Atentado: mais de 60 cristãos são assassinados com facões

Pelo menos 64 cristãos foram mortos durante um ataque à paróquia de São José de Manguredjipa, no Congo, África central. O assalto ocorreu durante a noite, quando um grupo de militantes das Forças Democráticas Aliadas (ADF) atacou a comunidade que se reunia para uma cerimônia de luto.

De acordo com relatos de autoridades locais, as vítimas foram surpreendidas pelos agressores, que utilizaram facões, armas de fogo e martelos. Muitos dos falecidos foram golpeados até a morte. Parte dos atacantes também incendiou residências na área. As autoridades regionais afirmam que as evidências indicam uma ação premeditada.

A fundação internacional Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) emitiu um comunicado condenando o ataque e expressou solidariedade aos familiares das vítimas. A organização não governamental destacou que o episódio integra uma sequência de violência na região leste do Congo, onde militantes islamistas alinhados ao Estado Islâmico na Província da África Central (IS-CAP) atuam com frequência.

O Bispo Melchisédech Sikuli Paluku, da diocese de Butembo-Beni, dirigiu uma mensagem de condolências e conforto espiritual às comunidades afetadas. As autoridades civis iniciaram os procedimentos para sepultamento dos cristãos e anunciaram a implementação de novas medidas de segurança, embora a presença de grupos armados na região permaneça como um desafio significativo.

Contexto do Grupo ADF

As ADF originaram-se como um movimento rebelde no Uganda antes de estabelecerem bases no leste da República Democrática do Congo. No ano de 2019, o grupo jurou lealdade formal ao IS-CAP. Suas operações são caracterizadas por ataques a civis, com relatos recorrentes de decapitações e assassinatos em massa, que frequentemente têm como alvo comunidades cristãs.

Episódios anteriores na mesma região incluem o massacre de pelo menos 34 fiéis em uma igreja na província de Ituri, há alguns meses, e um ataque a uma vigília noturna em uma igreja católica em Komanda, em julho, que resultou em dezenas de mortes. Em fevereiro deste ano, mais de 70 corpos foram localizados no interior de uma igreja protestante em Lubero, muitos deles com as mãos amarradas e sinais de decapitação.

A Conferência Episcopal do Congo emitiu repetidas declarações denunciando o que classifica como “massacres odiosos” infligidos a fiéis inocentes. A ACN fez um apelo por intervenção internacional urgente para proteger civis, garantir a liberdade religiosa e restabelecer a ordem na região. Com: The Catholic Herald

Ministro de Israel: Nações alimentam o terrorismo contra judeus

Durante discurso na Assembleia Geral da ONU, o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, proferiu um discurso defendendo as ações de seu governo. No momento de sua fala, enquanto subia ao pódio, o líder foi recebido por vaias de uma parte dos presentes.

Centenas de diplomatas, incluindo representantes de nações árabes, muçulmanas, africanas e europeias, levantaram-se e deixaram o plenário, em claro gesto que inspira o antissemitismo. Em contrapartida, outro segmento da plateia permaneceu no local e aplaudiu a aparição de Netanyahu.

Conforme relatado pelo gabinete do primeiro-ministro, o conteúdo do discurso foi transmitido ao vivo para a população da Faixa de Gaza através de alto-falantes instalados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), em uma iniciativa descrita como parte de um “esforço de diplomacia pública”.

Conteúdo

Netanyahu iniciou sua fala dirigindo-se a familiares de reféns presentes na audiência. Em seguida, enumerou uma série de ameaças que, segundo sua declaração, Israel enfrentou nos últimos anos, citando especificamente o programa nuclear do Irã, o ataque de 7 de outubro de 2023 pelo grupo Hamas, o Hezbollah com base no Líbano, o governo de Bashar Al-Assad na Síria e os Houthis no Iêmen.

Sobre a resposta israelense a estas ameaças, o primeiro-ministro afirmou: “Nós martelamos os Houthis. Esmagamos a maior parte da máquina de terror do Hamas. Nós paralisamos o Hezbollah, eliminando a maioria de seus líderes e grande parte de seu arsenal de armas. Destruímos os armamentos de Assad na Síria. Dissuadimos as milícias xiitas do Irã no Iraque. E o mais importante… Devastamos os programas de armas nucleares e mísseis balísticos do Irã”.

Dirigindo-se em hebraico e depois em inglês, Netanyahu enviou uma mensagem aos reféns israelenses: “Nossos bravos heróis, este é o primeiro-ministro Netanyahu falando com você ao vivo das Nações Unidas. Não nos esquecemos de você, nem por um segundo. O povo de Israel está com você. Não vacilaremos e não descansaremos até trazermos todos vocês para casa!”.

O primeiro-ministro também emitiu um ultimato aos membros do Hamas: “Para os líderes remanescentes do Hamas e para os carcereiros de nossos reféns, eu digo agora: deponham suas armas. Deixe meu povo ir. Liberte os reféns. Todos eles. Liberte os reféns agora. Se você fizer isso, você viverá. Se você não fizer isso, Israel vai caçá-lo”.

Ele acrescentou que, segundo o The Times Of Israel, se o grupo concordasse com as demandas israelenses, a guerra poderia cessar, resultando na desmilitarização de Gaza e no estabelecimento de uma “autoridade civil pacífica”.

Críticas a Ações

Durante sua apresentação, Netanyahu usou um broche com um código QR que, quando escaneado, direcionava para um site com imagens do ataque de 7 de outubro. “Grande parte do mundo não se lembra mais de 7 de outubro, mas nós nos lembramos. Israel se lembra de 7 de outubro”, declarou, convidando a audiência a acessar o link para “ver por que lutamos e por que devemos vencer”.

O líder israelense também criticou nações que recentemente reconheceram o Estado palestino. “Muitos cederam à pressão de uma mídia tendenciosa, constituintes islâmicos radicais e multidões antissemitas. Enquanto lutamos contra os terroristas que assassinaram muitos de seus cidadãos, vocês estão lutando contra nós, você nos condena e trava uma guerra política”, afirmou. Ele direcionou críticas específicas a líderes da França, Grã-Bretanha, Austrália e Canadá.

Sobre a solução de dois Estados, Netanyahu foi enfático: “Dar aos palestinos um Estado a uma milha de Jerusalém depois de 7 de outubro é como dar à Al-Qaeda um Estado a uma milha da cidade de Nova York depois de 11 de setembro. Isso é pura loucura e não vamos fazer isso”. Ele finalizou seu discurso afirmando que, “com a ajuda de Deus”, Israel continuaria a lutar por sua segurança e por um “futuro brilhante de prosperidade e paz”.

“Fome de Deus”: movimento Aviva Universitário reúne estudantes

O movimento “Aviva Universitário” conduziu um culto no campus da Universidade Federal do Pará. De acordo com a equipe de segurança da instituição, o evento reuniu um público superior a 3.000 pessoas, número que excedeu as projeções iniciais da organização.

Lucas Teodoro, líder do movimento Aviva Universitário, registrou o acontecimento em suas redes sociais. “E tudo isso em um dia de semana normal dentro da universidade”, afirmou Teodoro em um vídeo publicado no Instagram.

Em relação à infraestrutura, a organização relatou não ter obtido autorização formal da UFPA para a utilização do sistema de som do local. “Nós pregamos a mensagem do Evangelho e falamos para eles o que Cristo fez lá naquela cruz. Aos olhos humanos parecia impossível pregar para uma multidão apenas com uma caixinha de som e um megafone. Mas foi nesse momento que vivemos um milagre. Todos ouviram a mensagem”, declarou o líder.

Sobre os resultados do evento, Teodoro afirmou que houve decisões religiosas por parte dos participantes. “Uma multidão de jovens decidiu entregar a vida para Jesus. Muitos foram curados de enfermidades e libertos. Tivemos até mesmo relatos de batismo com o Espírito Santo acontecendo dentro da universidade”, testemunhou o evangelista.

Atuação do Movimento

O “Aviva Universitário” tem como foco a realização de cultos em ambientes acadêmicos em todo o país. Registros da própria missão indicam que atividades semelhantes já foram realizadas em instituições como a UFMG, UnB, UFG, USP, UESB, UERJ e UFRGS.

Ao comentar sobre a estratégia, Lucas Teodoro emitiu a seguinte declaração: “Deus está tocando o meio acadêmico do Brasil e nós temos a oportunidade de fazer parte de tudo isso. Não é normal o que está acontecendo e não tem a ver com as nossas forças. Essas multidões estão se reunindo porque existe uma geração com fome de Deus”.

Tecnologia como ferramenta de missões: conheça inovações

A tecnologia tem sido apontada como aliada estratégica na obra missionária, ampliando o alcance da pregação do Evangelho para regiões remotas e públicos antes inacessíveis. Ferramentas digitais, inteligência artificial, aplicativos de comunicação e plataformas online têm transformado a forma de compartilhar a mensagem de Jesus, com foco no cumprimento do “Ide”.

O diretor-executivo da Junta de Missões Mundiais (JMM), pastor João Marcos Barreto Soares, descreve o uso de tecnologias para expandir a divulgação do Evangelho, inclusive em países onde a pregação é proibida. Segundo ele, a comunicação evangelística por vias digitais acelera processos e aumenta a eficiência. “Temos trabalhado com diferentes recursos, desde aparelhos que possibilitam ouvir a Bíblia na própria língua, até aplicativos e plataformas alternativas em locais onde Facebook, WhatsApp, Instagram ou TikTok não são acessíveis”, afirmou.

De acordo com a JMM, missionários recebem treinamento para atuar no ambiente digital, utilizando chats, bate-papos e aplicativos para estabelecer contato e manter comunicação eficaz. “Não posso dar muitos detalhes, porque esses recursos são utilizados, inclusive em países fechados ao Evangelho”, disse João Marcos. O pastor acrescenta que a instituição conta com profissionais dedicados a explorar essas ferramentas de forma estratégica. “Não há como completar a missão sem o uso das novas tecnologias em um mundo altamente digital.”

Em Curitiba (PR), a JMM, em parceria com a Juventude Batista Brasileira, promoveu um evento que desafiou jovens a criar um game missionário, com o objetivo de incentivar o engajamento na divulgação das Boas-Novas a povos não alcançados.

Chat IDE

A integração entre tecnologia e evangelização também se materializa no Chat IDE, ferramenta baseada em inteligência artificial desenvolvida para apoiar missionários e servos de Deus em atividades de evangelização. A iniciativa partiu do pastor Marcos Stier Calixto, da Igreja Batista de Uberaba, em Curitiba (PR), que atua em missões. “Conversei com pessoas da área de TI, que chamo carinhosamente de ex-ovelhas, e pedi que desenvolvessem a ferramenta seguindo a visão que Deus me deu. Assim nasceu o Chat IDE, voltado para missões”, relata Calixto.

O assistente opera diretamente pelo WhatsApp e foi criado para tornar a rotina missionária mais prática, oferecendo suporte rápido, acessível e gratuito em questões bíblicas.

O nome faz referência ao “Ide” de Marcos 16.15. Entre os recursos disponíveis estão explicações de textos bíblicos, conexões teológicas e interpretações contextualizadas. A ferramenta realiza traduções de mensagens, sermões e conteúdos missionários para diferentes idiomas e auxilia na elaboração de sermões, devocionais, esboços e outros materiais, revisando e adaptando textos conforme o público ou a situação de evangelização.

O funcionamento é simples: o missionário envia uma mensagem de texto ou áudio pelo WhatsApp, e a IA responde em texto com orientações, explicações ou sugestões práticas. Não há necessidade de cadastro ou assinatura. Caso o envio seja por áudio, a resposta segue em texto. Segundo a descrição, o sistema foi treinado especificamente para apoiar o trabalho missionário, em contraste com o ChatGPT, considerado mais generalista.

Ferramenta estratégica

Para a missionária Suely Lima, secretária-executiva do Serviço de Evangelização e Discipulado de Pré-adolescentes e Crianças (Sedac), da Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Maranhão (Ceadema), a inovação não é um fenômeno recente no contexto eclesiástico. Ela observa que, desde os tempos apostólicos, a pregação do Evangelho se adaptou aos meios disponíveis, passando da oralidade à escrita, da iconografia à imprensa e, atualmente, à internet, às redes sociais e à inteligência artificial.

“No século 21, precisamos utilizar essas tecnologias de forma estratégica para propagar o Evangelho sem perder sua essência”, opinou, em entrevista à revista Comunhão.

Entre as soluções citadas por Suely estão softwares de tradução baseados em regras, estatísticas ou redes neurais, estes últimos impulsionados por inteligência artificial. Plataformas populares incluem serviços da Google, Microsoft e DeepL, que oferecem traduções rápidas e com boa precisão, ainda que dependam de revisão de falantes nativos para adequação cultural e linguística. Para ela, o uso de ferramentas digitais acelera o processo missionário, permitindo adaptação mais rápida de novos obreiros ao campo e possibilitando que igrejas em contextos restritivos recebam ensino e acompanhamento à distância. “Embora a tecnologia não substitua o toque humano, ela é essencial para alcançar públicos de difícil ou nenhum acesso.”

Maior alcance e acessibilidade

Mensagens instantâneas: aplicativos como WhatsApp e Telegram permitem comunicação em tempo real, compartilhamento de atualizações e coordenação de esforços, além de manter o discipulado mesmo quando o missionário está fora do país.

Videoconferência: plataformas como Zoom, Teams e Google Meet viabilizam reuniões virtuais, treinamentos e planejamento colaborativo em diferentes continentes, difundindo informações, pedidos de oração e boas práticas, e reduzindo a sensação de isolamento.

Histórias em redes sociais: recursos do Instagram e do Facebook oferecem meio ágil para mostrar o cotidiano, desafios e resultados a uma comunidade de apoio.

SEO e marketing de conteúdo: técnicas de otimização em mecanismos de busca ajudam organizações missionárias a alcançar quem busca temas ligados à fé, ajuda humanitária e apoio comunitário.

Anúncios no YouTube: campanhas segmentadas alcançam grupos com acesso limitado à mensagem do Evangelho, exibindo conteúdos que podem estimular a interação com a mensagem enquanto assistem a outros vídeos.

Noah Lyles, o homem mais rápido do mundo é batizado nas águas

O campeão olímpico Noah Lyles foi batizado em uma piscina improvisada e testemunhou publicamente sua fé em Jesus. A noiva, Junelle Bromfield, atleta jamaicana e medalhista olímpica, também foi batizada, declarando “nova vida em Cristo”, nos Estados Unidos. A celebração ocorreu no domingo, 28 de setembro.

Em vídeo publicado no Instagram, o casal registrou a cerimônia. Nas imagens, Junelle aparece sendo conduzida ao batismo por dois ministros; em seguida, os homens recebem Noah. Convidados aplaudem e entoam louvores durante o ato. Na legenda, o casal compartilhou a passagem bíblica de Josué 24:15: “Mas, se servir ao Senhor vos parece indesejável, então escolham hoje por vós mesmos a quem irão servir. Mas eu e minha casa serviremos ao Senhor”.

Referências no atletismo, Lyles e Bromfield ganharam projeção fora das pistas durante os Jogos Olímpicos de Paris. Eles tornaram público o relacionamento iniciado em 2022 e, desde então, compartilham momentos da vida profissional e pessoal.

Lyles é campeão olímpico nos 100 m e medalhista de bronze nos 200 m em Paris. Especialista nos 200 m, ele conquistou seu quarto título mundial consecutivo na prova — 2019, 2022, 2023 e 2025 — com a edição mais recente realizada em Tóquio. Na final, venceu com 19s52, superando o compatriota Kenneth Bednarek por 6 milésimos.

Em 04 de agosto, após conquistar a medalha de ouro nos 100 m nas Olimpíadas de Paris, realizadas em Saint-Denis, França, Lyles expressou gratidão a Deus pela vitória, que lhe rendeu o título de “homem mais rápido do mundo”. “Eu tive que encontrar minha própria jornada com Deus, e muito disso veio através da corrida, porque houve muitas vezes em que pensei: ‘Não sei se consigo fazer isso’”, disse Lyles à Premier Christian Radio após a prova. “Deus, se você realmente quer que eu faça isso, me dê um sinal. Ele me deu um sinal, e eu disse: ‘Nunca mais duvidarei de Você novamente’”.

Superação e saúde mental

Lyles vem relatando dificuldades pessoais ao longo da carreira, que, segundo ele, quase comprometeram os objetivos esportivos. Em publicação no X, escreveu: “Eu tenho asma, alergias, dislexia, TDAH, ansiedade e depressão. Mas eu vou te dizer que o que você tem não define o que você pode se tornar. Por que não você?”.

Após vencer a prova dos 200 m na seletiva olímpica dos Estados Unidos, em junho de 2024, Lyles afirmou que o equilíbrio emocional foi central na preparação. “Eu disse isso a temporada toda, mas ajuda não ter depressão. Eu agradeço a Deus todos os dias por me ajudar a passar por cada rodada. Saudável, mental e fisicamente”, disse ele em entrevista à Premier.

Assembleia de Deus em Sumaré destruída em incêndio criminoso

Uma igreja Assembleia de Deus em Sumaré (SP), no bairro Ypê, foi alvo de incêndio criminoso na madrugada de 25 de setembro. Segundo informações preliminares, criminosos quebraram uma janela de vidro e arremessaram fogo para dentro do templo, atingindo principalmente o palco e os instrumentos musicais.

As chamas se espalharam rapidamente e deixaram cadeiras queimadas, paredes escurecidas e diversos equipamentos destruídos. Não houve feridos. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter o fogo, mas os danos internos já estavam consumados quando a equipe chegou.

Um detalhe registrado pelos fiéis chamou atenção: a Bíblia que estava sobre o púlpito permaneceu intacta, apesar da destruição ao redor. Para membros da congregação, o fato foi interpretado como sinal de esperança em meio ao prejuízo.

A Polícia Civil abriu inquérito para identificar os responsáveis e apurar a motivação do crime. Até o momento, não há suspeitos. As autoridades pedem que moradores da região colaborem com informações e denúncias anônimas pelo número 190.

Nas redes sociais, a comunidade evangélica manifestou solidariedade e indignação. Fiéis destacaram a relevância da AD Viva, que cultos semanais, atividades sociais e ensaios de louvor, e pediram celeridade na investigação. A direção da igreja informou que pretende retomar os cultos o mais breve possível, utilizando espaços provisórios até a recuperação do templo.

Mulher ateia fogo a painel de luto por Charlie Kirk em igreja

Um pastor no Texas apagou um princípio de incêndio na parede externa da Igreja Bíblica Beth El, em El Paso, pouco após uma mulher entrar no prédio, deixar uma sacola e sair, na noite de 17 de setembro. Antes disso, a mulher havia deixado uma segunda sacola de presentes no santuário. O fogo foi contido pelo pastor quando ele deixava o local.

A Polícia de El Paso informou, em nota, que “uma mulher havia ido à igreja, encostado uma sacola grande na parede externa, ateado fogo e fugido do local”. Segundo a corporação, o pastor “avistou o fogo e o apagou rapidamente”.

As autoridades prenderam Marynka Zarina Marquez, de 35 anos, residente em Denton, sob acusação de incêndio criminoso. Ela foi conduzida ao Centro de Detenção do Condado de El Paso, com fiança fixada em US$ 50 mil.

De acordo com os investigadores, dentro de uma das sacolas havia ameaças com linguagem vulgar, um versículo bíblico escrito à mão e cartões de visita que levaram à identificação da suspeita. Voluntários relataram que Marquez tocou a campainha durante uma reunião de oração e afirmou que entregaria um pacote para a vigília em memória de Charlie Kirk, conforme a emissora KTSM.

Um voluntário a acompanhou até o santuário, onde ela deixou uma sacola azul com arranjos florais, e depois a conduziu de volta à entrada. Em seguida, a mulher pegou outra sacola, de papel pardo com uma toalha dentro, e saiu.

Cerca de 30 minutos depois, o pastor viu chamas próximas à parede externa e as apagou. O pastor e o voluntário notaram que a sacola de papel pardo permanecera no local do incêndio e, então, retornaram ao interior da igreja para examinar a sacola azul deixada anteriormente.

Segundo a apuração, a sacola azul continha pratos de papel, uma fotografia impressa e vários cartões de visita em nome de “Zarina Marquez”, com link para o site macuca.net, que anuncia uma LLC de arte e estratégia chamada La Macuca. Em um dos pratos havia mensagens manuscritas referentes a Kirk, incluindo “C Kirk está comendo p— e m— no Inferno” na frente e “Em breve você o ajudará a comer e beber tudo” no verso. Outro prato exibiu a foto de uma jovem carregada por um homem, com o texto “C é 4 covarde, C é 4 conservador, C é 4 controle”; nos cantos superiores apareciam o logotipo “trtworld” e um carimbo de data/hora “0:22”. O exterior da sacola azul estava marcado com “RIP” e “SALMOS 118:6”.

Uma testemunha declarou à polícia que o conteúdo constituía ameaça direta com a intenção de intimidar a igreja e interromper a vigília, prevista para receber entre 100 e 150 pessoas, segundo a KTSM. O incêndio foi iniciado do lado de fora do endereço 6440 Montana Avenue, um dia antes da vigília em homenagem a Charlie Kirk, comentador conservador assassinado em 10 de setembro enquanto discursava na Universidade Utah Valley.

Em comunicado após a prisão, a Igreja Bíblica Beth El afirmou estar “desanimada” com o ocorrido. “Acreditamos em deixar as autoridades locais fazerem o que lhes é pedido”, diz a nota. “Como igreja, escolhemos perdoar. Agradecemos ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo por proteger nossas instalações e nossas vidas”.

A investigação, conduzida pela Unidade de Investigações Especiais de El Paso e pelo Corpo de Bombeiros, rastreou os cartões de visita até uma foto no site da La Macuca. O voluntário da igreja identificou Marquez como a pessoa ao centro da imagem. Consulta posterior a registros estaduais indicou que a suspeita recebeu uma citação em El Paso em 2007 e possui endereço residencial na região.

A polícia concluiu que o fogo foi provocado intencionalmente com a sacola de papel pardo deixada junto à parede externa da igreja. As autoridades afirmaram que o ato se enquadra como incêndio criminoso com intenção de danificar local de culto.

Centenas de evangélicos realizam batismo em praça pública

Treze igrejas evangélicas de diferentes denominações reuniram-se no domingo, 21 de setembro, para o “Culto ao Ar Livre & Batismo” na Turbinenplatz, praça localizada no distrito de Zürich-West, na Suíça. De acordo com o portal Livenet.ch, mais de mil fiéis participaram do evento.

O encontro teve como objetivo expressar a unidade da fé em Jesus Cristo. Durante a programação, 21 pessoas foram batizadas. O pastor Simon Spalinger, da Igreja C3, descreveu o evento como realizado “no meio de Zurique, sob o céu azul aberto”.

Stephan Hörtig, representante da Igreja de Buechegg, afirmou estar “emocionado que, ao longo dos anos, este culto ao ar livre tenha sido apoiado por cada vez mais igrejas”. Rebeca Zünd, do Exército de Salvação, destacou que o batismo é o “sinal visível de unidade em Zurique”, com diferentes tradições mantendo “Jesus Cristo no centro”.

A data do culto coincidiu com o terceiro domingo de setembro, quando a Suíça celebra o Dia de Ação de Graças, Arrependimento e Oração. No dia anterior, o bairro de Oerlikon, também em Zurique, recebeu a Marcha pela Vida 2025.

Dever bíblico

Para os cristãos evangélicos, o batismo é compreendido principalmente como um ato de obediência e um símbolo público de uma transformação interior já ocorrida. Diferente de tradições que o veem como um sacramento necessário para a salvação, a perspectiva evangélica geralmente enfatiza que a salvação é concedida pela fé em Jesus Cristo, antecedendo e dando significado ao batismo.

O batismo simboliza a identificação do crente com a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo, conforme descrito no Novo Testamento. O ato de ser imerso na água representa o sepultamento da vida antiga, e o sair da água simboliza o renascimento para uma nova vida em Cristo. É um rito que testemunha de forma visual a fé pessoal do indivíduo.

É por isso que, neste caso, o testemunho público é fundamental. Ao ser batizado perante a comunidade local, o indivíduo declara abertamente sua fé e seu compromisso com os ensinamentos de Cristo. Esse testemunho serve para edificar a comunidade de fiéis, fortalece o próprio batizado em sua decisão e cumpre o que entendem ser uma ordem direta de Jesus, conhecida como a “Grande Comissão” (Mateus 28:19-20).

Risco de Nikolas sofrer atentado como o de Charlie Kirk é real

Deputados federais e um vereador foram alvo de ameaças de morte que fizeram referência ao assassinato do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk. Os casos foram relatados pelos próprios parlamentares em suas redes sociais.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) divulgou prints de mensagens em que é ameaçado por um estudante da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). “Nikolas, eu vou te matar a tiros”, escreveu Adalto Gaigher Júnior. O caso foi encaminhado à Polícia Federal, que prendeu o universitário em flagrante, provocando também a reação do senador Magno Malta, que comentou:

“Fui informado de uma grave ameaça de morte feita contra o deputado Nikolas Ferreira em uma mensagem publicada no X. Um indivíduo, no Espírito Santo, teve a ousadia de dizer que iria matá-lo a balas. De imediato, acionei a Polícia Federal no ES, para garantir todo apoio necessário durante sua agenda na cidade de Linhares. Todas as providências de denúncia e de segurança já foram tomadas”.

Mais ameaças

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) também registrou ocorrência após uma usuária da rede social X desejar publicamente que o parlamentar sofresse o mesmo destino de Kirk. Charlie Kirk foi baleado no pescoço durante um discurso na Universidade Vale de Utah, nos Estados Unidos, no dia 10 de setembro, e não resistiu aos ferimentos.

O vereador de São Paulo Lucas Pavanato (PL) integra a lista de alvos. Ele informou à reportagem que registrou boletim de ocorrência e trabalha para identificar os autores dos perfis que fizeram ameaças semelhantes. “Quando uma pessoa precisa usar da violência para tentar te intimidar é porque ela já perdeu o debate”, afirmou Pavanato.

Os episódios são abordados na reportagem de capa da Edição 288 da Revista Oeste, intitulada “Vítimas da intolerância”, que discute a intolerância contra Kirk e a disseminação de mensagens de ódio contra políticos. Veja também:

Associado a Charlie Kirk, Nikolas recebe “grave ameaça de morte” e PF é acionada

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Anistia: Sóstenes alinha termos com Eduardo Bolsonaro nos EUA

Um encontro nos Estados Unidos, na quinta-feira, 25 de setembro, reuniu o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo. A reunião ocorreu em meio ao debate sobre a proposta de anistia aos condenados pelos atos de 08 de janeiro. Pelas redes sociais, Eduardo publicou uma foto ao lado de Sóstenes e Figueiredo e escreveu: “Todos unidos pela anistia”.

A viagem de Sóstenes aos Estados Unidos ocorreu dias após críticas públicas à decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que impediu a nomeação de Eduardo Bolsonaro para a liderança da minoria. Não foram divulgados o motivo específico da viagem nem a agenda completa do parlamentar; a publicação destacou o apoio conjunto à anistia, pauta que ganhou impulso após decisões recentes da Câmara dos Deputados.

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde fevereiro. Em 2025, ele acumulou 23 ausências não justificadas, equivalentes a 62,16% das sessões, e pode perder o mandato se ultrapassar o limite permitido de faltas sem justificativa. A indicação de seu nome para a liderança da minoria, feita em 16 de setembro, buscava evitar esse risco, uma vez que norma de 2015 isenta líderes partidários de apresentar justificativa de ausência.

De acordo com a revista Oeste, na terça-feira Sóstenes classificou a decisão de Hugo Motta como “unilateral” e recorreu à Mesa Diretora. Em nota, afirmou: “Caso insistam em barrar a nomeação, ficará claro que é para perseguir o deputado Eduardo Bolsonaro”.

Todos unidos pela anistia🇧🇷@DepSostenes @pfigueiredo08 pic.twitter.com/K8ZFbUAexi

— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 25, 2025