Ana Paula Valadão encoraja solteiros: ‘Não é um castigo’

Ana Paula Valadão foi abordada por uma mulher solteira, com mais de 40 anos, que expressou a perda de esperança em relação ao casamento. Em sua resposta, a cantora ressaltou que, de acordo com a Bíblia, o período de solteirice deve ser encarado como um tempo de consagração.

A artista gospel afirmou que essa fase não deve ser vista como uma punição, mas como uma oportunidade de dedicação. “O tempo da solteirice não é um castigo, é consagração”, declarou. Ela citou 1 Coríntios 7, que afirma que “o solteiro ou a solteira cuida das coisas do Senhor, em como agradar ao Senhor”, reforçando a ideia de que esse momento pode ser um tempo de aprofundamento espiritual.

Ana Paula tratou a situação como um chamado legítimo para o crescimento pessoal e espiritual. Ela então mencionou Isaías 28:16, destacando que “aquele que crê não se apressa”, enfatizando a importância de confiar nos tempos de Deus.

Apressar-se, segundo a cantora, pode levar a decisões baseadas no medo: “Quem crê descansa, quem confia espera. Quem está firme em Cristo não precisa temer o relógio”, afirmou. Ana Paula também encorajou os solteiros a aproveitarem essa fase para seu crescimento individual.

“Enquanto o casamento não vem, floresça, sirva, viaje, amadureça, realize. Deus não desperdiça temporadas, Ele molda, prepara e revela propósitos nelas”, concluiu.

Cantor criado por IA lidera audiência gospel nos streamings

O mais recente fenômeno na música gospel internacional é uma criação de inteligência artificial: Solomon Ray, que conquistou o primeiro lugar na lista dos 100 álbuns cristãos mais vendidos na plataforma iTunes. Esse “cantor” é, na verdade, uma experiência gerada por IA que obteve grande sucesso. Mas como essa inovação pode impactar a indústria musical no futuro?

Lançado há menos de um mês, Solomon Ray já conta com mais de 74 mil seguidores nas redes sociais e tem mais de 480 ouvintes mensais no Spotify. Seu álbum “A Soulful Christmas” inclui faixas como Soul to the World e Jingle Bell Soul.

O perfil do artista virtual no Spotify descreve-o da seguinte forma: “Cantor de soul feito no Mississippi, trazendo um renascimento da alma do sul para o presente. Seus discos são quentes e analógicos, com letras sobre fé, família, redenção e vida real. Com uma voz como veludo desgastado e uma cadência de contador de histórias, ele canta como se estivesse testemunhando por experiência própria: parte convicção de domingo de manhã, parte coragem de sábado à noite”.

Esse fenômeno gerou discussões no mercado, levando a plataforma a divulgar um comunicado prometendo maior proteção contra falsificação de identidade para artistas. A Meta, dona do Facebook e Instagram, também expandiu suas políticas de moderação de conteúdo por IA. Contudo, como isso afetará o futuro da música gospel?

Para Isaías Bueno, gerente da Gravadora Novo Tempo, a inteligência artificial é uma realidade que traz inovações. Embora essas mudanças possam causar estranhamento inicial, ele acredita que é essencial equilibrar a tecnologia com o lado humano e espiritual. “A IA é uma ferramenta para contribuir, não para substituir a missão e o humano. Os cantores de IA estão aí, mas devemos protestar e bloquear ou analisar as razões, ficar atentos às tendências do mercado e do público e nos prepararmos para isso?”, questiona Bueno.

Ele acredita que quem souber equilibrar tecnologia e humanidade se sairá fortalecido: “A IA não é o fim de tudo, mas uma oportunidade de fazer as coisas de novas maneiras. Ela pode otimizar processos e ser uma ferramenta para que produtores e ouvintes simulem e testem ideias. Mas a apresentação ao vivo, o contato com o público, é com o artista, sempre! A IA nunca substituirá a emoção desse momento, portanto, vejo-a como uma ferramenta de apoio, não um substituto”, enfatiza Bueno, de acordo com a revista Comunhão.

Além disso, o gerente da NT destaca que a questão espiritual é o grande diferencial em relação à IA. “A Inteligência Artificial como uma ferramenta para apoiar a missão, e não como algo que prejudique a espiritualidade, é fundamental. Com equilíbrio, ela pode ajudar a alcançar mais pessoas sem perder o foco. A IA pode alcançar lugares e pessoas que os meios tradicionais não atingiriam. Por isso, insisto no equilíbrio e na atenção às tendências como fundamentais”, conclui.

China expandiu leis de perseguição religiosa, aponta relatório

A China tem expandido sua estrutura de repressão religiosa por meio de um conjunto cada vez mais complexo de leis e políticas estatais, conforme aponta um novo relatório da organização Christian Solidarity Worldwide (CSW).

O estudo revela que o controle governamental sobre as comunidades de fé não só se manteve, mas aumentou, evoluindo de ações diretas, como demolições de templos e prisões, para formas mais sistêmicas de vigilância e restrição em áreas como educação, tecnologia, comércio e cultura.

O documento atribui a intensificação das medidas ao projeto de “sinização” da religião, uma estratégia que visa alinhar crenças e práticas espirituais aos princípios do Partido Comunista Chinês. Kiri Kankhwende, porta-voz da CSW, afirma que o objetivo é “colocar o partido no centro de tudo e promover uma ideologia sem espaço para Deus”.

O colunista Ansel Li observa que, desde 2023, o processo se tornou mais agressivo, saindo do campo discursivo e se transformando em políticas concretas. A organização espera que o relatório ajude a expor o arcabouço jurídico usado para justificar as violações dos direitos fundamentais no país. “Esperamos que este relatório ilumine a arquitetura legal repressiva da China e como ela é usada como uma arma contra a liberdade religiosa”, afirmou Mervyn Thomas, fundador da CSW.

O estudo inclui exemplos recentes de perseguição religiosa, como o caso da Linfen Covenant Home Church, uma congregação não registrada cujos líderes enfrentaram processos criminais. De acordo com a CSW, Li Jie e Han Xiaodong estão cumprindo penas de três anos e oito meses por acusação de fraude, enquanto Wang Qiang, liberado sob fiança em março, recebeu posteriormente uma sentença de um ano e onze meses.

Thomas defende que governos, parlamentares e entidades civis adotem posturas firmes diante dessas violações e busquem formas concretas de responsabilização. “É necessário que a comunidade internacional condene essas ações e explore medidas práticas para exigir transparência e respeito aos direitos humanos”, concluiu.

Em busca de “unidade”, 70 mil evangélicos se reúnem na França

Nos dias 4 e 5 de outubro, diversas cidades e vilas francesas sediaram celebrações conjuntas promovidas pela Aliança Evangélica Francesa (CNEF). O projeto, intitulado “Célébrations”, teve como objetivo demonstrar a unidade espiritual e a cooperação prática entre congregações evangélicas locais.

Ao todo, 89 cultos unificados foram realizados simultaneamente, com a participação média de oito igrejas diferentes por município. Segundo avaliação da CNEF, aproximadamente metade desses encontros reuniu igrejas que nunca haviam cooperado em uma iniciativa semelhante anteriormente.

A organização descreveu o evento como um “marco significativo na unidade do protestantismo evangélico francês”.

O propósito declarado era “louvar a Deus e proclamar o Evangelho juntos”. Em comunicado, a CNEF afirmou que “a unidade e a fraternidade em Cristo não são palavras vazias, mas uma realidade que podemos viver coletivamente”.

A iniciativa ocorreu em um contexto de maior atenção midiática sobre os evangélicos na França, sendo por isso considerada de vital importância para as comunidades locais.

Nos meses anteriores, programas de televisão, como o “Envoyé spécial” do canal público France 2, geraram controvérsia ao associar o movimento evangélico a alegações de manipulação psicológica e homofobia.

A CNEF destacou que o evento “Célébrations” atraiu a cobertura de jornalistas, o que, em vários casos, permitiu apresentar uma visão mais precisa e multifacetada da comunidade evangélica no país. A entidade expressou gratidão por essa “abordagem curiosa que busca compreender e descrever nossa fé em Jesus Cristo”. Com: Evangelical Focus.

Relatório aponta crescimento do número de cristãos na França, com 745.000 pessoas

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Vídeo: pastor relata cura do câncer após oração da filha de 4 anos

O pastor Leonardo Martins, do Rio de Janeiro, recebeu um diagnóstico de câncer na garganta em setembro de 2023 e iniciou um tratamento intensivo que incluiu seis sessões de quimioterapia, duas cirurgias e quatro internações. Durante o processo, sua esposa, Flávia Joyce, documentou a jornada nas redes sociais, mobilizando uma rede de apoio e oração.

Um dos momentos mais marcantes foi a intervenção da filha do casal, Rebecca, então com 4 anos. Em vídeo (assista aqui) compartilhado pela família, a menina ora ao redor da mesa:

“Tira o machucado do meu pai, por favor, Deus, eu amo meu papaizinho. Eu quero que ele fique melhor logo”. Em outro momento, espontaneamente, ela se ajoelhou ao lado do pai após uma sessão de quimioterapia e suplicou: “Por favor, Jesus, eu não quero que Você leve ele para o Céu, senão eu vou ficar muito triste”.

Segundo Flávia, a iniciativa da filha surgiu sem incentivo externo. “Ela mesma teve a iniciativa porque aprendeu na igreja e em casa que o nosso Deus ouvia a oração. Não tenho dúvidas de que nesse dia o Céu se moveu”, afirmou.

Resultado do Tratamento

Em junho de 2024, após onze meses de tratamento contra o câncer, exames médicos constataram que a atividade do câncer havia se tornado inexpressiva. Leonardo atribuiu a melhora às orações. “Deus me manteve vivo por causa da sua oração”, declarou.

Flávia complementou: “Nosso Deus não mudou. Ele ainda faz milagres”, referindo-se também à própria gestação de Rebecca, considerada improvável pelos médicos.

A sequência terapêutica contra o câncer deixou sequelas na voz de Leonardo, com cerca de 70% das cordas vocais paralisadas. Inicialmente relutante em voltar a pregar, ele e a esposa adaptaram a dinâmica do ministério. “Deus nos deu uma estratégia. Quando a voz dele falha, eu me torno a extensão da voz dele”, explicou Flávia. “Porque a voz pode falhar, mas o propósito continua de pé.”

O casal, que se conheceu no altar – ele pregando e ela cantando – decidiu manter seu ministério. “Se ainda resta voz, nós não sairemos do altar. Minha casa é um testemunho de milagres”, concluiu Flávia.

Batismo coletivo no Rio Amazonas reúne mais de 300 pessoas

Um batismo coletivo realizado no último domingo, 30 de novembro, data em que se comemora o Dia do Evangélico, reuniu mais de 300 novos convertidos no Batistério Público do Rio Amazonas, em Macapá, Amapá.

A cerimônia foi organizada pela prefeitura municipal em parceria com diversas denominações religiosas e incluiu momentos de louvor e oração.

Entre os batizados estavam adolescentes, jovens, adultos e idosos, que realizaram a imersão nas águas como declaração pública de fé. O casal Olivaldo Melo e Liliane Paixão foi um dos que participou do ritual.

“Há três anos nos convertemos juntos à fé evangélica, e hoje estamos vivendo mais um momento especial em nossa caminhada espiritual. É uma bênção poder compartilhar isso lado a lado”, relatou Liliane. A adolescente Eduarda de Souza também compartilhou sua experiência: “É um dia muito especial para mim. Estou muito feliz em saber que eu vou ser uma nova pessoa, que vou mudar minha vida e Deus vai me encontrar”.

Marco para a Comunidade

O Batistério Público Evangélico do Rio Amazonas foi inaugurado pela Prefeitura de Macapá em outubro de 2014. A estrutura é a primeira do gênero na Região Norte do país e se consolidou como um local central para a realização de batismos pela comunidade evangélica local.

O prefeito de Macapá, Dr. Furlan, destacou a importância do equipamento. “O Batistério do Rio Amazonas é um marco para nossa cidade. Ele representa o compromisso da gestão em garantir que todas as religiões tenham espaço para se manifestar. Celebrar um ano desse equipamento público com mais de 300 pessoas se batizando é motivo de orgulho e gratidão”, afirmou.

O evento reflete o peso demográfico da comunidade evangélica no estado. De acordo com o Censo de Religião de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os evangélicos representam 36% da população do Amapá, um dos percentuais mais altos do país. Com informações: Guiame.

Indicação de Jorge Messias ao STF amplia crise com evangélicos

A indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou uma crise política que ultrapassou a disputa por apoio no Senado. A nomeação, que ainda aguarda início formal de tramitação, chega à Casa com significativo desgaste e enfrenta resistência generalizada, especialmente a dos evangélicos.

Para ser confirmado, Messias precisa obter ao menos 41 votos favoráveis no plenário, um cenário considerado incerto. A oposição não se limita às bancadas oposicionistas, alcançando também partidos do centro e refletindo o descontentamento pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A insatisfação decorre, em parte, da decisão do Planalto de não indicar o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a Corte.

Preocupado com a possibilidade de rejeição, Jorge Messias intensificou sua agenda de contatos, incluindo reuniões, telefonemas e visitas a parlamentares, na tentativa de construir apoio. No entanto, líderes da base governista têm sinalizado que não conduzirão uma mobilização coordenada em favor do indicado. Partidos como PL, PSD e MDB evitam assumir posição definitiva, indicando uma votação fragmentada.

Análise do Contexto Político

Para o cientista político Marco Teixeira, a resistência ao nome de Messias não representa necessariamente uma rejeição à sua pessoa, mas sim uma reação ao contexto político da indicação. “A rejeição não é ao nome do Messias. Ele está servindo de pretexto para acentuar a crise de governabilidade na relação Executivo-Legislativo”, avalia Teixeira.

Segundo ele, a condução do processo pelo governo, desconsiderando a pressão pela nomeação de Pacheco e a insatisfação de Alcolumbre, agravou um ambiente já tensionado. Teixeira interpreta movimentos recentes de Alcolumbre, como a pautação de matérias consideradas desfavoráveis ao Executivo, como um indicativo de que o Senado está disposto a marcar posição. “Se o governo for derrotado, será um constrangimento geral”, ponderou.

Davi Alcolumbre criticou publicamente setores do governo, acusando o Executivo de tentar resolver crises entre Poderes com “ajustes fisiológicos”. Inicialmente, a sabatina de Messias foi marcada de forma acelerada para 10 de dezembro, gesto lido pelo Planalto como parte do enfrentamento.

O governo avalia que o prazo exíguo reduz a margem de negociação. Em contrapartida, Lula tentou ganhar tempo adiando o envio da mensagem formal de indicação ao Senado. Alcolumbre posteriormente adiou a data da sabatina devido à ausência da formalização.

Resistência da Bancada Evangélica

A indicação também enfrenta oposição organizada da Frente Parlamentar Evangélica do Senado. O senador Carlos Viana (Podemos-MG), que preside a frente, afirmou na segunda-feira, 1º de dezembro, que a maioria dos seus 17 integrantes não aceita se reunir com Jorge Messias, mesmo após pedido do indicado.

Viana relatou ter consultado os membros e constatado que a maior parte não deseja o diálogo. “Duvido muito que um encontro que possa acontecer vá mudar a decisão de voto de cada um dos senadores”, declarou à CNN.

O senador também associou a resistência a uma “desconfiança dos parlamentares a respeito do equilíbrio entre os poderes”, citando a atuação da AGU na análise de emendas parlamentares e a fiscalização do STF sobre o tema como fatores de tensão. Com informações: Comunhão.

Batismo de jovem autista emociona com lição de fé e inclusão

Um momento ocorrido durante cerimônia de batismo na Igreja Assembleia de Deus do Brás, em São Caetano do Sul (SP), no domingo, 30 de novembro, tem sido amplamente compartilhado e comentado em plataformas digitais. O episódio envolveu o batismo de Adriel, um jovem diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 3.

De acordo com relatos divulgados pela instituição religiosa, Adriel demonstrou receio ao momento de imersão na água do tanque batismal.

O pastor responsável pela cerimônia, Marcos Dias, desceu as escadas do tanque acompanhado do jovem, que se manteve abraçado a ele. Em seguida, o pastor mergulhou na piscina primeiro, com o objetivo de demonstrar a Adriel que o procedimento era seguro.

Após observar o pastor, o jovem realizou o batismo por imersão junto com ele. Em publicação oficial em seu perfil no Instagram, a igreja descreveu o ocorrido:

“Adriel venceu o medo e desceu às águas, a família acompanhou emocionada, tocada pelo gesto”. A postagem caracterizou o dia como “inesquecível para a igreja e um testemunho vivo de amor, cuidado pastoral e inclusão”, acrescentando que “o nosso pastor mostrou mais uma vez que o batismo é para todos”.

“O Adriel é autista nivel 3, e o pastor provou que o batismo é para todos e que há inclusão na nossa igreja! Pastor Marcos, obrigada por ser essa referência! Palavras convencem, mas o exemplo arrasta”, ressaltou a postagem feita no Instagram.

A cerimônia (assista no vídeo acima da reportagem), que incluiu momentos de adoração e pregação, também contou com o batismo de outros participantes, incluindo jovens, adolescentes, adultos e idosos.

Profecia? Tribo de Levi retoma cânticos no Monte do Templo

Na manhã de quinta-feira, 27 de novembro, uma cerimônia inédita ocorreu no Monte do Templo em Jerusalém, considerado o local mais sagrado para o judaísmo. Três homens identificados como membros da tribo de Levi ascenderam ao local e entoaram o salmo diário, restaurando um ritual interrompido desde a destruição do Segundo Templo pelas legiões romanas no ano 70 da Era Comum.

Em declaração, os participantes descreveram a experiência: “Hoje tivemos a oportunidade de realizar, ainda que parcialmente, nosso sonho como filhos de Levi: entoar o cântico de Deus no monte sagrado. Graças a Deus, já existem diversas organizações de levitas se preparando para o dia em que poderemos voltar à plataforma. Convidamos nossos irmãos levitas a buscar informações e se unir a nós nessa missão.”

O evento foi organizado pelo movimento Beyadenu para o Monte do Templo, que promove iniciativas para fortalecer a conexão judaica com o local. Akiva Ariel, diretor-executivo interino da organização, afirmou: “Desde a destruição do Segundo Templo, o cântico dos levitas não ecoava no Monte do Templo. Este momento expressa o anseio e a profunda ligação do povo de Israel com seu lugar mais sagrado, de forma respeitosa, modesta e santificadora.”

Contexto Histórico e Religioso

Segundo a tradição bíblica, os levitas foram designados por Deus para funções específicas no culto do Templo. O texto de 1 Crônicas 25:1 descreve que “Davi e os comandantes do exército separaram para o serviço os filhos de Asafe, Hemã e Jedutum, que profetizavam com liras, harpas e címbalos”.

Os ensinamentos rabínicos indicam que o canto levítico era componente essencial do serviço, a ponto de sacrifícios realizados sem acompanhamento musical serem considerados incompletos.

Historicamente, os músicos do Templo eram selecionados entre os levitas. O Zohar, texto fundamental da cabala, explica que o nome “Levi” significa “acompanhar”, e sua função musical era conduzir os fiéis a uma maior proximidade com Deus. Durante o período dos Templos, os levitas cantavam nos 15 degraus que ligavam o Pátio das Mulheres ao Pátio dos Israelistas, recitando os 15 Cânticos de Ascensão do Livro dos Salmos.

A tribo de Levi, que inclui figuras como Moisés e Arão, foi escolhida para dedicar-se inteiramente ao serviço divino, sem receber porção de terra em Israel. Os kohanim (sacerdotes) constituem um subgrupo descendente de Arão, enquanto os demais levitas eram responsáveis pela guarda e pela música no Templo. A condição de levita, que representa aproximadamente 4% da população judaica, é transmitida patrilinearmente e confere honras especiais na vida religiosa.

Significado Contemporâneo

A iniciativa transcende uma reconstituição histórica, representando uma afirmação da identidade judaica em um local onde atualmente a expressão religiosa pública é limitada por acordos e políticas vigentes. As vozes dos três levitas, ecoando após 1.955 anos de silêncio, simbolizam para muitos o desejo de renovação da presença judaica plena no local.

O evento insere-se em um movimento mais amplo de reavivamento do interesse pelo Monte do Templo dentro de setores da sociedade israelense. Como registrado na tradição, o Gaon de Vilna, proeminente sábio do século XVIII, ensinou que a música do Templo seria o último segredo revelado antes da era messiânica, atribuindo ao canto levítico um profundo significado escatológico. Com informações: Israel365

Por 'valores inegociáveis', Michelle faz PL abandonar Ciro Gomes

Em reunião realizada na terça-feira, 2 de dezembro, em Brasília, a cúpula nacional do Partido Liberal (PL) decidiu suspender as conversas com a executiva estadual do PSDB no Ceará acerca de um eventual apoio à candidatura de Ciro Gomes ao governo do estado nas eleições de 2026.

Participaram do encontro o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os senadores Rogério Marinho e Flávio Bolsonaro, e o deputado federal André Fernandes.

Antes da reunião formal, Michelle Bolsonaro e o deputado André Fernandes mantiveram uma conversa privada para resolver um desentendimento público ocorrido no fim de semana anterior. Conforme nota divulgada pelo PL Mulher, os dois “oraram juntos” e esclareceram o atrito, que havia gerado reação dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Durante a reunião, a direção do partido analisou o cenário político cearense e definiu que a prioridade estratégica é a derrota da esquerda e a preservação dos valores da direita. Ficou estabelecido que o deputado André Fernandes continuará como responsável por apresentar alternativas de aliança que reflitam esses princípios e fortaleçam a competitividade eleitoral do PL no estado.

Como consequência imediata, as tratativas com o PSDB local foram interrompidas. A estratégia final será divulgada após a avaliação de novas propostas que serão submetidas à direção nacional e à executiva estadual.

A posição de Michelle Bolsonaro foi determinante para o resultado. Ela se opôs frontalmente à aliança, argumentando que Ciro Gomes não representa os valores da direita. Em evento no Ceará no último sábado, 29 de novembro, a ex-primeira-dama classificou o tucano como tendo “essência de esquerda” e afirmou que um apoio significaria abandonar princípios conservadores e enfraquecer o projeto político vinculado a Jair Bolsonaro.

Contexto das Declarações

Para fundamentar publicamente sua oposição, Michelle Bolsonaro compartilhou nas redes sociais uma série de vídeos com declarações hostis de Ciro Gomes dirigidas a Jair Bolsonaro e sua família ao longo dos últimos anos. Ao publicar o material, ela reiterou: “Ciro Gomes não é e nunca será de direita. Sempre será um perseguidor e um maledicente contra Bolsonaro”.

Entre as declarações compiladas, destacam-se:

  • “Bolsonaro é quase um idiota. Conheço ele de perto (…) Um completo imbecil”, disse Ciro durante participação no Flow Podcast.

  • “O Flávio comprou uma mansão de R$ 6 milhões em Brasília, é um ladrão. Eu estou acusando ele de ser ladrão. Me processa para ver se eu não provo. O Bolsonaro é ladrão, os filhos são ladrões”, afirmou no mesmo podcast.

  • “Que o Bolsonaro pague e pague caro pelos crimes continuados que cometeu. O crime mais grave que ele cometeu foi o crime de genocídio”, declarou em entrevista ao UOL.

  • “[Ele] vai ser preso, porque é um criminoso. A explicação chama-se Jair Messias Bolsonaro. Negacionismo, superfaturamento, roubalheira”, afirmou no programa Roda Viva. Com informações: Pleno News.