Técnico do Boston Celtics, Joe Mazzulla, quer desejo ser diácono

O técnico do Boston Celtics, Joe Mazzulla, de 35 anos, afirmou que sempre quis se tornar diácono e que tem “lutado com Deus” para manter o equilíbrio entre a busca por vitórias nas quadras e a gratidão por tudo o que já conquistou.

As declarações foram feitas durante o podcast Godsplaining, apresentado pelo padre Joseph-Anthony Kress, no início de outubro.

Diaconato

Ao ser questionado sobre seus planos futuros, Mazzulla respondeu: “Acabei de me tornar elegível para ser diácono, algo que sempre quis fazer”. Na Igreja Católica, o diaconato é um ministério ordenado que permite batizar, conduzir orações, celebrar casamentos e realizar funerais, estando disponível para homens com 35 anos ou mais.

O técnico explicou que, apesar do sucesso, enfrenta uma luta interior entre a ambição profissional e a humildade espiritual. “Será que fico ganancioso e quero mais?”, refletiu. “Como encontrar esse equilíbrio entre desejar vencer e continuar grato pelo que Deus já me deu?”

Mazzulla afirmou temer se tornar, no futuro, como o “jovem governante rico” mencionado nos Evangelhos — alguém apegado aos bens terrenos. “Meu maior medo é acordar daqui a dez anos e perceber que a vida passou sem que eu estivesse disposto a abrir mão dos meus tesouros”, disse.

Busca por equilíbrio

O padre Kress concordou, dizendo que “uma das maiores tensões da vida cristã é desapegar-se das coisas terrenas, sem deixar de desfrutar das bênçãos que Deus concede”. Ele acrescentou que Deus “nos chama à excelência, mas sem que nos tornemos escravos dela”.

“É exatamente onde me encontro espiritualmente”, respondeu Mazzulla. “É um estado difícil de estar, mas necessário.”

Criado em uma família católica, o técnico contou que, quando criança, via sua identidade no basquete, e não na fé. A perda de um ano de carreira universitária devido a uma lesão o levou a refletir sobre o vazio espiritual que buscava preencher com o esporte. “Você não percebe o quanto está tentando suprir seu vazio espiritual com coisas mundanas”, disse. “Quando perdi o basquete, percebi que estava substituindo o relacionamento com Cristo por sucesso e desempenho.”

Mazzulla aconselhou outros atletas a não definirem seu valor apenas por suas conquistas. “Confiem no que Deus diz sobre vocês. Seu valor e seus dons vão além da capacidade temporária de desempenho atlético”, declarou, ressaltando que o sucesso “não é eterno e não dura para sempre”.

O treinador destacou que o esporte pode ser um instrumento de testemunho cristão, mas que “a identidade em Cristo deve vir antes do resultado nas quadras”.

Expressão de fé

Não é a primeira vez que Mazzulla fala abertamente sobre sua fé. Durante as finais da NBA de 2024, quando foi perguntado sobre a presença de dois técnicos negros nas equipes finalistas e sobre o papel dos treinadores negros na liga, respondeu: “Eu me pergunto quantos deles são técnicos cristãos”, indicando que sua identidade em Cristo é mais determinante do que a cor da pele.

Após a vitória do Celtics, Mazzulla apareceu usando uma camiseta com a frase: “Mas primeiro… Deixe-me agradecer a Deus”. Em entrevistas, descreveu a fé como “a coisa mais importante da vida” e afirmou acreditar que “Deus nos colocou aqui por um motivo”.

De acordo com o The Christian Post, o treinador encerrou a conversa no podcast refletindo sobre sua jornada de fé e propósito: “Quero servir a Deus em tudo o que faço — dentro e fora da quadra”.

Pastor anuncia candidatura para ‘reformar e avivar’ a Califórnia

O pastor e escritor Ché Ahn, de 69 anos, fundador da Igreja Harvest Rock em Pasadena, anunciou sua candidatura ao governo da Califórnia afirmando ter recebido uma direção espiritual para entrar na disputa. Segundo ele, a decisão nasceu de uma experiência pessoal de oração e de um senso de missão cristã voltado à transformação do estado.

Ahn relatou que, em 28 de abril, às 2h22 da manhã, teve um “encontro com o Espírito Santo” que o levou a considerar a candidatura. “Quando percebi o que Deus estava me pedindo, eu disse: ‘Por favor, Deus, não isso’”, contou. Ele afirmou ter pedido uma confirmação: “Orei dizendo: ‘Senhor, se isso é de Ti, que eu seja convidado pelo presidente Trump para a Casa Branca’”.

Poucos dias depois, segundo Ahn, recebeu um convite oficial da Casa Branca, o que considerou uma resposta divina. “Quando li o e-mail, eu disse: ‘OK, Senhor, estou dentro’”, declarou.

Nascido na Coreia do Sul pós-guerra, Ahn imigrou ainda criança com a família para os Estados Unidos, onde seus pais buscaram uma vida melhor. Ele destacou que, apesar das dificuldades, a família manteve uma fé profunda.

Após concluir estudos no Seminário Teológico Fuller, fundou com sua esposa, Sue Ahn, a Harvest Rock Church em 1994, que posteriormente se expandiu para a Harvest International Ministry (HIM) — uma rede presente em mais de 70 países.

Valores bíblicos

Entre os pré-candidatos republicanos que pretendem disputar o cargo ocupado por Gavin Newsom, Ahn se diferencia ao afirmar que sua candidatura é guiada por uma “visão de mundo bíblica”. “O que precisamos não é apenas de mais um político, mas de alguém com a perspectiva do que Deus diz — Seus mandamentos, Seus caminhos e Sua justiça”, afirmou, citando Provérbios 14:34: “A justiça exalta uma nação”.

Ahn considera que as principais crises da Califórnia — como desigualdade econômica, falta de moradia e criminalidade — têm raízes espirituais. “Precisamos de um avivamento. Fui salvo no movimento Jesus People e acredito que devo ajudar a ser um catalisador de avivamento e reforma na Califórnia”, disse.

Críticas à gestão atual

O pastor atribui parte do declínio econômico e social do estado à liderança de Gavin Newsom, destacando seus 24 anos de influência na política californiana. “A situação piorou durante esse tempo”, avaliou. Ele criticou o aumento dos custos de vida e as políticas ambientais restritivas que, em sua visão, prejudicam a economia. “Pagamos os impostos mais altos, os preços de gasolina mais altos e a energia mais cara. Temos grandes reservas de petróleo no Condado de Kern, mas estão fechadas por causa de políticas extremas”, declarou.

Ahn defende “políticas de bom senso”, como queimadas controladas para prevenir incêndios florestais e reformas nos processos ambientais que, segundo ele, impedem o avanço de projetos de infraestrutura e dessalinização.

Ahn também abordou questões de representatividade. “Mais da metade dos californianos são pessoas de cor. Quero apelar ao povo da Califórnia para que deem uma oportunidade a um pastor — e a um pastor negro”, afirmou. Ele acrescentou que não fala em termos de “diversidade, equidade e inclusão”, mas de voz e representatividade real: “Posso ser uma voz que reflete o povo deste estado”.

Histórico de confronto político

Durante a pandemia de COVID-19, Ahn ganhou destaque ao processar o governador Newsom por decretos de restrição a cultos religiosos, obtendo uma vitória judicial considerada histórica por defensores da liberdade de culto. Ele afirma que pretende restaurar os direitos dos pais, fortalecer pequenas empresas e defender a liberdade religiosa.

“O que acontece na Califórnia influencia o mundo. Se tivermos um renascimento espiritual em Hollywood, isso poderá impactar toda a nação”, afirmou.

Confiança no chamado

Embora os democratas mantenham larga vantagem — quase dois eleitores registrados para cada republicano —, e os republicanos não vençam uma eleição estadual há duas décadas, Ahn afirma estar decidido a seguir o que acredita ser um propósito divino. “Não recebi uma palavra de que vou ganhar”, admitiu. “Mas estou totalmente empenhado em vencer, porque a influência da Califórnia vale a luta.”

Encerrando sua declaração ao The Christian Post, Ahn disse manter esperança e fé quanto ao futuro: “Os melhores dias da Califórnia ainda estão por vir”.

Agências evangélicas enviam ajuda a vítimas do furacão Melissa

Com ventos que chegaram a 290 quilômetros por hora, o furacão Melissa, de categoria 5, atingiu a Jamaica na última terça-feira, 28 de outubro, deixando um rastro de destruição e colocando a região em estado de alerta máximo. Em resposta, diversas organizações evangélicas de ajuda humanitária iniciaram operações de emergência para socorrer as vítimas e apoiar os esforços de reconstrução.

Em comunicado divulgado na segunda-feira, 27 de outubro, a Convoy of Hope informou que mobilizaria caminhões com alimentos, água potável, kits de higiene e itens para bebês, em parceria com igrejas e organizações locais. O porta-voz Ethan Forhetz afirmou que a entidade “está empenhada em levar esperança à Jamaica o mais rápido possível”.

“A Convoy of Hope está mobilizando ativamente recursos e equipes para atender às necessidades do povo jamaicano. Esta é uma tempestade catastrófica, e muitas pessoas precisam da nossa ajuda”, declarou Forhetz. Ele acrescentou que a organização pretende atuar também na recuperação a longo prazo, auxiliando as comunidades “não apenas nos dias após o desastre, mas durante os anos de reconstrução que virão”.

De acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC), Melissa apresenta ventos sustentados de 298 km/h, acompanhados de chuvas intensas que podem ultrapassar 1.000 milímetros em algumas regiões. As autoridades alertaram para marés de tempestade acima de três metros e deslizamentos de terra nas áreas montanhosas.

O fenômeno ameaça causar danos severos à infraestrutura e isolamento de comunidades inteiras, segundo avaliação da Convoy of Hope.

Equipes e parcerias

A Operation Blessing, braço humanitário da emissora Christian Broadcasting Network (CBN News), anunciou que suas equipes estão prontas para serem enviadas assim que as condições meteorológicas permitirem viagens seguras.

Os serviços planejados incluem instalação de sistemas portáteis de purificação de água, distribuição de lanternas solares e kits de higiene. A organização também pretende trabalhar com igrejas locais para oferecer alimentos, água e atendimento médico.

“Nossos corações estão com o povo da Jamaica enquanto enfrentam essa tempestade devastadora”, afirmou Diego Traverso, diretor de Resposta Global a Desastres. “Assim que for seguro, nossas equipes serão mobilizadas para entregar suprimentos de emergência e água potável, ajudando as famílias a iniciarem o processo de recuperação”.

Aeronaves de prontidão

A Samaritan’s Purse, sediada na Carolina do Norte e liderada por Franklin Graham, também confirmou estar em alerta máximo. A entidade informou que possui aeronaves e equipes especializadas prontas para partir assim que houver condições de pouso seguras.

Em nota, a organização destacou seu compromisso em “atender às necessidades urgentes relacionadas a abrigo, alimentação, água e saúde”, e mencionou a possibilidade de mobilizar seu Hospital de Campanha de Emergência para o território jamaicano. A Samaritan’s Purse também pediu orações pelos afetados e pelos profissionais que estão atuando nas zonas de risco.

Próximos dias

De acordo com as projeções do Centro Nacional de Furacões, o furacão Melissa deve continuar sobre o Caribe até a quarta-feira, 29 de outubro, passando pela Jamaica, Haiti e República Dominicana, antes de seguir para o norte em direção às Bermudas.

O fenômeno deve perder força gradualmente a partir de sexta-feira, 31 de outubro, quando se afastará das ilhas e retornará ao mar aberto. Até lá, autoridades locais e equipes humanitárias mantêm o alerta para inundações, quedas de energia e bloqueios de estradas, de acordo com informações do portal The Christian Post.

Imposto de importação: pesquisa revela impacto tributário negativo

Um estudo encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e realizado pelo Nexus indica que 40% dos consumidores brasileiros já abandonaram transações de comércio internacional devido à incidência do Imposto de Importação.

A pesquisa, popularmente chamada como “taxa das blusinhas”, registrou crescimento significativo neste comportamento: o índice de desistências saltou de 13% em maio para 38% em outubro de 2024.

Entre os entrevistados que interromperam transações devido ao imposto, 42% cancelaram definitivamente a aquisição. Alternativas de consumo incluíram busca por produtos similares de origem nacional (32%), aquisição em estabelecimentos físicos (14%) ou procura em outros sites internacionais (11%).

O superintendente de Economia da CNI, Marcio Guerra, avaliou em nota oficial que “os números demonstram impacto positivo para a indústria brasileira”, acrescentando que a tributação atual “permanece em nível consideravelmente inferior ao necessário para equilíbrio fiscal, considerando a carga tributária inferior em outros países”.

A investigação apurou ainda outros fatores determinantes para desistência de compras online: custos de frete (45%), tributação via ICMS (36%) e prazos de entrega extensos (32%).

A base amostral compreendeu 2.008 pessoas com idade igual ou superior a 16 anos, entre 10 e 15 de outubro de 2024, abrangendo todas as unidades federativas. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais, com 95% de confiabilidade.

Reviravolta: reforma de lei de blasfêmia avança no Paquistão

O governo do Paquistão sinalizou uma possível reforma nas controversas leis de blasfêmia, após uma série de medidas contra o extremismo religioso e declarações do ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Azam Nazeer Tarar, que prometeu “novas salvaguardas processuais” para evitar abusos da legislação.

O anúncio foi feito em 16 de outubro, durante um simpósio nacional sobre Harmonia Inter-religiosa e Direitos Fundamentais, realizado em Islamabad.

Proposta de mudança

Segundo Tarar, o governo pretende prevenir falsas acusações, assegurar investigações justas e garantir sensibilidade judicial em casos de blasfêmia, considerados crime capital quando direcionados ao profeta Maomé. Ele afirmou que “a proteção das minorias e o respeito aos seus direitos estão no cerne da Constituição paquistanesa” e que o Estado tem responsabilidade direta em promover tolerância e equilíbrio religioso.

O ministro também fez um apelo ao judiciário, à mídia e à sociedade civil para cooperarem na promoção do diálogo e da compaixão entre comunidades. As reformas, segundo ele, buscam reduzir décadas de violência e injustiça, muitas vezes resultantes de acusações infundadas usadas como instrumento de vingança pessoal.

Reação

O deputado Ejaz Alam Augustine, representante cristão do Punjab, elogiou o plano de reforma, afirmando que o extremismo no país tem sido alimentado pelo uso indevido das leis de blasfêmia. “O sacrilégio é inaceitável, mas o abuso dessas leis para perseguições pessoais tem levado à violência e ao medo entre minorias”, disse. Para ele, a revisão é essencial para proteger comunidades vulneráveis e garantir justiça igualitária.

Em 23 de outubro, o governo federal aprovou uma nova proibição ao Tehreek-i-Labbaik Pakistan (TLP), sob a Lei Antiterrorismo, após protestos violentos que deixaram mortos e bloquearam rodovias entre Karachi e Islamabad. O grupo, fundado em 2015 e transformado em partido político no ano seguinte, já havia sido banido em 2021, mas teve a restrição suspensa meses depois.

Autoridades afirmaram que a medida atual se deve ao descumprimento das promessas de não recorrer à violência. O ministro de Estado do Interior, Talal Chaudhry, afirmou que o TLP “agiu como um grupo extremista e violou seus compromissos anteriores”.

Repressão

Fontes de segurança relataram que o nível de radicalização religiosa no país alcançou ponto crítico, tornando a ação governamental “inevitável”. Segundo dados internos, 95% dos candidatos a cargos de segurança de base declararam apoiar o assassinato do governador de Punjab, Salmaan Taseer, morto em 2011 por criticar as leis de blasfêmia.

O TLP, que ganhou destaque ao defender o autor do crime, foi associado a crescentes acusações de blasfêmia e a ataques contra cristãos e ahmadis. Em agosto de 2023, seus apoiadores destruíram igrejas e casas cristãs em Jaranwala, após dois homens serem falsamente acusados de profanar o Alcorão. Em junho de 2024, um cristão idoso, Nazeer Masih Gill, foi linchado em Sargodha sob acusação semelhante.

Minorias religiosas

A repressão ao extremismo e o plano de revisão legal representam um teste decisivo para o futuro da liberdade religiosa no país. A expectativa é de que as novas salvaguardas judiciais possam reduzir abusos e proteger minorias cristãs, hindus e ahmadis, frequentemente afetadas por acusações sem provas, de acordo com informações do portal Christian Today.

Embora a iniciativa ainda dependa de aprovação legislativa, o governo reconhece que as leis de blasfêmia, criadas no período colonial britânico, têm sido manipuladas por décadas. O debate atual reflete uma tentativa inédita de reconciliar fé, justiça e segurança nacional em uma das sociedades mais sensíveis do mundo islâmico.

Filha de fundador do Hamas sonha com Jesus e se rende

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Criada em um lar profundamente ligado ao movimento Hamas, Juman Al Qawasmi cresceu aprendendo a odiar judeus e cristãos. Filha de Abu Jafar, um dos fundadores do grupo, ela contou que sua infância foi marcada por uma educação voltada à intolerância e pelo convívio direto com a violência na Faixa de Gaza.

“Nasci e fui criada no Catar, e meu pai e minha mãe me ensinaram a odiar Israel, os judeus, os cristãos e até os muçulmanos xiitas, qualquer um que não pertencesse ao Hamas”, relatou. Educada em escolas islâmicas, Juman foi ensinada que o Alcorão ordenava a morte dos judeus.

Em 2002, mudou-se para Gaza, onde se casou com um membro do Hamas. Quando o grupo assumiu o poder da região em 2007, começou a testemunhar a violência contra israelenses e também contra o próprio povo palestino. “Eles prometeram igualdade, mas apenas pioraram Gaza. Passaram a matar palestinos e espalhar o medo entre os que não pertenciam ao Hamas”, contou.

Questionamentos e medo

Juman lembrou um episódio que marcou o início de seu questionamento sobre o Islã. “Durante uma guerra, Israel ligou para o meu ex-marido e pediu que avisasse nossos vizinhos sobre um bombardeio, para que saíssem de casa. Ele mentiu dizendo que não havia ninguém. Naquela noite, a casa foi atingida, e eu pensei que morreria também”, recordou.

A partir desse momento, ela começou a duvidar da fé islâmica que seguia. “Senti que havia algo errado. O deus do Alcorão não podia ser o verdadeiro Deus. Eu vivia com medo, achando que Ele nunca ficaria satisfeito comigo”, disse.

O encontro com Jesus

Em 2012, passou a orar pedindo que o verdadeiro Deus se revelasse. “Eu dizia: ‘Se o Senhor existe, quero conhecê-lo, quero ser salva’”. Dois anos depois, em 2014, disse ter vivido uma experiência sobrenatural.

“Sonhei que estava com minha mãe olhando para a lua, e dela surgiu o rosto de Jesus, que me disse em árabe: ‘Sou Yeshua. Você é minha filha, não tenha medo’.” Ao acordar, Juman afirmou ter visto uma luz em seu quarto e compreendido que aquilo era real. “Nunca tinha ouvido o nome Yeshua, mas quando ouvi, senti paz. Foi a primeira vez que senti que alguém me amava”, contou.

Conversão e nova vida

Após o sonho, Juman começou a pesquisar sobre Jesus na internet e encontrou um site cristão egípcio. Lá, aprendeu sobre o Evangelho e ficou impressionada com a mensagem de amor aos inimigos. Em contato com a administradora da página, recebeu orientação para ler a Bíblia e passou a estudar sobre Cristo.

“Ela me contou que milhares de muçulmanos estavam vendo Jesus em sonhos e se convertendo”, afirmou. Tocada por essa revelação, Juman aceitou Jesus como seu Salvador e decidiu deixar o marido, que permanecia ligado ao Hamas. Hoje, ela vive livre para professar sua fé.

“Jesus é vida e liberdade. Ele ama os muçulmanos e quer nos libertar do medo. Devemos colocar nossos olhos n’Ele e crer que é o único caminho”, declarou.

A ex-muçulmana também fez um apelo por discernimento sobre o conflito em sua terra natal. “O Hamas sempre causa destruição. Sou palestina, mas sei que a terra de Israel foi prometida aos judeus”, afirmou, na entrevista concedida à CBN News.

Sua história, marcada pela violência, dúvida e fé, tornou-se um testemunho de transformação espiritual e reconciliação com Deus após uma vida de medo e intolerância.

Inglaterra: 4° ano seguido de crescimento de presença em cultos

As estatísticas mais recentes da Igreja da Inglaterra apontam para o quarto ano consecutivo de aumento na frequência aos cultos, ainda que os números permaneçam inferiores aos níveis anteriores à pandemia.

O relatório, publicado em 2024, mostra sinais de recuperação gradual e variação significativa entre as mais de 16 mil igrejas espalhadas pelo país.

Segundo os dados das Estatísticas Anuais da Missão, a Igreja registrou 1,009 milhão de fiéis regulares em 2024, um aumento de 0,6% em relação a 2023, consolidando o segundo ano seguido em que o total ultrapassa um milhão de participantes.

A frequência média de pessoas de todas as idades nos cultos de domingo cresceu 1,5%, chegando a 581 mil fiéis, enquanto a frequência semanal geral aumentou 1,6%, alcançando pouco mais de 702 mil. O crescimento foi impulsionado, sobretudo, pela participação de adultos, cuja frequência dominical e semanal subiu 1,8% em ambas as medições.

Batismos e confirmações

O relatório também destaca o aumento nos batismos e confirmações, especialmente entre adultos e adolescentes. Em 2024, foram registrados 8.700 batismos de adultos, contra 7.800 em 2023. Entre jovens de 11 a 17 anos, o número passou de 2.100 para 2.400, e as confirmações cresceram 5,3%, subindo de 10.700 para 11.300.

Segundo o documento, embora a recuperação pós-pandemia esteja desacelerando, a tendência geral indica retorno à normalidade e, em algumas regiões, crescimento acima das expectativas.

O relatório observa que, apesar do avanço geral, há forte disparidade entre as dioceses. “Embora a frequência nacional em 2024 ainda seja menor do que em 2018, há grande variação entre as igrejas. Algumas diminuíram mais rapidamente do que a média, outras mais lentamente, e algumas cresceram”, aponta o texto.

Cerca de 12% das igrejas registraram aumento na frequência dominical e semanal em relação a 2019, enquanto 48% tiveram queda nos mesmos indicadores. A Igreja atribui essas diferenças a fatores locais e circunstâncias pontuais, como eventos comunitários e mudanças demográficas.

Revitalização e novos convertidos

Entre os exemplos positivos, o relatório cita a igreja de São Miguel e Todos os Anjos, em Runcorn, que registrou 17 novos batismos — o maior número de sua história — e o maior volume de confirmações dos últimos 20 anos.

O bispo de Colchester, Roger Morris, expressou otimismo diante dos resultados:

“Nossas comunidades religiosas continuam trabalhando de forma criativa e entusiasmada para se recuperarem após a pandemia. Temos visto mais pessoas se envolvendo com suas igrejas locais, participando de cursos, buscando batismo e confirmação, e servindo nas comunidades”, declarou.

Morris destacou ainda que o crescimento entre crianças e jovens é uma prioridade fundamental para a instituição. “Toda semana ouço histórias de pessoas que encontraram paz, significado e propósito em sua fé e na vida comunitária da igreja”, acrescentou.

“Igreja está viva e crescendo”

A bispa de Aston, Esther Prior, também celebrou os sinais de renovação espiritual. “Deus continua a agir de maneiras extraordinárias. Nas últimas semanas, confirmei a conversão de mais de 30 pessoas, incluindo 10 em Hodge Hill. É comovente ver vidas transformadas pela esperança do Evangelho”, afirmou, conforme informações do Christian Today.

Para a liderança da Igreja, os dados de 2024 refletem uma recuperação lenta, porém constante, marcada pelo fortalecimento da fé, pelo renovado interesse em rituais cristãos e pela retomada da vida comunitária, após anos de desafios impostos pela pandemia.

‘Continua orando’, disse PM à mulher antes de morrer no Rio

O 3º sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Heber Carvalho da Fonseca, morreu após ser atingido durante uma megaoperação das Polícias Civil e Militar nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, na manhã de terça-feira, 28 de outubro.

Pouco antes do confronto, o PM trocou as últimas mensagens com a esposa, Jéssica Araújo, que publicou a conversa em suas redes sociais.

“Você tá bem? Deus está te cobrindo. Estou orando”, escreveu Jéssica. Heber respondeu em seguida: “Estou bem. Continua orando.” A breve troca de mensagens se tornou o último contato entre o casal.

Minutos depois, Jéssica continuou tentando falar com o marido. “Te amo. Cuidado, pelo amor de Deus. Muitos baleados. Amor, me dá sinal de vida sempre que puder”, escreveu em novas mensagens. Entre 13h33 e 13h36, ela realizou diversas ligações, todas sem resposta.

A viúva relatou a dor da perda nas redes sociais, mencionando a filha do casal. “Outubro, mês do aniversário da minha filha. E para o resto da vida ela vai lembrar do paizinho dela”, desabafou.

Em outra publicação, Jéssica recordou as palavras do marido sobre o risco constante da profissão. “Ele dizia que tinha uma senha em suas mãos toda vez que perdia um colega. Que o dia que acontecesse com ele, seria fazendo o que mais amava. E a gente nunca acredita, esse dia chegou”, escreveu.

A viúva afirmou não conseguir expressar a dor da perda e destacou o amor e o compromisso do marido com o trabalho, de acordo com informações da revista Oeste.

Homenagem oficial

Além de Heber Carvalho da Fonseca, outros três policiais morreram na mesma operação: o sargento Cleiton Serafim Gonçalves, também do Bope, e os agentes Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, da 53ª Delegacia de Polícia, e Rodrigo Velloso Cabral, da 39ª DP.

Os dois sargentos do Bope foram levados ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiram aos ferimentos.

O governador Cláudio Castro (PL) lamentou as mortes nas redes sociais. “Hoje o Rio de Janeiro amanheceu de luto. Quatro bravos policiais foram mortos por narcoterroristas durante a Operação Contenção, em um dia histórico de enfrentamento ao crime organizado”, escreveu no X.

Castro anunciou que os quatro agentes serão promovidos postumamente: “Minha solidariedade e minhas orações estão com as famílias, amigos e colegas de farda desses heróis. Eles serviram ao Estado com coragem, defendendo o que acreditavam: um Rio mais seguro e livre”, declarou.

‘Continua orando’: veja mensagem de PM à mulher antes de morrer operação no Rio
Print da troca de mensagens entre PM e esposa; Foto: reprodução/redes sociais

Artista do rock cristão, Guirroh testemunha como Deus o resgatou

O músico Guirroh, reconhecido no segmento do rock cristão, detalhou em participação no Maquir Podcast episódios anteriores de envolvimento com substâncias psicoativas e conflitos emocionais, que denominou como período no “mundo das trevas”. O artista descreve mudança significativa após experiência que classifica como encontro espiritual com Jesus Cristo.

Experiência com Objeto Religioso

Em determinado momento de seu afastamento religioso, Guirroh relatou episódio envolvendo um exemplar bíblico recebido de seu pai – com quem mantinha relacionamento familiar complexo, posteriormente revelado como figura paterna adotiva.

Anos após ter tocado fogo em uma versão anterior das Escrituras, uma nova edição foi dada a ele de presente pelo seu pai. Convertido ao cristianismo, foi nesse momento em que ele adicionou a versão da Bíblia a uma coleção de livros sobre filosofia e astrologia.

Segundo Guirroh, “a Bíblia acendeu no escuro” durante a noite, sem intervenção física aparente. O artista descreveu sua percepção atribuída ao Espírito Santo, indicando ser “o único livro com luz viva” naquela ocasião.

“Aquela Bíblia lá que eu ganhei no hospital, que eu saí e tal, ela acendeu no topo dos livros de noite, de madrugada”, disse ele. Seu pai, acordado para testemunhar o fenômeno, teria afirmado: “Tem coisas que Deus faz uma vez na vida. Aproveita e vai dormir”.

Temáticas de Saúde Mental e Vulnerabilidade

Em suas reflexões, Guirroh abordou questões relacionadas à saúde mental, citando passagens de automutilação como manifestação de dor emocional não verbalizada. “Todo excesso esconde uma falta. Às vezes, a pessoa grita a dor no corte ou na droga”, analisou, sugerindo que tais comportamentos frequentemente mascaram carências afetivas ou traumas não resolvidos.

O músico enfatizou a importância do acolhimento emocional, particularmente entre jovens, observando que ambientes religiosos nem sempre fornecem espaços adequados para tal.

Experiência Extrassensorial

Guirroh descreveu ainda um episódio que caracterizou como encontro com entidades espirituais adversas, vivenciado em estado de plena consciência. Ele narrou a sensação de levitação, invasão por “sombra como fumaça cinza escura” e comunicação auditiva que previa seu falecimento por parada cardíaca.

Por fim, o músico afirmou ter interrompido a experiência através da invocação do “sangue de Jesus”, recuperando instantaneamente suas capacidades respiratórias. A vivência teria motivado seu retorno à vida cristã, o que lhe permitiu a redefinição de seu trabalho artístico como missão evangelística dirigida a públicos marginalizados.

Egito: cristãos têm casas e plantações incendiadas

Conflitos de natureza anticristã foram registrados na vila de Nazlat Jalf, localizada na província de Minya, no Alto Egito, após a circulação de rumores sobre um suposto relacionamento entre um jovem cristão e uma moça muçulmana.

A divulgação dessas informações nas redes sociais provocou uma onda de hostilidade e levou a ataques contra famílias cristãs da região.

Segundo moradores, uma multidão se reuniu e começou a atirar pedras e objetos incendiários contra residências e propriedades de cristãos, causando danos materiais significativos. Embora não tenham sido relatadas mortes ou ferimentos, diversas casas e plantações foram parcialmente destruídas. Cristãos locais também receberam ameaças virtuais após os confrontos.

A polícia egípcia interveio e prendeu parte dos agressores, conseguindo restabelecer a ordem após horas de tensão. De acordo com informações enviadas à organização Solidariedade Cristã Mundial (CSW), as autoridades locais promoveram uma sessão de reconciliação entre as comunidades envolvidas — prática comum em episódios de violência sectária no Alto Egito.

Práticas extrajudiciais

A CSW criticou o modelo de reconciliação adotado, classificando-o como um “mecanismo extralegal” que frequentemente impõe acordos informais e desiguais às vítimas. Segundo a entidade, os responsáveis por ataques desse tipo raramente enfrentam punições proporcionais, o que favorece a repetição de episódios semelhantes.

Organizações de defesa da liberdade religiosa também expressaram preocupação com a atuação recente do governo egípcio, especialmente em relação à fiscalização de grupos religiosos não registrados, apesar de a Constituição nacional garantir formalmente o direito à liberdade de crença.

Igualdade e justiça

Ao comentar o caso, Scot Bower, diretor executivo da Solidariedade Cristã Mundial, afirmou que os ataques sectários “não são apenas agressões contra pessoas inocentes, mas também uma violação dos direitos fundamentais e da dignidade humana que devem ser assegurados a todos os cidadãos”.

Ele elogiou a rápida intervenção policial, mas ressaltou que a resposta deve ir além da contenção imediata: “Para que a violência ocorrida em Nazlat Jalf seja realmente combatida, é necessário enfrentar o discurso de ódio, a incitação ao sectarismo e a cultura de punição coletiva que recai sobre comunidades inteiras”.

Bower acrescentou que a justiça egípcia precisa garantir tratamento igualitário a todos os cidadãos, sem distinção de fé ou origem. “Os responsáveis pelos ataques devem ser levados à Justiça, e a impunidade não pode continuar sendo a resposta do Estado diante da perseguição religiosa”, concluiu, de acordo com o Christian Today.