Estudantes são impedidos de realizar culto no campus da UFRGS

Pela segunda vez em meses, um grupo de estudantes cristãos foi impedido de realizar um culto no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. O fato ocorreu na segunda-feira, 22 de setembro.

O grupo REDE, formado por universitários cristãos, planejou um momento de culto no Campus Centro, marcado para as 19h. Os estudantes optaram por não solicitar autorização formal à reitoria, argumentando que o evento seria pequeno, com uso apenas de violão e sem amplificação de som.

Ao chegarem ao local, por volta das 17h15, os organizadores encontraram seguranças terceirizados e efetivos da Polícia Universitária Federal. Bruno Franzoso, líder do grupo e estudante de História, relatou que foi informado sobre a proibição devido à falta de autorização.

“Perguntei para os policiais federais qual era o motivo. Um deles disse: ‘É porque a universidade não é local de culto e de política’. Eu confrontei ele dizendo que a universidade tem várias ações políticas e cultos acontecendo”, afirmou Franzoso.

Os estudantes decidiram então realizar o culto em uma praça pública em frente à universidade. De acordo com o relato, os seguranças da universidade acompanharam a mudança e posicionaram viaturas próximas ao local como forma de segurança.

Jean Alves, estudante de Nutrição presente no evento, questionou a igualdade de tratamento. “O primeiro argumento que sempre é usado contra nós é o de que a universidade é laica. Laicidade não significa a ausência da manifestação religiosa, mas a liberdade para toda e qualquer manifestação”, declarou.

Em nota oficial, a UFRGS afirmou que todas as atividades coletivas em seus espaços necessitam de autorização prévia, conforme normas institucionais. A universidade destacou que o diálogo com os estudantes foi “amistoso” e que garante liberdade de culto “desde que os trâmites regulares sejam respeitados, assegurando tratamento igualitário a todas as iniciativas”.

O grupo REDE informou que, com apoio do Instituto Brasileiro de Direito Religioso (IBDR), buscará uma reunião com a reitoria para discutir o direito de realização de atividades religiosas, como culto no campus.

Jornalista da ‘Folha’ sugere que Trump planeja visitar Bolsonaro

A possibilidade de uma vinda ao Brasil do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), passou a ser mencionada nos bastidores. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, que apontou a articulação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do jornalista Paulo Figueiredo. Questionado pela colunista, Figueiredo afirmou que não tinha comentários a fazer.

O tema ganhou projeção após o ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten, publicar no X uma mensagem sugerindo o encontro entre Trump e Bolsonaro. No texto, escreveu: “Nada vence o próprio testemunho. Que tal uma visita do Donald Trump ao Presidente Jair Bolsonaro na sua casa para que ambos evidenciem uma ‘química perfeita’, atualizando a prosa? Obviamente a Corte e os advogados do Presidente seriam consultados com antecedência. Fica a dica”.

Em contato com a coluna, Wajngarten afirmou considerar a visita oportuna. Segundo ele, Bolsonaro poderia atualizar Trump sobre seu estado de saúde e expor os problemas decorrentes do atentado à faca sofrido em 2018. O ex-integrante do governo ressaltou, porém, que a postagem representou uma ideia pessoal, sem conhecimento de qualquer articulação concreta até o momento.

Até aqui, não há anúncio oficial sobre data, agenda ou confirmação da viagem. O assunto segue no campo das possibilidades, sustentado por relatos de bastidores e pela manifestação pública de Wajngarten, de acordo com informações do portal Pleno News.

Pastor e teólogo Voddie Baucham Jr morre aos 56 anos

O pastor Voddie Baucham Jr., teólogo e autor de best-sellers conhecido por sua defesa da autoridade bíblica, morreu nesta quinta-feira, 25 de setembro, aos 56 anos após sofrer um incidente médico de emergência, anunciou sua família.

“Estamos tristes em informar aos amigos que nosso querido irmão, Voddie Baucham Jr., deixou a terra dos moribundos e entrou na terra dos vivos”, escreveu o ministério de Baucham, Founders Ministries, nas redes sociais.

“Hoje mais cedo, após sofrer um incidente médico de emergência, ele entrou em seu descanso e na presença imediata do Salvador, a quem amava, confiava e servia desde que se converteu como estudante universitário. Por favor, orem por Bridget, seus filhos e netos”, acrescentou a nota.

O Founders Ministries concluiu sua postagem com o Salmos 116.15: “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos”.

Voddie Baucham Jr

Nascido em 11 de março de 1969, em Los Angeles, filho de mãe solteira, Baucham ganhou destaque como pastor em Houston, no Texas (EUA), antes de se tornar reitor de teologia na Universidade Cristã Africana em Lusaka, Zâmbia. Ele era amplamente respeitado entre os evangélicos por suas pregações sobre masculinidade bíblica, discipulado familiar e apologética cultural, frequentemente atraindo grandes multidões em conferências nos EUA e no exterior.

Em fevereiro de 2021, Baucham passou por tratamento para insuficiência cardíaca, uma batalha que mobilizou cristãos do mundo todo para orar e contribuir financeiramente para seu tratamento. Ele sobreviveu à crise e frequentemente falava sobre a graça sustentadora de Deus durante sua recuperação.

Meses antes de sua morte, Baucham anunciou que estava se mudando com sua família para a Flórida para servir como um dos professores fundadores do Founders Seminary.

Baucham deixa sua esposa de três décadas, Bridget, seus nove filhos e vários netos.

Baucham é autor de vários livros, incluindo Family Driven Faith, Fault Lines e The Ever-Loving Truth, obras que enfatizam a centralidade das Escrituras na abordagem dos desafios culturais e sociais modernos. Seu livro de 2021, Fault Lines, tornou-se um best-seller e o tornou uma voz de destaque alertando a Igreja contra o que ele descreveu como a invasão da ideologia da justiça social.

“Vivemos numa época, numa era em que há pessoas desesperadamente perversas, que precisam desesperadamente de arrependimento e fé, que precisam desesperadamente do Evangelho. E nos dizem que a perversidade é, na verdade, o Evangelho”, disse Baucham em uma entrevista de 2024.

Baucham continuou observando que tal visão de mundo é destrutiva porque não apenas chama o bem de mal e o mal de bem, mas também “afasta as pessoas da única esperança que elas têm”.

“E é disso que se trata. No fim das contas, não se trata apenas de leis que não gostamos, ou das quais discordamos, ou que queremos que sejam alteradas. […] As leis são importantes, mas, em última análise, nossa regra de ouro não é apenas que as pessoas sejam proibidas de certas coisas, mas que sejam livres delas”, conceituou.

Após a notícia de sua morte, amigos e outros líderes se lembraram dele como um pregador ousado com coração de pastor. Os preparativos do funeral ainda não foram anunciados, de acordo com o The Christian Post.

Amanda Wanessa: Justiça ordena transferência para casa dos pais

A 3ª Vara de Família e Registro Civil de Jaboatão dos Guararapes decidiu que a cantora gospel Amanda Wanessa, em coma vigil desde um acidente de trânsito em 04 de janeiro de 2021, seja transferida para a casa da família e passe a ter a irmã, Daniele Mendes de Melo, como curadora exclusiva.

A medida atendeu a pedidos do Ministério Público e da Defensoria Pública, que apontaram falhas na gestão do então curador, o marido, Dobson Santos.

Amanda sofreu o acidente na rodovia PE-60 e, desde então, apresenta quadro de tetraplegia, com necessidade de cuidados integrais. Após 642 dias de internação, recebeu alta hospitalar em outubro de 2022 e passou a ser acompanhada em regime de home care. Inicialmente, a curatela provisória foi concedida ao marido.

Posteriormente, denúncias de negligência, isolamento familiar, má administração financeira e episódios de violência em ambiente hospitalar motivaram a revisão judicial.

Um estudo do Núcleo de Apoio Psicossocial (NAP) concluiu que o então curador teria agido “de forma contrária ao interesse da interditada”. Com base nesse material, a magistrada revogou a curatela compartilhada e concentrou a responsabilidade legal em Daniele Mendes, psicóloga com pós-graduação em neuropsicologia e experiência em cuidados paliativos.

A decisão registrou o vínculo afetivo da irmã com Amanda e sua atuação considerada adequada ao longo do processo, de acordo com informações do Fuxico Gospel.

Determinações judiciais

A sentença definiu a interdição como relativa e restrita a atos patrimoniais e negociais, preservando a capacidade civil de Amanda nos demais aspectos. As principais medidas são:

  • Transferência imediata para a residência da família, com apoio de oficial de justiça, se necessário.
  • Manutenção integral do serviço de home care no novo endereço.
  • Obrigação do marido de manter o pagamento do plano de saúde até a conclusão da transição patrimonial, sob pena de multa diária de R$ 500.
  • Depósito dos rendimentos musicais provenientes da MK Music em conta judicial, com liberações mensais para custeio das despesas da paciente.
  • Prestação de contas anual pela curadora, com dever de zelar pelo bem-estar físico e emocional de Amanda e de assegurar seu convívio familiar e social.

Efeito Magnitsky: Moraes desbloqueia redes de Carla Zambelli

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou o bloqueio das redes sociais da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nesta quinta-feira, 25 de setembro. A medida ocorre após a sanção à advogada Viviane Barci, esposa do ministro, pela lei Magnitsky.

Segundo a decisão, as contas da parlamentar em Facebook, Instagram, YouTube, Gettr, LinkedIn, TikTok, X e Telegram podem ser restabelecidas. O magistrado afirmou que, no momento processual atual, “não há necessidade da manutenção dos bloqueios determinados nas redes sociais, devendo, somente, ser excluídas as postagens ilícitas que deram causa à decisão judicial”.

Moraes advertiu que, caso a deputada reitere publicações com “grave e ilícita desinformação e discursos de ódio, atentando contra as Instituições, Poderes de Estado e, principalmente, contra o Estado Democrático de Direito”, será aplicada multa diária de R$ 20 mil até a retirada do conteúdo.

Zambelli está presa na Itália desde 29 de julho, após inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol, e aguarda decisão sobre eventual extradição para o Brasil. Ela foi condenada pelo STF a dez anos de prisão sob a acusação de ter sido a mentora de invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em agosto, o STF impôs nova condenação de cinco anos e três meses por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. A defesa nega os crimes e afirma que contestará as decisões “firmemente”.

Em depoimento à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (24), a parlamentar declarou que “em pouco tempo” será solta “porque o processo foi todo injusto, do começo até o final”.

Time de futebol feminino se nega a jogar contra atleta trans

A partida entre os times amadores de futebol feminino Leoas e Fênix, marcada para Campo Grande (MS), foi interrompida antes do início. Ao constatarem que a equipe adversária escalara uma jogadora transexual, as Leoas decidiram não entrar em campo. A técnica Bárbara Augusta Santana comunicou a decisão à organização do torneio.

“Eu disse que não colocaria minhas meninas em risco. Eu respeito as pessoas que não se identificam com seu gênero biológico, mas aquela pessoa continua tendo DNA e formação masculina. É mais rápida, mais forte, poderia machucar com uma bolada, um carrinho”.

Em seguida, acrescentou: “Minha equipe é formada por mães solo, personal trainers, enfermeiras, motoristas de aplicativo, que lutaram muito para conquistar um espaço no futebol feminino. Não podem colocar sua integridade física em risco, nem abrir mão do direito de jogar exclusivamente entre mulheres”.

Em publicação no Instagram, o time Leoas registrou: “Mulheres x Mulheres. Categoria feminina não é mista, nem categoria da diversidade”.

Segundo a técnica, houve pressão da organização para a realização do jogo e reação das atletas do Fênix, mas as jogadoras das Leoas apoiaram a decisão de não disputar a partida. Diante da recusa, o árbitro entrou em campo e declarou derrota por W.O. Após o episódio, Bárbara informou a retirada da equipe da competição: “A organização se comportou de forma desleal, não informou a respeito da presença da atleta trans até o momento da partida”. Ela relatou ainda que o grupo “se sentiu desmoralizado e desprestigiado” e mencionou ataques nas redes sociais e a dispensa de uma atleta que atuava também por outra equipe, “sem explicação”.

O campeonato prosseguiu, e outras equipes disputaram partidas contra o Fênix, aceitando a participação da atleta trans. Em nota oficial, o Fênix afirmou: “Essa atleta, assim como todas nós, busca no futebol, um espaço de convivência, lazer e reconhecimento. Reafirmamos nosso compromisso com a inclusão, o respeito e a diversidade. O esporte é para todas. Transfobia não é opinião: é violência”.

No dia seguinte, 7 de setembro, as Leoas participaram de outro torneio amador e conquistaram o bicampeonato. “Revertemos a situação da véspera com uma vitória que nos deu o bicampeonato em um campeonato diferente. E, com o passar do tempo, começamos a perceber que quem nos atacava era uma minoria, e que a maior parte das pessoas concorda com nossa decisão”, disse a técnica.

O organizador do evento, Tony Gol, que promove torneios femininos há sete anos, atribuiu o conflito à ausência de regras específicas. “Concordamos com a decisão das Leoas de não jogar, mas também entendemos o lado da Fênix. Fiquei no meio de um fogo cruzado”. Diante da polêmica, ele considerou suspender os torneios femininos no próximo ano para evitar novos episódios.

A diretora da Associação de Mulheres, Mães e Trabalhadoras do Brasil (Matria), Celina Luci Lazzari, lamentou a saída das Leoas do campeonato: “As Leoas tiveram que abandonar um campeonato para o qual haviam se inscrito. São mulheres, mães, trabalhadoras que se dedicam ao esporte por amor e que se planejaram para esse momento”.

Em manifestação recente, a entidade posicionou-se contra a participação de pessoas trans em categorias femininas. “Quando atletas do sexo masculino entram nas categorias femininas, não há inclusão, há exclusão: mulheres perdem espaço, bolsas, medalhas e até sua integridade física”. Segundo Celina, “a ciência é clara: tratamentos hormonais não eliminam as vantagens fisiológicas masculinas, densidade óssea, força, massa muscular, envergadura, capacidade pulmonar. Essas diferenças permanecem mesmo após anos de hormonioterapia”.

A técnica Bárbara, 44 anos, policial federal, defendeu a criação de categorias específicas: “No mesmo dia do incidente, foi realizado um amistoso entre duas equipes trans. Isso é inclusão de verdade! E não retira o espaço que nós mulheres lutamos tanto para conquistar”.

Em 23 de setembro, a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, em regime de urgência, o Projeto de Lei nº 11.526/25, que estabelece o sexo biológico como único critério para definição do gênero de atletas em competições esportivas oficiais no município. A proposta, de autoria dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro (PL), foi aprovada por 19 votos a 6 e aguarda sanção da prefeita Adriane Lopes (PP).

O texto dispõe: “O sexo biológico será o único critério definidor do gênero dos competidores em competições esportivas oficiais realizadas no âmbito do Município de Campo Grande/MS, vedando-se a participação de transexuais em equipes que correspondam ao sexo oposto ao de nascimento”.

Cristão com maior QI do mundo anuncia que vai plantar igrejas

Declaration by Dr. YoungHoon Kim, World’s Highest IQ Record Holder and Grand Master of Memory: “I will plant churches in every corner of the world, declaring Jesus Christ as Lord, in honor of Charlie Kirk.” https://t.co/dfzP3aHTgG pic.twitter.com/65yCpzwSOZ

— YoungHoon Kim, IQ 276 (@yhbryankimiq) September 21, 2025

O sul-coreano YoungHoon Kim, reconhecido como o homem com o maior QI já registrado e detentor do título de Grande Mestre da Memória, fez uma nova declaração pública de fé. Em vídeo publicado em seu perfil oficial no X, Kim afirmou que dedicará sua vida a plantar igrejas “em todos os cantos do mundo”, proclamando “Jesus Cristo como Senhor”.

Segundo ele, a iniciativa é uma homenagem ao legado do ativista cristão norte-americano Charlie Kirk, assassinado no dia 10 de setembro durante um evento na Universidade Utah Valley, nos Estados Unidos.

“Como detentor do recorde mundial de QI e Grande Mestre da Memória, proclamo hoje que plantarei igrejas em todos os cantos do mundo, declarando Jesus Cristo como Senhor, em honra e no espírito de Charlie Kirk”.

Kim explicou que o compromisso nasce de sua convicção de que Jesus Cristo é o Senhor de todos. “Títulos, inteligência e conquistas nada significam sem Ele. Plantar igrejas é a forma mais clara de proclamar Sua verdade e levar Sua luz às trevas”.

Ele afirmou que sua decisão também busca honrar Charlie Kirk. “Charlie foi uma voz cristã. Ele defendeu a verdade, protegeu a fé e inspirou incontáveis jovens. Para continuar em seu espírito, não falarei apenas palavras, mas construirei igrejas, comunidades vivas que levem adiante sua missão”.

Segundo Kim, a declaração também expressa que fé e razão caminham juntas. “Quanto mais estudei, quanto mais conquistei, mais percebi que a mais alta sabedoria é servir a Deus. Plantar igrejas não é apenas uma questão de crença, mas também o passo mais racional. Se Cristo é Senhor, então Sua igreja deve estar em toda parte.”

Ele detalhou a visão de expansão. “E quando digo em todos os cantos do mundo, eu quero dizer isso. Das grandes cidades às pequenas vilas, dos centros de poder aos lugares esquecidos, a igreja deve se levantar. Cada uma será um farol de esperança, um lugar de cura e um centro de verdade”.

No encerramento do vídeo, Kim reforçou o propósito: “Plantarei igrejas em todo o mundo, proclamando Jesus Cristo como Senhor. E farei isso em honra a Charlie Kirk. Que seu legado permaneça vivo e que Cristo seja glorificado para sempre. Amém”.

Homem com o QI mais alto do mundo se rende: ‘Jesus Cristo é Deus’

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AP Valadão critica igrejas que hipnotizam fiéis com neurolinguística

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A cantora e líder do ministério Diante do Trono, Ana Paula Valadão, criticou práticas que, segundo ela, utilizam técnicas de hipnose e Programação Neurolinguística (PNL) em momentos de louvor em algumas igrejas. As declarações foram feitas durante participação no podcast Dunamis Hangout, em que a artista destacou a importância de cantar a Bíblia e preservar a autenticidade da adoração.

Ao abordar o conteúdo das canções, Ana afirmou que valoriza composições ancoradas nas Escrituras. “Quando eu vejo compositores hoje intencionalmente declarando a Palavra, cantando a Palavra, eu falo: ‘É isso, vai lá!’. A Palavra não volta vazia, tem um efeito transformador”.

A cantora descreveu dois extremos que, em sua avaliação, podem comprometer a vida de louvor. O primeiro seria a restrição excessiva de expressões corporais e manifestações espontâneas. “Há pessoas que acreditam que não devem se expressar muito nos cultos, porque não entendem o poder espiritual das palmas, dos brados, dessa espontaneidade”. Para ela, tal postura limita a congregação: “Vira uma prisão, é tirar as armas da Igreja. Nós somos esses guerreiros da adoração profética, dos decretos de Deus”.

O segundo extremo, segundo Ana, é o uso de recursos que induzem estados emocionais sem reflexão, por meio de estruturas musicais e técnicas de ambiente: “Tem muito worship hoje nas igrejas, principalmente franquias, que são métodos ensinados de uma liturgia toda cronometrada. Programação Neurolinguística (PNL) com uso de luzes e técnicas para hipnotizar as pessoas”.

Ela criticou também a condução instrumental prévia ao canto congregacional: “Até o prelúdio (introdução musical), que num certo momento é inspirador para ter um momento de introspecção e oração, eles fazem um prelúdio de programação neurolinguística. Tudo hype, aquilo faz a pessoa nem pensar mais”.

Ao tratar da base bíblica de sua posição, a líder de louvor defendeu a integração entre entendimento e espiritualidade na prática de culto. “Não é um culto nem racional nem espiritual. E nós somos chamados pelo apóstolo Paulo a entregar os dois. Nós temos que entregar os dois, o culto racional e o culto espiritual, que é cantar com a minha mente, com o meu espírito”.

Ana também dirigiu uma palavra aos músicos e líderes da nova geração, incentivando-os a buscar referências estáveis para evitar repetição de erros. “Ouça os mais velhos que permaneceram, porque só permanece quem constrói num fundamento sólido”.

Em seguida, mencionou a necessidade de aproximação entre gerações na igreja, citando o profeta Malaquias: “O profeta Malaquias falou dessa conversão de ambos corações, dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. Temos que viver esse avivamento, que é realmente esse encontro das gerações. É algo que só o Espírito Santo pode fazer”.

Texas: trans agora não podem mais entrar em banheiros femininos

O governador republicano Greg Abbott sancionou o Projeto de Lei do Senado 8 (SB 8), também chamado de Lei de Privacidade das Mulheres do Texas. A medida, aprovada no Senado por 19 votos a 11 e na Câmara por 86 votos a 45, determina que “cada espaço privado de ocupação múltipla em um edifício” seja destinado ao uso exclusivo de um sexo e que o Departamento de Justiça Criminal do Texas aloje detentos “de acordo com o sexo do detento”.

As votações se deram majoritariamente por linhas partidárias, com apoio dos republicanos e oposição dos democratas, e dois democratas da Câmara apoiando o texto. A lei entra em vigor em 04 de dezembro.

O SB 8 define “sexo” como “o sexo biológico de um indivíduo, seja masculino ou feminino”. O texto inclui uma disposição que proíbe abrigos para vítimas de violência familiar “projetados especificamente para fornecer serviços a mulheres vítimas de violência familiar” de admitir homens, exceto quando se tratar de meninos de até 17 anos que sejam filhos de uma vítima mulher. O projeto prevê multa de US$ 25.000 para a primeira violação e de US$ 125.000 para cada violação subsequente.

Em declaração, Sara Beth Nolan, advogada da organização sem fins lucrativos Alliance Defending Freedom, elogiou a aprovação da legislação. “Mulheres e meninas não devem ser forçadas a sacrificar sua privacidade e segurança em nome da promoção da ideologia de gênero”, disse ela.

“Permitir que homens invadam os espaços mais íntimos das meninas — incluindo vestiários, áreas de dormir ou banheiros — compromete sua dignidade”. “A SB 8 garante que os espaços privados das meninas em abrigos para vítimas de violência doméstica, instalações correcionais, instituições públicas de ensino superior, escolas públicas e prédios governamentais não sejam abertos aos homens, mas prioriza a privacidade de todos no Texas”.

Com a promulgação da SB 8, o Texas se tornou o sétimo estado a proibir pessoas que se identificam como trans de usar espaços segregados por sexo com base na identidade de gênero autodeclarada em todos os prédios públicos. Os outros estados citados são Arkansas, Flórida, Montana, Dakota do Sul, Utah e Wyoming. Há ainda oito estados que restringem o uso desses espaços em escolas de ensino fundamental e médio e em pelo menos alguns prédios públicos (Alabama, Idaho, Louisiana, Mississippi, Dakota do Norte, Ohio, Oklahoma e Wyoming) e cinco estados com proibições aplicáveis apenas a escolas de ensino fundamental e médio (Iowa, Kentucky, Carolina do Sul, Tennessee e Virgínia).

Casos recentes foram mencionados no debate público. Em 2022, atletas da equipe feminina de natação da Universidade da Pensilvânia moveram ação judicial alegando “extremo desconforto” ao dividir vestiário com o nadador transgênero Lia (Will) Thomas, afirmando que ele “ainda tem partes do corpo masculinas e se sente atraído por mulheres”.

Em 2021, o Condado de Loudoun, na Virgínia, ganhou destaque após relatos de agressões sexuais em banheiros de escolas de ensino médio, atribuídas a um aluno do sexo masculino “gênero fluido”, com acusações de acobertamento pelo distrito escolar enquanto se discutia política de acesso por identidade de gênero.

No sistema prisional, Amie Ichikawa, que dirige a organização não lucrativa Woman II Woman e atua com mulheres encarceradas, relatou consequências de políticas que permitem o alojamento de presos transgêneros em celas femininas. Segundo ela, “44 indivíduos nascidos no sexo masculino” “foram transferidos com sucesso para prisões femininas”, o que teria levado a estupros repetidos de detentas. “Há bebês nascendo sob custódia”.

De acordo com o The Christian Post, a partir de 04 de dezembro, caberá às instituições públicas do Texas adequar sinalizações, procedimentos e alocação de espaços para cumprir a nova lei, observando as definições e penalidades previstas no SB 8.

Pastor processado sob acusação de abusar e traficar crianças

Três homens moveram ações civis na Justiça Federal dos Estados Unidos contra o ex-pastor Paul Havsgaard e contra os líderes da Harvest Christian Fellowship, Greg Laurie e Richard Schutte. Eles afirmam ter sido abusados e traficados quando eram crianças em lares administrados pela igreja na Romênia, hoje extintos.

As ações foram apresentadas no Tribunal Distrital do Distrito Central da Califórnia ao longo de dois dias desta semana. A defesa da igreja classificou as alegações como graves, negou encobrimento e disse que cooperará com as autoridades.

Segundo os processos, os fatos teriam ocorrido em lares ligados à Harvest Christian Fellowship que funcionaram na Romênia entre 1998 e 2008. As petições sustentam que uma investigação interna da igreja confirmou oficialmente denúncias de abuso cerca de quatro anos antes do encerramento dos lares em 2008.

Os autores são Marian Barbu, 33 anos, Mihai-Constantin Petcu, 40 anos, e Cristian Aeroaiei, 36 anos. Eles afirmam que foram aliciados quando crianças em Bucareste e encaminhados aos lares com promessas de alimentação, abrigo e educação. As ações foram protocoladas pelo advogado Jan Cervenka, do escritório McAllister Olivarius.

As acusações

As petições atribuem a Havsgaard condutas criminosas e descrevem que os meninos teriam sido submetidos a anos de abusos, castigos e exploração, com impactos duradouros na saúde física e mental. Os autores alegam negligência e falhas de supervisão de líderes da Harvest Christian Fellowship na Califórnia, além de suposto encobrimento por aproximadamente 20 anos.

Cada processo apresenta um histórico individual:

  • Mihai-Constantin Petcu relata episódios de abuso entre 2000 e 2008, quando tinha de 14 a 23 anos, e alega ter sido vítima de tráfico sexual.
  • Marian Barbu afirma que sofreu abusos de 2000 a 2008, dos 8 aos 16 anos, e descreve ter sido expulso do lar após um acidente doméstico que causou lesão no punho. A petição menciona que ele não recebeu escolarização adequada nesse período.
  • Cristian Aeroaiei diz que viveu com a família até os 8 anos, fugiu de casa e chegou aos lares em 2000. Ele relata punições físicas e abusos repetidos até 2007 e afirma enfrentar hoje depressão, transtorno de estresse pós-traumático e distúrbios do sono.

Os três autores pedem indenização por danos e imputam aos réus responsabilidade por negligência na operação e supervisão dos lares, inflição intencional de sofrimento emocional, tráfico sexual e conspiração.

Posição da igreja

Em resposta às ações, um porta-voz da Harvest Christian Fellowship afirmou ao The Christian Post que as alegações são “sérias e perturbadoras”, negou que a igreja tenha “conscientemente encoberto o suposto abuso sexual” e declarou que a Harvest Riverside notificou as autoridades quando foi contatada pelos representantes das supostas vítimas e “planeja cooperar com as autoridades na investigação”. O mesmo porta-voz disse que a Harvest enxerga os processos como “uma forma de extorsão financeira” e que pretende “defender-se vigorosamente contra essas alegações” nos tribunais.

As reportagens informam que Paul Havsgaard não foi localizado por telefone ou e-mail para comentar as acusações. As ações também mencionam Greg Laurie, fundador da Harvest Christian Fellowship, e o pastor missionário Richard Schutte, imputando-lhes negligência por suposta falha em prevenir abusos e em agir diante de relatos.

As petições narram que Havsgaard teria viajado à Romênia em 1998 com a organização Samaritan’s Purse para distribuição de doações e, após essa viagem, sugeriu à Harvest Christian Fellowship a criação de uma missão permanente no país.

Segundo os processos, Greg Laurie teria aprovado a proposta. Os documentos também resgatam a trajetória de Laurie na igreja, mencionando sua atuação a partir de 1976 na Harvest Riverside, na Califórnia, e posterior mudança, no início da década de 1980, para a Calvary Chapel of the High Desert, em Victorville (Califórnia).

Próximos passos

O escritório McAllister Olivarius, que representa os autores, declarou ao The Christian Post que “pelo menos outros 20 sobreviventes pretendem registrar queixas semelhantes nas próximas semanas”. As ações detalham supostas consequências físicas e psicológicas sofridas pelos autores e pedem responsabilização civil dos réus.

Até o momento, não há sentença. A Harvest Christian Fellowship afirma que já informou o caso às autoridades e que cooperará com a investigação oficial. As defesas e manifestações subsequentes de todos os citados deverão ser apresentadas ao juízo do Distrito Central da Califórnia, conforme os prazos processuais aplicáveis.