“Castigo divino”? Irmão de Zezé sobre sobre a morte de Preta Gil

Welington Camargo, irmão dos cantores Zezé Di Camargo e Luciano, publicou um vídeo em suas redes sociais na noite de segunda-feira (21/07) associando a morte de Preta Gil, um dos nomes mais conhecidos da música baiana, a um suposto “castigo divino”.

A artista faleceu no sábado (19/07), aos 50 anos, vítima de complicações de um câncer no intestino com metástase, diagnosticado inicialmente em janeiro de 2023, contra o qual vinha lutando clinicamente desde então.

Em declaração gravada, Welington Camargo lamentou a morte de Prega Gil, mas ligou o acontecimento a uma suposta reação divina, talvez, devido às ideias defendidas pela filha de Gilberto Gil, que é declaradamente bissexual e adepta de religiões de matriz africana:

“Fiquei muito triste com isso, porém nós sabemos que a Bíblia diz que de Deus não se escarnece”, disse ele. O cantor gospel exibiu ainda um trecho de uma entrevista antiga de Preta Gil, alegando relação entre a doença e declarações da artista sobre sexualidade: “Vou botar um vídeo dela dizendo que dar o [ânus] é bom, é maravilhoso, e olha bem onde foi a doença dela”.

Apesar das afirmações, Camargo declarou: “Não se escarneçam de Deus, porque de Deus não se escarnece. Sinto muito, deixo meu abraço à família dela”. O vídeo gerou reações imediatas, com usuários nas redes sociais acusando-o de desrespeitar o luto da família e promover discurso de ódio.

Contexto do tratamento médico

Preta Gil havia iniciado tratamento contra o câncer intestinal há dois anos e meio, submetendo-se a múltiplas sessões de quimioterapia, radioterapia e cirurgias. Em 2024, viajou aos Estados Unidos para um tratamento experimental após recidiva da doença em estágio avançado.

A artista faleceu no Rio de Janeiro, cercada por familiares. Até o momento, representantes da família de Preta Gil não se pronunciaram sobre as declarações de Welington Camargo.

Pastor acusado de abusar de adolescente que aconselhava

Stanley Jay, de 61 anos, pastor da Igreja Worship Life Center em Mesa, Arizona, foi preso em 23 de julho sob acusações de crimes sexuais contra uma adolescente de 16 anos.

Segundo registros do Tribunal Superior do Condado de Maricopa, Jay enfrenta quatro acusações de abuso sexual, duas de conduta sexual com menor e uma de aliciamento de menor para exploração sexual. Ele permanece sob custódia, com fiança estipulada em US$ 200 mil.

De acordo com documentos judiciais, os abusos teriam ocorrido no contexto de sessões de aconselhamento. A adolescente procurava apoio emocional após a morte de seu irmão. Durante uma dessas conversas, no início de maio, o pastor teria tocado a vítima por cima da roupa. Dias depois, a conduta teria evoluído para pedidos de imagens íntimas e o envio, por parte de Jay, de um vídeo de teor sexual.

A vítima relatou à polícia que se sentiu pressionada a obedecer, mesmo estando enojada com os pedidos. Segundo o depoimento, ela temia contar à mãe e afirmou que Jay se aproveitou de sua condição emocional. Ele teria solicitado que ela “prometesse de mindinho” não revelar a ninguém o que havia ocorrido.

A esposa de Stanley Jay informou à congregação, por e-mail em maio, que ele estava deixando o cargo pastoral. Em conversa com um membro da igreja, ela confirmou que havia ocorrido troca de mensagens explícitas entre o pastor e a adolescente, segundo os autos. A denúncia foi levada à polícia em 28 de maio por um fiel. A adolescente foi ouvida por investigadores no dia seguinte.

Durante um sermão realizado em 25 de maio, ocasião que coincidiu com seu aniversário, Jay mencionou seu passado criminal: “Não achei que chegaria a esse ponto na vida por causa da vida que vivi”, declarou.

Ele se identificou como “um criminoso condenado três vezes” e mencionou ter sido usuário de drogas. “Costumava fumar maconha”, afirmou ao público. O sermão foi encerrado com uma mensagem sobre domínio próprio: “Você tem que administrar essa coisa [a mente], ou essa coisa vai te arruinar”.

A Igreja Worship Life Center desativou seu site e suas redes sociais após a prisão do pastor. A Igreja Cristã Living Praise, onde Jay também atuava, não respondeu aos pedidos de comentário feitos pelo The Christian Post.

Pastores celebram punição a Alexandre de Moraes: ‘Grande dia!’

A penalização de Alexandre de Moraes pela Lei Magnitsky nesta quarta-feira, 30 de julho, foi comentada por pastores evangélicos em publicações nas redes sociais como consequência de abusos e desmandos cometidos pelo próprio ministro.

O anúncio da penalização pelo Tesouro Americano no início da tarde mobilizou lideranças evangélicas como o pastor Renato Vargens, que usou sua conta no X para um desabafo: “Grande dia!”, escreveu o líder da Igreja Cristã da Aliança em Niterói (RJ).

O reverendo Ageu Magalhães, da Igreja Presbiteriana de Vila Guarani, em São Paulo, seguiu na mesma linha, mas acrescentou em seu post que o ministro precisa se arrepender para evitar a punição máxima: “Grande dia. Finalmente, aquele que exerceu injustiça ao máximo encontrou uma punição. Que a aplicação da Lei Magnitsky o quebrante e o faça se arrepender dos seus abusos. E que ele busque em Cristo o perdão para seus pecados”.

O pastor Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), deputado federal, listou algumas das condutas que foram consideradas pelos Estados Unidos suficientes para incluí-lo na legislação que, na prática, decreta uma “morte financeira” aos sancionados:

“Ele rasgou a Constituição. Pisou no devido processo legal. Calou brasileiros, censurou jornalistas, prendeu sem crime. O Senado foi omisso. Fingiu que não viu. Mas ele não parou. Atacou também direitos humanos de cidadãos americanos, feriu a liberdade de expressão além das nossas fronteiras. E o que o Senado brasileiro não teve coragem de fazer… os EUA fizeram com força”, escreveu Sóstenes.

O deputado federal acrescentou ainda que o caso é um sintoma que indica que o Brasil já não é uma república: “Quando o mundo reage ao que o Brasil tolerou, é porque a democracia aqui já foi longe demais na direção errada”.

Incredulidade

O pastor batista e youtuber Yago Martins, do canal Dois Dedos de Teologia, afirmou em 09 de julho no X que duvidava que os Estados Unidos fossem sancionar Alexandre de Moraes: “Todo mundo sabe que esse papo de Lei Magnitsky é só mais um pendrive do Dudu, mais um ‘só mais 72h’”, escreveu na ocasião.

Hoje, com a realidade indicando desfecho contrário, admitiu estar errado: “Eu absolutamente não achei que isso ia pra frente (dado o histórico do Dudu de prometer e nunca fazer nada: era pendrive, tictac, 72h etc.). Me impressionou terem finalmente feito algo concreto contra o Xandão. Curioso pelas cenas dos próximos capítulos nessa briga”.

Outro pastor batista, Judiclay Santos, fez publicação sucinta no Instagram em tom similar aos outros líderes evangélicos: “Excessos têm preço e a conta chegou”.

Rubio: Magnitsky sobre Alexandre de Moraes é aviso ao STF

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos confirmou, nesta semana, a aplicação de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Global Magnitsky. A sanção ocorre por violações graves de direitos humanos, conforme previsto na legislação americana aprovada em 2012 e ampliada em 2016.

O senador Marco Rubio, atual secretário de Estado do governo Trump, utilizou sua conta oficial na plataforma X para comentar a medida. “O presidente dos Estados Unidos e o Tesouro Americano sancionaram o ministro do Supremo Tribunal Federal brasileiro Alexandre de Moraes sob o programa de sanções Global Magnitsky, por graves violações de direitos humanos. Que isto sirva de aviso a quem pretende atropelar os direitos fundamentais de seus compatriotas — toga nenhuma os protegerá”, escreveu Rubio em 30 de julho.

A possibilidade de que autoridades brasileiras fossem incluídas no programa Global Magnitsky vinha sendo discutida publicamente desde o início do ano, impulsionada por denúncias internacionais envolvendo decisões do STF. A inclusão de Moraes ocorreu isoladamente, apesar de expectativas de que outros membros da Corte também fossem sancionados.

Entre as medidas já adotadas anteriormente, o governo norte-americano havia cancelado os vistos diplomáticos de Moraes e de outros integrantes do Judiciário e Ministério Público brasileiro. Foram atingidos pela decisão o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e sete ministros do STF: Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Dias Toffoli, Edson Fachin, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que realiza articulações nos Estados Unidos junto a parlamentares republicanos, afirmou que havia solicitado a aliados do ex-presidente Donald Trump que a primeira punição fosse aplicada diretamente a Moraes. A declaração foi feita durante evento realizado por grupos conservadores norte-americanos em julho.

Nos últimos meses, o Supremo Tribunal Federal foi alvo de críticas por decisões relacionadas aos atos de 08 de janeiro de 2023. A Corte determinou penas que variam de 14 a 17 anos de prisão a diversos envolvidos nos protestos, e autorizou a manutenção de medidas cautelares contra pessoas idosas ou com comorbidades.

Além disso, decisões judiciais recentes impactaram empresas estrangeiras, como as plataformas X (antigo Twitter), Rumble e, indiretamente, a Truth Social, rede social ligada ao presidente Donald Trump. O bloqueio de perfis de usuários conservadores e as regras impostas às redes sociais brasileiras foram considerados pela Casa Branca, segundo a revista Oeste, como violações à soberania dos Estados Unidos.

Em 24 de maio, Marco Rubio já havia declarado que existia “uma grande possibilidade” de sanções contra Moraes, durante audiência no Senado norte-americano. Na ocasião, o senador republicano reiterou que a liberdade de expressão e o devido processo legal devem ser respeitados em qualquer democracia aliada dos EUA.

A Lei Magnitsky, criada em resposta à morte do advogado russo Sergei Magnitsky em 2009, permite ao governo dos Estados Unidos aplicar sanções econômicas, suspender vistos e bloquear bens de estrangeiros acusados de corrupção ou abusos de direitos humanos. Desde sua expansão, a norma tem sido usada em casos envolvendo governos da Venezuela, China, Rússia, Nicarágua e, agora, o Brasil.

.@POTUS and @USTreasury have sanctioned Brazilian Supreme Court Justice Alexandre de Moraes under the Global Magnitsky sanctions program for serious human rights abuses. Let this be a warning to those who would trample on the fundamental rights of their countrymen—judicial robes…

— Secretary Marco Rubio (@SecRubio) July 30, 2025

Jornalista da Globo é cobrada por mulher insatisfeita com emissora

A jornalista Leilane Neubarth, da GloboNews, foi abordada por uma mulher em tom crítico durante a tarde de terça-feira, 29 de julho, dentro de uma loja. A interlocutora, que não foi identificada, expressou descontentamento com o trabalho jornalístico da TV Globo, e parte da interação foi registrada em vídeo pela própria apresentadora.

No trecho compartilhado no Instagram da jornalista, a mulher se refere ao trabalho da emissora com o termo “jornalixo”. Durante o desabafo, ela afirmou: “Trabalho com gente pobre, muito pobre, que acredita nas bobagens que vocês falam. Jornalixo!”.

A crítica incluiu também observações contra os profissionais da emissora: “Fazem um jornalismo de lixo”, disse a mulher, acrescentando que considera os repórteres da Globo “insuportáveis” por, segundo ela, exercerem influência negativa sobre a sociedade.

Leilane Neubarth publicou o vídeo em seu perfil na rede social, mencionando que conseguiu gravar apenas o final do ocorrido. Em sua legenda, descreveu a abordagem como um ataque: “Eu demorei um pouco pra entender que a minha única ‘arma’ contra aquela agressão gratuita era meu celular. Gravei só o final do ataque”, escreveu.

A jornalista também caracterizou a mulher como “agressiva” e “extremamente debochada”. Ao final de sua publicação, fez um desabafo por se sentir desrespeitada: “Ninguém precisa gostar de ninguém. Mas acredito realmente que ‘o respeito é a luz que ilumina a escuridão da intolerância’”.

Patrão sequestra jovem e o força a se converter ao islamismo

Em Sultan Town, cidade de Sargodha, na província de Punjab, Paquistão, o adolescente cristão Shamraiz Masih, de 14 anos, alega ter sido convertido à força ao islamismo por seu patrão muçulmano e mantido em cativeiro.

A denúncia foi apresentada em 25 de julho por seu advogado, Tahir Naveed Chaudhry, à imprensa local. De acordo com o relato, Shamraiz desapareceu em 21 de julho após ir a um mercado. O jovem havia começado recentemente como aprendiz em uma oficina de motocicletas pertencente a Rana Munir, após o falecimento de seu pai, Imran Masih, quatro meses antes. Pertencente a uma família cristã muito pobre e membro da Igreja Presbiteriana local, Shamraiz precisou começar a trabalhar para ajudar sua mãe viúva.

Após seu desaparecimento, os irmãos do jovem registraram um Boletim de Ocorrência (BO) por sequestro. Dias depois, souberam que ele havia sido visto com Munir entrando na Madrassa Madina Ghausia, um seminário islâmico no bairro de Company Bagh.

“Quando os meninos foram à madrassa e perguntaram pelo irmão, foram informados de que Shamraiz havia se convertido voluntariamente ao islamismo e não fazia mais parte da família”, disse Chaudhry.

Nome muçulmano

O advogado informou que, em 22 de julho, um requerimento foi protocolado no tribunal do magistrado Rana Sohail Riaz, na cidade de Sargodha, solicitando que fosse registrada a declaração do jovem no caso de sequestro. No documento, apresentado em nome muçulmano — “Muhammad Umar” —, o adolescente alegou ter 15 anos e ter se convertido “por livre e espontânea vontade”, motivado pelos ensinamentos islâmicos.

Ele também afirmou que o processo movido por seu irmão Sahil Masih era “falso” e deveria ser arquivado, pois ele teria deixado a família voluntariamente. O magistrado convocou Sahil e o investigador do caso para comparecer ao tribunal em 25 de julho.

Na data marcada, porém, Shamraiz não compareceu. Segundo Chaudhry, a polícia apresentou um novo documento informando que o jovem havia prestado sua declaração no dia 24 de julho perante o juiz Muhammad Kashif Pasha, magistrado judicial especial em Lahore, cidade localizada a cerca de 180 quilômetros de Sargodha. A declaração reafirmava a conversão ao islamismo. O magistrado Riaz rejeitou o pedido com base na ausência de Shamraiz.

“Se Shamraiz tivesse comparecido ao tribunal em Sargodha, certamente teria revelado a verdade depois de ver sua mãe e seus irmãos, e foi por isso que o levaram para Lahore”, afirmou Chaudhry.

Conversão forçada

O advogado classificou a conversão como forçada e afirmou que Munir tinha intenção de manter o menino em cativeiro permanente. “Não há nenhuma outra razão plausível para essa suposta conversão”, declarou.

Chaudhry informou que tentou contato com líderes muçulmanos da região pedindo apoio para recuperar o menino. “Dissemos aos líderes religiosos que não nos opomos à mudança de fé de adultos, mas não podemos nos calar sobre conversões forçadas de menores. No entanto, não obtivemos nenhuma resposta positiva deles”, relatou.

A situação ganhou repercussão na sessão da Assembleia Provincial do Punjab, realizada em 25 de julho. Falbous Christopher, presidente do Comitê Permanente de Direitos Humanos e Assuntos de Minorias, condenou o ocorrido e solicitou intervenção governamental.

“Os apelos da mãe viúva do menino por sua recuperação causaram dor e angústia em toda a comunidade cristã”, afirmou. “Como é possível que apenas um garoto analfabeto de 14 anos tenha se inclinado para o islamismo enquanto seus outros familiares ainda são cristãos? Tais incidentes prejudicam a reputação do país, e é hora de o governo tomar medidas contra o sequestro e a conversão forçada de meninas e meninos menores de idade.”

Ocorrências semelhantes

Embora casos envolvendo meninos cristãos sejam raros, casos de conversões forçadas de meninas cristãs e hindus no Paquistão são amplamente documentados. Em setembro do ano passado, um garoto cristão de 17 anos, Samsoon Javed, foi convertido à força ao islamismo por seu empregador muçulmano, Umar Manzoor, enquanto trabalhava em um posto de gasolina na vila de Bhadru Minara, também em Punjab.

Alguns muçulmanos no Paquistão creem que a simples recitação da shahada — declaração de fé islâmica, conhecida como kalima em urdu — é suficiente para a conversão de não muçulmanos, independentemente de sua compreensão, convicção ou idade. Uma vez declarada a fé islâmica, retornar à religião anterior é considerado apostasia.

De acordo com a lei islâmica tradicional, a apostasia pode ser punida com morte, prisão ou confisco de bens. Embora essas punições não sejam usualmente aplicadas pelo Estado no Paquistão, há registros de ações violentas de indivíduos ou grupos religiosos radicais contra aqueles considerados apóstatas.

Perseguição religiosa

O Paquistão está atualmente classificado em 8º lugar na Lista Mundial de Observação 2025, divulgada pela organização cristã internacional Portas Abertas. O ranking mede os países com maior perseguição a cristãos no mundo.

O relatório destaca que, além da discriminação social e institucional, cristãos no país frequentemente enfrentam ameaças de violência, conversões forçadas e falta de acesso igualitário à justiça. O caso de Shamraiz Masih, segundo Chaudhry, será levado aos tribunais superiores nas próximas semanas, de acordo com informações do portal The Christian Post.

Canadá multa igreja por realizar evento com evangelista americano

BREAKING: Nearly a dozen Montreal police officers have entered the church that offered to host Christian rocker Sean Feucht after his original venue was cancelled tonight.

This comes after the socialist mayor declared that his “show will not be tolerated,” while threatening the… pic.twitter.com/Yf4Qu0icBE

— Alexandra Lavoie (@ThevoiceAlexa) July 25, 2025

A Igreja Ministerios Restauración, localizada no bairro Plateau-Mont-Royal, em Montreal, foi multada em US$ 2.500 por sediar um culto conduzido pelo missionário norte-americano Sean Feucht.

A congregação, de língua espanhola, foi penalizada pelas autoridades municipais sob a alegação de ter realizado o evento sem a devida autorização. A visita de Feucht à cidade integrou a turnê evangelística Revive in 25, que tem enfrentado resistência em diversas localidades do Canadá.

Segundo o National Post, o governo municipal justificou a penalidade à igreja com base no descumprimento de regulamentações locais. Um porta-voz do gabinete da prefeita Valérie Plante declarou: “Este espetáculo contraria os valores de inclusão, solidariedade e respeito defendidos em Montreal”. O representante ainda afirmou: “A liberdade de expressão é um dos nossos valores fundamentais, mas discursos de ódio e discriminação não são aceitáveis em Montreal”. A multa, segundo a prefeitura, decorre da realização do culto sem licença apropriada.

Feucht, conhecido por seu apoio ao ex-presidente Donald Trump e por se posicionar publicamente contra o aborto, a ideologia transgênero e a homossexualidade, tem atraído oposição por parte de autoridades e manifestantes em diversas cidades canadenses. Durante o evento em Montreal, vídeos postados na plataforma X mostraram policiais armados dentro da igreja, além do lançamento de uma bomba de fumaça contra o palco. Um homem de 38 anos foi detido por obstrução.

A turnê também enfrentou restrições em outras cidades. De acordo com a CTV News, pelo menos seis localidades cancelaram apresentações do missionário, entre elas Halifax (Nova Escócia), Charlottetown (Ilha do Príncipe Eduardo), Moncton (Nova Brunswick), Quebec e Gatineau (Quebec) e Vaughan (Ontário). Em Toronto, registros em vídeo mostraram a presença de agentes armados nos arredores de outro culto liderado por Feucht.

Em Winnipeg, o prefeito Scott Gillingham declarou à CBC em 29 de julho que a cidade ainda avaliava a autorização para o evento. “Embora suas opiniões sejam controversas, a Carta de Direitos e Liberdades do Canadá protege a liberdade de expressão”, afirmou. Ainda segundo o prefeito: “Meu entendimento, a partir de algumas coisas que vi… ou ouvi no passado, nos Estados Unidos, não é algo que, você sabe, valorizaríamos”.

Em declaração publicada no X, Feucht alegou estar enfrentando hostilidade por expressar sua fé publicamente. “Aqui está a dura verdade: se eu tivesse aparecido com cabelo roxo e vestido, alegando ser mulher, o governo não teria dito nada. Mas professar publicamente crenças cristãs profundamente arraigadas é ser rotulado de extremista — e ter um evento de culto gratuito classificado como um risco à segurança pública”, escreveu em 25 de julho.

O missionário também fez referência ao movimento Let Us Worship, iniciado por ele em 2020 como resposta às restrições impostas por governos locais durante a pandemia. “A pandemia pode ter acabado, mas o preconceito anticristão permanece”, declarou. No mesmo comunicado, reafirmou a continuidade de sua turnê: “Não nos encolheremos diante da perseguição religiosa — seja nos Estados Unidos, no Canadá ou em qualquer outro lugar. Encontraremos lugares para orar. Encontraremos lugares para louvar”.

No sábado, 27 de julho, Feucht escreveu em outra publicação que a oposição enfrentada no Canadá foi mais intensa do que em países reconhecidos por hostilidade à fé cristã. “Liderei louvores e preguei na África, no Oriente Médio e em todo o mundo em 2025. A perseguição mais intensa não ocorreu no Iraque ou na Turquia — mas no CANADÁ! Não tinha isso no meu cartão de bingo”, disse.

A condução do caso gerou reações dentro do próprio Canadá. Legisladores da Colúmbia Britânica expressaram insatisfação com a forma como Feucht foi tratado pelas autoridades, conforme reportado pelo Western Standard. O episódio também reacendeu o debate sobre liberdade religiosa no país.

Feucht, ex-líder de louvor da Bethel Music, também foi alvo de denúncias no início de 2025. Ex-colegas o acusaram de abuso espiritual e impropriedade financeira. Ele rejeitou as acusações como sendo “uma farsa completa”, de acordo com informações do portal The Christian Post.

O Canadá tem sido alvo de observações internacionais quanto ao tratamento de cristãos nos últimos anos. Durante a pandemia de COVID-19, vários líderes religiosos foram presos por conduzirem cultos. Um dos casos de maior repercussão ocorreu em 2021, quando o pastor Tim Stephens, de Calgary, foi detido após um helicóptero da polícia localizar sua congregação reunida ao ar livre. Na ocasião, o senador norte-americano Josh Hawley, do Missouri, pediu à Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional que avaliasse a inclusão do Canadá em sua lista de vigilância.

Let me get this right Montréal:

1) You canceled our permit for a peaceful outdoor worship gather for no reason.

2) You threatened a CHURCH on private property to not have church.

3) You send a battalion of police to intimidate us.

4) Antifa throws 2 smoke bombs at my head… pic.twitter.com/zt4516Bb2I

— Sean Feucht (@seanfeucht) July 26, 2025

Pastor cubano faz visita para levar remédios a fiéis e termina preso

O pastor Maikel Pupo Velázquez, membro da Aliança Cristã de Cuba (ACC), foi detido pelas autoridades cubanas no dia 09 de julho por um período de 14 horas. A detenção ocorreu após uma visita pastoral à casa de Marta Perdomo, mãe de Jorge e Nadir Martín Perdomo, dois jovens cristãos presos desde 2021 por participarem dos protestos pacíficos ocorridos naquele ano.

De acordo com informações divulgadas por entidades cristãs locais, o pastor havia levado remédios para a neta de Marta e prestado apoio espiritual à família. Apesar de breve, a prisão causou abalo emocional no pastor Velázquez.

Fontes ligadas à comunidade cristã relatam que a ação parece ter sido motivada por seu gesto de solidariedade, refletindo um padrão mais amplo de repressão contra líderes religiosos que demonstram apoio a familiares de prisioneiros políticos.

Os irmãos Jorge e Nadir foram condenados, respectivamente, a oito e seis anos de prisão sob as acusações de “desordem pública” e “desacato”. As condições relatadas nas prisões são especialmente severas no caso de Jorge, que estaria enfrentando isolamento, más condições sanitárias e maus-tratos por se recusar a realizar trabalho forçado.

Aumento da repressão

A situação ocorre no contexto do aniversário dos protestos de 11 de julho de 2021, data que marcou manifestações em diversas cidades cubanas por liberdade e melhores condições de vida. Desde o início de julho, diversas igrejas evangélicas em Cuba relataram aumento da vigilância e pressão direta por parte de autoridades para que não permitam a entrada de familiares de presos políticos em seus cultos.

Segundo relatos locais, Marta Perdomo tem enfrentado proibições para frequentar cultos religiosos e foi detida ao tentar participar de uma celebração em uma igreja da região. Pastores de diferentes denominações também teriam sido orientados a negar-lhe a entrada, sob ameaça de sanções governamentais.

Pastores que pregam temas como justiça, liberdade ou direitos humanos também têm sido alvo de advertências e ameaças. A comunidade cristã em Cuba teme que a repressão se intensifique nos próximos meses.

Apelos por apoio internacional

De acordo com Laura Díaz (nome fictício para proteção de identidade), parceira local da missão cristã Portas Abertas, “este caso mostra como Cuba está violando liberdades básicas de expressão, de religião e de tratamento humano nas prisões. O regime está criminalizando a fé e tentando silenciar o apoio espiritual às vítimas da repressão”.

A missão cristã tem mobilizado intercessores e apoiadores para oferecer suporte aos líderes religiosos cubanos. Em comunicado oficial, a entidade afirmou: “Para resistir à pressão e violência, líderes de igrejas na América Latina precisam estar aptos para responder à perseguição e orientar suas igrejas. Ore pela cura dos traumas do pastor Maikel Pupo após a prisão. Interceda pela segurança dos cristãos presos injustamente em 2021. Clame pelos cristãos proibidos de congregar em Cuba. Peça a Deus que fortaleça a Igreja cubana para que seja luz mesmo sob pressão”.

Atacante inglesa recebe título e agradece ‘ao Deus Altíssimo’

A seleção feminina da Inglaterra conquistou o título da EURO 2025, após vencer a Espanha nos pênaltis por 3 a 1, em final disputada na Suíça. O jogo, encerrado em 1 a 1 após a prorrogação, foi decidido com o gol derradeiro de pênalti marcado por Chloe Kelly, atacante do Arsenal. A conquista confirma a hegemonia da seleção inglesa no futebol europeu feminino.

Um dos destaques da campanha foi a jovem atacante Michelle Agyemang, de 18 anos, que foi eleita a Jogadora Jovem da Eurocopa. A atleta, que já integra a seleção principal e atua pelo Arsenal, utilizou suas redes sociais para expressar gratidão não apenas à equipe, mas principalmente a Deus.

“Um enorme obrigado aos fãs, treinador, staff e aos meus companheiros de equipa por fazerem deste torneio memorável!! Agradeço todo o apoio!”, publicou Michelle em seu perfil no Instagram.

A postagem foi acompanhada de um versículo bíblico que resume sua visão espiritual sobre a conquista: “1 Coríntios 15:57 — Mas graças a Deus! Ele nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo”.

“Só foi possível pela graça de Deus”

Em entrevista logo após o apito final, Agyemang relembrou sua trajetória com emoção. Ela destacou que, há apenas quatro anos, assistia à final da Euro 2022 como gandula em Wembley, quando a Inglaterra também conquistou o título com um gol decisivo de Chloe Kelly.

“Isso significa tudo pra mim. Isso só foi possível devido à graça de Deus”, declarou Agyemang. “Como você mesmo disse, foram quatro anos. É um espaço tão curto de tempo. E aqui estamos”.

Durante a conversa com jornalistas, a atacante ressaltou o papel da fé em sua jornada até a glória no futebol europeu. Agyemang disse ser grata a “Deus, o Altíssimo”, à equipe técnica e às colegas de equipe.

“Talvez pudesse ter me estressado um pouco menos, mas agora não tenho do que reclamar”, acrescentou.

Em entrevista à BBC, ela voltou a enfatizar sua gratidão: “Agradeço a Deus por onde Ele nos trouxe como equipe. Foi muito difícil superar a derrota no primeiro jogo e chegar até aqui, mas você sabe que tudo acontece por um motivo… Vencemos, somos campeãs europeias”.

Protagonismo e fé

Durante a campanha, Michelle Agyemang teve participações decisivas. Nas quartas de final contra a Suécia, marcou o gol que levou a partida aos pênaltis. Nas semifinais, balançou as redes aos 96 minutos, garantindo o empate e levando a Inglaterra à final.

Ao término da partida, ajoelhou-se na grama, com as mãos erguidas e olhos fechados em oração. Em diversas imagens capturadas ao longo do torneio, a jogadora foi vista com uma cruz costurada nas meias, além de demonstrar publicamente, em seu perfil no Instagram, o que a Bíblia representa em sua vida.

A atuação de Agyemang, aliada à sua postura de fé constante, tornou-se símbolo não apenas de talento esportivo, mas de uma vivência cristã autêntica, de acordo com o Evangelical Focus.

Trump autoriza evangelismo e reuniões de oração entre servidores

Um memorando do Escritório de Gestão de Pessoal (OPM) do governo do presidente Donald Trump autoriza servidores públicos federais a expressarem livremente suas convicções religiosas no local de trabalho. A medida inclui o direito de compartilhar crenças com colegas, exibir objetos religiosos em suas mesas e realizar orações, individualmente ou em grupo.

A orientação foi assinada por Scott Kupor, diretor do OPM, e determina que as agências federais “devem permitir a expressão religiosa pessoal dos funcionários federais na maior extensão possível, a menos que tal expressão imponha uma dificuldade indevida às operações comerciais”. A diretriz se aplica a todas as agências do governo federal e orienta a revisão de políticas internas para garantir conformidade com os novos parâmetros.

Segundo a rede CNN, o documento esclarece que um funcionário pode “se envolver em uma discussão educada com outro sobre por que sua fé está correta e por que o não adepto deve repensar suas crenças religiosas”, com a condição de que “se o não adepto solicitar tais tentativas de parar, o funcionário deve atender ao pedido”. O memorando ressalta que esse tipo de interação só será permitida “desde que tais esforços não sejam de natureza assediante”.

Limites práticos

O memorando lista exemplos de situações consideradas aceitáveis. Entre eles estão a condução de uma oração por um guarda florestal durante passeio em parque nacional e um médico orando com um paciente em hospital administrado pelo Departamento de Assuntos de Veteranos. Também está autorizada a exibição de objetos religiosos como crucifixos, versículos bíblicos, menorás ou tapetes de oração nas estações de trabalho, desde que não interfiram nas atividades laborais.

As orações coletivas e convites para cultos religiosos são permitidos fora do horário de serviço. A medida visa, segundo o OPM, equilibrar a liberdade religiosa dos servidores com a manutenção do bom funcionamento da administração pública.

Fundamentação legal

A base legal para o memorando está no Título VII da Lei dos Direitos Civis de 1964, que proíbe discriminação religiosa no ambiente de trabalho. A legislação exige que empregadores façam ajustes razoáveis para acomodar as práticas religiosas de seus funcionários, a menos que isso gere uma “dificuldade indevida” à operação da organização.

Kupor afirmou, em comunicado à imprensa, que o objetivo é tornar os ambientes de trabalho do governo federal “não apenas compatíveis… mas acolhedores para americanos de todas as religiões”.

A nova diretriz faz parte de uma série de ações adotadas pela administração Trump voltadas à promoção da liberdade religiosa. Em fevereiro deste ano, Trump assinou um decreto criando uma força-tarefa para combater o preconceito contra cristãos. Já em 02 de maio, o presidente anunciou a criação da Comissão de Liberdade Religiosa, durante café da manhã de oração em Washington.

Na ocasião, Trump declarou: “Estamos trazendo a religião de volta ao nosso país”. A iniciativa foi recebida com apoio por parte de grupos religiosos e conservadores, que veem nas ações uma tentativa de reforçar a proteção das manifestações de fé em espaços públicos e institucionais.

Revisão interna

O OPM recomendou que cada agência federal revise suas políticas internas para garantir que estejam alinhadas com as novas orientações. O objetivo é assegurar que os direitos à expressão religiosa estejam devidamente protegidos e respeitados, tanto para os funcionários quanto para o público atendido pelas repartições.

Até o momento, não houve manifestações contrárias formais por parte de sindicatos ou organizações civis sobre o conteúdo do memorando. A implementação será monitorada individualmente por cada órgão federal.

Impacto esperado

Em entrevista coletiva no dia 29 de julho, Kupor reforçou que “a liberdade religiosa é um direito constitucional garantido, e nossa responsabilidade é assegurar que ela seja respeitada em todos os espaços do governo federal”. Ele também enfatizou que o equilíbrio entre liberdade de expressão e respeito aos demais será essencial para a boa convivência no ambiente profissional.

Com esse memorando, a gestão Trump busca consolidar uma agenda que vem sendo construída desde o primeiro mandato do ex-presidente, fortalecendo o papel da fé no serviço público federal, dentro dos limites constitucionais e legais dos Estados Unidos.