Especialista desmente rumor de antecedentes criminais em igrejas

O advogado Thiago Vieira, presidente do Instituto Brasileiro de Direito e Religião, publicou um vídeo desmentindo o conteúdo de materiais que circulam nas redes sociais apontando que igrejas seriam obrigadas a exigir certidões de antecedentes criminais de voluntários que atuam com crianças e adolescentes.

A discussão ganhou repercussão após postagem da delegada e deputada estadual Sheila, do Rio de Janeiro, que citou a Lei 14.811/2024 como base para a suposta exigência.

Vieira negou a obrigatoriedade, explicando que o texto da lei não menciona igrejas, mas se refere a entidades sociais que recebem recursos públicos: “Essa é mais uma fake news. Igreja não é ONG, não é entidade social, nem associação civil. Para fins jurídicos, igreja é organização religiosa, templo de qualquer culto. A lei fala de instituições que recebem dinheiro público, não de igrejas”.

Vieira explicou que a norma altera o Estatuto da Criança e do Adolescente e prevê a checagem de antecedentes em organizações públicas ou privadas que desenvolvem atividades com menores e contam com financiamento estatal. “Igreja não recebe recursos públicos. Pode até receber em alguma situação específica com fins de colaboração com o ente público, como está no artigo 19, inciso 1º da Constituição. Mas isso é a exceção da exceção. A regra é que a igreja não recebe recursos públicos”.

Embora não exista exigência legal para igrejas, o advogado afirmou que a adoção voluntária do procedimento é possível. “Não tem problema nenhum da igreja ter os antecedentes criminais desses fiéis consagrados, se a igreja quiser. É até prudente, eu até recomendo, mas não é obrigatório”.

Netanyahu: ‘Nenhum presidente dos EUA fez tanto por Israel’

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira, 13 de outubro, que “nenhum presidente dos Estados Unidos fez tanto por Israel quanto Trump” e que a proposta de paz apresentada pelo republicano “cumpre todos os objetivos de Israel para a paz”.

Em discurso no Parlamento israelense (Knesset), Netanyahu afirmou que o Hamas “entende que o ataque contra Israel foi um grave erro” e que essa percepção “é a base para uma boa paz: paz através da força”. Durante a sessão, o presidente do Parlamento, Amir Ohana, pediu que líderes de Câmaras e Parlamentos em todo o mundo endossem a candidatura de Donald Trump ao Prêmio Nobel da Paz. “Trump, você é a epítome da paz. Jamais alguém chegou perto de fazer tanto quanto você pela causa”, declarou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Israel deve aproveitar o fim da guerra na Faixa de Gaza para avançar em direção à paz no Oriente Médio. Em um extenso discurso na Knesset, ele agradeceu aos mediadores envolvidos e afirmou estar “determinado a alcançar um acordo de paz regional”.

Trump também instou Israel a “olhar além da guerra”, afirmando que o país “conquistou tudo o que podia pela força das armas”. “Vocês venceram. Agora é hora de transformar essas vitórias contra terroristas no campo de batalha no prêmio final da paz e prosperidade para todo o Oriente Médio”, afirmou.

O republicano prometeu ainda apoiar a reconstrução da Faixa de Gaza, devastada durante o conflito, e fez um apelo para que “os palestinos se afastem para sempre do caminho do terror e da violência”. “Após imensa dor, morte e dificuldade, agora é hora de se concentrar em construir seu povo, em vez de tentar derrubar Israel”, acrescentou.

Durante o pronunciamento, Trump também mencionou o Irã, país contra o qual ordenou bombardeios durante um breve conflito direto com Israel em junho. “Nós apenas queremos viver em paz. Não queremos nenhuma ameaça iminente sobre nossas cabeças”, finalizou, de acordo com informações da Agência Estado.

Mão de Jesus: jovem é impactado por louvor no leito de hospital

Durante internação hospitalar que já dura um mês devido a complicações no parto, a pastora Keller Silva, uma das líderes da IPTM (Igreja Pentecostal Tempo de Milagres) em São Gonçalo, foi protagonista de um episódio relatado como conversão religiosa dentro do hospital.

O fato ocorreu quando a pastora, ainda internada, entoava cânticos religiosos em seu leito.

Segundo relato publicado em rede social por seu esposo, pastor Freddy Michael, também líder da IPTM, um jovem identificado como Mateus, que estaria afastado da prática religiosa há cerca de dez anos, teria se aproximado durante o louvor.

Freddy Michael descreveu que, no momento em que Keller cantava com a filha recém-nascida nos braços, “algo impactante aconteceu: Mateus não resistiu ao toque do Espírito Santo e se rendeu aos pés de Jesus”. Registros em vídeo mostram o pastor orando pelo rapaz no hospital.

A pastora Keller segue internada sem previsão de alta e utilizou suas redes sociais para solicitar orações pela sua recuperação. “Aconteceram muitas complicações, mas a mão do Senhor interviu. Peço ajuda dos irmãos em oração pela minha vida e pela minha saúde”, declarou a pastora.

O casal, conhecido por ministrar louvor em sua igreja, mantém a prática de adoração durante o período de internação. Freddy Michael descreveu a situação no hospital como um momento em que “a adoração vence a dor”, afirmando que “entre lágrimas e promessas, Deus continua escrevendo algo sobrenatural”.

A igreja

A Igreja Pentecostal Tempo de Milagres (IPTM) foi fundada em 2008 pelos pastores Léo e Sônia Mendes, na cidade de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro.

A denominação surgiu de um pequeno grupo de fiéis e expandiu-se rapidamente, estabelecendo congregações em diversos estados brasileiros, com forte concentração na região Sudeste.

Sua fundação está associada a uma ênfase na doutrina neopentecostal, com cultos que priorizam manifestações como cura divina, batismo no Espírito Santo e operação de milagres, conforme sugere o próprio nome da instituição.

Renomado arqueólogo Rodrigo Silva lança história em quadrinhos

A Escola Bíblica da Novo Tempo lançou a revista “Rodrigo Silva em: Descobrindo Tesouros”, uma publicação direcionada ao público infantil entre 6 e 9 anos. O material consiste em oito lições no formato de história em quadrinhos, que integram narrativas bíblicas com elementos de arqueologia e atividades interativas.

A história acompanha um grupo composto por um menino curioso, um arqueólogo e um camelo medroso em expedições por locais como desertos e cavernas, com o objetivo de explorar conexões entre evidências históricas e relatos bíblicos.

Paralelamente, o projeto inclui uma websérie intitulada “Pequenas Evidências”, disponível no canal NT Kids no YouTube e na plataforma NT Play.

A série, com cinco episódios, segue personagens infantis em investigações num museu de arqueologia bíblica. O primeiro episódio foi disponibilizado em 2 de outubro de 2025. Informações adicionais sobre a revista e o conteúdo interativo podem ser obtidas no site oficial da instituição ou via WhatsApp.

Sobre o autor

O arqueólogo e professor Dr. Rodrigo Silva é reconhecido nacionalmente por seu trabalho na arqueologia, tendo a Bíblia como principal instrumento da sua atenção no campo histórico.

Com doutorado em Teologia e Arqueologia Histórica pela Universidade Andrews (EUA) e formação em Arqueologia Clássica pela Universidade de São Paulo (USP), ele atua como professor de Teologia e Arqueologia Bíblica no Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP).

Sua carreira é marcada pela participação em escavações arqueológicas no Brasil e no exterior, com foco principal em sítios vinculados ao contexto do mundo bíblico.

Além da academia, Silva possui significativa atuação midiática, dedicando-se à divulgação científica para o grande público. Ele é apresentador do programa “Evidências”, da TV Novo Tempo, onde aborda descobertas arqueológicas e sua relação com narrativas das Escrituras.

É também autor de vários livros, como “Escavando a Verdade” e “O Credo que Jesus Criou”, nos quais busca apresentar evidências materiais que contextualizam historicamente os relatos bíblicos.

Sua atuação, por outro lado, também é questionada no campo teológico protestante, uma vez que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é considerada uma seita por organizações como o Centro Apologético Cristão de Pesquisa (CACP).

Estudo: muitos não vão à igreja por falta de convite dos fiéis

Uma pesquisa recente da Lifeway Research indica que a principal barreira para o crescimento das igrejas não é a rejeição ativa da fé, mas a falta de iniciativas de convite por parte dos próprios fiéis.

O estudo, coordenado pelo pesquisador Dr. Thom Rainer, revela que uma parcela significativa de norte-americanos sem vínculo religioso demonstra abertura para visitar uma congregação, caso recebam um convite pessoal.

De acordo com os dados, aproximadamente 60% dos cristãos entrevistados relataram ter convidado alguém para ir à igreja nos últimos seis meses. No entanto, 40% dos fiéis admitiram não conhecer nenhum não-crente para convidar.

Outros justificaram a inação por medo de rejeição, desconforto ou por acreditarem que a evangelização não é sua responsabilidade direta. Scott McConnell, diretor-executivo da Lifeway Research, comentou que o desafio não é necessariamente a apatia, mas a falta de relacionamentos significativos além do círculo religioso.

“É preciso intencionalidade para conhecer novas pessoas na sua comunidade e ter oportunidades de convidá-las”, afirmou McConnell.

Iniciativa de evangelismo

Parte do que foi apontado pelo levantamento pode ser compreendida pela falta de consciência de alguns cristãos a respeito da necessidade de evangelização, algo que muitas vezes têm início com um simples convite.

Para os evangélicos em particular, a prática do evangelismo representa uma obrigação central e um mandamento direto derivado dos textos bílicos, conhecido como a Grande Comissão, onde Jesus instrui seus seguidores a irem por todo o mundo e pregarem o evangelho.

Esta missão é considerada um ato de obediência e amor, com o objetivo primordial de oferecer a oportunidade de salvação e vida eterna, através da fé em Jesus Cristo, a todas as pessoas. A atividade evangelística é, portanto, entendida não como uma opção, mas como uma parte essencial da identidade e do propósito de um crente.

Além do fundamento teológico, o evangelismo é visto como o mecanismo principal para o crescimento da igreja, tanto em número de membros quanto em influência na sociedade.

Através do testemunho pessoal, do convite para atividades eclesiásticas e da integração em comunidades de fé, os evangélicos buscam não apenas converter indivíduos, mas também transformar comunidades, oferecendo suporte espiritual e social. Com informações: Relevant Magazine.

AD Madureira planeja eleger senador e vice-governador; Veja mais

Araguaína (TO), domingo, 5 de outubro de 2025 — Seguindo orientação da Executiva Nacional das Assembleias de Deus Nação Madureira (AD Madureira), a Convenção Estadual dos Ministros das Assembleias de Deus – CONEMAD-TO poderá lançar candidatura própria ao Senado nas eleições de 2026.

O anúncio foi feito na manhã deste domingo (5) pelo pastor Amarildo Martins da Silva, durante a 37ª Assembleia Extraordinária realizada em Araguaína, sinalizando o que parece ser uma demonstração da forte influência evangélica no cenário político regional.

“Recebemos a autorização da CONAMAD para apoiarmos um nome da direita e conservador ao Senado em 2026. Ainda não temos esse nome no momento, mas estamos analisando um nome da instituição para o Senado”, disse o pastor Amarildo, dirigindo-se a líderes, pastores e missionários de todo o Tocantins, fazendo questão de frisar o perfil do potencial candidato.

Em paralelo, a CONEMAD-SP já trabalha com o nome do pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) como pré-candidato ao Senado por São Paulo em 2026, com apoio público do Bispo Samuel Ferreira, presidente-executivo da AD Madureira.

Definições

Ainda durante a AGE, ficaram definidos os nomes apoiados pela instituição no Tocantins para as eleições de 2026, que são:

Deputado Federal: Filipe Martins (PL-TO) – Reeleição

Deputada Estadual: vereadora de Palmas Débora Guedes

A instituição

A Convenção Estadual dos Ministros das Assembleias de Deus do Tocantins (CONEMAD-TO) atua como uma força política organizada no estado, seguindo diretrizes da liderança nacional da Assembleia de Deus Nação Madureira.

Conforme declarou seu presidente, pastor Amarildo Martins da Silva, a CONEMAD-TO recebeu autorização para apoiar um nome “da direita e conservador” para uma vaga no Senado, embora o candidato específico ainda não estivesse definido naquela data.

Além da projeção de uma candidatura ao Senado pela AD Madureira, a CONEMAD-TO já estabeleceu apoios formais a candidatos para cargos no Legislativo estadual e federal. Para a Câmara dos Deputados, a convenção definiu o apoio à reeleição do deputado federal Filipe Martins (PL-TO).

Para a Assembleia Legislativa do Tocantins, o apoio foi destinado à vereadora de Palmas, Débora Guedes, em sua campanha para deputada estadual. Essas movimentações ilustram a estratégia da entidade de influenciar a representação política do estado a partir de uma agenda alinhada aos seus valores. Com: JM Notícias.

Leandro Karnal em curso sobre Bíblia: ‘Dom de línguas é delírio’

O historiador e filósofo ateu Leandro Karnal criticou, em vídeo, o que as igrejas pentecostais defendem como sendo o “dom de línguas”. Em sua avaliação, as manifestações nomeadas de “glossolia” são um “delírio” estimulado para que pessoas sejam enganadas.

No vídeo, que faz parte do curso “Bíblia com Karnal”, o filósofo ateu afirma que as interpretações contemporâneas sobre o “dom de línguas” citado na Bíblia são deturpadas, classificando-as como “uma invenção posterior”.

Karnal, que já afirmou categoricamente que “Deus não existe” recorre ao texto de Atos dos Apóstolos para categorizar o dom de línguas: “Não é a língua do Espírito Santo, nem a dos anjos. Não é ficar dizendo qualquer coisa que não tem sentido algum pra parecer que você é religioso. Isso é uma degeneração do texto do bíblico. Dom das línguas na Bíblia é Pedro falando em aramaico, a única língua que ele conhecia, né? Pedro falando em aramaico para uma comunidade em Jerusalém cosmopolita e as pessoas entendendo em siríaco, em grego e em latim. Algumas das línguas que certamente estariam presentes em Jerusalém entre tantas outras. Egípcio, qualquer outra língua”.

Imitando as “línguas” pentecostais, o historiador atribuiu a adesão à crença no dom de línguas conforme a interpretação comum desde o avivamento da Rua Azusa como consequência de má formação durante a gravidez: “Isso é o dom das línguas. Eu falo em português e você que é alemão me entende como se eu estivesse falando em alemão. Isso é o dom das línguas. Agora dizer que se eu… [balbucia sons ininteligíveis] isso é o dom das línguas? Não. Isso é falta de proteína na gestação. Isso é delírio. Isso é completo delírio pra eu enganar as pessoas”.

“Dom das línguas do Novo Testamento é isto: eu falo uma língua e todo mundo entende. E isso deriva do Pentecostes porque a ciência é um dos sete dons do Espírito Santo. Temor de Deus, né. Ciência é um dos sete dons do Espírito”, concluiu Leandro Karnal.

Radicais muçulmanos picham igreja com ofensas a Israel

Três ativistas muçulmanos foram acusados de vandalizar a entrada da Igreja Uncommon, uma congregação cristã não denominacional localizada em Hurst, a cerca de 16 quilômetros a nordeste de Fort Worth, no Texas. O episódio, ocorrido no início de março de 2024, levantou um debate jurídico incomum: se o vandalismo pode ser considerado uma forma de expressão protegida pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

De acordo com as autoridades, a pichação incluía uma suástica, vários triângulos vermelhos invertidos — símbolo associado ao Hamas e a manifestações pró-Palestina — e um palavrão direcionado a Israel. As marcas foram feitas com spray nas proximidades de um mastro que exibia uma grande bandeira israelense. Inicialmente, os danos foram estimados em menos de US$ 200, mas os promotores posteriormente avaliaram o prejuízo em mais de US$ 750.

Defesa

Durante uma coletiva de imprensa realizada em setembro de 2024, representantes do Conselho de Relações Islâmicas Americanas (CAIR) — organização classificada como grupo terrorista pelos Emirados Árabes Unidos — afirmaram que o ato estava protegido pela liberdade de expressão. “É um caso que está colocando nossos direitos da Primeira Emenda e nosso senso de justiça em julgamento”, declarou um porta-voz da entidade.

A advogada Alison Grinter Allen, que representa uma das acusadas, afirmou: “Acho que protestos, grafites, esse tipo de coisa, são a linguagem de pessoas que não são ouvidas. E por isso me compadeci deles”.

Durante o julgamento, a defesa de uma das rés, Alam, argumentou que a pichação constituía uma manifestação política e não um ataque religioso. O pastor Brad Keeran, líder da Igreja Uncommon, classificou essa justificativa como “risível”.

“O que foi discutido no primeiro dia de julgamento foi que faz parte dos nossos direitos da Primeira Emenda protestar contra o nosso governo e contra o governo de outras nações”, disse Keeran ao The Christian Post. “Então, ele estava protestando contra o governo de Israel e que as suásticas, os três triângulos virados para baixo e ‘do rio ao mar’ — nada disso era antissemita, nada disso era anti judaico, nada disso pretendia ser outra coisa senão uma declaração política contra a nação de Israel, o que é ridículo”.

Condenação

Alam foi condenada por vandalismo, mas absolvida da acusação de crime de ódio. A sentença incluiu seis meses de prisão, pagamento de US$ 1.700 em restituição e proibição vitalícia de frequentar a igreja. Relatos indicam que Venzor, outro acusado, firmou um acordo judicial, enquanto Khan aguarda o encerramento de seu julgamento.

O caso reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de expressão nos Estados Unidos, especialmente em contextos religiosos e políticos.

O início das tensões

O pastor Keeran relatou que as tensões começaram no final de dezembro de 2023, quando decidiu substituir a bandeira de Jesus da igreja pela bandeira de Israel. “Temos um enorme mastro no campus da nossa igreja. Hasteamos uma bandeira com o nome de Jesus sobre a nossa cidade”, explicou. “Pensei: e se hastearmos a bandeira israelense?”.

Após encomendar uma bandeira personalizada de 11,5 metros de comprimento, a igreja passou a exibi-la em janeiro de 2024. Segundo Keeran, a mudança foi bem recebida internamente, mas gerou forte reação na comunidade local.

“Recebemos imediatamente uma quantidade inacreditável de feedback da comunidade; mensagens de ódio, pessoas indo até o prédio, e foi só uma avalanche de mensagens no Instagram e no Facebook, mensagens de voz e e-mails”, relatou. “Todos ficaram muito chateados por estarmos apoiando a nação de Israel”.

Reação do Estado

Apesar do ataque, Keeran afirmou que a igreja manteve praticamente as mesmas medidas de segurança. Ele, contudo, observou que o ambiente político e social se tornou mais hostil. “É ridículo pensar que pintar uma suástica e ‘F Israel’ e triângulos virados para baixo do rio até o mar seja o direito protegido pela Primeira Emenda para alguém vandalizar uma casa de culto”, declarou. “Mas com todas as bobagens que vimos de Charlie Kirk e outras coisas antissemitas que têm acontecido, acho que não é surpresa que estejamos acostumados a esse nível de antissemitismo”.

Em resposta a uma série de incidentes antissemitas registrados em março de 2024, o governador do Texas, Greg Abbott, determinou que policiais do Departamento de Segurança Pública prendessem manifestantes que promovessem discursos de ódio em universidades. Abbott citou cânticos como “do rio ao mar” — comumente usados em protestos pró-Palestina — como exemplos de discurso não protegido pela Constituição.

Em maio de 2024, advogados do CAIR, ativistas da Universidade de Houston e da Universidade do Texas em Dallas, além de membros dos Socialistas Democratas da América, ingressaram com uma ação judicial contra o governador. Eles argumentaram que a diretiva violava direitos constitucionais de liberdade de expressão e manifestação.

Novo templo da Igreja Presbiteriana de Pinheiros inaugurado 26/10

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A Igreja Presbiteriana de Pinheiros está em vias de concluir o templo provisório que vem construindo ao longo dos últimos meses, chamado Tenda da Adoração, mas mantém os planos de erguer um prédio no mesmo terreno nos próximos anos.

O pastor da igreja, Arival Dias Casimiro, explicou que a expansão foi necessária devido à superlotação do templo atual: “A nossa situação aqui está crítica aos domingos. As pessoas assistem o culto lá de fora, muitas pessoas voltando [para casa por falta de espaço]. Então a gente está fazendo todo um esforço, uma força-tarefa, para a gente começar a cultuar aqui a partir do dia 26 de outubro”, declarou.

O plano ousado da igreja é dividido em etapas: inicialmente, a Tenda da Adoração vai acomodar aproximadamente 1,5 mil pessoas. Ela foi erguida em uma área vizinha ao atual templo, no local onde havia casas que foram compradas pela igreja e demolidas.

Mas, os planos de expansão não param com a nova tenda, já que há um planejamento inclui a construção de um novo prédio com 13 andares para a sede da igreja e a implantação de igrejas multilocais.

“Primeiro vai resolver um problema imediato. Mas a gente entende também que isso aqui é uma transição. É um período intermediário de uns 5, 6 anos, onde a gente vai poder se capitalizar para construir o prédio definitivo aqui. E também estamos orando para a gente fazer, dependendo do crescimento que acontecer aqui, fazer igrejas multilocais, expandir mais aqui na região de São Paulo mesmo, dentro de São Paulo”, acrescentou Arival.

Um dos responsáveis pela execução do projeto da Tenda da Adoração é o diácono Everaldo Rodrigues, mestre de obras. Em entrevista à IPPTV, afirmou que uma das principais preocupações é com a segurança de quem vai cultuar no local: “A nossa orientação aqui é fazer com que todo esse espaço seja funcional. A gente está aqui sob a coordenação do Corpo de Bombeiros, tomando cuidado com toda a área de segurança para que no dia tenha um bom funcionamento”.

O prazo apertado para a entrega da obra deve deixar detalhes de acabamento para serem finalizados após a inauguração: “As partes externas, realmente, alguns detalhes vão ficar ali a posterior. Mas toda a parte que vai fazer com que a tenda funcione de forma plena vai estar funcionando para a glória de Deus”, concluiu Rodrigues.

Novo templo da Igreja Presbiteriana de Pinheiros deverá ser inaugurado em 26/10
Área interna da Tenda da Adoração ainda em obras

Ex-CEO da Intel convoca cristãos ao uso da IA para evangelizar

Pat Gelsinger, que liderou a Intel entre 2021 e 2024, exortou uma plateia cristã a aproveitar o potencial crescente da inteligência artificial (IA) como “força para o bem”. Em discurso realizado na terça-feira, durante o evento “IA para a Humanidade: Navegando pela Ética e Moralidade para um Futuro Florescente”, ele afirmou: “Acredito profundamente que a tecnologia é neutra”.

Atualmente, Gelsinger atua como presidente executivo e chefe de tecnologia na Gloo, plataforma que conecta organizações do ecossistema religioso. Para ele, “não é bom nem ruim”, mas depende de “como a moldamos, como a usamos, como a formamos”.

Antes da fala de Gelsinger, o Dr. Richard Land, editor executivo do The Christian Post e presidente emérito do Seminário Evangélico do Sul em Charlotte, apresentou um panorama histórico sobre inovações e alertou para os impactos potenciais da IA. Land classificou a IA como “a maior e mais significativa invenção desde a invenção da imprensa”. Ele contextualizou que a prensa de Gutenberg desencadeou ampla difusão de conhecimento, favoreceu a Reforma Protestante e influenciou a formação do mundo moderno, mas também esteve associada a conflitos prolongados.

Richard Land sugeriu que o legado da imprensa foi duplo: ao mesmo tempo em que enfraqueceu a hegemonia religiosa ao ampliar o acesso às Escrituras e à teologia da igreja primitiva, abriu espaço para correntes filosóficas que culminaram no Iluminismo e em processos revolucionários europeus. “A luta entre o Iluminismo e a Reforma terminou na Revolução Americana, que enfatizou a Reforma, e na Revolução Francesa, que enfatizou o Iluminismo”, disse ele.

Em sua avaliação, a atitude de autossuficiência observada em períodos revolucionários serve de alerta para o uso da IA: “Precisamos nos engajar. Caso contrário, ela nos desumanizará, desumanizará os seres humanos em todo o mundo”.

Ao subir ao palco, Gelsinger afirmou que grandes invenções ao longo da história foram instrumentalizadas para fins providenciais. Ele mencionou as estradas romanas como a “maior tecnologia” nos dias de Cristo, ressaltando seu papel na expansão do Evangelho. Em seguida, aproximou o momento atual ao impacto da prensa: “Penso na IA como outro momento de Gutenberg, com todas as controvérsias e desafios associados a ele”. Para Gelsinger, cristãos em diferentes épocas “abraçaram essa grande invenção da época para literalmente mudar a humanidade”.

Em sua proposta prática, Gelsinger destacou três princípios para moldar a IA como “força para o bem”: abertura, construção de confiança e licenciamento responsável. Ele contrastou abordagens “abertas”, que tornam modelos e códigos acessíveis para escrutínio comunitário, com abordagens “fechadas”, focadas em performance e controle corporativo, defendendo “construir abertamente, viver de forma transparente, garantindo que nossos conjuntos de dados e processos sejam abertos e compreendidos por todos”. Também enfatizou a definição de parâmetros orientados ao florescimento humano e o respeito à propriedade intelectual.

Gelsinger apontou metas sociais associadas à IA, com foco em educação e redução da pobreza. Ele disse desejar que “seremos capazes de educar todas as crianças do planeta”, estimando que a conectividade global deve atingir a maioria da população mundial nos próximos anos. Ao tratar de barreiras linguísticas, observou que, entre cerca de 7.000 idiomas, apenas uma fração tem tradução facilitada, projetando que a IA poderá “desbloquear” milhares de línguas adicionais para fins educacionais. Em sua avaliação, “essa é a coisa mais poderosa que podemos fazer para eliminar a pobreza”.

Ao final, Gelsinger convocou líderes e comunidades cristãs a uma postura ativa diante da tecnologia: “Não tenham medo [da IA], mas corram direto para ela e encontrem maneiras de estarmos na vanguarda da transformação dessa tecnologia em uma força para o bem”.

Land, por sua vez, reforçou a necessidade de participação informada para evitar a “desumanização” e preservar o valor de cada pessoa. Em comum, as mensagens defenderam engajamento responsável, contextualizado por precedentes históricos, e a construção de salvaguardas éticas para orientar o uso da IA.