Otoni de Paula critica operação no RJ e cita supostos inocentes

Contrariando a visão da maioria dos conservadores, o pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) classificou a operação policial de terça-feira, 28 de outubro, nos complexos do Alemão e da Penha, como um “ato de execução” e atribuiu responsabilidade direta ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

A ação, que resultou em mais de uma centena de óbitos que, dezenas de prisões e mais de 90 fuzis apreendidos, além de drogas, é considerada a mais letal já registrada no país. Segundo a Polícia carioca, contudo, apenas quatro mortes foram de agentes de segurança e, portanto, pessoas inocentes, sendo todas às demais de criminosos integrantes do Comando Vermelho.

Otoni de Paula, no entanto, afirmou que “nitidamente os policiais estavam com liberdade para executar porque nenhuma ação nesse nível e nessa gravidade ocorre sem que o policial se sinta protegido por alguma ordem do governador. Algo como ‘faça o que tem que fazer’”.

Sem mencionar o grande número de armamento de guerra apreendido, bem como os vídeos dos criminosos divulgados pela Polícia, o pastor que recentemente vem adotando uma postura pró-Lula também criticou a tática usada pelas forças de segurança.

Sobre a estratégia policial de deslocar o confronto para uma área de mata na Serra da Misericórdia, denominada “muro de proteção”, Otoni de Paula declarou: “O que chamaram de ‘muro de proteção’ é o muro da morte. Levaram os criminosos —e não sei se haviam inocentes naquele local também— para um ato de execução”.

O governador Cláudio Castro, por outro lado, defendeu a medida, afirmando que visava “minimizar impactos” à população.

Membros de igreja?

Em sessão da Câmara dos Deputados na quarta-feira, 29 de outubro, Otoni de Paula também relatou de forma emotiva que pelo menos quatro jovens vinculados à sua igreja foram mortos durante a operação no Rio de Janeiro.

Ele atribuiu as mortes a racismo. “Quem está falando é pastor. E não é pastor progressista não. Só de filho de gente da igreja, eu sei que morreram quatro. Meninos que nunca portaram fuzis, mas que estão sendo contados no pacote como se fossem bandidos”, afirmou.

Otoni de Paula também expressou preocupação com a segurança de um de seus filhos, que atua em comunidades. “É fácil para quem não conhece a realidade da favela subir na tribuna e dizer: ‘que bom, matou’. É porque o filho de vocês não estão lá dentro, como o meu filho está o tempo todo. E o meu pânico é que ele é preto”, disse.

O parlamentar acrescentou que sempre orientou seus filhos a se vestirem de forma impecável, não por vaidade, mas como “questão de sobrevivência”.

Como desdobramento, o deputado anunciou que irá requerer, por meio da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, que a Polícia Federal conduza uma investigação autônoma sobre o caso.

“O Estado [do Rio] perdeu as condições de fazer esse processo investigativo do que ele mesmo fez, dessa carnificina. Você tem que ter o mínimo de autonomia investigativa”, justificou. Na quinta-feira, 30 de outubro, ele e outros parlamentares visitaram o Complexo da Penha para verificar a situação local.

Por fim, sobre o debate em torno da operação, ele concluiu, segundo a Folha: “Esse não é um tema de esquerda, não é um tema de direita. É um tema humanitário. Infelizmente era interesse do governador de que isso acontecesse, ou seja, de que esse nível de discussão rasteiro e pequeno tomasse conta do debate. A gente não pode permitir que isso aconteça”.

Michelle Bolsonaro: Lula tornou-se cúmplice de narcotraficantes

Em 30 de outubro de 2025, a presidente da legenda PL Mulher, Michelle Bolsonaro, emitiu um posicionamento oficial endossando a operação de segurança pública realizada três dias antes em comunidades do Rio de Janeiro, a qual resultou na apreensão de mais de 90 fuzis, dezenas de prisões e mais de 120 mortes.

Das 121 fatalidades, quatro foram de membros das forças de segurança, sendo as demais, segundo a Polícia, figuras ligadas à facção criminosa Comando Vermelho. A ação, considerada a de maior letalidade já registrada no estado, envolveu 2.500 agentes e teve como alvo a desestruturação da organização criminosa.

O documento divulgado por Michelle Bolsonaro, intitulado “As mães e a (in)segurança pública”, concentrou suas críticas no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mencionando-o nominalmente oito vezes.

Em um dos trechos, a nota estabelece uma conexão entre o líder brasileiro e os presidentes Nicolás Maduro, da Venezuela, e Gustavo Petro, da Colômbia, referindo-se ao grupo como “Trio da Destruição”.

A publicação afirma que “Os traficantes brasileiros há muito deixaram de ser meros vendedores de drogas. Eles se transformaram em narcoterroristas – uma realidade que não pode mais ser ignorada”.

O texto acrescenta que “Na América do Sul, uma tríade de governantes – Maduro, Petro e Lula, o chamado Trio da Destruição – parece atuar incansavelmente para favorecer os traficantes, inclusive recusando-se a classificá-los como narcoterroristas”.

Como exemplo de suposto alinhamento com o crime organizado, o manifesto cita declaração proferida por Lula durante visita à Indonésia em 24 de outubro, quando o presidente afirmou que traficantes seriam “vítimas dos usuários”. Posteriormente, a assessoria da Presidência esclareceu que a fala havia sido “mal colocada”.

Sobre os indivíduos mortos na operação, o texto do PL Mulher afirma que “não eram vítimas, mas algozes” e que “colheram o que plantaram: violência, destruição e morte”. O manifesto também direcionou críticas à cobertura midiática, afirmando que a imprensa, “paga pelo governo com dinheiro do povo, tente vender a narrativa de que os narcotraficantes foram as vítimas”.

A nota conclui estabelecendo uma relação de responsabilidade, afirmando que “ao tratar narcotraficantes como vítimas, Lula torna-se cúmplice da dor e da destruição que o tráfico espalha”.

“Oremos para que Deus console também essas mães cujos filhos se tornaram criminosos perigosos, destruindo vidas e famílias”, diz o texto. “Oremos pelo governo do Rio, pelos policiais e suas famílias, por todos que defendem os cidadãos de bem e, especialmente, pelos moradores das comunidades dominadas pelos narcoterroristas – que Deus os

proteja e os livre desse mal constante.”

Evangélicos têm crescimento explosivo na África, diz pesquisador

O pesquisador Jason Mandryk, da organização Operation World, afirmou durante a Assembleia Geral da Aliança Evangélica Mundial (WEA), realizada em Seul, que os evangélicos apresentam um crescimento “explosivo” no continente africano. Em contraste, o avanço em nações ocidentais foi caracterizado como “modesto”.

Em sua exposição, Mandryk detalhou a mudança no panorama global do movimento. Em 1960, os evangélicos correspondiam a 8% dos cristãos no mundo. Atualmente, esse percentual supera 25%, representando uma comunidade estimada entre 600 e 650 milhões de pessoas. “Somos muitos… e estamos crescendo”, declarou o pesquisador, atribuindo o crescimento a fatores como natalidade, evangelismo e conversão de cristãos de outras denominações.

Cerca de 70% dos cristãos do mundo, incluindo um número significativo de evangélicos, residem atualmente na África, Ásia e América Latina. Mandryk descreveu as igrejas evangélicas africanas como “vibrantes” e de “rápido crescimento”, ressaltando que quase 70% de todo o crescimento cristão global ocorre exclusivamente no continente africano. Este fenômeno, que ele vinculou a um processo de “urbanização acelerada”, tornou-se evidente a partir de 1980, marco descrito como um “ponto de virada”.

“O futuro do cristianismo já está aqui e já está aqui há 45 anos. A noção de cristianismo e evangelicalismo como a religião do homem branco está desaparecendo rapidamente no retrovisor”, afirmou Mandryk. Esta nova realidade, segundo ele, impõe uma reflexão: se o movimento é guiado pelas atuais realidades demográficas ou pelos “vestígios do passado”.

O crescimento acelerado dos evangélicos na África traz consigo desafios urgentes. Mandryk enfatizou que “o discipulado precisa estar entre nossas principais prioridades”, juntamente com o treinamento pastoral e o desenvolvimento de liderança.

Definição e Reputação do Termo “Evangélico”

Mandryk também abordou a falta de consenso sobre a definição do termo “evangélico”, que é alvo de debate há décadas. Ele observou a existência de uma “gama vertiginosa de definições” e que o termo é, por vezes, usado “de forma injusta, imprecisa e até prejudicial”.

“Significa coisas diferentes para pessoas diferentes. E até mesmo ser evangelizador significa coisas diferentes para diferentes evangelizadores”, disse, acrescentando que a comunidade precisará operar na ausência de uma definição única e universal.

O pesquisador reconheceu que a reputação do movimento entre os evangélicos foi afetada por uma sucessão de escândalos. “Muitas vezes, temos apresentado um testemunho fraco para o mundo dominante”, declarou. Ele observou que, em alguns contextos, o termo “evangélico” passou de uma conotação positiva para ser associado a palavras como “hipócritas, intolerantes e odiosos”.

Desafio Central: Formação Teológica na África

O painel contou também com a participação do Dr. David Tarus, da Associação de Evangélicos na África, que expôs um dos maiores obstáculos para o crescimento sustentável: a formação pastoral.

Dados de uma pesquisa realizada por sua organização indicam que 90% dos pastores africanos não possuem qualquer formação teológica formal. Além disso, 79,5% não detêm um diploma de bacharelado. Para 87,9% desses líderes, a falta de recursos financeiros é a principal barreira, enquanto 27,4% citam a falta de tempo.

“Era de se admirar” que o cristianismo africano enfrente desafios como sincretismo, teologia da prosperidade e divisões, questionou Tarus. Ele defendeu que é “fundamental” repensar o acesso à formação teológica, argumentando que a igreja “não deve esperar que as pessoas venham às nossas instituições”, mas sim “levar a educação teológica à igreja local e às comunidades”.

Foram citadas iniciativas que combinam formação informal com cursos formais, estes últimos muitas vezes inviáveis para a maioria dos pastores devido à sua duração de quatro anos. Tarus ilustrou a eficácia do modelo informal com o exemplo de seu próprio pai, que fundou diversas igrejas após receber treinamento “debaixo das árvores” por cristãos de instituições teológicas.

“Precisamos começar a imaginar maneiras de desenvolver esse tipo de líder, porque são esses os líderes de que a Igreja depende”, concluiu o Dr. Tarus, segundo o The Christian Today.

Nikolas Ferreira e Ana Campagnolo combatem ideologia de gênero

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e a deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC) lançaram dois livros infantis com temática voltada à afirmação da identidade biológica e à formação baseada em princípios cristãos. As obras, publicadas pela Editora Vida, receberam os títulos Ele é ele e Ela é ela.

Os livros foram escritos para o público infantil e utilizam, segundo a descrição oficial, “linguagem apropriada para crianças e ilustrações encantadoras”. Com uma abordagem de fé, as histórias buscam celebrar a identidade de meninos e meninas, afirmando que “Deus os criou de forma única para cumprirem o propósito que o Senhor estabeleceu para eles nesta terra”.

Em Ele é ele, o foco está no crescimento dos meninos como “verdadeiros homens de Deus”, cultivando virtudes como responsabilidade, coragem, bondade e força. Já em Ela é ela, o texto incentiva as meninas a crescerem confiantes como “verdadeiras mulheres de Deus”, destacando sabedoria, graça e bondade como atributos essenciais.

Reação pública

Nikolas Ferreira compartilhou o lançamento nas redes sociais e descreveu as obras como presentes para filhos e ferramentas para pais. Segundo ele, os livros têm o propósito de auxiliar famílias que desejam educar as crianças com “clareza, coragem e princípios inegociáveis”, reforçando a identidade conforme a fé cristã e a biologia.

A iniciativa recebeu diversas reações online, em razão de tratar de temas sensíveis relacionados à identidade de gênero sob uma perspectiva conservadora. Os autores, no entanto, afirmam que o objetivo é contribuir com a formação moral e espiritual das crianças, transmitindo valores fundamentados na Bíblia e na visão cristã da criação.

As obras Ele é ele e Ela é ela estão disponíveis em livrarias de todo o Brasil, publicadas pela Editora Vida, que também edita outros títulos de Nikolas Ferreira voltados à juventude cristã e ao fortalecimento da fé.

Crianças em adoração fervorosa a Deus ganha destaque na web

Registros audiovisuais de crianças participando de atividades missionárias em Moçambique alcançaram ampla divulgação em plataformas digitais nesta semana. As imagens, compartilhadas pela missionária brasileira Célia Mendes, mostram grupos infantis envolvidos em momentos de adoração religiosa fervorosos.

As atividades integram o projeto Kutsemba Ka África, iniciativa idealizada por Mendes que combina assistência educacional, alimentar e recreativa com evangelismo. Durante as programações, são realizados momentos dedicados à prática de cânticos religiosos.

Em declaração reproduzida em redes sociais, a missionária afirmou: “Uma das formas de preparar esta geração para adorar a Deus em Espírito e em Verdade é criando um ambiente de adoração onde o Espírito de Deus tenha liberdade para agir”. A declaração completa foi publicada na conta oficial do projeto no Instagram.

Nas gravações, é possível observar as crianças executando repertório de compositores brasileiros, frequentemente sentadas no chão, com expressões emocionadas e gestos característicos de práticas pentecostais.

Um dos vídeos de maior engajamento mostra o grupo interpretando a composição “O Fogo Arderá”, de autoria do cantor Alexsander Lúcio. Os versos executados incluem os trechos: “Pois de que vale ter tudo e não ter nada, te dar meus lábios e não minha alma?”.

A administração do projeto emitiu nota descrevendo as cenas como “perfeito louvor” proveniente de “corações pequenos, mas cheios de fé”. A publicação concluiu expressando o desejo de que as imagens “inspirem a todos a buscar o Senhor com a mesma entrega e pureza”.

Além das atividades evangelísticas direcionadas ao público infantil, o Kutsemba Ka África mantém programas comunitários que incluem escolinha de futebol, oficina de costura, aulas de música e distribuição regular de água potável para as comunidades.

Convertido do islã, jovem cristão enfrenta perseguição da família

Um jovem iemenita de 25 anos, identificado como Tariq*, enfrentou uma série de perseguições após sua conversão pública do islã ao cristianismo. O caso teve início quando Tariq começou a pesquisar sobre a Bíblia através de recursos online, o que culminou em seu contato com uma missionária cristã residente no exterior.

De acordo com relatos de um líder ministerial local à Christian Aid Mission, o processo de conversão se desenvolveu através de estudos remotos das Escrituras. A missionária posteriormente conectou Tariq com um grupo cristão local que assumiu seu discipulado.

A situação tornou-se crítica quando o pai do jovem percebeu sua ausência nos rituais islâmicos familiares. Após confirmar a mudança religiosa do filho, que deixou o islã, o pai reagiu com violência física, confiscou seu telefone celular e o entregou a um grupo extremista islâmico.

Tariq permaneceu detido por aproximadamente trinta dias, período durante o qual foi submetido a estudos compulsórios do Alcorão. “Naquele momento, ele pensava apenas em como escapar e reestabelecer contato com cristãos”, relatou o líder ministerial.

O jovem conseguiu fugir temporariamente e contactar seus mentores religiosos, solicitando apoio através de orações. No entanto, ao descobrir a fuga e a recusa do filho em renunciar ao cristianismo, o pai reagiu com novo episódio de agressão física. A intervenção da mãe em defesa do filho resultou no divórcio do casal e na expulsão de ambos da residência familiar.

O conflito estendeu-se ao ambiente acadêmico quando Tariq compartilhou textos bíblicos com um colega universitário. Este encaminhou as mensagens à administração da instituição, resultando em detenção e interrogatório do jovem por um dia inteiro.

Apesar de ter se comprometido a não mais evangelizar no campus, Tariq recebeu comunicação de sua expulsão da universidade dois dias depois.

Sem residência ou alternativas de abrigo, Tariq reestabeleceu contato com a missionária que o convertera do islã. A mobilização de sua comunidade religiosa resultou no oferecimento de moradia por outro cristão e em nova matrícula em instituição educacional diferente.

Atualmente, Tariq cursa estudos teológicos e mantém atividades de evangelismo através de plataformas digitais. “Ele se tornou um missionário e um servo fiel do Senhor”, finalizou o líder ministerial.

*Nome alterado para preservar identidade

Portas Abertas critica silêncio da Igreja sobre perseguição global

A Assembleia Geral da Aliança Evangélica Mundial (WEA) concentrou-se em um dos temas mais urgentes enfrentados pela Igreja global: a perseguição aos cristãos. O alerta foi feito por Joshua Williams, diretor de Serviços para a África da organização Portas Abertas Internacional, que fez um apelo por oração, arrependimento e solidariedade com os que sofrem por causa da fé.

Em sua exposição, Williams relatou histórias de fiéis que enfrentam violência e deslocamento em regiões onde confessar a fé em Cristo implica risco de vida. Ao comentar um painel sobre o impacto da perseguição em mulheres, ele descreveu situações de brutalidade extrema: “É horror e inferno. Quando uma aldeia ataca meninas e mulheres, mantendo-as presas e as violentando repetidas vezes, o que elas passam é inimaginável”.

Williams afirmou que, ao retornarem às suas comunidades, muitas sobreviventes enfrentam estigma e rejeição. “Essas meninas voltam com filhos do Boko Haram, e essas crianças crescem marcadas. Mas essas mulheres merecem nosso respeito — são guerreiras da fé”, declarou.

Dimensão da perseguição

O representante destacou que a perseguição “não acontece em um canto isolado”, mas se estende “da Somália até a costa oeste da África, na Ásia e em diversas outras regiões”. Citando dados de 2024, afirmou que 35 dos 121 conflitos mundiais registrados ocorrem na África, onde 45 milhões de pessoas estão deslocadas, sendo 16 milhões cristãs. “São irmãos e irmãs que vivem em condições terríveis, e a maioria são mulheres e crianças”, disse.

Williams observou ainda que, embora a atenção mundial esteja voltada para crises como Gaza e Ucrânia, há “mais de 121 conflitos ativos em todo o mundo”, com 21 milhões de deslocados internos apenas neste ano.

Chamado ao arrependimento

Inspirando-se na passagem de Gênesis 4, sobre Caim e Abel, Williams lembrou que “o sangue de Abel clamou a Deus por justiça”, relacionando a história ao sofrimento atual dos cristãos perseguidos. “O sangue de centenas de milhares clama a Deus. E nos perguntamos: onde está a Igreja? Onde está o povo de Deus?”, questionou.

Ele afirmou que a resposta começa com arrependimento e confissão, citando Neemias e Esdras como exemplos de líderes bíblicos que se humilharam diante do Senhor em meio à crise nacional. Ao mencionar Esdras 9, destacou: “Quando ouviu sobre a infidelidade do povo, ele rasgou suas vestes e orou: ‘Os nossos pecados são maiores do que as nossas cabeças’”.

Williams declarou: “Estou orando por um reavivamento de arrependimento na Igreja e em nossas nações. Essa mensagem só será transmitida por meio de oração e jejum”.

Oração pela África

O representante anunciou o lançamento da iniciativa “África, Levanta-te”, criada por igrejas africanas em parceria com a Portas Abertas. O movimento convida os fiéis a orarem pelos cristãos perseguidos, não apenas no continente, mas em mais de 55 países. “Há um chamado global ao povo de Deus — não para silenciar ou ignorar, mas para se levantar e orar”, afirmou, de acordo com o The Christian Post.

Apesar da gravidade da situação, Williams encerrou sua mensagem com esperança, citando Mateus 16:18: “Apesar de todos esses desafios, Jesus disse: ‘Eu edificarei a minha Igreja’. E Ele continuará fazendo isso. Louvado seja o Senhor”.

Infanticídio feminino? Defensores da vida protestam contra aborto

Um protesto organizado pela entidade pró-vida Bird Flip reuniu milhares de pessoas na última quarta-feira (22) em frente ao Parlamento de Nova Gales do Sul. Os participantes, em sua maioria mulheres, demandaram a criminalização do aborto baseado na seleção do sexo fetal – prática em que a gestação é interrompida quando o bebê é de um sexo não desejado.

John Ruddick, membro do legislativo estadual, declarou que a prática desse tipo de aborto está ocorrendo em território australiano. O parlamentar citou estudo das universidades Edith Cowan e Curtin, publicado na PLOS Global Public Health, que analisou 2,1 milhões de nascimentos registrados ao longo de 21 anos nos estados de Nova Gales do Sul e Austrália Ocidental.

A pesquisa indicou que a taxa de abortos de fetos do sexo feminino na Austrália supera a de países como China, Índia e Vietnã, onde a preferência cultural por filhos homens é documentada.

Ruddick apresentou à casa legislativa o “Projeto de Emenda à Reforma da Lei do Aborto (Proibição da Seleção de Sexo)”, que prevê penalidades de até 21 mil dólares australianos ou cinco anos de prisão para médicos condenados pela prática.

“Agora que temos as evidências do estudo, não sei que argumentos os defensores do aborto podem usar, exceto o racismo”, afirmou o parlamentar ao veículo The Catholic Weekly.

Joanna Howe, fundadora da Bird Flip, caracterizou o aborto seletivo por sexo como “repugnante” e “antitético aos valores australianos”. Em declaração ao mesmo periódico, classificou a proposta legislativa como “o primeiro projeto sensato a alcançar uma compreensão comunitária mais ampla sobre a questão”.

Entre os presentes estava Millicent Sedra, pastora da Echo Church, que discursou no evento. “Lutamos por todas as vidas humanas, esteja você no útero ou fora dele. Seu valor não reside no seu gênero, mas no fato de você ter sido criado à imagem de Deus”, declarou.

A líder religiosa criticou o que chamou de “defesa seletiva” de grupos feministas em relação ao tema. “Suas posições são absolutamente ultrajantes. Dirão que se importam em proteger as mulheres, exceto quando se trata de proteger uma mulher de ser desmembrada por um bisturi no útero”, afirmou.

Sedra também fez um resgate histórico da atuação de grupos cristãos: “Foram os cristãos que aboliram o infanticídio, a queima de viúvas na Índia e o sacrifício humano. E será o povo de Deus que abolirá o aborto”.

Hamas quebra acordo, mata soldado e Israel faz novo bombardeio

A Força Aérea Israelense conduziu uma série de ataques intensos na Faixa de Gaza após a morte do sargento-mestre da reserva Yonah Efraim Feldbaum, de 37 anos, durante um ataque do Hamas em Rafah. O governo israelense classificou a ofensiva como resposta direta à violação do cessar-fogo por parte do grupo armado.

Segundo comunicado do Gabinete do Primeiro-Ministro, Benjamin Netanyahu determinou “ataques imediatos e contundentes” contra alvos do Hamas após consultas com a cúpula de segurança. A decisão ocorreu horas depois de o governo israelense confirmar que os restos mortais devolvidos pelo Hamas na segunda-feira não eram de novas vítimas, mas fragmentos adicionais de um refém já identificado no início da guerra.

Imagens de drones divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) mostraram que o grupo palestino encenou uma falsa operação de escavação diante de representantes da Cruz Vermelha, o que Israel considerou uma violação explícita do acordo em vigor.

Ataques e vítimas em Gaza

Fontes locais relataram bombardeios em várias partes da Faixa de Gaza, especialmente nas áreas centrais e meridionais. A agência de defesa civil de Gaza, controlada pelo Hamas, informou que pelo menos 50 pessoas morreram durante os ataques noturnos.

As forças israelenses afirmaram que as operações visam infraestruturas terroristas e túneis subterrâneos usados pelo Hamas, especialmente na região de Rafah. O Batalhão de Reconhecimento Nahal atua no local para identificar e neutralizar possíveis células armadas.

O sargento Feldbaum

Feldbaum, membro do Corpo de Engenharia de Combate, atuava como operador de máquinas pesadas na Divisão de Gaza. Ele era natural de Zayit Raanan, na Samaria, e deixa esposa e cinco filhos.

De acordo com a investigação inicial da IDF, terroristas dispararam contra uma escavadeira militar no bairro de Jenina, em Rafah. Pouco depois, a mesma célula teria lançado foguetes RPG contra um veículo blindado, sem causar outras vítimas. Os agressores fugiram do local, e as forças de segurança israelenses continuam em busca dos responsáveis.

Embora o bairro esteja situado dentro da Linha Amarela, sob controle israelense, a IDF acredita que terroristas ainda se escondem na área, possivelmente próximos a um túnel não descoberto. As autoridades militares consideram provável a realização de novos ataques, enquanto a operação de busca permanece em andamento.

Acusações e impasse

Israel atribuiu o ataque ao Hamas, mas o grupo negou envolvimento. A organização também anunciou o adiamento da entrega de restos mortais de reféns, alegando “violações” do cessar-fogo por parte de Israel.

As autoridades israelenses acusam o Hamas de atrasar deliberadamente as devoluções para prolongar o período de trégua. De acordo com o governo, nenhum corpo foi libertado há mais de uma semana, apesar do prazo de 48 horas estabelecido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início da semana.

Após os ataques israelenses, Trump afirmou acreditar que o cessar-fogo permanece de pé, mas defendeu o direito de Israel de reagir. “Eles mataram um soldado israelense. Então, os israelenses revidaram. E eles devem revidar”, declarou a bordo do Air Force One na noite de terça-feira, de acordo com o The Christian Post.

'Um milagre': casal relata cura da infertilidade após complicação

Marcelo Santos e Milaine Silvano, membros de uma comunidade religiosa, relataram uma sequência de eventos que classificam como “um milagre” após diagnóstico médico de infertilidade. O caso teve início durante o namoro do casal, quando Milaine descobriu a presença de um mioma uterino de aproximadamente três quilos.

“Os médicos propuseram a retirada do útero, por entenderem que mesmo com a remoção do mioma, o órgão não teria condições de sustentar uma gestação”, declarou Milaine Silvano em rede social.

Ela também descreveu enfrentar julgamentos externos devido ao volume abdominal. “Pessoas na rua supunham que eu estava grávida, quando ainda era virgem. Essas situações me causavam muito sofrimento”, completou.

O casal manteve atividades ministeriais em sua igreja local durante o período, incluindo ensino teológico. Milaine afirmou que, durante orações, teria recebido uma “promessa” de que o problema da infertilidade seria resolvido antes do casamento através de uma hemorragia controlada. “Deus nos disse que iria parar tudo no momento certo”, relatou.

Em julho de 2022, no dia marcado para a cerimônia matrimonial, Milaine passou mal e foi transportada urgentemente para um hospital. “Sofri uma hemorragia intra-abdominal grave causada pelo rompimento de um vaso do mioma. Tive risco de morte e toda a estrutura do casamento precisou ser cancelada”, detalhou.

A noiva foi submetida à cirurgia de emergência, que resultou na extração do mioma sem a remoção do útero. “Os médicos preservaram meu útero contra as expectativas iniciais”, afirmou. O casamento foi realizado dois meses após a recuperação.

Os especialistas informaram ao casal que as sequelas do procedimento resultaram em infertilidade. “Os médicos enfatizaram que não poderíamos gerar filhos, mas sempre dissemos que a última palavra pertencia a Deus”, declarou Marcelo Santos.

Em um dia de segunda-feira, porém, o casal divulgou em suas redes sociais um exame de ultrassonografia confirmando uma gestação em andamento, contrariando completamente o diagnóstico de infertilidade.

“Estamos gerando o milagre que exalta o nome do único Deus que é capaz de frustrar as probabilidades e estimativas estabelecidas por seres humanos. Agradecemos a Deus pela vida de todos que oraram! Continuem orando por nós”, escreveram na publicação que você pode conferir acima.