Fraude: ministério da agricultura alerta para falsificação de azeite

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu um alerta aos consumidores sobre a comercialização e o consumo de azeites de oliva fraudados. Os produtos foram fiscalizados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuária, e, segundo o órgão, não atendem aos padrões de identidade e qualidade exigidos pela legislação brasileira.

As amostras coletadas foram analisadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária, que confirmaram a presença de outros tipos de óleos vegetais na composição dos produtos — o que caracteriza fraude.

O ministério orienta que os consumidores interrompam imediatamente o uso caso tenham adquirido algum dos produtos irregulares. Também lembra que é possível solicitar a substituição do item, conforme o Código de Defesa do Consumidor.

Aos comerciantes, o Mapa reforçou que a venda desses produtos é uma infração grave. “Os estabelecimentos que mantêm os itens à venda podem ser responsabilizados”, afirmou o ministério em nota, conforme publicado pela revista Comunhão.

Atentado suicida mata 12 pessoas e fere dezenas no Paquistão

A tensão aumentou no Paquistão após um homem-bomba matar 12 pessoas e ferir dezenas ao se explodir na capital, em um atentado considerado o primeiro contra civis em mais de uma década.

O ataque ocorreu na tarde de terça-feira, 11 de novembro, em frente a um tribunal de primeira instância em Islamabad, deixando pelo menos 27 feridos, segundo informações da Associated Press.

O atentado aconteceu em um horário de grande movimento, em uma área frequentemente lotada de visitantes. Há relatos contraditórios sobre a autoria do ataque. Alguns jornalistas afirmam ter recebido mensagens do grupo Jamaat-ul-Ahrar, dissidente do Talibã paquistanês, reivindicando a responsabilidade, enquanto um comandante do grupo negou a participação.

As tensões aumentaram em meio às disputas entre Paquistão, Afeganistão e Índia. Ministros paquistaneses acusaram o governo afegão de cumplicidade no atentado, mas Cabul negou. “Estamos em estado de guerra”, afirmou o ministro da Defesa Khawaja Muhammad Asif em comunicado após o ataque. “Levar esta guerra a Islamabad é uma mensagem de Cabul, à qual o Paquistão tem todo o poder para responder”.

O ministro do Interior, Mohsin Naqvi, declarou à imprensa que o ataque foi “realizado por elementos apoiados pela Índia e por representantes do Talibã afegão”, com ligações ao Talibã paquistanês. Ele não apresentou provas, mas garantiu que as autoridades estão “investigando todos os aspectos” da explosão, segundo a AP.

Em entrevista à Geo News, Asif afirmou que ataques a “santuários terroristas” no Afeganistão “não seriam descartados” como resposta ao atentado. Naqvi detalhou ainda que o homem-bomba pretendia atingir uma viatura policial após não conseguir entrar no prédio do tribunal. A mídia estatal inicialmente divulgou que a explosão havia sido causada por um carro-bomba, mas a descoberta da cabeça do atacante confirmou tratar-se de um ataque suicida.

A polícia de Islamabad informou que a maioria das vítimas eram transeuntes ou pessoas que estavam no tribunal, e a área foi imediatamente isolada após o ataque. As negociações de paz entre Paquistão e Afeganistão seguem abaladas, com frequentes trocas de tiros nas zonas fronteiriças.

No dia 6 de novembro, soldados talibãs e forças paquistanesas trocaram disparos em Spin Boldak, resultando na morte de pelo menos cinco civis, incluindo quatro mulheres, e deixando seis feridos, segundo a Rádio Europa Livre/Rádio Liberdade. As negociações de paz foram interrompidas no sábado (9 de novembro), com ambos os lados se acusando mutuamente pelo fracasso.

Antes do atentado em Islamabad, as forças de segurança haviam anunciado a defesa de uma academia militar em Wana, alvo de outro homem-bomba e cinco atiradores, segundo relato da AP. Os militares afirmaram ter eliminado os agressores e responsabilizaram o Talibã paquistanês, que, segundo o governo, recebe apoio da Índia e abriga agentes no Afeganistão. “O Paquistão reserva-se o direito de responder contra terroristas e seus líderes presentes no Afeganistão”, declarou o exército em nota.

A Índia nega qualquer envolvimento com o Talibã paquistanês, que também negou a autoria do ataque à academia militar. O grupo é aliado do Talibã afegão e foi “encorajado” a “intensificar os atos terroristas domésticos no Paquistão” após o retorno dos talibãs ao poder em 2021, segundo o Conselho de Relações Exteriores.

Em resposta aos recentes ataques, o primeiro-ministro Shehbaz Sharif afirmou que os responsáveis seriam “capturados e responsabilizados” e classificou o assassinato de civis desarmados como “repreensível”. “Não permitiremos que o sangue de paquistaneses inocentes seja derramado em vão”, declarou o chefe de governo, conforme informou o The Christian Post.

‘Deus teve que me quebrar’: Jackie Hill Perry volta à música gospel

A escritora, rapper e professora bíblica Jackie Hill Perry, indicada ao Grammy, anunciou seu retorno ao estúdio com o álbum “Blameless”, o primeiro trabalho completo desde 2018 e a estreia pela Reach Records, gravadora cristã de hip-hop sediada em Atlanta, fundada por Lecrae.

Com 16 faixas, o disco marca o fim de um hiato de seis anos e reflete sobre santificação, guerra espiritual, lamento e o processo de se tornar mais semelhante a Cristo. O álbum conta com participações de Project Pat, KB, Madison Ryann Ward, nobigdyl., Ahjah Walls e outros artistas, mesclando poesia falada e conteúdo teológico.

“Eu nunca parei de criar”, disse Jackie. “Mesmo quando não estava lançando músicas, eu continuava compondo, deixando Deus me refinar. Blameless é o som desse processo; é caótico, alegre, honesto e inegavelmente enraizado na verdade”.

A artista explicou que não havia planejado se afastar da música por tanto tempo. “Minha vida estava se expandindo”, afirmou. “Passei de casada com um filho, para dois, para três. O Senhor estava abrindo portas para que eu ensinasse a Sua Palavra, e eu sentia que Ele estava dizendo: ‘Só porque você pode fazer muitas coisas não significa que deva fazer tudo’. Então, escolhi o ensino bíblico”.

Durante o período fora dos palcos, Jackie lançou livros de destaque, como Garota Gay, Deus Bom e Santo, Santo, Santo. Ainda assim, confessou que sentia falta da música. “Lamentei não poder fazer música. Sou musical. Amo isso. Chorei por causa disso”.

O retorno começou de forma inesperada, durante uma atividade no ministério infantil de uma igreja, quando conheceu Ace Harris, da Reach Records. “Começamos a conversar sobre música e senti o Senhor me incentivando: ‘Pergunte a Ele se é hora de fazer música novamente’. E era. Então, segui a direção de Deus”, contou. “Orei, conversei com meu marido, conversei com meus líderes. Quando algo se alinha com o caráter e o propósito de Deus, é para lá que eu vou. Para mim, a música é apenas mais uma maneira de discipular pessoas”.

O título do álbum, “Blameless” (“Irrepreensível”), foi inspirado em Judas 1:24: “Àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e para vos apresentar irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória”. Segundo ela, o versículo expressa tanto aspiração quanto dependência. “A impecabilidade é impossível sem Cristo”, disse. “O álbum não trata da perfeição sem pecado; trata-se do desejo de se parecer com Jesus mesmo quando você não se parece. É aquela tensão que todo crente sente, entre amar a Deus e perceber o quão longe ainda está da Sua imagem”.

A artista afirmou que boa parte do aprendizado espiritual veio por meio da dor. “O Senhor usa a poda, as provações, a traição e a calúnia para nos tornar mais semelhantes a Ele”, declarou. “Ele não vai te usar grandiosamente sem antes te quebrar. Se Ele não fizer isso, você se destruirá com orgulho. Aprendi isso da maneira mais difícil”.

Essas experiências aparecem em músicas como Pride & Prejudice, escrita após um episódio de difamação pública. “Eu me inspirei em Pedro, que disse que quando Jesus foi insultado, Ele não revidou”, afirmou. “O Senhor me disse para ficar em silêncio, para confiar Nele. Mas isso só torna a dor mais difícil. Pride & Prejudice foi a minha maneira de não ficar em silêncio, de processar o que aconteceu com honestidade”.

Ela acrescentou que a música reflete tanto confissão quanto autocrítica: “É orgulho, porque há um pouco de ego ali. Mas também é preconceito, as suposições que as pessoas fazem e depois santificam como verdade. Escrevê-la me lembrou que sou complexa, e que todos os outros também são”.

Cada faixa de “Blameless”, segundo a artista, representa um “cômodo” dentro da “Casa Blameless”, um espaço simbólico onde “fé e fracasso coexistem”. Hill Perry destacou que escolheu seus colaboradores “não apenas pelo talento, mas também pelo caráter”. “Não queria em Blameless pessoas que não vivessem de forma irrepreensível. Integridade era tão importante quanto talento artístico”.

Apesar da reaproximação com a música, Jackie afirmou que ainda é cautelosa em relação ao mercado secular. Para ela, seu retorno não é apenas artístico, mas espiritual: “Quando algo se alinha com o propósito de Deus, é para lá que eu vou. A música é apenas mais uma forma de discipulado”, concluiu, de acordo com o The Christian Post.

Ativista LGBT que vandalizou 3 igrejas é procurado pela Polícia


As autoridades de Nova York estão tentando identificar um homem que vandalizou três igrejas no bairro de Far Rockaway, no Queens, enquanto carregava uma bandeira do orgulho LGBT. O caso está sendo investigado como crime de ódio.

O programa Crime Stoppers, do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), divulgou um apelo público por informações sobre o suspeito, que, segundo as autoridades, cometeu os atos de vandalismo em 5 de outubro, entre 1h40 e 2h da manhã. As igrejas afetadas foram a Refúgio de Cristo, a Cidade do Oásis da Libertação e a Santa Maria Estrela do Mar.

De acordo com o relatório do Crime Stoppers, o indivíduo mascarado pichou “declarações anticristãs” nas fachadas dos templos e ainda pintou os rostos de duas estátuas religiosas na propriedade da Igreja de Santa Maria. As câmeras de segurança registraram um homem vestindo roupas pretas, óculos escuros e uma máscara facial com as cores do arco-íris, enquanto segurava uma bandeira do orgulho LGBT.

“O Departamento de Polícia da Cidade de Nova York está pedindo a ajuda do público para identificar o indivíduo retratado na mídia anexa, que é procurado em conexão com múltiplos atos de vandalismo, considerados crimes de ódio, ocorridos na área da 101ª Delegacia”, informou o programa Crime Stoppers. A investigação está sendo conduzida pela Força-Tarefa de Crimes de Ódio do NYPD.

Em nota, a Diocese Católica do Brooklyn, responsável por igrejas localizadas tanto no Brooklyn quanto no Queens, agradeceu aos investigadores pela atuação no caso. “A Diocese do Brooklyn agradece ao Departamento de Polícia de Nova York pela diligência e investigação contínuas neste caso”, afirmou.

“O vandalismo e a profanação descobertos na Igreja de Santa Maria Estrela do Mar, em Far Rockaway, no mês passado, foram absolutamente vergonhosos. Continuamos a rezar pelo indivíduo responsável, bem como por uma maior tolerância religiosa em nossa cidade”.

O episódio se soma a um cenário de aumento de hostilidades contra igrejas nos Estados Unidos. Segundo um relatório divulgado pelo Family Research Council (FRC), mais de 400 atos de hostilidade contra templos cristãos foram registrados em 43 estados no último ano, afetando 383 igrejas.

De acordo com o The Christian Post, o estudo, baseado em registros públicos, reportagens e documentos oficiais, apontou 415 incidentes em 2023.

“Embora as motivações para muitos desses incidentes permaneçam desconhecidas, o aumento dos crimes contra igrejas está ocorrendo em um contexto no qual menos americanos frequentam cultos religiosos ou se identificam com uma fé específica”, observou o relatório.

Dezenas ficam feridos após ônibus capotar na volta de um retiro

Cerca de duas dezenas de adolescentes e adultos ficaram feridos em um acidente de ônibus na Califórnia, em um trecho estreito de estrada à beira de um penhasco, enquanto retornavam de um retiro para jovens. Um dos passageiros descreveu a sobrevivência como um “milagre”.

A Diocese Católica Romana de Orange informou em uma nota que os feridos eram crianças e funcionários da Igreja Católica Nossa Senhora de Guadalupe, em Santa Ana, que voltavam de um retiro nas montanhas de San Bernardino na noite de domingo.

“Convidamos todos na Diocese de Orange, e todas as pessoas de boa vontade, a se unirem em oração pela cura como forma de lidar com este trágico incidente”, afirmou a diocese. “Que o Senhor traga cura, conforto e paz à comunidade de Nossa Senhora de Guadalupe (Santa Ana)”.

A instituição agradeceu ainda aos socorristas pela “atitude rápida e profissional no atendimento ao acidente e por encaminharem os feridos para atendimento médico”.

O Corpo de Bombeiros do Condado de San Bernardino informou, em comunicado publicado na rede X, que o ônibus transportava 36 pessoas e “capotou em uma curva” na Rodovia 330, ao sul de Running Springs. No total, 26 passageiros ficaram feridos, sendo três em estado grave. As vítimas eram “uma mistura de adultos e adolescentes”.

De acordo com o relatório, 20 feridos foram levados a hospitais da região, enquanto os demais recusaram atendimento. A Patrulha Rodoviária da Califórnia conduz a investigação sobre a causa do acidente. “Acionadas pouco antes das 21h, as primeiras equipes a chegar encontraram o ônibus tombado em um acostamento, com pessoas tentando sair do veículo — muitas delas pela escotilha no teto”, relatou o Corpo de Bombeiros.

A passageira adolescente Ariana Rivera, que ficou ferida, contou à KTLA que o ônibus “capotou e depois deslizou”. Ela afirmou ter perdido a consciência e acordado “em estado de choque”. Segundo o canal, o acidente teria sido provocado por falha nos freios, o que levou o motorista a desviar o veículo contra uma rocha para evitar cair no penhasco.

Em entrevista à CBS LA, Rivera disse que se preparou quando o motorista avisou que o acidente era inevitável. “Eu me virei para minha irmã, a abracei e simplesmente orei a Deus para que tudo ficasse bem”, afirmou.

A irmã, Brittany Rivera, também orou durante o acidente e destacou que a experiência lhe ensinou que “a vida pode acabar em um segundo”. Ela acrescentou que “Deus fez um milagre” ao permitir que todos sobrevivessem.

O Corpo de Bombeiros de San Bernardino informou que, no início deste ano, havia realizado um simulado de emergência com múltiplas vítimas envolvendo um ônibus escolar capotado, com adolescentes e adultos a bordo, em uma operação conjunta com diversas agências estaduais e municipais.

Pastor reprova cristianismo cultural: ‘Valores sem Cristo’

Durante a Conferência Esperança Viva, realizada nos dias 8 e 9 de novembro em Lisboa, o pastor Sidson Novais, líder da Missão Cristã Internacional (MCI), afirmou que a Europa “tentou viver sem Cristo e agora colhe o vazio dessa escolha”. O evento reuniu centenas de cristãos de diferentes regiões de Portugal e de outros países, com o objetivo de discutir o papel da fé em uma sociedade cada vez mais secularizada.

Segundo o pastor, o continente europeu acreditou ser possível construir uma sociedade justa e racional sem a presença do cristianismo. “A Europa acreditou que, pela razão, pela inteligência e pelo bom senso, o ser humano poderia desenvolver uma sociedade que faria bem a todas as pessoas e todos seriam felizes. E acreditaram que isso seria possível fazer sem o cristianismo”, declarou.

Ele observou que, após décadas de secularização, há sinais de renascimento da fé. “Trabalharam tanto para desconstruir os traços do cristianismo na Europa. Tantas ideologias foram impostas para eliminar a base histórica, mas o mundo percebeu que fez mal. Acreditaram que a secularização iria acabar com a fé, mas, na verdade, a fé renasceu”, afirmou.

Sidson criticou políticas públicas e decisões institucionais que buscam remover símbolos cristãos de locais públicos. “Disseram: ‘Não precisamos chamar o Natal de Natal. Não devemos comemorar a Páscoa. Não podemos ter símbolos religiosos nos lugares’. Mas o cristianismo faz parte da nossa raiz. A base da nossa sociedade e das nossas leis é fundamentalmente cristã”, disse.

O pastor mencionou que esse afastamento das tradições cristãs tem provocado questionamentos em países como o Reino Unido. Ele citou, como exemplo, a recente declaração do biólogo britânico Richard Dawkins, que se descreveu como “cristão cultural”. “O ateu mais famoso do mundo disse: ‘Eu me considero um cristão cultural. Mas eu não tenho fé em Jesus’. Ele disse: ‘Eu posso ter fé no cristianismo sem ter fé em Jesus’”, relatou Sidson.

Para o líder da MCI, esse tipo de pensamento representa um equívoco espiritual. “O que vem a ser o cristianismo cultural? É quando se valoriza o cristianismo como herança cultural e moral, mas não se quer crer em Cristo. Isso é loucura. Paulo já disse: ‘A loucura de Deus é mais sábia do que os homens’”, afirmou.

O pastor acrescentou que não existe substituto para a fé em Cristo. “Quando você desconstrói alguma coisa, precisa ter algo melhor para colocar no lugar. Eles não tinham nada melhor, e não há nada melhor que Jesus”, disse.

Ele alertou que o cristianismo cultural não pode experimentar o poder transformador do Evangelho. “O cristianismo cultural nunca poderá usufruir do poder da ressurreição, porque esses que se dizem cristãos culturais não acreditam que Jesus nasceu de uma virgem nem que ressuscitou. Mas é justamente a ressurreição que traz o poder do Evangelho”, declarou.

Sidson afirmou que o testemunho dos discípulos demonstra a força dessa verdade. “O poder da ressurreição faz com que a igreja seja viva. Foi quando os discípulos viram o Cristo ressurreto que nada mais temeram. Pedro, que negou, nunca mais negaria. Eles entenderam: seguimos alguém que tem poder sobre a morte”, observou.

Ao encerrar sua participação, o pastor destacou a importância de os cristãos refletirem a luz de Cristo em tempos de crise espiritual. “O europeu está à procura de uma luz que o conduza, mas não reconhece que essa luz é Jesus. O mundo pode querer o lado bonito do cristianismo, mas sem Cristo não há cristianismo verdadeiro. A luz de Jesus é a única capaz de vencer as trevas”, afirmou, de acordo com informações do portal Guia-me.

Sidson concluiu a conferência com uma mensagem de esperança: “No final, Deus enxugará dos nossos olhos todas as lágrimas. Dos tempos sombrios, a luz prevalecerá. A luz vai vencer”, disse. “Não há esperança viva sem Jesus. Somente aqueles que acreditam que Ele ressuscitou e vivem o poder da ressurreição podem refletir a luz de Cristo neste mundo”.

Câmara de Porto Alegre aprova ‘intervalo bíblico’ nas escolas

A Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou, em 10 de novembro, um projeto de lei que autoriza a criação do “Intervalo Bíblico” nas escolas públicas e privadas da capital gaúcha.

A proposta, de autoria do vereador Hamilton Sossmeier (Podemos), permite que estudantes realizem encontros voluntários para leitura da Bíblia, oração e partilha de experiências de fé dentro do ambiente escolar.

Encontros voluntários

O texto aprovado estabelece que as atividades deverão ocorrer sem censura ou interferência da administração escolar, em horários previamente acordados com a direção, de modo a não comprometer o andamento das aulas. O vereador argumenta que a medida não fere o princípio da laicidade do Estado, pois trata-se de uma manifestação livre, pacífica e espontânea de fé, sem imposição de crença ou doutrinação.

“A proposta respeita integralmente o princípio da laicidade do Estado, uma vez que laicidade não significa hostilidade à religião, mas sim a garantia de que todos possam expressar sua fé livremente no espaço público, desde que de forma pacífica, voluntária e respeitosa”, afirmou Sossmeier.

O parlamentar destacou ainda que a liberdade religiosa é um direito constitucional, e que a aprovação da proposta reforça a proteção desse princípio nas escolas.

Reações e contexto

De acordo com o vereador, o projeto surgiu após episódios recentes em que estudantes que se reuniam espontaneamente para ler a Bíblia ou orar foram impedidos de realizar as atividades em instituições de ensino.

“Essas situações mostram a necessidade de assegurar esse direito de forma explícita”, acrescentou.

O texto aprovado pela Câmara prevê que o Intervalo Bíblico seja uma atividade opcional, aberta a alunos de qualquer denominação cristã e conduzida sem recursos públicos ou interferência pedagógica.

Com a aprovação, o projeto segue agora para sanção ou veto do prefeito de Porto Alegre. Caso sancionado, o município se tornará um dos primeiros do país a institucionalizar um espaço de convivência religiosa dentro das escolas, sob o princípio da liberdade de crença e expressão de fé.

Cidades bíblicas darão nomes a blocos de condomínio evangélico

Um projeto imobiliário em Nova Iguaçu (RJ) vem chamando atenção por propor uma experiência de moradia inspirada na Terra Santa, voltada exclusivamente ao público evangélico. O Residencial Clube Manancial da Fé, idealizado pelo empresário Alcindo Plácido, pretende unir conforto, espiritualidade e segurança em um mesmo espaço, segundo definição do próprio empreendedor.

Localizado na Baixada Fluminense, região onde cerca de 40% da população acima de 10 anos se declara evangélica, o empreendimento foi concebido para recriar um ambiente de convivência com referências à fé cristã. O projeto prevê 22 blocos de apartamentos, batizados com nomes de cidades bíblicas como Jerusalém, Jericó, Betânia, Nazaré e Belém.

O condomínio oferecerá 420 unidades, com opções de 44 m², de dois quartos, e versões maiores de 51,5 m² com garden. A infraestrutura incluirá piscinas, quadras esportivas, academia, espaços gourmet, pet place e jardins, buscando integrar lazer e bem-estar a um ambiente considerado “consagrado”.

O modelo de financiamento acessível também é um atrativo: as prestações partirão de R$ 600 mensais, com valor médio de R$ 260 mil por imóvel.

Fé e moradia

O Residencial Clube Manancial da Fé é a terceira iniciativa de Alcindo Plácido na tentativa de lançar empreendimentos temáticos religiosos. Duas propostas anteriores não chegaram a ser concretizadas, mas o empresário conseguiu lançar o loteamento Reserva da Paz, também em Nova Iguaçu, cuja proposta era reservar o espaço “para irmãos na fé”.

“Quando você entrega um produto alinhado aos valores das pessoas, cria algo que vai além da moradia: cria comunidade. Além de ser tendência, é também uma oportunidade de negócios”, declarou Plácido ao Uol.

A moradora Paula Barbosa, que vive no Reserva da Paz, afirmou que o formato “religioso e comunitário” foi um diferencial importante, especialmente em um contexto de alta criminalidade. De acordo com o Atlas da Violência 2024, Nova Iguaçu apresenta 35,8 mortes por 100 mil habitantes, índice que preocupa moradores e reforça o apelo por ambientes seguros e coesos socialmente.

Fé e mercado

A proposta do condomínio, porém, divide opiniões. Críticos apontam que o projeto pode representar uma estratégia mercadológica que explora a religiosidade como nicho econômico. Já os defensores veem na iniciativa uma expressão legítima da fé e uma tentativa de promover convivência comunitária entre cristãos.

Segundo o portal Condomínio Interativo, muitos fiéis acreditam que empreendimentos desse tipo permitem uma “experiência bíblica” mais profunda, conectando a vida cotidiana à espiritualidade.

Para o idealizador, a proposta não se resume à moradia, mas à criação de um espaço que reforça valores cristãos e oferece um ambiente seguro para famílias evangélicas, reunidas por “afinidade”.

A previsão é que o empreendimento inicie as entregas em etapas nos próximos anos, consolidando-se como o primeiro condomínio temático de inspiração bíblica: “Até o momento, 2 mil pessoas se inscreveram, 60 unidades já estão reservadas e 35 contratos foram aprovados pela Caixa Econômica Federal. Percebemos que esse público busca um lar tranquilo, com valores semelhantes e estrutura de qualidade”.

Ex-atriz de filmes adultos é batizada e quer testemunhar

A ex-atriz de filmes adultos Jenna Jameson, que ficou conhecida mundialmente como a “Rainha Pornô”, anunciou publicamente sua conversão ao cristianismo e afirmou estar usando sua influência para ajudar outras pessoas a conhecer Jesus. Aos 51 anos, ela compartilhou nas redes sociais um vídeo em que aparece olhando para a câmera e, sem som, diz: “mudando de lado”.

Na legenda da publicação feita no Instagram, Jameson escreveu: “Depois de décadas sendo conhecida pelo meu corpo e pelo pecado, ser batizada e ajudar outros a encontrarem Jesus também”.

Ela acrescentou uma mensagem curta: “Abra a Bíblia… você não vai se arrepender”, acompanhada de um emoji de cruz.

Em uma postagem posterior, a ex-atriz explicou que sua jornada espiritual tem provocado diferentes reações do público.

“Minha jornada de fé é pessoal e estou tornando-a pública porque sei que há inúmeras pessoas que desejam conhecer a Cristo, mas têm medo do julgamento. Eu não tenho medo e continuarei mostrando às pessoas que os quebrantados são os mais importantes para Ele”, afirmou.

Em outra publicação, Jameson compartilhou uma foto sua com a legenda “a mulher no poço”, em referência ao relato bíblico de João 4, onde Jesus acolhe uma mulher marcada por erros do passado.

Reencontro com a fé

Em setembro, a artista já havia falado sobre seu reencontro com Deus, publicando uma montagem com fotos suas aos 18 e aos 51 anos: “Definitivamente passei por muita coisa, mas sou grata. Reencontrei minha fé e estou em paz. Minha crença no Altíssimo me levou a uma força que eu nem sabia que tinha”, escreveu.

Nascida em Las Vegas, Jameson teve uma infância conturbada, marcada pela morte precoce de sua mãe. Ingressou na indústria de filmes adultos no início da década de 1990 e rapidamente se tornou uma das figuras mais conhecidas do setor, recebendo em 1996 o título de “Melhor Revelação” e o apelido de “Rainha do Pornô”.

Nova vida após o passado

Após se aposentar em 2008, Jameson trabalhou como modelo de webcam e passou por diversos desafios pessoais. Em abril de 2024, anunciou a separação de sua companheira Jessi Lawless, após 11 meses de união civil. Mãe de três filhos, ela tem falado abertamente sobre lutas contra o vício e relacionamentos conturbados.

Em 2015, durante seu relacionamento com o empresário israelense Lior Bitton, anunciou sua conversão ao judaísmo, declarando: “Minha sobriedade e minha fé são as coisas mais importantes para mim. Sendo judia, devo proteger meu amor por Deus acima de tudo”.

Hoje, ao comentar sua nova fé cristã ao New York Post, Jenna afirmou: “Estou sendo aberta e orgulhosa sobre minha caminhada com Jesus Cristo. Proclamar meu amor por Ele está abrindo os olhos de muitas pessoas para o fato de que elas não são irredimíveis.”

Transformação

A história de Jameson ecoa trajetórias semelhantes de outros ex-artistas da indústria pornográfica que encontraram redenção na fé cristã.

A ex-atriz Brittni De La Mora, que hoje atua como líder cristã, relatou que a indústria do sexo “cria dependência e vergonha”. Ela contou que, mesmo após querer deixar o meio, permaneceu por sete anos por acreditar que “estava perdida demais para ser redimida”.

“Eu era viciada em drogas e me sentia sem esperança. Satanás convence muitos de que não há saída, e eu já estive lá. Hoje ajudo pessoas a romper com essas mentiras”, declarou.

Outro ex-ator, Joshua Broome, atualmente escritor e palestrante cristão, defendeu em entrevista ao mesmo veículo que a Igreja deve abordar abertamente o tema da pornografia.

“A Bíblia diz para nos submetermos a Deus e resistirmos ao diabo, e ele fugirá de nós. Mas temos a tendência de esquecer essa primeira parte”, disse, citando Tiago 4:7.

Broome afirmou ainda que falar sobre sexualidade sob uma ótica bíblica e honesta é essencial para a restauração espiritual e emocional dos fiéis.

A trajetória de Jenna Jameson representa, segundo ela própria, um testemunho de que ninguém está fora do alcance da graça divina. Hoje, a ex-atriz afirma querer dedicar sua vida a inspirar pessoas que se sentem quebradas ou condenadas.

“Proclamar meu amor por Cristo é minha nova missão. Eu vivi no outro lado, mas agora encontrei a verdade — e quero ajudar outros a encontrarem também”, concluiu.

Vi pastor parar tiroteio levantando Bíblia, diz ’Capitão Nascimento’

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O ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro, Rodrigo Pimentel, relatou experiências que revelam a presença marcante da religião nas forças de segurança e nas comunidades dominadas pelo crime.

Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., apresentado por Rogério Vilela, ele participou ao lado da jornalista e pesquisadora Viviane Costa, que estuda o impacto da fé nas favelas cariocas e nas instituições policiais.

Pimentel, conhecido por inspirar o personagem Capitão Nascimento do filme Tropa de Elite com seu trabalho nas operações especiais do Rio de Janeiro, contou episódios que demonstram a influência do cristianismo evangélico entre policiais. Um dos relatos mais marcantes envolve um pastor que interrompeu um tiroteio apenas com uma Bíblia nas mãos.

“Ele ergueu uma Bíblia no meio da rua e começou a atravessar. O pastor atuou como mediador, era certamente pentecostal. Em meio ao tiroteio, com a Bíblia na mão, os bandidos pararam de atirar”, lembrou o ex-capitão.

O policial ferido na ocasião foi levado para uma igreja próxima, onde morreu. Segundo Pimentel, poucas horas antes, o agente havia confidenciado: “Capitão, eu voltei para a minha esposa e voltei pra Jesus”.

O relato, segundo ele, é um exemplo de como a espiritualidade molda a rotina de policiais que vivem em confronto constante com a violência.

Conversões nas favelas

A jornalista Viviane Costa explicou que, nos anos 2000, os testemunhos de conversão — tanto de policiais quanto de ex-criminosos — se tornaram um fenômeno comum nas igrejas evangélicas das periferias do Rio de Janeiro.

“Os testemunhos de conversão dominavam os púlpitos evangélicos. Era o ‘ex-bandido’, o ‘ex-viciado’, o ‘ex-traficante’. Eles contavam suas histórias e se tornavam pregadores itinerantes”, afirmou.

Viviane relatou ter presenciado cultos em que ex-criminosos mostravam marcas de tiros e relatavam experiências próximas da morte.

“Muitos diziam que ouviram no hospital: ‘Você não vai morrer, porque Deus tem um plano na sua vida’. E dali saíam transformados, pregando o Evangelho.”

Segundo ela, essas narrativas de conversão serviam como instrumento de reintegração social e moral, tanto para quem havia deixado o crime quanto para quem atuava nas forças de segurança.

“Aceitou Jesus” em operação

Pimentel também relatou o caso de um capitão do Bope que era pastor da Assembleia de Deus. Durante uma operação na Floresta da Tijuca, a equipe encontrou um homem ferido após um confronto.

“O bandido tinha perdido um olho e estava morrendo por hemorragia. O capitão, que também era pastor, chamou um helicóptero da Polícia Civil e pediu resgate”, contou.

Questionado sobre o motivo do pedido, o oficial respondeu: “Porque o bandido aceitou Jesus”.

Para Pimentel, o episódio mostra como a religião atua como ponte entre o confronto e a misericórdia, influenciando decisões até em momentos de guerra urbana.

Transformação pessoal

Durante o programa, Viviane compartilhou também uma história pessoal sobre a conversão de seu pai, então policial: “Minha mãe se converteu primeiro e começou a orar pela conversão dele. Eu tinha cinco anos quando comecei a ir aos cultos de libertação pedindo para que Deus o salvasse”, relatou.

Segundo ela, o pai enfrentava problemas com o alcoolismo e a infidelidade, o que afetava a família. Apesar das dificuldades, a mãe manteve-se firme na fé.

“Ela disse: ‘Se só posso ir um dia, vou ao culto de libertação’. E foi assim que Deus transformou meu pai”, afirmou.

Anos depois, o pai de Viviane se converteu e tornou-se presbítero da Assembleia de Deus, experiência que, segundo ela, “mudou completamente o rumo da família”.

Religião nas periferias

Os relatos apresentados no podcast apontam para o papel central da fé, tanto na reintegração de ex-criminosos quanto no equilíbrio emocional e moral de policiais.

Para Pimentel, a fé é uma força silenciosa, porém decisiva, nos bastidores da segurança pública. Já Viviane destaca que, nas comunidades, as igrejas exercem um poder simbólico que frequentemente supera o das instituições estatais.

O episódio reforça, segundo ambos, a complexa relação entre violência, espiritualidade e transformação pessoal, mostrando como a fé cristã se tornou um fator determinante na vida de muitos agentes e moradores das periferias do Rio de Janeiro.