Suprema Corte autoriza juízes recusa uniões LGBT se ofender a fé

Juízes do estado do Texas (EUA) que se recusarem a celebrar uniões entre pessoas do mesmo sexo com base em convicções religiosas sinceras não estarão mais sujeitos a sanções disciplinares por essa razão.

A mudança decorre de uma atualização no Código de Conduta Judicial do Texas, aprovada pela Suprema Corte do Texas na semana passada, de acordo com o The Christian Post.

A alteração está relacionada ao caso da juíza de paz Dianne Hensley, do Condado de McLennan, que em 2019 deixou de realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo alegando que tal prática seria “incompatível com sua fé religiosa”.

Na época, a Comissão Estadual de Conduta Judicial (SCJC) emitiu um alerta público contra a magistrada, sustentando que a recusa levantava dúvidas sobre sua “capacidade de agir com imparcialidade” como juíza. Após a advertência, Hensley decidiu parar de celebrar todos os casamentos.

Em 24 de outubro, o tribunal aprovou a inclusão de um novo comentário no Cânon 4 do Código de Conduta Judicial do Texas com o seguinte texto: “Não constitui violação desses cânones o fato de um juiz se abster publicamente de realizar uma cerimônia de casamento com base em uma crença religiosa sincera”. A mudança entrou em vigor de forma imediata.

Em dezembro de 2019, Hensley processou a comissão com base na Lei de Restauração da Liberdade Religiosa do Texas (TRFRA), alegando que o aviso público restringiu de maneira substancial o seu livre exercício religioso. Ela pediu indenização de US$ 10 mil por perda de renda, decorrente da decisão de deixar de celebrar casamentos entre pessoas de sexos opostos, além de honorários advocatícios. Em 2021, tribunais de instâncias inferiores extinguiram o processo sob o argumento de falta de esgotamento das vias administrativas.

No entanto, em julho de 2024, a Suprema Corte do Texas reverteu a maior parte dessa decisão, entendendo que as alegações de Hensley sobre liberdade religiosa eram “claramente suficientes” nos termos da TRFRA e permitindo que a ação prosseguisse.

O novo comentário ao código foi adotado após um pedido de esclarecimento feito pelo Tribunal de Apelações do 5º Circuito dos EUA, no contexto do processo federal movido por Hensley. Na prática, a atualização afasta a sanção aplicada à juíza e oferece proteção a outros magistrados que, em situação semelhante, optem por se abster de celebrar uniões com base em objeções religiosas.

Jonathan Saenz, presidente e advogado da organização Texas Values, que apresentou um parecer jurídico em apoio a Hensley em 2023, afirmou que a alteração “deve deixar absolutamente claro que essa liberdade religiosa se aplica a todo o estado, inclusive no caso da juíza Diane Hensley”, e avaliou que a medida pode contribuir para a solução dos processos pendentes em instâncias inferiores. “A Suprema Corte do Texas acertou em cheio com esta importante vitória para a liberdade religiosa. Em um estado onde a liberdade religiosa é amplamente apoiada, é senso comum que um juiz não deva ser punido por crenças religiosas sinceras”, disse Saenz. “Um juiz não deveria ter que escolher entre sua consciência e sua carreira”.

No Texas, juízes e magistrados não são legalmente obrigados a celebrar casamentos. Contudo, após a decisão Obergefell v. Hodges, em 2015, que reconheceu a união entre pessoas do mesmo sexo em todo o país, passou-se a esperar que eles realizassem cerimônias tanto para homossexuais quanto para casais de sexos opostos, ou que deixassem de celebrar todas elas. A nova orientação permite que os magistrados se abstenham de forma seletiva com base em objeções religiosas.

A mudança ocorre no momento em que a Suprema Corte dos Estados Unidos se prepara para realizar, em 07 de novembro, uma conferência privada para analisar um recurso ligado à união entre pessoas do mesmo sexo apresentado por Kim Davis, ex-escrivã de um condado no estado de Kentucky. Davis se recusou a emitir licenças de casamento para homossexuais após a decisão Obergefell, alegando motivos de consciência religiosa.

Preguem o Evangelho sem diluir mensagem, diz evangelista ex-DJ

O evangelista Ben Jack, ex-DJ, afirmou que a Igreja precisa estar disposta a entrar em “lugares muito sombrios” para anunciar as Boas-Novas de Jesus Cristo, desde que não comprometa a integridade da mensagem bíblica.

A declaração foi feita durante participação na 14ª Assembleia Geral da Aliança Evangélica Mundial, realizada de 27 a 31 de outubro, cujo tema foi “O Evangelho para Todos até 2033”.

Jack atua como evangelista há 26 anos e hoje trabalha com a organização The Message Trust, no Reino Unido. Ex-DJ, ele relatou à Assembleia Geral da Aliança Evangélica Mundial (WEA) que decidiu entrar no universo das boates e bares de forma intencional: seu objetivo era ser missionário nesses ambientes e não apenas atuar como profissional da música.

Segundo ele, tornar-se DJ permitiu acesso a espaços frequentados por pessoas que, nas suas palavras, estavam “buscando uma fuga da realidade em uma sexta-feira à noite, depois de uma semana difícil, porque a realidade é difícil para muita gente”. Jack explicou que, em vez de propor uma nova forma de escapismo, sua mensagem apontava para aquilo que descreve como “a melhor realidade possível”: Jesus Cristo.

Lição 1

O evangelista afirmou que os anos em casas noturnas lhe ensinaram duas lições centrais sobre evangelismo. A primeira é que cristãos que desejam entrar em “lugares sombrios” para compartilhar o Evangelho precisam ter clareza sólida sobre o que creem, a fim de influenciar a cultura em vez de serem moldados por ela.

“Se não conhecermos o Evangelho de forma profunda, rica e, acima de tudo, quando formos ao mundo para interagir culturalmente, será a cultura que nos evangelizará, e não o contrário”, disse.

Jack observou que muitos cristãos bem-intencionados procuram usar elementos da cultura como porta de entrada para o Evangelho, mas advertiu que, com o tempo, essa tentativa pode afetar o conteúdo da mensagem. “Há muitas pessoas bem-intencionadas que procuram usar os elementos da cultura como porta de entrada para o Evangelho, mas, com o tempo, a boa intenção de impactar e alcançar pessoas no espaço cultural começa a corroer a integridade do Evangelho”, afirmou.

Ele alertou para o risco de modificações sutis no conteúdo da fé cristã na tentativa de tornar a mensagem mais aceitável. “Antes que percebamos, fazemos aquilo contra o qual Paulo nos advertiu em Gálatas, ou acrescentamos algo ao Evangelho que não deveria estar lá, ou, mais provavelmente, retiramos algo do Evangelho e o transformamos em nada — e não há sentido em não haver Evangelho algum”, declarou.

Jack acrescentou que “o mundo tem um bilhão e um evangelhos que acredita que irão salvá-lo, mas só existe um Evangelho verdadeiro — o Evangelho de Jesus Cristo”. Ele desafiou os participantes a refletirem sobre o quanto confiam que esse Evangelho é suficiente e, a partir dessa convicção, pensarem em formas de utilizar a cultura de maneira responsável, sem distorcer a mensagem central.

Lição 2

A segunda lição que Jack afirmou ter aprendido em sua experiência como missionário em boates diz respeito ao papel da tradição. Para ele, embora a tradição tenha importância, ela “não é definitiva”, sobretudo quando impede que cristãos entrem em ambientes considerados profanos para alcançar pessoas que não frequentam espaços religiosos. “Se ficarmos presos demais às nossas maneiras tradicionais de fazer as coisas, nunca iremos a casas noturnas porque pensaremos: ‘Não, não, não devemos fazer isso, não podemos fazer isso, nossa tradição dita que esse não é um lugar para irmos e sermos quem somos’”, afirmou.

O evangelista declarou que, para que a Igreja contribua com o objetivo de levar o Evangelho “a todos até 2033”, duas prioridades são necessárias. “Se quisermos alcançar o mundo com as Boas Novas até 2033, precisamos fazer duas coisas muito importantes: precisamos garantir que o Evangelho seja aquilo a que nos dedicamos acima de tudo — que o conheçamos, o vivamos, o respiremos e demos glória Àquele a quem tudo se resume”, disse.

Ele acrescentou que é preciso, ao mesmo tempo, fazer “perguntas cuidadosas” sobre tradições religiosas. “Queremos estar suficientemente enraizados nelas para não sermos levados pelo espírito da época — que tenhamos uma âncora, um alicerce firme — mas que não estejamos tão presos a tradições que são alheias aos princípios do próprio Evangelho, a ponto de deixarmos de ser fiéis às oportunidades que Deus nos oferece”, afirmou.

Jack concluiu incentivando os cristãos a reverem atitudes pessoais que possam dificultar ações missionárias em novos contextos. “Se conseguíssemos deixar de lado um pouco o nosso egoísmo, poderíamos fazer algumas coisas que, de outra forma, não teríamos vontade de fazer”, disse.

De acordo com o The Christian Post, a 14ª Assembleia Geral da Aliança Evangélica Mundial reuniu 850 líderes cristãos de 124 nações, com foco em debates sobre missão, evangelização e cooperação global em torno do tema “O Evangelho para Todos até 2033”.

Pilhas de cadáveres achados em propriedade vira caso de polícia

Autoridades do estado de Nevada (EUA) abriram uma investigação após a localização de mais de 300 pilhas de restos humanos em uma propriedade privada nas proximidades de Las Vegas. O caso gerou preocupação entre moradores e levantou dúvidas sobre a forma como corpos vinham sendo armazenados e administrados no local.

De acordo com reportagem da emissora 8 News Now, uma funerária foi a responsável por recuperar os restos mortais na área, o que imediatamente chamou a atenção das autoridades para possíveis irregularidades no manejo dos corpos e eventuais riscos à saúde pública.

A recuperação dos restos ocorreu em uma área privada situada nos arredores da região metropolitana de Las Vegas. As autoridades classificaram a dimensão do achado como “incomum” e informaram que a remoção do material exigiu a atuação de equipes especializadas, com o objetivo de assegurar tratamento adequado e respeito aos procedimentos técnicos.

Investigadores estão conduzindo análises forenses e revisando registros para tentar identificar os falecidos e determinar a origem dos restos humanos. O principal foco é verificar se houve descumprimento de normas, negligência ou prática de crimes na gestão funerária.

As equipes responsáveis pela apuração também analisam se a funerária envolvida seguiu os protocolos legais e sanitários vigentes no estado de Nevada. Autoridades locais manifestaram preocupação com as possíveis implicações legais e éticas do caso, destacando a necessidade de esclarecer todas as circunstâncias que levaram ao acúmulo de restos na propriedade.

O contexto da propriedade, bem como o histórico de atuação da funerária, está sob exame detalhado. As autoridades informaram que o processo de investigação e de identificação dos corpos pode se prolongar por vários meses, devido à complexidade do caso e ao grande volume de restos humanos encontrados.

Legalismo ameaça doutrinas da Reforma, diz Pedro Pamplona

O pastor Pedro Pamplona publicou um vídeo com uma reflexão sobre o distanciamento dos princípios da Reforma Protestante que parte do segmento evangélico enfrenta atualmente, aderindo ao desvio do legalismo, que tanto foi combatida pelos reformadores.

Pamplona, que é pastor da Igreja Batista Filadélfia em Fortaleza (CE), foi enfático ao dizer que “precisamos de uma reforma na mentalidade legalista de boa parte da igreja evangélica brasileira” para evitar que o legado do protestantismo se perca.

“Hoje é 31 de outubro, dia que marcou o início da Reforma Protestante há 508 anos. E se tem algo que os reformadores muito combateram, foi o legalismo. Eles se insurgiram contra um sistema religioso baseado em méritos humanos e rituais, em vez da graça de Deus mediante a fé. Lutero explicou que o legalista busca tornar-se justo pelas obras da lei. E Calvino alertou que nada é mais contrário à fé do que misturar a justiça das obras com a graça de Cristo. Esse é o legalismo que chamo de vertical, focado em nossa relação direta com Deus”, contextualizou o pastor.

O mesmo problema, porém, se apresenta de formas diversas e tão danosas quanto: “Existe uma outra manifestação de legalismo que chamo de horizontal. É aquela focada na nossa relação uns com os outros. E acontece quando estabeleço critérios humanos para dizer quem está ou não está reconciliado com Deus e em comunhão comigo. Lutero disse que os falsos santos inventam obras e ordens religiosas como se pudessem servir a Deus por meio delas, mas Deus não quer ser servido por nossas invenções, e sim por aquilo que Ele ordenou”.

“Calvino afirmou que os homens acrescentam às leis de Deus regras de sua própria invenção e com isso fazem da religião uma rede de servidão. John Owen, herdeiro dos reformadores, disse quando homens fazem das tradições externas o padrão da espiritualidade, substituir o espírito pela carne e Cristo pela forma, nós precisamos lembrar que a graça não atua somente na conversão, mas continua nos mantendo em Cristo ao longo de toda a caminhada”, acrescentou Pamplona.

Fardo pesado

Segundo o pastor, “só quem pode legislar sobre a igreja é aquele que deu a própria vida para salvá-la”, e quando as doutrinas se distanciam das Escrituras, a consequência é letal: “Algumas regras humanas podem ser úteis em nos ajudar em algo, mas jamais podemos impô-las sobre toda a igreja como lei divina. Calvino bem lembrou que a pessoa que busca justiça pela lei nunca alcançará descanso, porque sempre se achará em falta”.

“Talvez você esteja precisando desse descanso hoje. Talvez, pastor, sua igreja precise desse descanso agora. Esse é o alívio daquele que disse que tem o fardo leve e o julgo suave. Em vez do peso do legalismo, precisamos da leveza de Cristo e de uma fé que obedece por reverência, amor e gratidão, não por imposição humana ou barganha de salvação. Como disse Spurgeon, não há pior inimigo do evangelho do que o legalismo. Ele é um ladrão que rouba de Cristo a glória de ser Salvador”, finalizou Pedro Pamplona.

Muçulmanos estão cada vez mais abertos ao evangelho na Europa

O missionário Áquila Dantas, vinculado à Junta de Missões Mundiais, relatou a ocorrência de conversões ao cristianismo entre muçulmanos durante trabalhos evangelísticos realizados na Inglaterra.

Em informe divulgado pela organização, Dantas descreveu que o estabelecimento de parceria com uma congregação local tem proporcionado oportunidades para divulgação da mensagem cristã para esse segmento religioso.

Durante visita à nova igreja, a equipe missionária registrou a conversão de um jovem originário do Irã. “Ele ouviu sobre Jesus e entregou sua vida a Ele”, afirmou o missionário, citando um exemplo entre os muçulmanos locais.

De acordo com o relato, o convertido iniciou o processo de discipulado e, subsequentemente, um amigo afegão do jovem também decidiu seguir o cristianismo. Dantas solicitou orações pelo “batismo e crescimento espiritual” dos novos convertidos.

O missionário apresentou dados contextuais, indicando que aproximadamente 15% da população londrina professa o islamismo. Citando estudos sociológicos, ele mencionou que uma parcela entre 2% e 3,5% de grupos organizados pode influenciar transformações sociais significativas.

“É isso que vemos com frequência na mídia sobre a realidade da islamização da Europa pós-cristã”, observou ele.

Dantas destacou diferenças no contexto evangelístico europeu: “Diferentemente da realidade nos seus países de origem, aqui podemos falar, sem restrições, sobre quem é Issa al Masih [Jesus Cristo]”. O missionário relatou ainda encontros com famílias do Paquistão e Sudão para discussões sobre espiritualidade.

Em suas considerações finais, Dantas caracterizou a região como “campos brancos, prontos para a colheita”, conclamando por “mais trabalhadores” e apoio às iniciativas missionárias na Inglaterra e em todo o continente europeu voltadas para os muçulmanos que vivem na região.

Ex-traficante testemunha: 'Deus tinha um propósito para mim'

Em meio aos desdobramentos da operação policial no Rio de Janeiro que resultou em 121 óbitos, o depoimento do ex-traficante Maycon Freitas, 26 anos, ganhou ampla circulação em redes sociais.

Morador de Iguaba Grande, ele atuava no tráfico de drogas e relatou em vídeo publicado em seu perfil no Instagram ter encontrado um novo propósito de vida, através de Jesus Cristo, após abandonar o mundo do crime organizado.

“Eu sou uma pessoa que viveu a realidade do crime e de uma favela, sei o que famílias, mães, esposas e pais estão passando agora”, declarou o ex-traficante no registro. “Eu poderia estar morto agora se eu tivesse continuado vivendo essa vida fácil, de mentira, de ilusão e que tem 2 caminhos: cadeia ou morte”.

Em entrevista anterior ao jornal O Globo, o jovem detalhou o momento decisivo para sua mudança: sua prisão em janeiro de 2018 por tráfico de drogas. “Na hora que apontaram a arma para a minha cabeça, pensei que ia morrer. Foi aí que senti que Deus ainda tinha um propósito para mim”, relatou.

Freitas permaneceu nove meses em regime carcerário, período que descreveu como precário – sem contato familiar e utilizando as mesmas vestes. “A cadeia era um inferno, mas foi lá que caiu a ficha. Eu não tinha nascido para aquilo”, afirmou.

Após cumprir parte da pena em liberdade mediante serviços comunitários, manteve-se dependente químico até novo confronto policial, quando ouviu “uma voz dentro de mim: ‘Essa é sua última chance de mudar de vida’”.

Em suas redes sociais, o ex-traficante descreveu ter abandonado substâncias ilícitas e álcool “de um dia pro outro” após essa experiência. “Eu não sei se você vai acreditar nisso, mas eu parei de fumar, parei de beber, parei de cheirar, larguei de um dia pro outro. Eu ouvi uma voz e no dia seguinte eu já não estava mais fazendo nada”, testemunhou.

Atualmente dedicado ao atletismo amador como corredor de meia-maratona, Freitas enfatizou: “Sou a prova de que recomeçar e ressocializar é possível”. Sobre a recente operação no Rio, manifestou: “Se eu estou aqui hoje, gravando vídeo na internet, mostrando de onde eu saí, é na intenção de acordar quem ainda não conseguiu acordar”.

O relato do ex-traficante culmina com uma mensagem dirigida a familiares de envolvidos com o crime: “É conseguir levar esperança para a mãe de alguém que está com o filho no tráfico, com o filho nas drogas, e mostrar para ela que é possível o filho dela sair de lá”.

508 anos da Reforma: Sonaira organiza solenidade na Câmara

O auditório Prestes Maia, na Câmara Municipal de São Paulo, recebeu nesta semana a Solenidade em comemoração aos 508 anos da Reforma Protestante, organizada por iniciativa da vereadora Sonaira Fernandes (PL). O espaço ficou lotado, reunindo mais de 100 pastores de diversas denominações e representantes de diferentes ministérios cristãos.

A cerimônia contou com a participação musical da orquestra Projeto Asaph, sob a regência do maestro Michel Lima, que conduziu o momento de louvor com arranjos sinfônicos de hinos tradicionais protestantes. O evento também reuniu lideranças religiosas e acadêmicas em um ambiente de culto, reflexão e gratidão pela herança da Reforma.

Durante o encontro, Sonaira Fernandes participou ao lado do professor doutor Ivan Durães, do pastor Moisés Diniz, da pastora Cleide Santana e do professor reverendo Samuel Ribeiro. A vereadora descreveu as exposições apresentadas como “firmes em defesa da fé cristã”, destacando a importância de testemunhar o Evangelho em tempos de “crescente cristofobia”.

Legado da Reforma

Em sua fala, Sonaira ressaltou que a Reforma Protestante não apenas transformou a história da Igreja, mas também gerou uma ação prática de serviço ao próximo. Ela lembrou que as lideranças cristãs frequentemente alcançam lugares onde o poder público não chega, prestando auxílio às comunidades mais vulneráveis e manifestando o amor de Cristo por meio de obras concretas.

A vereadora concluiu reafirmando seu compromisso em defender os valores cristãos na esfera pública, reconhecendo o papel das igrejas na promoção da fé, da solidariedade e da esperança em toda a sociedade.

Prevenção do suicídio: evangélicos fazem intercessão em ponte

Em 20 de outubro, membros da Igreja Assembleia de Deus reuniram-se na ponte João Agripino, em São Bento, Paraíba, para realizar uma sessão de oração voltada à prevenção do suicídio.

O ato, caracterizado como “profético” pela congregação, foi organizado em resposta ao registro de aumento nos casos de violência e de mortes por suicídio na cidade, especialmente nesta ponte.

Durante a mobilização, os participantes portaram Bíblias e mantiveram as mãos erguidas enquanto intercediam por pessoas que enfrentam problemas de saúde mental. Em publicação no Instagram, a igreja descreveu o momento como “marcado pela presença de Deus, pela unidade do povo e pela fé que move montanhas”.

O texto acrescentou: “Erguemos nossas vozes ao Céu, repreendendo toda ação maligna, todo espírito de morte e de suicídio que tem assolado vidas”.

A nota ainda enfatizou a crença no poder da intercessão para a prevenção do suicídio: “Declaramos que São Bento pertence ao Senhor Jesus Cristo e que onde abundou a dor, superabundará a graça de Deus. Cremos que a oração da Igreja tem poder”. Além da ponte principal, os cristãos realizaram orações em outros pontos do município.

Esta não é a primeira iniciativa do tipo promovida por evangélicos. Em setembro, durante a campanha Setembro Amarelo, fiéis da Assembleia de Deus em Tubarão, Santa Catarina, realizaram ação semelhante em oito pontes da cidade, portando cartazes com os dizeres “Não ao suicídio, sim à vida”.

Busque ajuda

Para pessoas que possam estar enfrentando dificuldades, recomenda-se buscar atendimento especializado junto ao Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio 24 horas pelo telefone 188, ou nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de cada município.

Evangelista sobre Halloween: 'Exalta a morte que Cristo venceu'

Durante o período de Halloween, um grupo de cristãos realizou ações de evangelização nas ruas de Lucerna, na Suíça. Liderados pelo evangelista Allan Machado, fundador da IDE Escola Missionária, os voluntários do ministério Presence Revival percorreram residências, entoando louvores e oferecendo orações como alternativa às tradicionais brincadeiras da data.

Em registro em vídeo, o grupo é visto abordando jovens fantasiados com a frase: “Doces ou travessuras? Não, eu tenho uma canção para todos vocês”. A estratégia consistiu em ministrar o evangelho através de cânticos, atraindo a atenção dos presentes no local.

Allan Machado contextualizou a origem do Halloween, explicando que deriva do antigo festival celta “Samhain“. “Ele marcava o fim do verão e o início da estação escura. As pessoas acreditavam que espíritos caminhavam entre os vivos e que as forças das trevas precisavam ser detidas. Elas usavam máscaras, fantasias e acendiam grandes fogueiras na esperança de acalmar ou enganar esses espíritos”, declarou.

O evangelista apresentou ainda dados sobre a celebração na contemporaneidade: “Alguns fatos sobre o Halloween hoje: o número de sequestros e crianças desaparecidas aumenta muito nesta época do ano. Atos de violência, rituais de ocultismo e acidentes com menores nas ruas. Muitos saem sozinhos, à noite, com fantasias sombrias, expostos a perigos”.

Ele também mencionou o aumento nas vendas de artigos relacionados à bruxaria e feitiçaria, práticas que, segundo sua perspectiva, devem ser rejeitadas pelos cristãos.

Em sua pregação, Allan Machado citou passagens bíblicas, incluindo Isaías 5:20 – “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal”. Ele argumentou que “o Halloween está tão distante do Evangelho quanto qualquer prática de feitiçaria. Exalta o medo, a morte e as trevas e tudo o que Cristo venceu na cruz. Nada no Halloween reflete os valores do Reino”.

O evangelista finalizou com um apelo: “Se você é cristão, use essa data para pregar o Evangelho. Enquanto muitos se vestem de morte, vista-se de luz. Enquanto o mundo celebra o terror, celebre a esperança”. A mensagem encerrou com a citação de João 14:6: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida”.

O Presence Revival, ministério sediado na Holanda, tem como objetivo promover adoração e oração em espaços públicos, buscando tornar a presença divina visível em locais de influência. Allan Machado e sua esposa realizam pregações em diversos países, com foco naquilo que denominam “urgência do Evangelho”.