distrito.

A política em vigor estabelece que a diretoria “não proibirá os alunos de acessar banheiros, vestiários ou outras instalações que possam ser separadas por gênero e que estejam associadas à identidade de gênero preferida do aluno”. Em resposta, a campanha “Eu Resolvo” divulgou um vídeo no YouTube em que os educadores apresentavam “propostas alternativas sobre os pronomes e nomes preferidos dos alunos, bem como sobre o uso do banheiro”.

Sager, que atuava como diretor assistente, e Medart, professora de saúde e ciências, passaram a enfrentar queixas de colegas de trabalho por conta da campanha. Críticos alegaram que os dois violaram a proibição da diretoria de ensino de envolver-se em discurso político utilizando recursos institucionais ou durante o horário de expediente. Após investigação interna que concluiu pela violação das normas do distrito, ambos foram inicialmente afastados e, depois, demitidos.

No outono de 2021, Sager e Medart foram reintegrados a funções em uma escola online do próprio distrito, com redução significativa da interação diária com estudantes em comparação às atividades originais. Em seguida, ingressaram com uma ação judicial contra a diretoria regional de ensino, alegando violação de direitos previstos na Primeira e na Décima Quarta Emendas da Constituição dos Estados Unidos, no Artigo I, Seção 8 da Constituição do Oregon e no Título VII da Lei dos Direitos Civis de 1964.

O acordo, que abrange indenizações e honorários advocatícios, foi firmado cerca de cinco meses após o Tribunal de Apelações do 9º Circuito dos Estados Unidos ter revertido a decisão de primeira instância que havia rejeitado o pedido de indenização com base na Primeira Emenda. O tribunal de apelação concluiu que a diretoria regional de ensino violou a Constituição ao discriminar os docentes com base em conteúdo e ponto de vista, e que houve violação do Título VII ao demiti-los em razão de suas “visões bíblicas sobre gênero e sexualidade”. O caso foi devolvido ao juízo de origem para prosseguimento.

Matthew Hoffman, advogado sênior da ADF, que representou os professores em conjunto com o Pacific Justice Institute, avaliou positivamente o desfecho. “Os educadores têm liberdade para expressar opiniões sobre questões fundamentais de interesse público — como as políticas de educação sobre identidade de gênero — que afetam as liberdades de professores, pais e alunos”, afirmou. Para o advogado, a diretoria de ensino de Grants Pass “está tomando a atitude correta ao reconhecer que os professores não abrem mão de seus direitos da Primeira Emenda ao entrarem em uma propriedade escolar. As escolas públicas não podem retaliar contra discursos simplesmente porque discordam do que é dito”.

Além do valor financeiro, os termos do acordo preveem que a diretoria regional de ensino publique uma declaração reconhecendo que a demissão dos educadores “não atendeu aos seus padrões e responsabilidades”.

Segundo informou o The Christian Post, a diretoria regional de ensino também deve emitir cartas de recomendação positivas para auxiliar os dois na busca por novos empregos, remover referências negativas dos registros funcionais e revisar a política aplicável para alinhá-la às garantias da Primeira Emenda.